Do Seu Lado. escrita por Burn


Capítulo 20
A luz de velas.


Notas iniciais do capítulo

Ooi genteem *-*
QUERO TODA A CAMBADA AQUI LENDO MINHA PEQUENA NOTA FINAL, FALOUW MANO?



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PDV Noah

E novamente o silêncio pesava entre agente.

–Mas então maninho, o que vamos fazer para passar o tempo?- a pirralha perguntou doce e inocentemente.

Que mané maninho, não sou seu irmão.Pelo menos não queria ser.

‘ O que vamos fazer para passar o tempo?’

A qual é pirralha, isso não é pergunta que se faça.

Não para uma pessoa que está se contendo pra não te agarrar nessa escuridão, dessa minivan, onde só estamos eu e você. Você e eu. Onde ninguém vai ouvir ou ver qualquer coisa que nós possamos fazer...

Me permiti sorrir com a mais pura malicia da minha vida.

Sim, era pura ok? Eu não estava pensando em coisas muito obsenas.

Não, para tudo Noah. Essa aqui do seu lado é a pirralha, não é qualquer uma, não é uma Giovanna da vida. Ela é a filha do seu padrasto.

Mas sabe de uma coisa? Esta escuro, então foda-se que ela é filha do meu padrasto.

Ok, isso não fez sentido. Ah, foda-se também.

Foda-se Gabe, foda-se fraternidade, foda-se sanidade.

Precisamos fazer o tempo aqui dentro passar mais rápido não é mesmo?

Era tudo para o bem da pirralha. Não queria que ela morresse de tédio.

–Eu sei uma coisa que agente poderia fazer- sorri e mordi o lábio inferior- mas fica estritamente proibido você me chamar de ‘maninho’.- avisei.

–Aé, por quê?- a pirralha perguntou inocente.

Oh Deus, porque toda essa inocência tinha que deixar ela mais tentadora?

–Porque não quero sentir remorso em fazer isso.- murmurei e a deitei no banco ficando por cima dela. Distribui meu peso nos braços, que estavam um de cada lado de seu corpo, mas deixei que nossos rostos ficassem próximos. Eu gostava de sentir a respiração dela ficando irregular. Era como se ela quisesse me beijar tanto quanto eu queria beijá-la.

Ah, como eu gosto desse poder que a minha mente tem de me iludir...

Aproximei nossos lábios só para sentir novamente a maciez dela.

O que eu estava fazendo? Eu estava prestes a beijar a pirralha.

A mesma que gostava do Gabe.

A mesma que é filha do Tom.

A foda-se.

Tomeis seus lábios com os meus, por cerca de um segundo.

–NOOOAH!!

–JUULIA!!!

Ouvimos a voz de Giovanna e Gabe gritando.

Imediatamente nos empurramos como mais cedo na cozinha.

Cai de cara no chão.

Isso foi um erro.- era a única coisa que passava em minha mente. Talvez eu tenha falado, não sei, eu estava desconcertado e confuso.

Os dois apareceram na porta com umas porras de lanternas que iluminariam o Haiti inteiro, e a pirralha se jogou nos braços de Gabe, como havia se jogado nos meus braços quando a encontrei.

Mais doído do que cair no chão, era cair na realidade.

–Estavam demorando demais, então resolvemos vir buscar vocês.- Giovanna se justificou enquanto eu me sentava no chão.

–Legal, vocês acharam lanternas. – fingi animação. Para a minha sorte, a minha voz saiu realmente animada.

Olhei de relance para a pirralha que parecia estar inexpressiva, os braços de Gabe a rodeavam, aquilo me machucou por dentro.

–Vamos Noah?- Gi me chamou.

Desci da minivan sentindo aquela água musgosa me molhar minha batata da perna.

Gary estava estranhamente quieto no meu colo.

–Fiquei preocupado com você.- Ouvi Gabe falar para a pirralha.

–Você se preocupa tanto comigo que até me esqueceu aqui.- ela o cortou.

Suspirei. Ela não tinha dado um tapa nele, então eu não estava satisfeito.

Então, eu o Super Noah. Defensor da justiça, dei um tapa bem dado em Gabe.

–Ai! – gemeu – Noah, por que você me deu um tapa, cara?- perguntou massageando a bochecha.

–Por ter esquecido a minha irmã no carro.- murmurei, e levei um tapa ardido no rosto.

–Au! Porque você me bateu?- perguntei indignado.

–Porque eu te amo cara.- em seguida Gabe me abraçou.

