Do Seu Lado. escrita por Burn


Capítulo 24
Assuntos pendentes.


Notas iniciais do capítulo

Oooooi geentem lindas que estavam morrendo de saudades de mim *-* ( eu sei que vocês não estavam sentindo saudades porcaria nenhuma de mim. Só da fic.. Mas deixem eu me iludir u.u)
Primeiramente Beatriz Ribeiro Mendonça, esse cap é dedicado a você pela sua recomendação.Obrigada sua linda*--*
Segundamente: não estou com o mínimo de tempo para responder os comentários do cap passado. Me perdoem cocotas. Ou eu respondia eles, ou eu escrevia esse cap, optei por escrever o cap, e responder os reviews durante a semana ok? Obrigada as todas que comentaram *-* Estão me ajudando muito.
Terceiramente: Boa leitura suas lindas, gostosas e tudo que há de bom (ãnh, foi só eu que lembrei da abertura do desenho das meninas super poderosas nesse momento? ~ok, me ignorem)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/213374/chapter/24

Fechei os olhos e esperei até que os lábios de Noah encostassem suavemente nos meus. Era um beijo meio nostálgico, me fez lembrar do primeiro, sua mão me puxou para mais perto e senti seus dedos se enroscarem em meus cabelos.

Noah se afastou me fazendo reclamar baixinho. Ele logo sorriu, e acariciou minhas bochechas me olhando nos olhos.

Sua expressão estava serena e divertida. Ele tinha um ar extremamente infantil hoje.

Eu não sabia se devia falar alguma coisa. Tinha medo de estragar todo o clima, eu era boa nisso. Ele também não me pareceu querer dizer qualquer coisa. Seus olhos estudavam milimetricamente meu rosto, o que me fez corar. Ele estava tão perto de mim que sua respiração batia contra meu rosto.

Depois de finalmente constatar alguma coisa que eu não fazia ideia do que era, Noah se levantou me levando junto, e segurando minha mão, começou a andar.

–Pra onde vamos?- indaguei, seguindo seus passos pela rua calma, ao lado da praça.

Noah negou com a cabeça, mantendo um sorrisinho no rosto e olhando para frente. O final da rua dava para uma parte da praia, um pouco mais distante do que a parte que estávamos antes.

–Você não vai falar?

Ele me olhou de soslaio e negou novamente com a cabeça.

Bufei.

–Acho melhor o senhor Knight me contar, ou eu vou bater nele- ameacei divertida dando um soquinho no braço dele.

–Você vai bater no senhor Knight?- ele ergueu uma sobrancelha e riu.

–Você ainda não sabe do que eu sou capaz, senhor Knight- estufei o peito e ergui o braço, mostrando meu hiper bíceps magricelo.

Noah olhou divertido e levou uma mão a boca.

–Oh meu Deus, - ele deu uma cutucada no meu bíceps- isso é de verdade?

–Sim- assenti. – Genuíno e sem bomba.

–Se eu não te contar, você vai me bater mesmo? – ele fez careta.

–Aham- abaixei o braço e empinei o nariz.

Noah sorriu matreiro e me deu um selinho inesperado.

–Vem me bater então, pirralha– ele deu bastante ênfase ao pirralha, e depois saiu correndo, me deixando parada no meio da rua.

Demorei uns segundos para processar tudo e começar a correr atrás dele. Era lógico que ele estava correndo devagar, mas ainda assim era difícil para eu alcançá-lo.

Quando chegamos à praia, larguei meus chinelos na areia mesmo, e continuei correndo em seu encalço. Noah hora ou outra virava para trás e dava um jeitinho de me provocar, me chamando de lerda, ou fraca.

Quando dei por mim, já estava arfante, subindo degraus que eu nem sabia de onde sugiram.

–Anda sua sedentária, vem me bater- ele provocou-me, subindo os degraus de frente para mim, sem nenhuma dificuldade. Sua camisa estava jogada pelo ombro, e ele ria como uma criança.

Aquilo só me deu ainda mais vontade de alcançá-lo, para fazê-lo engolir suas próprias palavras. Ou para fazê-lo desembuchar logo para onde estávamos indo.

–Porque você não me fala essa merda logo?- arfei, encontrando forças sei lá de onde, para continuar subindo os degraus.

–Porque é meio gay.

