Do Seu Lado. escrita por Burn


Capítulo 17
Era uma vez...


Notas iniciais do capítulo

Oi gentem *-* Eis o cap pirador USAUHSAUHSUHA
Desculpem, mas esse foi o mais rápido que consegui postar o cap...Não vou enrolar hoje kkkk Podem ir. Leiam a vontade e pirem!!
Ps: capítulo dedicado para Cee e DuckMalfoyGates recebi duas recomendações lindas *-*



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Era uma vez um cara de 18 anos chamado Noah Knight. Ele tinha uma vida consideravelmente normal. Fazia faculdade de direito, se vestia bem, tinha os cabelos longos por desleixo, andava de skate todos os dias, morava num apartamento que ficava em frente ao Central Park junto de sua mãe e o padrasto e por fim, tinha um melhor amigo chamado Gabriel, mas só o chamava assim em pouquíssimas ocasiões. Para todos os efeitos era Gabe que constava na primeira tecla da discagem rápida de seu celular.

Noah, como todos os caras de sua idade, só queria curtir as férias. Aqueles três merecidos meses de descanso e baladas ou festas. A única coisa que ele não esperava era que um dia, sem mais nem menos, quando sua vida estava um mar de rosas porque sua mãe e seu padrasto iam deixá-lo com o apartamento só pra ele, surgiria aquela enviada do apocalipse, filha de seu padrasto, para estragar com todos os seus planos.

Julia, vulgo pirralha, era uma daquelas adolescentes marrentinhas, nerds que ainda não viveram nem um quinto do que a vida tem pra oferecer e ainda se acham donas da verdade. Munida daqueles óculos fundo de garrafa e sua coleção de mangás ela entrou no quarto (e na vida) dele causando uma reviravolta.

O cara não sabia o porquê, mas só de olhar para aqueles blazers adultos que a garota de 16 anos usava ele já se irritava. Misturando isso com a desorganização que seu quarto virou e o console de vídeo game que ela jogou na privada, o cara realmente estava possesso por tê-la ali para atravancar sua vida. Não demorou muito para que ele bolasse um plano de tirá-la da jogada.

Não, ele não ia matá-la.

Ele só a manteria ocupada para poder curtir suas férias...

Ele só a jogaria para cima de Gabe.

Com o tempo de “babá, Noah percebeu que toda aquele ódio era infantilidade de ambas as partes. O cara já tinha 18 anos, não havia nem sentido ficar discutindo com uma criança de 16.Foi aí que ele resolveu fazer jus a sua idade, e por mais que ela continuasse infantil, ele seria o adulto dali. Um mês e meio depois todo esse negócio de ser o adulto deu merda.

A mais pura e bosta de sua vida. Ele estava gostando dela.
Talvez se ele não tivesse bancado o adulto e continuasse com as infantilidades juntamente com ela os dois estariam de odiando agora. Mas não, o idiota queria porque queria ser o superior ali. Agora ele a enxergava de outra forma e...

–Noah?- a pirralha me tirou de meus devaneios.- Você ta bem?

Merda, por que eu tava contando a minha história de vida na terceira pessoa para mim mesmo?

–T-to, - pigarreei tentando passar meu surto momentaneamente ridículo de gagueira- é só que você me pegou meio de surpresa.

Que problema há em beijar a pirralha, não é mesmo? Beijar é uma coisa normal, da qual eu consigo fazer até quando estou bêbado. É só chegar e pá-pum fim, já era.Qual é a complicação nisso? Além do mais era para que ela desse certo com o Gabe. Eu prometi ajudá-la.

– Humpf- ouvi o barulho dela se mexendo na cama de baixo- deixa quieto- deu de ombros. Tipo assim, a criança pedia para eu beijá-la e depois de eu travar uma guerra interna de dilemas ela simplesmente falava “Humpf, deixa quieto”?

Desci da cama e acendi a luz, me virando para ela. A pirralha estava deitada de barriga para cima olhando o meu colchão.

Balancei a cabeça negativamente. Eu estava prestes a fazer a maior merda da minha vida.

Deitei ao seu lado e olhei para o meu colchão também.

–Não sei porque, mas eu sabia que você ia fazer isso- ela deu um breve sorriso, evitando me olhar de tão envergonhada.

