A Maldição Black escrita por Laslus


Capítulo 32
A descoberta


Notas iniciais do capítulo

Nao me matem, meu deus esse cap me deu trabalho, mas eu pagaria para ver a cara de vocês enquanto leem
hehehehe
Eu estou ouvindo "lights" da Ellie Goulding, num cover do Alex Goot, mas durante o cap eu ouvi tipo 1/2 da minha playlist do ipod, mas voces podem ouvir "so cold" do Breaking Benjamim ou "Não vou dizer que é paixão" da Disney (sim, eu tenho no meu Ipod isso, não me culpem, eu sou uma criança de alma!)
Cap dedicado a Clarinha (ou Xtraordinary Girl) que escreve mtmt bem e fez uma recomendação linda! (Aliás, minha recomendação 10!!! Merlin voces sao os melhores leitores do universo)

puts eu sou tão boa em títulos que eu me assusto (sarcastica, eu? naaaao)

Sem mais enrolação, tenham um ótimo capítulo!



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Ninguém pode usar uma máscara por muito tempo.

-Lucius Annaeus Seneca

Era março, a primavera estava começando a tomar conta dos campos do castelo. Hogwarts estava começando, lentamente, a aceitar o namoro entre Hermione e Draco, e Pansy e Ron.

Durante muito tempo, Hermione era constantemente bombardeada por perguntas das meninas (o que a fez evitar ainda mais lugares públicos e passar mais tempo enfiada na biblioteca), e Rony pelos meninos, cuja maioria das perguntas ele se recusava a responder, corando fortemente.

Durante esse tempo, Hermione acabara ficando incrivelmente amiga de Blaise Zabini. O sonserino afirmava já saber do namoro de Hermione e Draco muito antes do baile de inverno (“Meu melhor amigo é péssimo em mentir para mim” foram suas exatas palavras); não sendo poucos os momentos em que Hermione preferiu conversar com Blaise e Draco ao invés de passar tempo no salão da Grifinória.

Pansy, ao contrário de Zabini, não virou amiga de Hermione tão fácil. A sonserina passava um tempo considerável com Ronald, e seu namoro era, como Mione pode perceber, completamente diferente de seu próprio namoro com o ruivo. Eles discutiam constantemente, e se agarravam em momentos aleatórios. No começo, Harry, Hermione e Gina se perguntavam se Pansy realmente gostava de Rony, pois raramente a viam sorrindo; porem foram notando devagar que os sorrisos da sonserina eram, em sua maioria, discretos, e dirigidos apenas para o ruivo. Também notaram que Ronald parecia o único que conseguia fazê-la rir.

Num final de tarde particularmente quente, a morena vagava pelos corredores vazios de Hogwarts (todos os alunos estavam aproveitando o calor para matar o tempo nos jardins do castelo), aproveitando o tempo livre antes de voltar a se encontrar com Draco para procurar em mais livros da biblioteca. Seus pensamentos vagavam, e ela não percebia para onde estava indo. Quando se deu conta, havia se embrenhado nos corredores do castelo, e até o ar era mais frios em volta daquelas paredes de pedra. Hermione suspeitava que aqueles corredores não eram mais utilizados para aulas a anos.

Eu já disse! — sussurrou uma voz de dentro de uma das salas abandonadas — está quase tudo pronto!

Hermione prendeu a respiração. Ela reconheceria aquela voz em qualquer lugar.

—Sim Draco, e é esse “quase” que preocupa o Lorde das Trevas.

A morena mordeu o lábio. Ela reconhecia aquela voz também. Snape. O que Draco e Snape estariam fazendo conversando numa sala abandonada? E por que eles estavam conversando sobre Voldemort?

Com o coração palpitando forte no peito, ela prendeu a respiração e empurrou levemente a porta. Draco e Snape estavam frente a frente, no centro da sala vazia. O estalo da porta abrindo fez ambos olharem em volta.

Tem certeza que é seguro aqui? — sibilou Draco

Claro que sim. Essa área do castelo não é usada desde quando eu era aluno. Agora deixe de enrolar. O Lorde está cobrando os planos.

—Eu sei! Já falei que não tem que se preocupar, aquela sangue-ruim não desconfia de nada. Ela nunca tira o maldito colar.

Os dedos de Hermione roçaram no colar vagarosamente. Sua mão tremia. Os olhos cinza do sonserino pareciam desconhecidos, tempestuosos e gélidos.

Isso não é o bastante Draco, ela tem que estar pronta logo… Se você pelo menos me deixasse ajudar…

—NÃO! — exclamou o loiro, para voltar a abaixar a voz — Não. Essa é a minha missão. Você não vai roubar a fama para você.

—Menino tolo! Você acha que eu quero…

—A resposta é não. — cortou Draco secamente — Eu tenho que ir. A sangue ruim deve estar me esperando na biblioteca.

Hermione não deu tempo para ouvir a resposta de Snape, e correu o mais rápido que podia para longe da sala. Quando parou, cinco minutos depois, sua respiração estava descompassada, e seu pulso acelerado. Encostando-se na parede do corredor, enquanto tentava encaixar as peças soltas do que acabara de ouvir.

Lentamente, ela foi arrumando a postura. Respirou fundo e encrespou os lábios, se forçando a engolir qualquer vontade de chorar. Tentando parecer firme, ela andou até a sala da biblioteca, onde Draco provavelmente estaria esperando.

Com as mãos lentamente tremulas, elas abriu a porta na estante e entrou nos aposentos onde ela havia passado praticamente metade do ano.

—Hey! — sorriu Draco, sentado numa poltrona calmamente — você está atrasada.

Ela olhou incrédula nos olhos do namorado.