Noah subitamente parou de subir os degraus, mas como eu não estava preparada para aquilo, e só um degrau nos separava, eu fui de encontro com ele, fazendo nossos corpos se chocarem e ele cair com tudo no chão.

–Au!- gemeu embaixo de mim. Meu coração estava acelerado pela corrida, e a minha respiração entrecortada. Levantei minha cabeça que estava em seu peito e o encarei – Até que pra uma sedentária você aguentou bem- ele sorriu.

Bufei irritada e ignorei seu comentário.

–Você é um gay.

Sai de cima dele, batendo as mãos na roupa, para tirar a poeira, e quando levantei os olhos, perdi completamente a fala.

O mar escuro, se misturava com o céu no horizonte, enquanto a lua cheia gigantescamente branca brilhava no centro de ambos, pois estava sendo refletida, ofuscando qualquer estrela que quisesse brilhar na noite.

–Incrível- sussurrei estupefata, encostando no extenso parapeito de grade branca. Estávamos no farol da praia, e isso explicava a grande iluminação do local.

Senti Noah apoiar o queixo em meu ombro, enquanto colocava suas mãos sobre as minhas no parapeito.

–Gostou?- ele indagou receoso.

O barulho do mar, misturado com a brisa fresca não poderia deixar o clima mais agradável.

Olhei seu rosto de soslaio e sorri.

–Isso é lindo- exclamei.

–Igual a mim- ele sorriu me encarando de rabo de olho também.

Revirei os olhos.

–Convencido.

Noah ficou algum segundos calado, mas visivelmente impaciente.

–Já terminou de observar a paisagem?- ele indagou, passando as mãos pela minha cintura.

–Por quê?- franzi o cenho.

–Porque a senhorita tem assuntos pendentes comigo- ele puxou meu corpo mais para perto, mordiscando a minha orelha. Senti um leve arrepio percorrer minha espinha e fechei os olhos me deliciando com a sensação.

–Que assuntos?- falei arrastadamente sem conseguir me concentrar em muita coisa.

Noah virou meu corpo, apoiando as minhas costas no parapeito. Olhei aquela típica sobrancelha que ele sempre erguia enquanto dava um de seus mil sorrisos. Era uma coisa tão Noah. Agora o sorriso dele era maroto, e ele não me deixou contemplá-lo por muito tempo, porque antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, Noah afastou meus cabelos do pescoço e começou a distribuir pequenos beijos ali.

–Precisamos discutir a minha opção sexual- ele falou contra a minha pele, me fazendo arrepiar.

–Sua opção sexual? – meus olhos estavam fechados e meus dedos se enroscavam nos cabelos do Noah. Me pergunto como minhas mãos foram parar ali.

Ele parou subitamente a caricia e me encarou sério.

–Eu sou um gay, segundo a você- ele suspirou me olhando. – Sendo assim, acho que não poderei beijar minha amada, num farol, sob a luz do luar, como eu queria.

–S-sua amada?- gaguejei.

–Sim, minha amada. Sempre quis trazer a garota que eu amo, a um lugar clichê, e beijá-la para ter certeza de que o que eu estava vivendo não era um sonho.

Olhei em volta, admitindo que aquele era sim um lugar completamente clichê, e presumindo que talvez eu fosse sua amada.

A ideia me fez sorrir como uma bobona.

–Eu sou sua amada?- balbuciei.

Ele deu mais um longo suspiro.

– Eu te trouxe aqui Jules – sussurrou baixando a cabeça para ficar da minha altura- um lugar clichê e completamente gay, para realizar o meu sonho. Então sim, você é a minha amada- ele aproximou o rosto do meu, ficando com a boca a centímetros da minha. – Mas não vou beijá-la até você dizer que eu não sou gay. Isso fere meus sentimentos.

Ri de como tudo soava utópico e extremamente piegas, nada Noah. Era meio difícil de acreditar que estava mesmo acontecendo, mas eu não ligava. Não queria perder um segundo daquele momento. Não tinha certeza se aconteceria de novo.

–Quem disse que eu quero que você me beije?- falei com a maior cara lavada do mundo. Noah riu e mordiscou me lábio inferior lentamente.

–Eu sei que você quer.

–Você é um gay, não sabe de nada- provoquei, e sorri ao ver que tinha conseguido o que queria.