Ok, eu podia odiá-lo por estar com a pirralha, mas ele não tinha culpa dela gostar dele, e nem tinha culpa de eu empurrar ela pra ele, só pra me livrar dela pelo resto das férias. No fundo Gabe ainda era o meu melhor amigo.

Retribui o abraço tentando não amassar Gary.

–Eu também te amo mermão.- falei me sentindo feliz e lembrando de cada coisa que passamos juntos.

–Argh! Depois fala que não é gay.- ouvi Giovanna sussurrar ao meu lado.

Continuamos o resto do percurso em silencio.

Foram longas quase três horas de caminhada para atravessar aquele 50 metros.

Se aquela casa parecia assustadora de manhã, imagina agora?

(...)

PDV Julia

Hiper legal. Eu estava numa casa quase mal assombrada, mais velha do que... Ah sei lá o que. Imaginem uma coisa beeeeeeeeem velha. Pra piorar tudo, a casa estava sem energia, e os donos do sitio eram um tio esquisito de bigodinho escroto, e uma tia vestida a moda dos anos 60. Ah, sem contar a prole deles...Imaginem um cara de 22 anos, pálido, magro, corcunda, e Hippie. Sim, hippie.

Como se não bastasse tudo isso, tinha o ocorrido da minivan, que havia mexido completamente comigo. E o fato do Noah ficar se esfregando com aquela morena ridícula dos olhos verdes.

Eu tinha que parar de ser idiota. Era obvio que o Noah só queria se dar bem na minivan.

Ele não sentia nada por mim, isso ficou obvio quando ele admitiu que isso foi um erro.

Eu senti meu orgulho completamente indo descarga a baixo. Porque raios eu tinha que me apaixonar pelo Noah? Sério, com tantas pessoas legais nesse mundo, logo o Noah?

Enquanto eu estou aqui me remoendo, ele deve estar lá se divertindo com o morena feiosa dele. ( Ok, feiosa ela não tinha nada)

Suspirei me levantando da cama. Devia ser três horas da madrugada.

Eu precisava desabafar, precisava contar os meus problemas para alguém.

Peguei a mochila do Noah, uma que ele havia só colocado porcarias. Peguei também a câmera para usar o flash como lanterna e sai por aquele extenso corredor.

–Gary? Gary cadê você?- sussurrei olhando pela casa, eu não fazia ideia de onde estava– Gary?-Vi o patinho branco sentado ao lado de uma parede, de olhos fechados - Ah Gary, finalmente te achei!- falei feliz.

–Quack?-ri com ele abrindo os olhos lentamente para me encarar.

–Gary, você esta muito ocupado?- resolvi ser educada, afinal, ele estava dormindo.

–Quack.- Ok, eu não sabia falar pates, mas resolvi considerar aquilo como um não.

–Pode me ouvir um pouco?

–Quack.- isso para mim soou como um sim. Ou talvez um não... Oh Deus.

–Me sinto uma retardada conversando com você.

–Quack!- grasnou indignado, me dando as costas com seus passinhos de pinguim.

–Ok, desculpe. Ei, volta aqui! Eu disse que me sinto uma retardada, mas você não deixou eu completar que você é o melhor pa- ops, ser vivo do planeta.

–Quack...- acho que agora ele estava pensando no meu caso.

Por fim, resolvi apelar. Abri a mochila de Noah e tirei um pacote de bolachas, fazendo os olhos de Gary crescerem com aquele olhar sugestivo dizendo “ Sinta-se a vontade para me contar todos os seus problemas”. Ri com isso, pelo menos o Gary era inteligente no meio de nós todos.

Não sei quanto tempo fiquei sentada ali, no escuro, falando com ele e ouvindo ‘Quacks’ reprovadores, ou reconfortantes. Eu havia desligado a luz da câmera, não queria gastar bateria a toa, precisava de luz para voltar para o quarto depois.

Entreguei mais uma bolacha ao Gary, depois de pedir uma luz para me tirar daquela confusão de sentimentos, e me assustei quando uma luz – literalmente- apareceu do nada no meio daquele breu.

Ai papai do Céu. Já é a minha hora?

Eu sou tão nova.

PDV Noah

–AAAAAAAAAAAAAAAH!-

–Shhhhhh!- interrompi o grito da pirralha- ta querendo acordar todo mundo?- sussurrei repreendendo-a.

–O que faz acordado há essa hora?- indagou no mesmo tom, a minha lanterna iluminava seus olhos assustados.

–Voltando do banheiro- murmurei apontando a luz da lanterna para a porta do banheiro daquele corredor.- O que você faz acordada há essa hora?