–Eu não ia te deixar na mão, vai que você joga o meu Play 3 na privada de novo.- forcei uma voz amedrontada a fazendo rir daquele jeito infantil que só ela conseguia rir.Ah é claro que eu não citei que outro motivo para eu estar fazendo aquilo era porque no fundinho eu estava morrendo de vontade de fazer mesmo. Ok, talvez não tão no fundo assim...

Quando a risada acabou e silencio cortante como uma faca de passar manteiga no pão se instalou sobre nós. Eu sabia que aquele era o momento de agir, mas ao mesmo tempo eu me sentia inseguro.

–Você acha que esta pronta pra isso? Quer alguma trilha sonora pra relaxar? – perguntei enquanto me posicionava em cima dela, sustentando meu peso nos braços e nas pernas.

–Eu acho que o único nervoso aqui é você.- ela falou divertida.

É, Talvez.

Num movimento inesperado, a pirralha inverteu nossas posições ficando em cima de mim.

–Cara, parece que o primeiro beijo é meu.- eu ri coçando a minha nuca.Novamente o silencio se instalou me fazendo sentir aquele friozinho na barriga extremamente gay.

Ah, qual é Noah? Nem na sua primeira vez você ficou tão...

Tentei desviar todos os pensamentos, dilemas e frios na barriga, apenas me concentrando naquela garota, cujo corpo parecia tão pequeno e frágil sobre o meu.Seus olhos estavam totalmente azuis e evitavam os meus olhando para qualquer coisa desinteressante.

Coloquei uma mão em sua nuca trazendo o seu rosto para mais perto do meu, e com a outra mão afaguei sua bochecha. A respiração dela meio acelerada batia contra o meu rosto mostrando que eu não era o único nervoso ali.Não pude conter um sorriso involuntário com aquilo.

Vai dar merda, vai dar merda, vai dar merda...

Suguei seu lábio inferior, a fazendo estremecer sob meu toque. Em seguida mordi de leve antes de finalmente aprofundar o beijo, sentindo aquela boca macia por um momento sendo completamente minha. Juntei nossos lábios pedindo passagem que foi logo concedida fazendo nossas línguas se encontrarem num beijo calmo. O gosto de pasta de dentes infantil que ela usava misturando com o seu intrigante cheiro de baunilha me deixou extasiado. Eu explorava cada canto de sua boca de forma curiosa como se realmente fosse o meu primeiro beijo, enquanto isso ela fazia o mesmo comigo. Desci uma mão minha para a sua cintura a apertando mais junto a mim e inverti nossa posição novamente, ficando por cima. Desci minha mão por seu braço calmamente e o coloque em volta do meu pescoço e rapidamente senti sua pequena mão se enroscando em meus cabelos e os puxando com força, mostrando que só o beijo curioso não era mais suficiente e mais um sorriso involuntário brotou em meus lábios.

Só para torturá-la um pouquinho beijei carinhosamente seu queixo, depois desci para o seu pescoço fazendo uma pequena trilha de beijos até chegar a sua orelha onde mordisquei levemente o lóbulo e depois o chupei de forma delicada. Seu corpo se arrepiou sob o meu me puxando ainda mais para si. Senti suas duas mãos em meus cabelos me guiando de volta a sua boca onde dessa vez lhe beijei com fervor e avidez.Suas unhas arranharam minhas costas enquanto eu apertava suas coxas a trazendo mais para perto de mim se é que aquilo era possível. O ato foi o suficiente para arrancar-lhe um gemido baixo e suave, que infelizmente me fez acordar do transe, percebendo o desejo que meu corpo carregava por ela.

Muito contra a minha vontade, parei o beijo com um ultimo selinho, antes de me deitar ao seu lado ofegante e confuso.

Caracoles Noah. Quem era essa garota para te fazer sentir uma coisa tão...Tão... intensa?

–Eae? Como foi?- perguntei meio apreensivo, esperando que tivesse sido tão bom para ela quanto foi para mim.

Ela continuou em silencio.

–Foi tão mal assim?- franzi o cenho com medo da resposta.

–Você tem gosto de menta.- disse com a voz rouca e riu daquela forma infantil.

–Bom, isso é melhor do que um “odiei”.- suspirei aliviado e depois a aconcheguei em meu peito para dormirmos.

