- Ciça... – murmurou Bellatrix se jogando no sofá.

            - Acalma-se Bella. – pediu Narcisa. – Stix! – chamou Narcisa. – Água para Bella.

            - Sim Sra. Malfoy. – disse Stix fazendo uma reverência. O elfo sumiu e apareceu em seguida.

            - Obrigada. – disse ela carinhosa para o elfo que aparatou assustado com a educação da dona. – Bella... – chamou Narcisa entregando o copo com água. - Pronto?

            - Sim... – murmurou Bellatrix respirando fundo e sentindo o corpo relaxar.

            - O que houve? – perguntou Narcisa calmamente.

            - Eu quero ver minha filha. – disse Bellatrix.

            - Bella...

            - Você não entende! – exclamou ela frustrada. O que havia de errado em querer saber ao menos quem é a filha? – Porra Narcisa!

            - Ei! – exclamou Sirius descendo as escadas da mansão. – Vamos nos acalmar um pouco. – pediu ele se aproximando de Bellatrix que estava andando em círculos no meio da sala.

            - Eu quero ver minha filha. – pediu ela. Sirius engoliu em seco, Bellatrix não era a única a querer ver a filha. – Vai haver uma guerra Sirius. – disse Bellatrix nervosa, sentindo os dedos de ele apertarem seus ombros. – E se a gente, se eu não...

            - Não diga isso. – pediu ele abraçando ela. – Iremos ver nossa filha.

            - Obrigada. – disse ela.

            - Dance comigo. – pediu ele.

            - Como? – perguntou Bellatrix assustada com o pedido.

            - Como antigamente. – pediu ele.

Ela sorriu e passou os braços no pescoço dele. Com um floreio na varinha, uma música começou a surgir. A melodia era suave, calmando os nervos de Bellatrix e aumentando o clima de romance entre eles.

- Lembra dessa música? – perguntou ele movendo-se lentamente pela sala.

- É a nossa música, como iria me esquecer? – perguntou ela divertida. Sirius riu e Bellatrix tremeu ao sentir o riso dele perto do seu ouvido, não pode conter um suspiro.

- Iremos ver nossa filha. – disse ele segurando o rosto dela e olhando nos olhos escuros dela. Bellatrix sorriu. – Não sabe como senti falta desse seu sorriso.

- Não sabe como senti sua falta. – disse ela puxando-o pela nuca para um beijo ardente.

- Eu te amo... – disse ele no meio dos beijos.

- Eu também. – disse ela sentindo ele erguer ela pela cintura, fazendo as pernas dela enlaçarem seu quadril. Sirius caminhou com Bellatrix no seu colo e ambos caíram no sofá grande da sala.

- Vejo que o plano está funcionando. – murmurou Lorde Voldemort acariciando Nagini que se enroscava nos seus braços mortos.

- Sim mestre. – disse ela se ajoelhando na frente do mestre.

Voldemort riu. A risada fúnebre e feliz ao mesmo tempo, ecoou na sala onde estavam, no esconderijo, aumentando mais ainda o clima tenso ali.

- Vá. – mandou ele num gesto rápido com a mão. – Não devem perceber sua ausência na hora do almoço.

Ela fez uma reverência e saiu rapidamente dali.

- Então, ele estava me contando... – dizia Harry para Hermione. A história de Harry foi interrompida por uma voz familiar, se aproximando do corredor deles.

- Vamos! – exclamava a voz feminina. A dona da voz apareceu no campo de vista de Hermione e Harry. – Seu lerdo! – exclamou Lilith brava se virando para Draco.

- O que houve? – perguntou Hermione.

- Queríamos vir antes de vocês saírem, mas ele demorou muito. – disse Lilith apontando para Draco que ficava mudo. – Ficou se arrumando na frente do espelho, todo bonitão. – resmungou Lilith.

- Cala boca Lily. – mandou Draco. Lilith revirou os olhos e mostrou a língua.

- Boa tarde Hermione. – disse Lilith abraçando Hermione que olhou espantada para Draco que deu ombros. – Boa tarde Harry. – disse ela dando um beijo na bochecha de Harry. – Obrigada por ontem. – disse ela abraçando Harry. O rapaz se assustou, mas apertou Lilith no abraço.

- Oi. – disse Draco apertando a cintura de Hermione.

- Oi loiro. – disse Hermione passando os braços pelo pescoço dele.

- Agápi. – murmurou ele antes de selarem um beijo carinhoso.

- Ei! – exclamou Lilith se aproximando deles.

- O que foi peste? – perguntou Draco se afastando de Hermione. Lilith apenas semi cerrou os olhos para Draco.

- Tenho que conversar com a sua namorada. – disse ela empurrando Draco para longe. – Vai Harry. – disse Lilith empurrando Harry para perto de Draco.

- O que foi? – perguntou Hermione sentindo Lilith cruzar seus braços.

- Eu preciso de um conselho feminino. – disse Lilith. – E só tenho você como amiga. Se eu falasse com Draco ele iria dar uma de irmão mais velho, além de não saber dar um conselho decente. – disse Lilith. Hermione riu e assentiu com a cabeça.

- Eu ouvi isso! – exclamou Draco ao longe.

- Finge que não ouviu e continua andando! – exclamou Lilith de volta.

- Fale. – disse Hermione descendo as escadas com Lilith ao seu lado.

