Do Seu Lado. escrita por Burn


Capítulo 23
Direto ao ponto.


Notas iniciais do capítulo

Oi Gentem que me amam du fundo decis s2.
Ok, me matem.
Aqui estou eu, a diviníssima, queridíssima, e grandiosíssima ( ou talvez não tão grande assim) Burn!
Ah sentiram minha falta não? - Eu sei que sim u.u
Aqui estou eu com mais um cap. E nem preciso falar o quanto estou chateada pelas pessoas que não comentaram no cap passado né?
Ah, eu não revisei esse cap. Pra falar a verdade eu dificilmente reviso algum cap.. Então ignorem os erros, e se vocês acharem, me avisem *-*



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Não consegui nem subir na prancha, mas eu havia me divertido com Noah, até que chegou uma hora que o coitado não me aguentava mais.

O sol estava se pondo, e o céu tinha um tom alaranjado, calmo.

-Quer tomar sorvete?- perguntou fincando a prancha na areia. Havíamos acabado de sair da água.  

Encarei o meu meio-irmão exausto como eu. Ele estava com os cabelos molhados puxados para trás. Seus olhos azuis estavam mais claros e divertidos, a boca esboçava um sutil sorriso e no queixo dele escorriam algumas gotas.

Um gatinho molhadinho se torna ainda mais atraente

Ignorei a voz do Allan cantarolando em minha mente.

Seu peito era definido, junto com a barriga, o que disfarçava bem uma cicatriz grande que ele tinha.

Toquei com a ponta dos dedos a cicatriz. Percorrendo de uma ponta a outra. Ela não era feia, e quase passava despercebida.

-Eu deixo você brincar no meu tanquinho depois- Noah sorriu convencido, ele estava achando mesmo que eu só estava apreciando seu abdômen definido?

O  ignorei completamente.

Minha mente estava ocupada, me lembrando do dia em que o vi chorar como uma criancinha perdida.

“Eu me sentia importante, amado por aquele homem sem sentimentos, aquele alcoólatra nojento. E aí um dia, ele simplesmente tentou matar a minha mãe.- Noah fez uma pausa se encolhendo ainda mais na cama. – Se eu não o impedisse, ele a teria matado.”

-Foi ele?- indaguei voltando meus olhos ao meu meio-irmão, que me encarava de forma indecifrável. Senti que Noah sabia sobre o que eu me referia, mas estava novamente indefeso. Sem coragem para responder.

Sim, era certeza que havia sido o pai dele.

Me arrependi completamente de ter notado a cicatriz, e ainda mais por ter perguntado.

Num ímpeto o abracei, enterrando a cabeça em seu peito, numa forma meio cálida de reconfortá-lo. Noah não se moveu. Suspirei contra seu corpo e ainda junto a ele dei um cutucão em sua barriga.

-Vish, como você quer que eu brinque nesse seu tanquinho molenga? – menti, acho que foi a maior mentira da minha vida, porque Noah tinha uma barriga bem durinha, se é que vocês me entendem.

-Molenga?- ele gargalhou.

Isso era tudo que eu precisava para me sentir menos culpada.

-Eu sei que sou completamente delicioso. É só você que não se sente atraída pela minha pessoa. – falou convencido passando os braços ao meu redor.

Afastei minha cabeça de seu peito e olhei seu rosto. Noah me encarava de cima pela extrema diferença de altura. Suas bochechas estavam vermelhinhas, e ele estava levemente bronzeado.

Fiz minha melhor cara de boba feliz ao encará-lo.

-Não tem como me sentir atraída por um cara feio e egocêntrico como você – mentira.

Ele fez biquinho.

-Eu sou um feio egocêntrico gostoso. Pode admitir. Eu deixo.

Revirei os olhos.

-Ei, Noah e Julia. Desculpa estragar o abraço de irmãos de vocês, mas é que eu e o Allan vamos voltar para casa...

Jered vinha correndo até nós, e seu mamilo havia virado o miolo de um flor desenhada com protetor solar. Me segurei para não rir.

Será que ele não havia percebido os desenhos ainda?