Ah, qual é? Eu já tinha beijado ela, não havia problema em dormir ali também.

É como dizem. Se você já ta no inferno, abraça o diabo.

Engraçado. Se me perguntassem da pirralha um mês atrás, eu realmente diria que ela era o diabo em pessoa.

E hoje?

Bem, se me perguntassem hoje eu diria que ela só é uma pirralha mesmo. Aquela por quem eu me apaixo- Ok, eu não me apaixonei. Eu apenas tenho carinho por ela.

Fiquei observando ela de olhos fechados. Eu não me cansava daquelas sobrancelhas fininhas, talvez era a coisa que eu mais gostava em seu rosto, se não fosse por aqueles olhos. Quem diria que aquela ali em meus braços era aquela mesma monstrinha do pântano que cortou o meu cabelo enquanto eu dormia.

–Você ta me deixando sem graça.- a pirralha abriu um olho só pra me encarar, depois afundou o rosto em meu peito corada e quando ela percebeu que eu estava sem camisa corou mais ainda sem saber aonde olhar.

–Desculpe.-reprimi o riso. – Boa noite.

–Boa noite.- sussurrou. Dormimos ali mesmo, de luz acesa. Ouvindo apenas a respiração do outro.

Não sei o que eu sonhei. Só sei que estava muito bom.

Quando acordei me senti renovado. Completamente descansado com a pirralha ressonando em meu peito. Eu diria que estava tudo perfeito se não fosse pelo meu pequeno problema de ser homem.

–Oh meu Deus.- deixei escapar ao perceber o quão ruim era ser um homem com apetite sexual de adolescente. Não sei o que você esta imaginado, mas deixa eu falar em palavras mais claras:Eu estava duro.

É, no sentido literal da coisa.Durinho da Silva.

Ok, eu não sabia que isso ia soar de forma tão escrota.Desculpem

–O que foi?- a pirralha perguntou meio sonolenta abrindo os olhos. Olhei para baixo, depois para e ela e por ultimo para baixo em total desespero.

Devido as condições eu não tinha muitas opções ali. Apenas sair correndo.

Caí da cama afobado e fui praticamente engatinhando/arrastando para o banheiro.

–Noah?- ouvi ela confusa do outro lado daquela cortininha que matinamos como porta.

Droga. O que eu falo? O que eu falo?

Andei de um lado para o outro com a mão na cabeça.Será que essas coisas só acontecem comigo?

–Noah?- agora a voz dela estava mais perto- Você esta bem?

–To.- essa monossílaba me pareceu a melhor resposta que eu poderia dar.

–Certeza? – então seu tom de voz entristeceu-se- Você não esta com repulsa por ter me beijado ontem à noite não né?

O que? Como ela poderia pensar desse jeito. Eu nunca sentiria isso por ela.

Ok, talvez eu sentiria se fosse a um mês e meio atrás. Quando eu era um cara mesquinho que não via o quão incrível ela era.

–Foi por isso?- a voz dela não passava de um sussurro.

–Não pirralha! Lógico que não- falei abrindo a cortina para olhá-la nos olhos, eu queria me desculpar por ter saído da cama desse jeito e por tê-la feito se sentir rejeitada nos segundos anteriores, mas não deu muito certo porque assim que a cortina não estava mais entre nós os olhos dela percorreram meu corpo até parar no...

–Você está...-ela piscou duas vezes e depois esfregou os olhos e depois continuou encarando.

Sabe um daqueles momentos que a única coisa que você deseja é virar invisível?



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Notas finais do capítulo

UHSAUHASUHASUHASUH Que barra hein Noah?
GENTE, o que vocês acharam do beijo? Sério de verdade porque foi o primeiro que eu escrevi em TODA a minha vida. Os outros foram do tipo " e eles de beijaram" fim. Então sejam sinceros ok?
Acho que já falei tudo que tinha pra falar...
Ah gente, qual é a bala preferida de vocês? Ou vocês munca pararam pra pensar nisso? IJSAJIASJI, to perguntando porque eu acabei ficar com uma vontade louca de comer 7 bello, ou bello 7 não sei direito o nome kk Acho que essa é a minha favorita. Ok, eu sei que vocês não queriam saber disso...
Não esqueçam de me dizer o que acharam do beijo viu u.u
Tchauzin (: