Do Seu Lado. escrita por Burn


Capítulo 6
Um anjo da guarda muito forte?


Notas iniciais do capítulo

Oi *-*
Pra começar dedico esse cap a Roxanne Darkshadow, pois amo os comentários dela sempre expondo suas opiniões*-*
A BellaCute que é uma fofa, que nunca deixa de comentar e também sempre expõe suas opiniões, a Pamela Bueno linda que não deixa de acompanhar a fic comentando e me dando mais motivação para escrever e por ultimo a larimanson, leitora nova que me fez ter vontade de avançar toda a fic para a parte realmente legal que esta por vir. Pois é, eu sei que esses caps estão chatos mais daqui uns no máximo 3 cap finalmente sim as coisas melhoram *--*
Mas enfim, muito obrigada a vocês, e também a todos os leitores que estão acompanhando *-*
Agora chega de lenga-lenga e vamos ler né?
Até lá embaixo(:



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Olhei para aquele despertador amaldiçoado dos infernos que não parava de apitar mostrando que já era meio dia.

Levantar ou não levantar, eis a questão.

Eu não tinha escolha, precisava levantar para a competição.

Desci da cama sentindo minha cabeça latejar, parecia que iria explodir de tão forte que era a dor. Não me lembrava de ter tomado tanta bebida noite passada, mas como se não bastasse eu sentia que ainda havia pasta no meu cabelo. Só para desencargo de consciência passei a mão nele mas não havia nada. Esfreguei os olhos por hábito e dei um grande bocejo.

Apertei minhas têmporas enquanto um filme da noite passada ia passando em minha mente. Meu cabelo, a porta, Dona Judith, prova, bar, palco, Pirralha...

Olhei para a cama dela constatando que ela não estava ali, talvez devesse ter dormido no sofá. Ela estava com muita raiva de mim, e eu também estava com raiva dela, mas ela estava com muito mais raiva de mim.

Eu daria de tudo saber o que Dona Judith havia feito para deixá-la assim. Desde que saímos do bar nenhuma palavra foi trocada, apenas alguns olhares mortais, mais da parte dela porque eu estava pra lá de Bagdá.

Aproveitando que não havia mais ninguém no quarto fui para o banheiro e tomei um banho frio, depois enrolei a toalha na cintura e saí indo direto para o meu armário, abrindo a porta despreocupadamente.

Bem, despreocupadamente porque eu nunca ia imaginar que alguém seria capaz de dormir no meu armário...

–AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH- gritei assustado com a Pirralha parada que nem uma múmia dentro do meu armário.

–AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHH!- ela gritou arregalando os olhos ao olhar para baixo e depois os tampando, olhei para baixo para ver o que a havia assustado e foi só ai que me dei conta de que minha toalha havia caído.

Eu também não ia imaginar que toalhas presas na cintura se soltavam tão facilmente.

Tampei o Noah Junior com a mão e abaixei desesperado para pegar a minha toalha. Será que essas coisas só aconteciam comigo?

– O que você esta fazendo dentro do armário? - indaguei depois de enrolar de novo a toalha em minha cintura.A Pirralha continuava estática, com as mãos sobre os óculos tampando os olhos, suas bochechas levemente coradas mostrava que ela havia visto o suficiente, e não só de relance- Não vai me responder?- e não houve resposta.Sorri maliciosamente, não podia perder essa chance de tirar uma com a cara dela.- É exatamente assim que as garotas ficam depois de ver o Noah Junior...- aumentei meu sorriso se tornando presunçoso -... um tanto deslumbradas, não?

Ela abaixou as mão encarando meu rosto incrédula, para falar a verdade nem acreditava direito no que havia falado.

–Aquele pato lazarando dos infernos me paga. – praguejou me empurrando e saindo do quarto.

Depois ela voltou, se aproximou, depositou um belo tapa na minha cara.

–Au!- murmurei passando a mão na área atingida. Sem ao menos poder me vingar ela já havia ido embora.

Ignorei-a, e vesti minhas habituais calças surradas com uma regada dessa vez azul escura, e um tênis Nike vermelho.Coloquei meu gorro e peguei meu skate, a Pirralha me esperava sentada no sofá .

–Vamos?- a Pirralha falou de forma simpática, parecendo eu antes de levá-la para a Dona Judith. Olhei desconfiado para suas mão constatando que não havia faca nenhuma ali. Menos mal, eu não seria apunhalado pelas costas. Apesar que poderia existir coisa pior do que isso, ainda mais vindo da Pirralha que foi capaz de cortar meus cabelos enquanto eu dormia. Porque é que ela fez isso mesmo? Pensando bem, não me lembro de tê-la irritado tão profundamente para que ela fizesse uma coisa dessas...

Enfim, para a minha sorte, ela não havia planejado nada pelo que parecia. Talvez ela só sofresse de transtorno bipolar. A viagem até a competição foi tranquila sem nenhuma tentativa de homicídio para a surpresa de todos.

–Aí campeão! - Gabe me cumprimentou com um abraço, a competição não havia começado ainda, mas ele sabia que eu ganharia de qualquer jeito.

–Aí gayzão. Pronto pra batalha?- perguntei retribuindo o braço.

–Só vai dar agente na final.

Varri o local com os olhos procurando uma figura estranha que só vestia blazers, e ali estava ela parada e deslocada entre a pista das criancinhas. Bem, ela estava em seu devido lugar.

–Pirralha, toma conta da minha mochila e do meu skate fazendo favor enquanto eu faço a minha inscrição.- perguntei me aproximando

–Claro!- falou com uma felicidade exaltada, sim definitivamente ela era bipolar.

(...)

Subi por uma das escadas laterais, aquela era a rampa mais alta dali, talvez do tamanho de um prédio de 6 andares. Eu estava na semi final, entre Gabe e um outro semifinalista também, não faltava muito para eu ganhar e se eu ganhasse seria meu quarto ano consecutivo, talvez meus troféus de competições de skate fossem meus únicos orgulhos e era por isso que eu me esforçava tanto para tê-los. Era gratificante ver que dias de treinos acordando nas madrugadas eram recompensados por aquele objeto que tanto valia.

Ouvi o narrador da competição falar do meu potencial e estufei o peito para fazer jus a imagem.

Ajustei o Skate sobre a rampa, e com um sorriso presunçoso, coloquei um pé sobre o tail para ele não escorregar, com o outro pé me impulsionei para a frente.

Teria dado tudo certo, eu tenho certeza que teria sido finalista se as rodas não houvessem se desgrudado dos trucks, assim que deslizei para a rampa.

Gritos de horror.

Uma queda equivalente a seis andares.

A perda da chance de ganhar o meu troféu.

–Não foi nada muito grave. Eu diria que você tem um anjo da guarda muito forte.- sorriu o medico examinando uma fichas- Você apenas torceu o pulso esquerdo, precisará deixá-lo imobilizado por um mês ou menos, dependendo da sua recuperação. Vou deixar com a sua irmã a lista de remédios que você precisará tomar, de resto esta tudo ok, sem danos ou sequelas graves, as vezes você pode sentir um pouco de tontura, mas coisa passageira.



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Notas finais do capítulo

Gente, o que vocês acham de meu jeito de narrar a historia? Acham que esta faltando detalhes?
No prox cap:
(...)
[Gabe]-Eu quero dizer que não é possível que as rodas tenham soltado sozinhas... Alguém devia tê-las afrouxado...
-Impossível.- o cortei Eu não deixei o meu skate com ninguém antes da...- deixei que a frase morresse e olhei para a Pirralha que se encontrava estática do meu lado(...)
então é isso, até o prox cap *-*