Do Seu Lado. escrita por Burn


Capítulo 28
Eu te... Eu te amo?


Notas iniciais do capítulo

Geeeenteem *--*
Desculpa a demora. Foi pura falta de tempo e criatividade, mas finalmente saiu algo bom então, cá estou eu pra postar *-*
Quer dizer, bom booom boom, não tá né, mas ta bom.
Olha, esse cap contem comédia e drama. Ultimamente os meus caps estão tão bipolares, não é?
É com muito pesar que anuncio que esse é o penúltimo cap ):
Já estou com metade do ultimo pronto, então logo logo eu posto, eu acho ...
Enfim, tirando isso, eu vou tentar fazer uma oneshot de como o Gary foi parar nas mãos no Noah. Só estou esperando a aparição da mamãe Juliiet para me ajudar. Ah, e estamos de capa nova ! A linda da Cah Salvatore que vez, então, muito obrigada Cah! E a Dori tb fez capas, e para agradecer essas duas lindjas, elas vão ter de primeira mão a oneshot do Gary.
Ah gente, são tantos comentários que eu ainda nem consegui terminar de ler. *--* G-zuis, e as recomendações?
Nossa, muito obrigada mesmo, suas lindas *-*
Enfim, espero que vocês curtam o cap.



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 PDV Jered

Eita, o que é esse negócio molenga no meu pé?

Por que está tudo tão escuro?

Como é que eu vim parar aqui...Não, pera.

Acho que eu me lembro... Sim, sim! Eu me lembro claramente.

Eu, Jered-gostos-e-lindo, estava desbravando a mata com o meu fiel escudeiro, Noah-ego-inflado-feioso-e-magricelo, em busca da princesa-lagatixa Joséfina, para entregá-la mostro-hippe-que-anda-com-uma-espingarda quando de repente a Gi-estranha-mas-gostosa apareceu com a cara pintada de verde.

Deu que o Noah gritou como uma moça e desmaiou, e eu, bem, o que aconteceu comigo mesmo?

-Para onde você levou o Jered?- a voz infunhanhada da Gi interrompeu minha retrospectiva mental.

Olhei para cima mesmo sem enxergar nada, porque era de lá que a voz vinha.

-Ele está lá no porão. Você bateu muito forte na cabeça dele, ele deve estar desmaiado até agora.- Agora era a voz do Gabe-olhos-cor-de-cocô.

Er, a Gi bateu forte em mim? Isso não tinha muito sentido.

-A intenção era essa- ela respondeu. E os dois ficaram quietos.

Tipo assim: Extremamente quietos.

E o negócio molenga do meu pé começou a se mexer.

Ai papai, o negócio tá se mexendo.

Caguei.

Calma Jered, calma. Respira, inspira, respira e inspira.

Tateei minha perna até o negocio mexedor, e quando eu encostei nele, e negócio simplesmente entrou na minha calça.

De súbito as luzes se acenderam, revelando o hippie sentado em uma poltrona velha, segurando sua espingarda e me fuzilando com os olhos.

Pelo que parecia, estávamos em um porão abarrotado de caixas, e três metros de espaço aberto nos distanciavam.

-Faz horas que o tempo estipulado acabou- ele falou acariciando a espingarda.

-Estipulado?- franzi o cenho.- Que raios de palavra é essa ?

Ele revirou os olhos.

-Contratado, convencionado...

-Hein?

-O tempo combinado!- falou sem paciência.

-Aaaah! O tempo combinado- sorri amarelo.

-Encontrou o Joséfina?- indagou apontando a arma para mim.

Engoli seco.

-A Joséfina?- minha voz saiu um tanto fininha. -É claro que eu encontrei a Joséfina- blefei.

E nesse exato momento, comecei a sentir as patinhas da coisa molenga que tinha entrado na minha calça.

-Onde ela está? - ele fez uma careta – Porque você está rebolando?

-Eu não estou rebolando- neguei desconfortável, e o negócio mole começou a subir mais e mais. Comecei a andar em círculos, desesperado para aquilo não chegar a minha cueca. O hippie me olhava como se eu fosse um retardado.

Em um ato desesperado, decidi tirar a calça.

-O que você está fazendo?- ele ficou de pé, alerta.

-Não dá, bro- desabotoei a calça- O negócio mole tá subindo.

Nossa, como essa frase soou estranha.

-Ta subindo, é?- o hippie falou numa voz arrastada.

Parei de abrir o ziper e arregalei os olhos. O hippie me olhava com uma sobrancelha erguida. Ele umedeceu os lábios com a ponta da língua.

AI CARACOLES, O HIPPIE TAVA TENANDO ME SEDUZIR.

ME.SEDUZIR.

SERÁ QUE DEU PRA ENTENDER A GRAVIDADE PROBLEMA?

Calma Jered. Respira, inspira, respira e inspira.

E o negócio da minha calça?