–N-nada.- gaguejou, visivelmente nervosa.

–Gary?- olhei surpreso para o meu pato de estimação, que estava sentado ao lado dela, encostados na parede daquele corredor, comendo bolachas.

Ao lado da pirralha havia a minha mochila de mantimentos, composta por: bolachas, salgadinhos, refrigerantes e mais porcarias pra o caso de uma emergência.

–Não entendo toda essa amizade repentina de vocês dois.- bufei. Sim, eu sou ciumento mesmo.

Gary é o meu pato-cão e não o pato-cão dessa garota aí que fica se esfregando no Gabe, na minha frente.

–Vem Gary, vamos dormir.- murmurei chamando o MEU cão de guarda.

–O Gary não vai a lugar nenhum, ele está ocupado agora.

–Ah ele vai sim.

–Não.- ela cruzou os braços emburrada.

–Sim- eu.

–Não –pirralha.

–Não- eu.

–Sim- pirralha.

–Ok.- sorri vitorioso vendo que a psicologia reversa, usada para criança de 5 anos, funcionava com ela.- Vem Gary.

A pirralha bufou e bateu com as costas na parede, que subitamente girou, junto com o chão, lentamente, nos deixado completamente paralisados de pasmidade.

[Dicionário do Noah- Pasmidade: extremamente pasmos, abobalhados, surpresos, horrorizados...]

Olhamos a nossa volta, e quando fomos ver, estávamos dentro de um quarto.

A pirralha me lançou um olhar, depois apontou para a parede, tampou a boca com uma mão, gesticulou confusa e por fim piscou os olhos duas vezes sem conseguir dizer nada.

Eu não estava diferente. Que isso fique só entre agente, mas se eu não tivesse ido no banheiro agora pouco...

Enfim.

–Incrível.- ela se aproximou da parede, encostando as costas de novo, mas nada aconteceu.

Na mesma parede havia uma porta. Tentei abri-la, mas estava trancada.

Todo o momento incrível passou assim que percebemos que estávamos presos ali.
Trocamos um olhar amedrontado. Agora ambos tentávamos fazer com que a parede virasse novamente, batendo com as costas nela, mas nada funcionava.

Meia hora depois, desistimos completamente.

Parei para analisar o local. Não era um quarto muito grande, nem muito pequeno. Havia uns colchonetes juntos no chão, com um edredom e travesseiros, improvisando uma cama de casal no centro do chão.

Havia uma janela, fina, não era possível nem colocar a cabeça para fora dela. Ela estava no centro da parede oposta a da porta.

O lado esquerdo havia um balde com gelo e alguma bebida alcoólica. E o quarto estava com velas acesas espalhadas por todo ele, dando um clima um tanto romântico...

–Mas que porcaria é essa?- indaguei abismado.

–Tá de brincadeira com a minha cara, não é?- a pirralha falou sem humor.

(...)

–Eu já disse. Eu. Não. Forjei. Isso.- falei pausadamente dando mais um gole naquela bebida, a garrafa já estava pela metade.

Eu estava sentado na ponta do colchonete, enquanto ela andava de um lado para o outro.

–Eu sei qual é a sua. Você é só um safado. Só quer se aproveitar de mim.- semicerrou os olhos apontando o dedo na minha cara.

–O quê!?- perguntei surpreso e ao mesmo tempo indignado. De onde ela havia tirado uma asneira daquela?

–Eu sei qual é o seu joguinho. – ela roubou a garrafa da minha mão, dando um imenso gole- Você só quer se divertir.

Eu não sabia se eu ria, ou se eu morria de rir. Se eu quisesse me divertir com ela, já teria feito há tempos.

–Chega de bebidas por hoje, pra você.- murmurei pegando a garrafa de sua mão.

Pelo jeito ela era bem fraca com bebidas. Por aquele olhar que ela me lançou, a garota já estava bem fora de si.

Seus olhos percorreram meu corpo com luxuria, me atiçando mas ao mesmo tempo me amedrontando.

Foco Noah. A garota gosta do Gabe e é filha do Tom.

–Quer saber de uma coisa?- perguntou retórica , analisei a pirralha que tinha um sorriso malicioso brincando em seus lábios. – Eu também quero só me divertir.

Não fazia sentido as paredes se mexerem, ou ficarmos presos num quartinho romântico a luz de velas, mas o que superava tudo foi a pirralha naquele momento.