De qualquer jeito, quando ele se olhasse no espelho...Coitadinho do Allan.

-Pode ir, eu vou levar a pirralha pra tomar sorvete. Depois agente volta de taxi- Noah respondeu por nós dois.

-Aleluia!- Jered levou as mãos para o céu.

-Por que aleluia?- indaguei me sentindo deslocada na conversa.

-Ignora ele. Piadinha interna- Noah pegou minhas roupas que ainda estavam no chão.-Vamos?

-Vamos.- murmurei, Jered andava na nossa frente. O protetor solar do smile de suas costas já havia evaporado, e no lugar, estava só smile natural destoando com a vermelhidão.

-Você viu as florzinhas nos mamilos dele?- Noah sussurrou ao meu lado prendendo o riso.

(...)

-Morango?- Noah fez cara de nojo enquanto a moça da sorveteria entregava o sorvete para mim.

-Eu gosto- dei de ombros. Andamos até a pracinha em frente à sorveteria. Já estava de noite, mas parecia ser o ponto de encontro de todos ali naquela cidadezinha, de tão cheia.

Sentamos em baixo da copa de uma arvore, ao lado de um poste de luz. Ambos com as roupas úmidas.

Noah tomava um sorvete de chocolate, em silencio.

Encostei as costas no tronco da arvore e olhei as crianças se divertindo no centro da praça.

-Então...- murmurei sugestivamente para ver se engatávamos num assunto.

-Então...- repetiu.

Silêncio.

-Noite bonita, não?- falamos juntos.- É, está bonita sim...Para de me imitar cacete!-a única diferença nessa frase, é que em vez de cacete eu usei caramba.

Sou mais educada.

Rimos iguais dois idiotas.

-Aahh- suspirou e encostou as costas no tronco como eu.- Mas então... Você e o Allan hein...

Olhei para ele incrédula.

-O que você quer dizer com isso senhor Knight?

-Ah, o Allan é um cara legal.- ele fez uma careta falando isso.

-Sim, ele é legal.- concordei.

-E você e ele...?

-O quê?!- engasguei com o meu sorvete.

-Ah, você sabe ...

-Noah.

-O que?

-O Allan é gay.

-Aaaaaaah- um sorriso iluminou a face do ex-cabeça ensebada.- Ele é gay...

-É.- confirmei.

Silêncio.

Continuei comendo o meu sorvete e olhando para as crianças a minha frente.

Noah escorregou as costas no tronco apoiando a cabeça em meu ombro. Fiquei meio estática, mas fingi que era uma coisa completamente normal.

Lógico, ignorando essas malditas borboletas na boca do meus estômago.

Ele se acomodou e suspirou.

-Você tem cheiro de baunilha- sussurrou no meu ouvido. Arregalei os olhos sentindo minha pele toda se arrepiar.

Ele é seu meio-irmão, ele é seu meio irmão...

-Ern... Isso é ruim?- indaguei e senti ele balançar a cabeça negativamente.

-Eu gosto. É doce- ele riu – diferente de você...

-Ei!- empurrei ele ofendida.

Noah sorriu.

-Não me reprima- ele ergueu os braços.- Estou num momento critico da minha vida.

-Momento critico?- franzi o cenho e o encarei.

-Sim, extremamente critico. - ele levou mais uma colherada do seu sorvete de chocolate a boca e balançou a cabeça.

-E por que é tão critico?- perguntei, cansada daquela encheção de batatinha.

-Por que eu estou em meio a um dilema interno- Noah olhava para o nada.

-Que dilema?- revirei os olhos.

-O de fazer uma coisa que eu quero muito, ou não fazer.

-Mas que saco Noah, será que dá pra você ir direto ao ponto?- bufei cruzando os braços e ele gargalhou.

Sério, ele simplesmente gargalhou.

Ainda acho que ele tem sérios problemas mentais.

-Você quer mesmo que eu vá direto ao ponto?- indagou me olhando pela primeira vez desde que sentamos ali.

-Não- falei irritada e desviei o olhar, engolindo todo o resto do meu sorvete de uma vez.

-Tudo bem, você é quem sabe...- deu de ombros e voltou a encarar o nada.