—Eu quero ver seu braço esquerdo.

Aquela frase saiu mais firme do que ela esperava, e o efeito foi imediato. Draco empalideceu mais do que o costume, levantando lentamente da poltrona.

—Hermione o que…

—Seu braço. Agora.

Automaticamente Draco passou a outra mão pelo braço, protetoramente.

—Hermione eu…

—Eu sei que você é um comensal Draco — para cada palavra, Hermione tinha que fazer força para não desabar.

Sem aviso, ela andou até ele e puxou a manga esquerda da camisa do sonserino para cima. No antebraço, preto como breu, reluzia a marca negra.

De qualquer maneira, Hermione foi pega de surpresa. No fundo, algo gritava esperançosamente que tudo havia sido um engano. Mas ali estava a inegável prova.

—Eu acreditei em você sabia? Por um tempo eu realmente achei que você poderia ter mudado.

—Hermione… — ele murmurou cobrindo a marca novamente.

—É Granger para você. Ou você prefere Sangue-ruim? Foi tudo um plano não foi? Você sabia desde o começo que eu era uma Black. Que eu sofria da maldição. Merlin! Os livros, os diários, como eu nunca notei? Você sabia que eles existiam por que foi você que os escondeu na biblioteca da escola! Como foi? Foi com a ajuda do professor Snape?

—Meus pais fizeram uma doação de livros para a escola no começo do ano. —murmurou Draco evitando olhar para ela — entre eles tinham os livros que nós… que você iria ler.

Ela olhou surpresa para ele, com força, arrancando o colar, do pescoço, quebrando o feixe ao puxar.

—“aquela sangue-ruim não desconfia de nada. Ela nunca tira o maldito colar.” — ela repetiu a frase que ele havia dito para Snape minutos mais cedo — o que isso quer dizer?

—O colar foi modificado. Ele… Ele deveria amplificar os poderes da maldição, mas…

Ela negou com a cabeça, incrédula.

—Pois você pode pegar esse colar, e enfiar aonde você quiser. — ela exclamou jogando o pingente para o loiro. — Saia!

—Granger você pode…

—SAIA! E você tem sorte de Dumbledore não estar na escola hoje. Se eu fosse você eu corria para baixo das pernas do papai, por que a primeira coisa que Dumbledore vai ouvir quando botar os pés de volta no castelo é sobre a pequena missão que Voldemort te deu.

Ele empalideceu mais do que antes.

—Como você sabe que eu não vou te matar aqui e agora? — ele perguntou ainda sem encarar a morena — eu sou um comensal, você está encurralada. Potter vai ter problemas até te achar aqui e até lá eu já vou estar muito longe.

Hermione conseguiu forjar um sorriso.

—Ah, você não vai me machucar. E eu sei disso por que (além de você não ter chance nenhuma contra mim), eu não acho que o seu pequeno Lorde não vai ficar satisfeito quando souber que jovem Malfoy machucou sua arma favorita, ou vai? Agora sai daqui Malfoy, antes que eu desfigure essa sua cara de fuinha.

O loiro abriu a boca, mas pareceu desistir de falar, girando os calcanhares e saindo pela porta. Assim que ela se fechou. Hermione caiu de joelhos no chão. As lágrimas finalmente descendo pelo rosto. Se encolhendo num canto da sala, ela ficou ali por um bom tempo.

Um tempo depois, a porta se abriu de novo. Por alguns segundos, Hermione achou que era Draco voltando para dentro da sala, mas quem entrou foi Harry.

—Hermione? — ele perguntou fracamente.

—Você estava certo — ela respondeu secando as lágrimas — Draco é um comensal.

Harry ergueu as sobrancelhas.

—Filho da mãe! — ele exclamou — Eu estava seriamente pensando que ele poderia virar uma pessoa descente.

Ela simplesmente fungou em resposta, e Harry passou os braços em volta dela sentando ao seu lado, e deixando-a chorar em sem ombro.

—Posso quebrar o nariz dele agora? — perguntou Harry depois de um tempo

Ela riu fracamente

—Não. Você vai pegar uma detenção. Nós temos que avisar Dumbledore. Só isso… Como você me achou?

—Bom... Já passou a hora do jantar e você não estava em nenhum lugar do mapa dos marotos, e o Malfoy estava jantando no salão principal, então eu deduzi que você estaria por aqui. Vamos, eu tenho certeza que você prefere desabafar com a Gina agora.

Hermione riu novamente.

—É, eu prefiro. Você não é muito bom com relacionamentos.

—É… Eu perdi minha primeira namorada no primeiro encontro.

Ela riu novamente, e ele ajudou-a a levantar, levando-a para o salão comunal.


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Notas finais do capítulo

E então, jovens apreciadores de fanfiction, o que vocês acharam da revelação?
Eu não sei se vocês esperavam ou não por isso (no fundo eu espero que tenha sido uma surpresa), mas eu estava me matando para escrever esse capítulo, é, junto com o último cap da fanfic, algo que eu esperava loucamente para escrever, e, como sempre acontece quando você espera de mais por uma coisa, não ficou como eu imaginei. Não sei dizer ainda se melhor ou pior, apenas, diferente! Espero que vocês tenham gostado, de qualquer maneira.
Eu preciso agradecer vocês por tudo, quero dizer, eu nunca esperei ter leitores tão maravilhosos. Com criticas (tanto positivas quanto negativas) e centenas de comentários incriveis!
Bom, o próximo cap deve sair no final desse mes (15 dias não é um tempo TÃO grande assim, é?), ou talvez mais cedo, já que eu estou me coçando para escrever uma cena que aparecerá no próximo cap!
Beijos
Laslus