Ele sorriu sarcástico assim que a viu andando pelos corredores. Sabia que ela viria. Os passos que ecoavam pelo corredor escuro poderiam chamar atenção de alguém, mas ele não estava preocupado. Raramente os professores andavam por ali.

—Atrasada — ele murmurou quando ela se aproximou

Era sempre assim, ela atrasava, e ele esperava pacientemente por ela, sem saber exatamente o motivo, ele não deveria esperar.

—Agradeça que eu apareci — respondeu a garota sorrindo de escárnio

—Como se você não fosse vir.

Depois de falar essas palavras, ele colou seus lábios nos dela. Automaticamente, ela correspondeu. Sem se importar em ser brusco, ele empurrou-a contra a parede, prensando-a com seu corpo.

—Sabe, — ela disse num murmúrio separando as bocas milimetricamente — as outras meninas que você ficou sempre dizem que você é tudo menos brusco.

—É por que você não merece minha delicadeza Bella.

Ela riu novamente antes de colar os lábios dela nos dele. Ele prendendo-a contra a parede e a segurando pela cintura, embora suas mãos percorressem o corpo dela ocasionalmente. O beijo foi ficando mais quente, nenhum dos dois se importou. Ele foi levando ela até a parede do outro lado, onde uma enorme porta estava aparecendo.

—Sala precisa? —ela disse friamente, mas com um sorriso de lado no rosto.

Ele não se deu o trabalho de responder, não era a primeira vez que ele a levara ali. Ela já estava tirando a camisa dele habilmente antes mesmo de fecharem a porta. Ele sorriu sarcástico pra ela quando sua camisa caiu no chão, mas ela não se importou, empurrando ele na enorme cama que se encontrava no meio do quarto.

Ele abriu os olhos, demorando um pouco para se acostumar com a pouca luminosidade que invadia o quarto. Se mexendo na cama ele notou que ela estava vazia. Levantando o olhar e piscando algumas vezes ele viu a garota com que ele dormira algumas horas atrás terminando de abotoar o sutiã preto com movimentos lentos.

—Indo embora antes de amanhecer que nem uma prostituta Bella? — ele disse com sarcasmo.

A garota olhou surpresa por alguns segundos ao perceber que ele estava acordado, mas demorou a responder enquanto passava os dedos nos cabelos encaracolados, tentando arruma-los, sem se importar que o menino a frente dela olhasse cada detalhe de seu corpo semi-coberto pela langeri escura.

—O que você espera que eu faça Black? — respondeu Bella cansada.

—Eu espero que você deite aqui de novo e durma, e que só levante para sair quando já for perto da hora do almoço, como você costuma fazer num sábado de manhã.

Ela revirou os olhos, mas estes encontraram as orbes pretas do menino a sua frente, e, sem saber por que, sentiu seu estomago se revirar de uma forma estranha.

—Só desta vez Black.

—Você sempre diz isso Bella. —ele riu, sabendo que ela cederia.

Novamente revirando os olhos a sonserina entrou em baixo das colchas macias, ele passou o braço pela sua cintura, acomodando sua cabeça perto da dela, sentindo os cabelos pretos e cheios da menina em seu rosto. Com um sorriso ele murmurou no ouvido dela:

—Melhor assim não é?

Ela não resistiu em sorrir ao ouvir a voz rouca em seu ouvido, e em resposta ela se acomodou melhor no menino. Deixando seus corpos mais colados.

—Sim, melhor — ela murmurou enquanto ele acariciava delicadamente sua cintura.

—Boa noite Bellatrix — ele murmurou, dessa vez sem nenhum pingo de sarcasmo.

—Boa noite Sirius.

Em segundos, Black já estava dormindo tranquilamente, mas ela demorou um pouco mais a relaxar, não gostava nem um pouco de como ela se sentia perto dele, muito menos do fato dele conseguir chegar nela assim. Tentou lutar contra a vontade de ficar deitada ali, pensando em sair novamente, mas não conseguiu. Ignorando os pensamentos ela voltou a apoiar sua cabeça no travesseiro dele, e fechou os olhos, com um sorriso involuntário no rosto.

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—Eu não sei o que fazer James! — exclamou Sirius passando as mãos nos cabelos cacheados nervosamente.

James estava sentado na poltrona de sua casa em Godric’s Hollows, olhando para o amigo assustado. Este andava para cima e para baixo, mexendo as mãos irrequietamente. Ele parecia cansado, e acima de tudo, preocupado.

—Ela está grávida! Eu... eu não sei o que fazer! Ela é casada com aquele Lestrange, e o filho é meu.

James levantou e colocou a mão no ombro do amigo, fazendo-o parar de andar.

—Sirius. Vocês saem dês da época da escola, e nunca assumiram nada, um dia isso ia rolar. Eu não sei o que vai acontecer, nem com você, nem com ela, nem com a criança, mas pode ter certeza que nós vamos te ajudar com o bebe. Eu, Lily, Lupin e Peter estamos aqui para isso.

—Fácil para você dizer isso, não é você que engravidou a sua própria prima!

—Foi você que teve o mal gosto de se apaixonar por ela.

Sirius encrespou os lábios.

—Eu não gosto dela

James riu ao ver o amigo negar a verdade obvia estampada em seu rosto preocupado.

—Então por que tudo isso? Fazem bons 3 anos que vocês tem essa “amizade colorida” de vocês. Pense nos lados positivos, você vai ser pai.

Sirius pareceu ainda mais nervoso ao ouvir isso.

—E eu pareço o tipo de pessoa que vai conseguir seu pai James?

—Você vai ser um ótimo pai. — disse o amigo com confiança — com quantos meses ela está?

—Quatro! — respondeu Sirius frustado — Ela só me contou depois de o marido idiota percebeu.

James sorriu contente, e o amigo olhou para ele como se ele fosse louco.

—Pelo menos meu filho vai ter companhia!  — disse Potter

Sirius virou para o amigo

—O que você quer dizer com isso?

—Lily está grávida. — sorriu Pontas — de um mês.

Pela primeira vez almofadinhas sorriu.

—Jura? Parabéns seu viado! E você nem me conta!

James parecia não se conter dentro de si.

—Eu descobri ontem seu pulguento.

Siriu riu ainda preocupado.

—O que foi? —murmurou James olhando para o amigo

—É que eu ainda estou preocupado com o que o Lestrange pode fazer se descobrir que a criança não é dele.

—Nós não vamos deixar que ele toque nela.

Sirius fechou os olhos e sentou no sofá, apenas depois de alguns segundos é que ele teve forças para falar em voz alta.

—Se ele fizer o que eu estou pensando, ele não vai precisar tocar na criança.