Suspirei. Agora eu estava curiosa para saber o ‘dilema interno’ dele.

-Vai logo direto ao ponto- encarei ele.

-Certeza? – ele deu um meio sorriso e ergueu uma sobrancelha.

-Vai Noah!- revirei os olhos.

-Tudo bem então. Você que está mandando. Não me responsabilizo por mais nada hoje...

-Do que você está falando?- o encarei confusa.

O ex- cabeça ensebada colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha e me olhou nos olhos.  Aqueles olhos azuis, agora estavam claríssimos, quase gelo.

Ele manteve a mãos em minha bochecha, me obrigando a ficar com o rosto virado para ele. Mas realmente não havia necessidade para aquilo, porque eu não queria olhar para qualquer coisa que não fosse ele.

Esqueci de tudo. De quem ele era, de quem eu era, de onde estávamos, ou pra onde iríamos.

Eu só conseguia ver aquele garoto na minha frente.

De pensar que eu já tinha odiado aquele dono dos olhos azuis mais intensos que eu já vira na minha vida.

Noah foi se aproximando lentamente. Muuuuito lentamente. Sinceramente, não sabia se ele ia me beijar ou não, tampouco ligava para isso.

O fato era: eu queria beijá-lo.

De que adiantava ficar me escondendo atrás do Gabe quando a única pessoa que eu realmente gostava era o Noah?

Pra que ficar fugindo do que me parece o certo?

Certo ou errado, tanto faz. Era o Noah que me importava.

Era ele que dele que eu sentia ciúmes, era com ele que eu havia passado poucas e boas nos EUA e era com ele que eu me sentia algo que nunca achei que existisse.

Não sei o nome disso. Era estranho e complexo e sincero.

Noah parou a um centímetro de mim. Nossos narizes se encostavam, eu sentia sua respiração contra a minha pele. Os olhos dele estavam fechados, seu cenho franzido.

Eu não sabia se ele tomaria alguma atitude, ou o que ele queria, chegando o rosto tão próximo do meu, mas aqueles lábios me pareciam tão convidativos...

Eu só precisava avançar aquele pouco espaço entre nós. E foi isso que eu fiz.

Avancei.

Quebrei aquele espaço idiota e encostei meus lábios nos dele.

Noah imediatamente abriu os olhos surpreso. Ele afastou o rosto e eu senti minha face corar.

Não esperava essa reação dele. Não esperava que ele me rejeitasse.

Eu já ia murmurar um pedido de desculpas qualquer e fugir, mas então fui surpreendida quando ele abriu o sorriso mais radiante que eu havia visto na minha vida. Aquelas covinhas charmosas lhe deram um ar infantil e feliz. Seus olhos estavam nos meus, e ali, ele só parecia um garotinho burro que finalmente conseguiu resolver uma equação sozinho.

-Deus, por que eu não fiz isso antes?- indagou mais para si mesmo do que para mim, ou quiçá para Deus.

Em segundos sua mão direita estava em minha nuca e a esquerda em minha cintura.


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Notas finais do capítulo

UHASUHA Quem aí vai me xingar levanta a mão o/o/o/o/ (#a Nat é a primeira da lista kkk)
Primeiro: eu sei que eu tinha dito que ia adiantar uns caps, mas acontece que eu não adiantei percaria nenhuma ): sou uma inútil.
Segundo: quem ainda não olhou a fic do gostoso do Dimitri, vai lá ver. Agora a história ta ficando legal *-* https://fanfiction.com.br/historia/249674/Dimitri_Baker./
Terceiro: acho que eu volto aqui no final de semana. Não tenho certeza... Se as cocotas que não comentaram no cap passado não aparecerem, eu vou entrar em depressão, e afundar minha vida num copinho de coca-cola u.u
Ah, e lindas que comentaram no cap passado. Obrigadão *-*
Não terminei de responder todas ainda, mas eu vou!
Acho que é isso.
Alguém tem uma pergunta criativa para eu fazer pra vocês no próximo cap?
Beeeeijos nessas bundas desbotadas aí u.u
Tchau.