- Eu estou a fim de um rapaz. – disse Lilith vermelha. Hermione engoliu em seco. Seria Draco? – Não. – disse ela rapidamente, como se tivesse lido os pensamentos dela. – Eu era apaixonada por Draco. – disse ela sincera. – Vou ser sincera com você, quando eu vim para cá, esperava poder ficar com ele, mas... Ele te ama. – disse ela olhando para Hermione que sorriu discretamente. – Vocês nasceram um para o outro, não posso impedir isso, mas... Eu estou a fim de um rapaz. Ele... Foi perfeito comigo.

- Posso saber quem é? – perguntou Hermione cautelosa, mas ao mesmo tempo curiosa. A curiosidade grifinória. Lilith sorriu, olhou para os lados e aproximou a boca da orelha de Hermione.

- Harry Potter.

- Duplas! – mandou Snape.

Todos os alunos rapidamente se separaram em duplas. Para surpresa de Hermione, Harry fazia dupla com Lilith. Olhou para sua frente, era Draco que estava ali.

- Ataquem como se tivessem defendendo suas vidas! – mandou Snape. Hermione engoliu em seco. – Só não se matem. Agora! – exclamou ele.

Hermione olhou para Draco. Imaginou que ele esperava que ela atacasse, ergueu a varinha e viu ele lançar um feitiço nela.

Os gritos de feitiços de ataque e defesa chegavam na escola. As luzes coloriam aquela tarde nublada. Snape passava entre as duplas, mas não olhava para ninguém, apenas passava.

Os minutos se passaram e por fim, Snape deu a aula por encerrada. Hermione e Draco sentaram-se na grama, abaixo de algumas árvores. Ele puxou ela para colocar a cabeça nas suas pernas.

- Desculpe pelos feitiços. – pediu ele fazendo carinho nos cabelos dela.

- Tudo bem. – disse ela. – Snape mandou mesmo.

- Ai Harry! – exclamou Lilith ao longe. Hermione e Draco viraram-se e viram Harry e Lilith um de frente para o outro. – AI! – exclamou ela segurando o pulso dele.

- Ei! – exclamou Draco se levantando e ajudando Hermione a se levantar. Os dois foram se aproximando deles.  – Eu não gosto dela, mas não precisa matá-la!

- Eu machuquei ela sem querer. – disse Harry nervoso.

- Calma Harry. – pediu Hermione. Draco revirou os olhos e com um floreio fez os machucados no rosto de Lilith sumirem.

- HERMIONE! – gritou Luna correndo até eles.

Hermione se virou e sentiu o corpo de Luna se chocar com o dela.

- Luna, o que houve? – perguntou Hermione tentando acalmar a loira que chorava desesperada. Hermione olhou para os amigos nervosa. Olhou para o chão pensando em algo e viu a mão de Lilith segurando o pulso de Harry. – Luna, você está bem? O que houve? – perguntou Hermione afastando Luna de si e vendo as roupas da loira rasgadas.

- O Ron... – murmurou ela entre os soluços. – Ele tentou... Ele quase... Eu não sabia o que fazer e vi vocês aqui...

- Vai ficar tudo bem. – disse Hermione abraçando Luna de volta. Olhou para Draco que olhava sério para Harry. – Está doendo algo?

- Metade do meu corpo. – disse Luna. Hermione olhou para os amigos, não sabia o que fazer. Draco fez um aceno com a cabeça, apontando para Hogwarts.

- Venha Luna. – chamou Hermione.

- Eu vou junto. – disse Harry.

- Se cuida. – pediu Lilith dando um selinho rápido em Harry que corou furiosamente.

Draco e Lilith viram Hermione e Harry levarem Luna para dentro de Hogwarts.

            - Lily. – chamou Draco segurando o braço da menina.

            - Diga Drekinn. – disse ela dando um beijo na bochecha dele.

            - O que está fazendo aqui? – perguntou Draco direto. Lilith engoliu em seco.

            - Ora... Não posso... ? – perguntou Lilith nervosa.

            - Não. – cortou Draco. – Não pode.

            - Draco...

            - Sabe que pode confiar em mim. – disse Draco firme.

Lilith suspirou. Seu único amigo verdadeiro era Draco. Ela olhou para os dois lados e puxou Draco para o seu quarto, lá não tinha preocupação de ninguém ouvir, afinal... Ninguém sabia que existia. Chegaram no quarto e Draco sentou num sofá que tinha ali.

            - Draco, eu estou numa missão. – disse Lilith direta. Draco engoliu em seco.

            - Todos nós temos uma missão. Que tipo de missão é a sua? – perguntou Draco se levantando e segurando as mãos de Lilith. – Não me diga que o tipo de missão é o de...

            - Comensais. – afirmou Lilith nervosa.

            - Lily, não acredito! – exclamou Draco frustrado, se afastando de Lilith e caminhando em círculos.

            - Você não pode falar nada! – revidou ela nervosa com a opinião de Draco. – Você também tem uma missão relacionada com comensais.

            - Eu não tenho escolha. – disse Draco. – Mas você pode escolher. Seus pais estão mortos...

            - Eu sei! – exclamou Lilith.

            - Qual sua missão? – perguntou Draco cautelosamente se aproximando de Lilith.

            - Drekinn... – murmurou Lilith nervosa.

            - Lily, confie em mim. – pediu ele. Lilith respirou fundo.

            - Eu tenho que levar Harry Potter até Lorde Voldemort e convencer você a ter a marca negra. E a sua?

            - Matar Hermione Granger. – disse Draco.

            - Você não a... ? – começou Lilith não terminando a frase, mas Draco conseguiu entender a quase pergunta.

            - Não. – disse ele firme.

            - Eu tenho uma ideia. – disse Lilith animada.