Simul Contre Tempore escrita por estherly


Capítulo 18
Capítulo XVII




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            Draco havia terminado a leitura. Seu coração pulava desesperado, seus olhos estavam arregalados. Olhou para Lilith que estava estática, para Harry que olhava fixo a borda da mesa e para Hermione que o olhava.

            - Você vai? – perguntou ela receosa. Draco engoliu em seco.

~*~

            - Uma missão muito arriscada Malfoy. – disse Voldemort soltando Lúcio, empurrando-o contra o chão. Novamente o cheiro de sangue invadiu as masmorras. Voldemort adorou aqui. – Por que acha que Draco seria capaz disso?

            - Draco é tão ambicioso quanto o pai. – disse Lúcio, torcendo que estas fossem as palavras certas a serem usadas.

            Péssima escolha.

            - Então será um fracasso. – disse Voldemort puxando os cabelos de Lúcio. Jogou-o novamente no chão e começou a se dirigir para o seu trono frio de pedras.

            - Por favor... – pediu Lúcio tentando se recompor.

            - Suplicando, Malfoy? – perguntou Voldemort divertido. – Não achava que era do tipo de pessoa que suplicava por uma chance minha. – disse ele sentindo Nagini subir pelas pernas. – Estou envergonhado. – disse ele acariciando a cabeça da cobra que sibilou como resposta. – Tem razão, minha querida. – disse Voldemort concordando com o que Nagini falara. – Malfoy! – exclamou Voldemort. Lúcio conseguiu se recompor e erguer a cabeça, encarando Voldemort. – Você e Draco têm até amanhã para ele vir fazer a marca negra. – disse ele acariciando a cabeça grande de Nagini que se enroscara em volta do corpo de Voldemort. – Do contrário... Nagini terá jantar duplo.

            - Sim Milorde. – disse Lúcio fazendo uma reverência exagerada e saindo dali.

            - Não se preocupe minha querida... Amanhã terá jantar bom...

~*~

            - Draco! – exclamou Hermione se levantando e ficando frente a frente com Draco – Por favor, isso é loucura. Você não pode...

            - Eu não tenho escolhas Hermione. – disse ele nervoso.

            - Pense em nós. – pediu ela segurando o rosto dele. – Pense em tudo o que passamos... Isso não é importante para você? – perguntou ela.

            - Hermione... Não distorça as coisas... – pediu Draco suspirando.

            - Responda. – pediu ela nervosa.  

            - O que passei com você foi a melhor parte de toda minha vida. – disse ele sincero. – Mas, eu preciso ir. – disse ele.

            Uma batida na janela.

            Lilith foi até a janela e deixou Saiph, a coruja branca entrar.

            - Não sei se chegou numa boa ou péssima hora. – sussurrou Lilith para a coruja que piou não entendendo nada. Lilith fez sinal para Hermione e Draco que se encaravam.

            - Não posso permitir! – exclamou Hermione nervosa.

            - Não tenho escolha Hermione! – exclamou Draco nervoso, será que ela não entendia?

            - Tem! – disse ela por fim, chamando a atenção de todos. – Tem duas opções!

            - Ah é? – perguntou Draco cruzando os braços no peito. - Quais?

            - Eu ou o grupo de comensais. – disse Hermione séria.

~*~

            “Milorde...

            Em breve o plano será executado e acredito que ficará mais fácil de Draco e ou Lilith completarem a missão que lhes foi designada.

            Atenciosamente, sua serva.”

~*~

            - Hermione... – murmurou Lilith atrás da amiga.

            - Não Lily... Ele escolheu os comensais... – murmurou Hermione fungando. Lilith suspirou, mas continuou correndo atrás da amiga.

            - Hermione... – murmurou Lilith virando Hermione pelo braço. – O Draco te...

            - Mione? – chamou Ron delicadamente. Hermione se virou e se deparou com Ron. Engoliu em seco. Não queria ter mais problemas ainda, era pedir muito?

            - Que foi Ronald? – perguntou Hermione cruzando os braços na frente do peito, sinal de impaciência.

            - Imaginei que iria gostar disso. – disse ele tirando algo de trás das costas. A boca de Hermione se abriu e Lilith engoliu em seco.

            Nas mãos, enfaixadas, de Ron, havia um copo. Seus milhares pedaços de variados tamanhos, colados, um no outro.

            - Isso é...

            - O copo. – afirmou ele. – O copo é a nossa amizade. Eu deixei ela se partir, mas... Eu quero seu perdão. – disse ele. – Eu juntei pedaço por pedaço, Madame Pomfrey ficou louca com minhas mãos cortadas. – disse ele olhando para as mãos e rindo. – Mas eu colei tudo, peça por peça. Eu quero que a nossa amizade seja esse copo. Uma amizade como antes, mesmo tendo as cicatrizes e marcas do passado, como as rachaduras do copo. – disse ele. Hermione sorriu e abraçou Ron.

            Um pio. Saiph estava no ombro de Lilith, por míseros segundos. Saiph havia levantado voo.

            - Eu preciso contar o que houve naquele dia. – disse Ron sério.

            - Como assim? – perguntou ela confusa.

            - Não era eu que fiz aquilo. – disse ele.

            - Claro que... – murmurou Hermione não entendo onde ele queria chegar.

            - Você não entendeu Hermione. – suspirou Ron.

            - Não. Não entendi. – confirmou ela.

            - Ron estava sendo controlado por alguém. – respondeu Lilith no lugar de Ron, que assentia com a cabeça.

~*~

            - Cargas d’agua Potter! – exclamou Draco chutando a poltrona que tinha no quarto de Lilith.

Harry estava neutro diante da situação, sentado calmamente na cadeira. Já Draco havia se lançado na poltrona.

- Você vai? – perguntou ele calmamente. Draco se virou para Harry. O que eles eram?

- Assim como você não opinou sobre a sua marca... – disse Draco apontando para a cicatriz de Harry. – Eu não posso opinar sobre a minha.

- Se você for quem aparenta ser... – começou Harry pensativo. – Estaremos do seu lado.

- Eu nunca pensei que ouviria isso vindo de você. – disse ele sincero. Harry riu pelo nariz.

- As pessoas mudam. – comentou ele. – Espero que você tenha mudado. Boa noite Draco. – disse Harry se levantando e indo para a porta.

- Ei. – interrompeu Draco. Harry simplesmente ficou parado. – Você não vai perguntar das missões? – perguntou ele confuso. – Não vai me chamar de traidor, nem nada? – perguntou ele confuso por Harry não ter feito nada daquilo. Harry riu pelo nariz e limitou-se a virar apenas a cabeça. A mão ainda na maçaneta, segurando-a firme.

- Todos nós temos nossas missões Draco. – disse Harry. – Só que algumas são para o bem e para o mau.

- Você sabe que a minha...

- É para o mau. – completou Harry. – Assim como a de Lily. – disse Harry. Draco estranhava Harry não ficar possesso por descobrir aquilo. – Mas... O que importa para mim, e acredito que para Hermione também, não é a missão em si, mas as decisões que você toma durante ela. – disse ele saindo do quarto. 


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Adorei o final do Harry >.
Comentem! Recomendem! Só não passem em branco XD
Próximo capítulo...
"- Contar o que? perguntou ele.
- Quem é a traidora. disse ela. Se algo acontecer comigo, saberá quem foi. "