A garota me empurrou contra no colchonete, caindo sobre mim e me beijando com voracidade. Tentei manter os meus pensamentos coerentes e empurrá-la para o lado, mas infelizmente, ou felizmente, eu estava bêbado demais para isso.

Bêbado demais para lembrar que ela gostava do Gabe.

Por isso eu a apertei contra mim, retribuindo o beijo na mesma intensidade.

Bêbado demais para lembrar que ela era filha de Tom.

Por isso eu desci as mãos, apertando firmemente suas coxas, e depois as subindo, aproveitando para colocá-las em sua barriga, por dentro do pijama.

Mas eu não estava bêbado o suficiente para esquecer que estávamos lidando com a Pirralha. Uma virgem que há pouco tempo tinha dado seu primeiro beijo, que estava visivelmente bêbada e fora de si. Eu não podia ser o crápula que a deflagraria nesse estado.

–Não.- murmurei me separando dela.

Pude ver a confusão em seus olhos de cristais.

–Você não me quer?- agora a confusão se tornava mágoa.



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Notas finais do capítulo

Oi hihi(:
Vamos lá...
*Vocês acham que eles deviam ter a primeira vez na fic? Lógico, nada muito hot, afinal eu escrevi meu primeiro beijo há menos de algumas semanas HASUASUH. Além da classificação da fic ser pra +13... Mas enfim, vocês acham que eles devem ter ou não?
*Acho que a fic ta na reta final... É D; mas eu não quero ficar longe de vocês, então, assim que eu terminar essa fic, eu vou começar a escrever outra, no mesmo estilo de comédia romântica. Queria a ajuda de vocês, porque tenho duas historias na cabeça. (ps: não vai ser original)
A primeira é do Tokio Hotel, narrada pelo ponto de vista do Tom. Eu fiz uma sinopse correndo aqui, não sei se deixei as coisas bem claras... Qualquer duvida, manda uma MP, que eu explico.
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-Era pra ser só uma espécie de reality show banal retratando a minha vida e a da banda em nosso apartamento. Uma forma de salvar a banda dos escândalos que eu estava criando nos últimos tempos. Não era nada difícil, só precisávamos fingir que éramos unidos como no inicio, fazer algumas gracinhas em frente as câmeras, eu não devia ficar bêbado em hipótese alguma e não podia levar mulheres para a cama, só por um tempo.
Ok, teria sido de fato fácil se ela não aparecesse para passar uma temporada conosco. Gabriela Geli Schäfer, vulgo Ge, irmã do Gustav, aparece sem aviso prévio e eu e ela sofremos uma espécie de ódio a primeira vista. O problema era que ela não sabia do reality show, e talvez por ser a pessoa errada no lugar errado e no momento errado a bela moça dos olhos mel simplesmente virou parte da tramóia do meu produtor Peter, o mesmo que tivera a ideia do reality show no qual só eu tinha conhecimento dentro daquele apartamento cheio de câmeras que toda banda dividia. O cara queria que eu conquistasse a Ge nesse tempo em que ela passava no apartamento. Talvez pelo fato dela não suportar olhar para a minha cara, ou pelo fato de eu não ter aversão aquela jeito de sabe tudo que ela tinha, a ideia o agradou mais ainda. De fato, um romance, mesmo que forçado, no meio do reality show traria bem mais ibope. Eu só não esperava que fosse me apaixonar de verdade.E quando fui ver, não dava mais para voltar atrás.
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Gostaram? Não? Entenderam pelo menos?
Bem, a segunda é sobre o 1D. Eu não fiz sinopse, porque ainda não formulei a história toda, mas seria algo como uma garota, que era azarada pra caramba, perde o emprego, daí se embebeda e salva um dos integrantes do 1D (que eu ainda não decidi) de uma legião de fãs, ela meio que aparece do nada quando ele ta fugindo e abriga ele na residencia dela, daí ele vê o trabalho dela como manqueadora e estilista e fica impressionado, então ela conta que perdeu o emprego naquele dia e por estar bêbada, e não falar nada com nada, diz que é lésbica.
O integrante do 1D, por compaixão pela coitada, e por acreditar que ela era lésbica mesmo e que não daria em cima de nenhum nos integrantes da banda, contrata ela como assistente pessoal do grupo.
Mas aí, como todo clichê de comédia romântica, ela se apaixona por algum integrante da banda, e precisa continuar com a farsa de que é lésbica... AUHASSUHAUHASUH oook, eu brisei legal nessa história. Inventei ela hj enquanto tava tomando todynho, daí eu pensei que seria uma coisa pra dar boas risadas.
Bom de qualquer jeito, sejam sinceros ok?