Passamos mais um tempo no gelo patinando, apesar do frio. Foi uma tarde bastante divertida, e é claro romântica. Afinal, o Harry era um romântico, até demais eu acho! Quando nos demos conta já eram quase 8:00 da noite. Voltamos pra casa, caminhando de mãos dadas. Estava uma noite muito fria, e estava ventando muito. Ele me deixou em casa se despedindo com um beijo quente e longo e eu fui pra casa dormir, o que é sempre bom no inverno.  Quando estava pegando no sono, meu celular tocou.

Ligação On

- Mãe?

- Filha, seu avô acordou! Os médicos não sabem explicar, mas ele está fora de perigo, talvez amanhã mesmo seja liberado! Então, você sabe como seu avô é né? Não gosta de dar trabalho pra ninguém! Bem dizer expulsou a gente daqui! – ela falou brincando.

- Nossa que ótimo! E vocês voltam quando?

-  Amanhã depois do almoço a gente tá saindo daqui! Você vai nos esperar no aeroporto?

- Ahan! De que hora eu vou?

- A gente deve estar chegando de 14:30hs okay?

- Tá bom, tchau mãe!

- Tchau querida, beijos.

- Pra senhora também, manda beijos pro pai e pro vovô.

Ligação Off

Voltei a dormir. Quando acordei no outro dia era sábado, o que me deixou inteiramente feliz. Só acordei depois das doze da tarde. Ia ligar pro Harry pra saber se ele queria ir ao aeroporto comigo, mas percebi que meu celular estava descarregado. Coloquei ele pra carregar na tomada da cozinha enquanto comia alguma coisa. Fui lavar a lousa que estava acumulada na pia. Depois, aproveitei o embalo pra arrumar meu quarto. Quando acabei tomei um banho e fui no restaurante que a minha mãe tinha recomendado. Almocei e voltei pra casa. Eram duas e quinze da tarde. Chamei um táxi e fui pro aeroporto encontrar a minha mãe.

P.D.V Harry

Depois de deixar a casa de Ariane fui pra casa onde não tinha ninguém... Estranho. Deitei no sofá e acabei cochilando. Acordei de madrugada sem sono então decidi gravar um vídeo mostrando a casa, e mostrando os meninos que estavam dormindo, e tinham chegado enquanto eu cochilava. Quando terminei o vídeo, fui pro meu quarto e coloquei uma roupa mais leve para dormir. Acordei no outro dia de 10:00 da manhã.

Quando cheguei na sala estavam todos acordados, e pareciam agitados. SÒ quando olhei direito percebi que o nosso empresário estava lá na sala também.

- Harry, você e o restante da banda terão que voltar mas cedo pra Londres... – ele falou

- Mais cedo quando?!

- Depois de amanhã. – depois de amanhã?! Ele falou depois de amanhã? Não, não! Muito cedo! Como vou me despedir de Ariane?! – tudo bem pra você?

- Eu não vou! – falei determinado, milhões de pensamentos passando pela minha cabeça.

- O que?! Você não pode abandonar a banda cara! – Louis falou incrédulo.

- Você não faria isso com a gente né? – zayn perguntou. Eu não podia fazer isso com eles, mas como iria viver longe dela? Da única pessoa que consegui amar de verdade?

- Não posso deixar Ariane aqui!

- Ela pode vir conosco!

- Os pais dela não deixariam! – agora eu estava começando a ficar desesperado. Será que esse era o final? Tentei ligar pra ela, tentei falar o que eu estava sentindo, compartilhar minha confusão, mas o celular só chamava, chamava.

P.D.V Ariane

Droga, esqueci meu celular carregando na cozinha! Pensei, enquanto caminhava dentro do aeroporto subindo a escada rolante. Chegando lá me sentei do lado de uma velhinha muito simpática e esperei meus pais quando finalmente eles chegaram.

- Pai! Mãe! – falei dando um abraço nos dois.

- Oi filha!

- Como tá o vovô?

- Teimoso como sempre, mas bem. – meu pai respondeu. Pegamos um taxi e passamos na casa da minha avó pra pegar Petter. Quando chegamos em casa, ajudei meus pais a desarrumar as malas, enquanto eles me contavam as novidades da viagem.  Quando acabamos começamos a conversar na sala e a tarde passou bem rápido.

- Pega uma água pra mim por favor querida! – minha mãe pediu. Fui pra cozinha e percebi que meu celular ainda estava carregando. Tirei ele do carregador e vi que estava cheio de mensagens de Harry.

“Ariane, quando você escutar essa mensagem por favor me retorne”

Fiz o que o recado dizia.

- Harry? Tá tudo bem?

- Não Ariane, nada está bem...

- Nossa, você tá me assustando! O que houve?!

- Eu preciso te encontrar,a sós. Vamos ter uma longa conversa.

- Tá, só me diz onde.

- Pode ser na praça perto da sua casa.

- Tá, to indo pra lá.

Fui pra praça e quando cheguei lá Harry me esperava, com uma cara estranha.

- Oi. - eu falei me sentando, mas ao invés de me responder ele me beijou.

- Ariane, a banda vai voltar pra Londres em dois dias... – ele falou parando de me beijar e olhando pro chão.

- O QUE?! MA, EU AINDA TINHA MAIS DE QUINZE DIAS!

- Eu sei, mas a gente vai ter que voltar depois de amanhã. Eu acho que eu não vou!

Fiquei horas olhando pro nada, pensando no que ele estava dizendo. Eu não podia ele abandonar toda a sua carreira, abandonar seus amigos por conta de mim. Eu vou sofrer se fizer isso, mas vou ser muito egoísta se não fizer...

- Harry, você vai com eles. – falei.

- O que você disse?!

- Você ouviu! Vai com eles. – falei mais alto.

- E te deixar aqui?!

- Harry, eu nunca te pediria pra ficar! Abrir mão da sua vida e da sua carreira. O melhor é você ir com eles – falei sem olhar nos olhos dele.

- Você não tá falando sério né?!

- estou sim! Vai embora Harry, quanto mais cedo a gente se afastar melhor! – eu falei, e ele se aproximou de mim, colocou a mão no meu rosto como se fosse me beijar, e foi embora.

No caminho de volta pra casa estava meio desnorteada, e quando atravessei a rua fui surpreendida por um cara que me pressionou arrogantemente contra o muro da casa da esquina, me beijando violentamente. Tentei me livrar dele, daquele gosto de álcool. Comecei a socar o ombro dele e tentei atingir os seus testículos mas não tava adiantando. Ele estava colocando as suas mãos imundas por debaixo da minha blusa, enquanto eu tentava me livrar, até que alguém puxou ele pelo casaco e eu chutei as suas partes intimas com todas as minhas forças limpando a minha boca daquele bafo horroroso. O meu “salvador” deu mais uns socos no cara que me agarrou fazendo ele correr.

- Cafajeste!  É bom eu não te ver por aqui de novo! Ele te machucou? – o homem estranho falou se virando, percebi que ele parecia ter uns trinta anos.

- Não, quem é você?

- Ninguém importante... Toma cuidado, meninas da sua idade não devem sair sozinhas à essa hora da noite!

- Pode deixar e obrigado. – falei, mas o homem já tinha sumido.