Eu tenho que tirar a minha calça...

Limpei a garganta meio desconfortável.

-Dude, er, eu vou tirar a calça, mas...seu time

-Isso, tira a calça!- Gritou jogando a espingarda para trás, tonando totalmente inaldivel a parte em que eu dizia '...mas eu não jogo no seu time'.

E agora o hippie gay sorria grotescamente para mim.

Olhei desesperado para os lados, procurando pela saída, mas eu não tinha muita escolha. A escada estava logo atrás do Hippie, e de qualquer jeito eu precisava tirar a calça.

Então, me muni da minha coragem não existente e arranquei minhas calças ali mesmo. Em seguida, corri na direção do hippie, que abriu os braços para me receber, mas no ultimo segundo, desviei dele, o deixando para trás com cara de tacho, conseguindo alcançar a escada. Rompi a porta atropelando a senhora dona da casa e caindo em cima dela.

-Au!- gemi erguendo o rosto. A senhora olhou para mim assustada.

-TARAAAADOOO!- começou a gritar em baixo de mim. -TARAADOOOO!

O Hippe apareceu na porta do porão.

-Achei você! Dono da coisa mole que sobe!- ele sorriu ao me ver em cima da mãe dele. - Então você curte um ménage à trois.

-Que mané homenage o que! - me levantei e olhei para o 'negócio mole que sobe' que estava grudado em minha coxa, e que na verdade era uma lagartixa, e só então percebi que a minha cueca tinha sido tirada junto com a calça. Gemi de desgosto e arranquei a lagartixa da minha coxa.

-Toma o negócio mole que sobe- falei jogando a lagartixa na cara dele. E saí andando pelo corredor, tapando o meu 'equipamento' para recuperar o resto de dignidade que eu ainda tinha.

-JERED! - reclamou Noah tampando os olhos da Julia assim que eu entrei na sala.

Eles pareciam ter acabado de chegar da rua.

- Desculpa man, mas o dia não está fácil não- me defendi, lembrando do hippie me olhando com desejo.

Senti um frio na espinha e quase morri congelado.

-É, não está mesmo.- Noah suspirou, com um tom de voz preocupado.- Vai lá se trocar, e arruma as suas coisas que nós vamos embora.

Sorri ao ouvir aquelas duas ultimas palavras.

-Graças a Deus!- ergui as mãos para o teto, agradecido.-Obrigada meu senhor!

-JERED!- Noah me repreendeu outra vez, apontando, com a mão que não tampava os olhos da Julia, para as minhas partes intimas.

-Desculpa- sorri amarelo.- Vou lá arrumar as minhas coisas.

E sai saltitante, agradecendo pelo quarto onde eu estava dormindo esses dias, já que ele não era muito longe da sala, e assim, não havia perigo de eu esbarrar naqueles dois loucos habitantes dessa casa durante o trajeto.

Arrumei a minha mala o mais rápido que pude, e em menos de cinco minutos encontrei no hall de entrada com a Julia e o Noah que segurava Bacon- acho que eles decidiram que não podiam deixá-lo nessa casa de loucos, aliás, quem foi o retardado que arrastou todo mundo para cá? Epa, não, pera... Foi um retardado, mas o retardado é bonitão.- por uma coleira e Gary no colo.

Procurei por Gabe, Gi e Allan e volta, mas nenhum dos três tava lá.

-Cadê o resto do povão?- perguntei enquanto a Ju abria a porta.

-Eles desatolaram a minivan e foram faz meia hora- ela respondeu desanimada.

-E com que carro a gente vai?- a segui porta a fora.

-Com o que o Gabe alugou- dessa vez foi Noah quem respondeu, igualmente desanimado.

Segui eles até o tal carro alugado e joguei minha mala junto com as outras, no porta-malas. Noah e Julia pareciam dois zumbis. Durante todo do trajeto, onde eu fui no banco de trás com Bacon e Gary, não pude deixar de ficar com a pulga atrás da orelha. Os dois não falavam nada, e as vezes trocavam olhares tristes pelo retrovisor.

-Finalmente chegamos!- me espreguicei assim que entramos no apartamento do Noah. - Eu já estava com saudades desse cheiro de poluição de Manhattan.

Falei com as paredes, porque os dois, juntos com o Gary e o Bacon, me deixaram sozinho na sala.

-Fazer uma faxina na casa as vezes pega bem!- gritei olhando para o que parecia um cocô desidratado em cima do tapete.

Logo os dois apareceram, cada um segurando uma mala enorme.

Olhei completamente sem entender.

-Nós vamos a algum lugar?- indaguei suspreso.

A Ju suspirou.

-Eu vou- e deu um sorriso triste.

Sorri de volta e me joguei no sofá.

-Quando você voltar, eu tava pensando em levar o Bacon pro zoológico.

-Jered....- ela tentou falar mas eu a interrompi.

