Simul Contre Tempore escrita por estherly


Capítulo 2
Capítulo I


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o primeiro capítulo...
Boa leitura...



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Hermione se orgulhava de quem era. Da família que tinha. Da educação que recebera. Da inteligência que possuía. Dos amigos leais. Absolutamente de tudo. E foi com esse pensamento que ela conseguiu fugir da torre da grifinória. Ron tinha marcado de se encontrar com ela, mesmo que ambos fossem da mesma casa, na sala precisa. Ele queria conversar com ela. Ela estava cansada de tudo aquilo, recém havia voltado do ministério.

Ela passou cautelosamente pela porta que dava para a torre de astronomia quando ouviu um barulho. Hermione parou no lugar, se virou e ficou quieta. O mesmo barulho se repetiu. Com passos silenciosos, ela subiu os degraus frios. Com os olhares curiosos, típicos de grifinória, Hermione espiou a causa do barulho. Uma pessoa. Um Malfoy. Uma fungada.

- Malfoy? – chamou Hermione abrindo a porta cautelosamente.

- O que você quer Granger? – perguntou ele seco.

Hermione se aproximava cautelosamente dele. Draco Malfoy
estava com uma aparência horrível. Olheiras nos olhos. A pele mais pálida que o normal. O nariz vermelho, ele havia fungado muito, concluiu Hermione. E em volta do corpo sem vida dele, vários papeis. Textos e mais textos. Alguns de estudos e outros eram cartas. Hermione desviou o olhar do meio deplorável que Draco se encontrava e o olhou.

 - O que quer afinal? – perguntou ele impaciente empilhando todos os papéis.

 - Está tudo bem com você? – perguntou ela sentando-se ao seu lado.

- Estou com cara de quem está bem? – perguntou ele sarcasticamente. Hermione engoliu em seco, por que ela estava ali mesmo?

- O que houve? – perguntou ela querendo ajudar ele, com que propósito?

- Não é da sua conta. – resmungou ele olhando para frente. Hermione viu que ele olhava as estrelas. Ela engoliu em seco. A frase finalmente chegou ao cérebro de Hermione.

- Queria apenas ajudar. – disse ela se levantando e indo para a porta, Ron a esperava. Abriu a porta, quando algo a fez parar.

- Segredos. – simplesmente respondeu Draco. Hermione parou no lugar, a porta na sua mão, o pé dentro da sala, sua mente atenta às
palavras dele. Que diabos ele falava? – Todos nós temos segredos. – disse ele. Hermione abaixou a cabeça, sua mente rodeando infinitamente. Pensamentos iam e vinham. – Acabei de descobrir um. Não sei se queria. – murmurou ele. Hermione virou o rosto confusa. O que ele falava? - Alguns segredos devem permanecer em segredo, para não piorar no final. – disse ele ainda olhando para as estrelas. Hermione se virou e se encostou na porta já fechada.

- Está tudo bem? – tornou ela a perguntar. Entendendo como uma permissão, ela se sentou ao lado dele novamente.  

- Eu tenho uma missão. – disse ele sério. – Você tem uma missão. – disse ele olhando para ela. Os olhos cinza focados nos castanhos. –
Todos nós temos uma missão. Acabei de descobrir que tenho uma a mais. – disse ele voltando a olhar para as estrelas, como se tivesse memorizando algo.

- O que está falando? – perguntou Hermione confusa e começando a ficar com medo do que ele falava.

- Incesto. União sexual ilícita entre parentes consanguíneos, afins ou adotivos.

 - Malfoy. – chamou Hermione assustada com a conversa dele.

- Meu pai foi preso. – disse Draco. Finalmente disse algo que Hermione compreendia.

- Eu sei. – murmurou ela olhando para as estrelas brilhantes, como se tivessem conversando com ela. Como se tivessem mandando um recado. – Sinto muito por isso.

- Meu pai é insignificante. – disse ele dando ombros. – A minha mãe é o principal.

- Como ela está? – perguntou Hermione.

- Mal. – murmurou Draco. – Muito mal. Acredito que ela esteja doente, mas ela insiste em dizer que é apenas a saudade e essas coisas
femininas. – disse ele vendo as estrelas piscarem para ele, para eles.

 - Por que está conversando comigo? Me contando tudo isso? – perguntou ela vendo-o arrumar seus papéis.

- Por que sei que posso confiar em você. – disse ele se levantando. – Boa noite.

- Boa noite. – murmurou ela vendo ele sair pela porta da torre de astronomia.

Hermione continuou olhando as estrelas, estranhamente familiares. Suspirou e resolveu sair da torre de astronomia, ali era um dos únicos lugares onde sua mente não parava de pensar. Viu um papel jogado. Pegou-o e viu que era uma das cartas que vira mais cedo. A curiosidade mandava-a abrir e ler, mas o bom senso mandava-a guardar. Se preparou para abrir, como a curiosidade grifinória mandava, quando se lembrou da frase dita por Draco, ele confiava nela, não tinha o direito. Suspirou. Ia se amaldiçoar muito futuramente.

Saiu da torre, quando se lembrou de Ron, esperando-a na sala precisa. Hermione foi correndo até a sala, pediu o lugar onde Ron estaria
e entrou.

Ela se encontrou num lugar delicado e romântico. Apenas uma luz acesa, a da lareira. E ela projetava uma sombra. A sombra de Ron, encostado no sofá. Hermione se aproximou do ruivo que dormia. Engoliu em seco, será que havia demorado demais?

 - Ron? – chamou ela. Nada. Em resposta, apenas um leve
ronco dele. Negou com a cabeça, típico dele fazer isso. – Ron! – exclamou ela já ao lado dele. Ron negou com a cabeça assustado e viu Hermione perto de si.

- Pelas barbas de Merlin, Hermione! – exclamou ele se recompondo. – Que susto. Não faça mais isso. – pediu ele colocando a mão no peito ofegante. Hermione sorriu e viu ele se recompor calmamente.

- Desculpa pela demora. – pediu ela sentando-se no sofá que tinha. – Eu tive uns... Contratempos. – disse ela sorrindo para ele que avermelhou na hora.

- Tudo bem. – disse ele. – Hermione, eu queria falar contigo...

- Ah sim. – disse ela animada puxando-o pela mão para sentar ao lado dela.

 - Eu... – começou ele vermelho. Ele nunca foi bom nessas coisas.

 - Por que você não fala direto? – aconselhou ela. Ron sorriu envergonhado e respirou fundo.

- Euteamoquernamorarcomigo? – perguntou ele rapidamente. Hermione arregalou os olhos.

 - Perdão? – perguntou ela fingindo que não tinha entendido. É claro que entendeu o que ele disse, mas precisava ganhar tempo com a resposta.

- Hermione, eu te amo. Quer namorar comigo? – perguntou ele despejando tudo mais calmo. Ela engoliu em seco, tinha apenas uma resposta para a pergunta dele.


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Notas finais do capítulo

Comentem!!
Beijos



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