Noah atacou minha boca com avidez. Me prensando contra o parapeito e depois me puxando para trás. Andamos sem nos desgrudar até que suas costas batessem contra a parede. Suas mãos que antes estavam em minha cintura para me guiar, agora se encontravam em minhas costas e minha nuca, enquanto as minhas estavam pousadas em seu peito.

Nossas línguas brigavam por espaço, e o gosto de menta que ele tinha me inebriava completamente. Eu sentia seu coração quase tão descompassado quanto o meu, e minha respiração tentava inutilmente se estabilizar para não precisar me separar dele por nada.

Seus beijos tinham um efeito estranho sobre mim, me fazendo querer mais. Muito mais. Talvez fosse o jeito delicado e ao mesmo tempo avassalador que suas mãos percorriam meu corpo, ora me acalmando, ora deixando um rastro quente que eu não sabia descrever.

Esse beijo não tinha nada de nostálgico, como o da praça. Esse beijo era ardente, sedento. Completamente novo para mim.

O ar se fez necessário, mas Noah apenas liberou minha boca para ir ao meu pescoço. Sua respiração contra minha pele me arrepiava completamente. Ele estava ofegante como eu. Suas mãos desceram por minhas costas e agarraram as minhas coxas me puxando para cima, inesperadamente. Enlacei minhas pernas em sua cintura de forma desajeitada.

Eu não era muito experiente em dar uns ‘amassos’. Mas era Noah que ditava as regras ali, e eu só cumpria, sem a mínima vontade de impedi-lo.

Ele girou seu corpo, encostando minhas costas na parede, e me prensando com força.

Nossos corpos tão juntos fizeram com que eu soltasse um som em satisfação. Noah parou imediatamente o que estava fazendo. Abri os olhos e me deparei com suas orbes azuis, quase pretas.

Ele me colocou no chão ofegante.

–Acho melhor pararmos por aqui- Noah levou uma mão à nuca e coçou, encabulado.

–Não quero parar- falei, e corei em seguida, ao perceber as circunstancias, e minhas próprias palavras.

Ele riu terno, com aquelas covinhas, e beijou minha bochecha.

–Eu amo quando você fica corada- sussurrou, e colocou as mãos delicadamente em minha cintura. Seus olhos me prendiam, como imãs. Eles passavam do tom escuro, para o gelo, vagarosamente. Era incrível. Eu poderia passar o resto do meu dia apenas admirando eles se Noah não me beijasse calmamente os lábios, tirando minha concentração de qualquer coisa.

Ele encerrou o beijo com um selinho, e se separou de mim.

–Espero que isso tudo não seja só um sonho- ele sussurrou de olhos fechados, me abraçando contra seu peito, como se quisesse ter certeza de que eu estava ali.

Sorri com aquilo. Eu me sentia completamente apaixonada por ele. Era como se eu estivesse conhecendo uma outra pessoa, em uma mesma pessoa. O Noah era chato, organizado, egocêntrico, mas ao mesmo tempo era amável, fofo, preocupado... Não era perfeito para o mundo, mas eu tinha certeza que era perfeito para mim.

–Acho que devemos ir embora- ele murmurou.- Já está deve ser umas dez horas, daqui a pouco não encontraremos taxi para nos levar para aquela casa estranha.

Suspirei me soltando de seus braços com pesar.

–Tudo bem- assenti.

Noah segurou minha mão e descemos do farol, andando em silencio até a praça, onde havia um ponto de taxi. Apenas desfrutando a companhia do outro. E foi quando eu entrei no carro que eu finalmente me toquei de tudo que havia acontecido.

Eu era apaixonada pelo Noah, e era correspondida. Nada poderia estragar essas férias.

Nada...



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Alguém quer alegrar meu dia com uma recomendação?
Ninguém? Ok ):
Vou lá me afundar num copinho do coca cola...
Ok, a tia Burn aqui parou com o drama u.u ( eu falo tia, como se fosse muito mais velha que vocês ASHASUHSAUH)
Acho que o próximo cap só sai no final de semana que vem... A escola suga todo o meu tempo, e eu estou na semana pré-prova, e depois é a semana de provas, então tem a grande possibilidade de eu só postar no próximo do próximo fds ):
Me perdoem ok? Vou fazer tudo que eu puder para não demorar tanto.
Ah, alguém aí gostou do cap?
Quem vai ser a pessoa a me dar o prazer de ter 500 comentário na minha primeira fic?
Beeijos nessas bundas quadradas de tanto ficarem sentadas;*