-Sabe, lá eles cuidam muito bem dos bichos e tal-

-Jered, ela não vai voltar.-Noah largou a mala perto da porta.

-O que?- perguntei sem entender.

-Ela não vai voltar. - tornou a repetir.

Ri da piadinha sem graça dele.

-Tem um tempinho pras férias acabarem, bro. Acho que você não vai conseguir se livrar dela tão cedo.- Abri os braços e me aconcheguei mais no sofá.

-Hoje, quando estávamos no estacionamento do mercado, o chefe da minha mãe ligou. Ela sofreu um acidente, e eu preciso voltar para cuidar dela.- Julia falou com os olhos brilhando. Aquilo eram lágrimas?

Franzi o cenho, e fiquei de pé.

-Isso quer dizer que você vai embora de verdade?

-É Jed, eu vou embora de verdade.

-Jed?- senti meu coração apertar em meio ao choque.- Logo agora que você arranjou um apelido maneiro pra mim! Não Ju, você não pode ir embora.-Balancei a cabeça. E os braços dela me envolveram tão rápido quanto as lágrimas brotaram nos meus olhos.

PDV Noah

Olhei os dois ficarem abraçados por um tempo. E, depois que se soltaram, eles trocaram algumas palavras, até que ela finalmente se virou para mim.

E até aquele momento, eu nunca tinha cogitado em como seria sofrida uma despedida.

Senti meu coração se fundar no peito, quando ela olhou para mim com aquele par de olhos cinzas, e avermelhados pelo choro. Um pouco do seu cabelo loiro estava colado em seu rosto por conta das lágrimas.

Me abaixei um pouco, para ficar da sua altura, e ela correu até mim, se jogando em meu colo. Eu não bambeei ao segurá-la. Mas também pudera, ela era tão pequena, e ali em meus braços, me senti completamente dividido. Aos mesmo tempo que eu sentia o amor de irmão, eu sentia o amor de amante.

Pareciam duas coisas completamente opostas, que não poderiam estar juntas num mesmo corpo, mas estavam. Aquela garota me fizera aprender a gostar dela do todas as formas possíveis.

Ela virou minha vida de cabeça para baixo, e agora, simplesmente estava indo embora.

A apertei contra meu peito, aproveitando os últimos segundos que poderia tê-la comigo. Seu corpo dava pequenos espasmos, seu rosto estava escondido em meu pescoço, e sua respiração quente e irregular batia contra a minha pele.

O interfone tocou, anunciando que o taxi já esperava na porta.

Coloquei a pirralha no chão. E separei nossos corpos até que nossos olhos se encontrassem. Ela lançou um sorriso triste para Jered e seguiu porta a fora com uma das malas.

Fui em seu encalço com a outra, e andamos em silêncio até a porta do elevador. Ela apertou o botão, e enquanto ele não chegava, nós sabíamos que seria nosso ultimo momento juntos.

Larguei a mala no chão e envolvi sua cintura, lhe dando um beijo salgado, com gosto de despedida. O beijo era horrível, mas eu não podia parar. Aquela era a ultima vez que poderia sentir aqueles lábios macios se modelarem com os meus.

Logo ela voltaria as aulas e eu a faculdade. Provavelmente ela se formaria por lá, e enquanto isso, o tempo já teria passado, e ela me esquecido.

Nunca fui um cara muito sonhador. Na verdade, eu era bem realista, e tinha certeza que essa seria nossa realidade. Afinal, ela só tinha 16 anos, e uma vida inteira pela frente, assim como eu.

A porta do elevador se abriu nos obrigando a nos separar.

-Vou sentir sua falta- falou com a voz embargada.

-Eu também- sussurrei em seu ouvido.

E então sua face se iluminou completamente, e ela sorriu.

-Você pode passar o resto das férias comigo, lá em Londres- propos.

Franzi o cenho, e as lembranças de antes do chefe da mãe dela ligar, tomaram minha mente.

Eu eu a beijava, no estacionamento daquele mercado, dentro do carro, até que ela interrompeu o beijo, e sorriu da mesma forma que sorrira antes da proposta.

-Eu te amo- sussurrou, causando um choque imenso. Eu estava em extasiado por ouvir aquelas três palavras. Ali, em plena noite, dentro de um carro, a garota que eu amava dizia que me amava.

-Eu também te...- e de repente, a palavra não saia. Ela estava entalada na minha garganta.

Eu a amava, não amava?

Então porque não conseguia dizer que amava?

Naquela hora, o celular tocou, me salvando, mas ao mesmo tempo, trazendo sofrimento.

-Então, você vem?- ela indagou, me arrancando de meus devaneios.

-Não.


 


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Notas finais do capítulo

COOOMOO ASSIM 'NÃO'? o.o
hihi, comentem :3
Logo, logo a fic acaba e vocês não vão mais ter essa oportunidade ):