Princess of Sky escrita por Writer, Apenas Ana


Capítulo 7
Um passeio ao Mundo Inferior


Notas iniciais do capítulo

desculpa ta postando bem menos que o normal. mais minha vida ta muito corrida



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Assim que demos as mãos. Eles deram um passo, caímos na escuridão. Apertei as mãos, com medo de me separar deles. Caímos em um jardim.

Se eu soubesse que ia ter que correr de um cachorro de três cabeças, e mortos, não teria ido tão arrumada assim. Pensei que apenas íamos sentar e conversar socialmente com o deus dos mortos. Mais nããão, tinha que ser assim.

–Bom, pelo menos caímos na parte de grama do jardim. – Nico falou, esmagado por mim e Ísis.

Tratamos rapidamente de sair de cima dele.

–Já caiu em algo pior? – Falei enchendo o saco dele. Ele apontou para uma área do jardim em que apenas havia arbustos, com grandes espinhos. – Ai.

–Pois é. Fiquei de cama por uma semana.

Olhei o jardim. Cogumelos gigantes e coloridos brilhavam na escuridão, grandes e verdes arvores tinham belos frutos. Em vez de flores, viam-se rubis, esmeraldas, entre outras pedras preciosas. O jardim era estranha e perigosamente bonito. Não entendi como as plantas eram tão lindas, sem ao menos ter sol ou algum sinal de água.

Senti vontade de comer uma das frutas. Cheguei perto de uma arvore que era ocupada por lindas e vermelhas frutas. Peguei uma. Assim que ia dar uma mordida, Nico bateu em minha mão, jogando a fruta no chão. Virei incrédula para ele.

–Não coma nada do Mundo Inferior. Senão vai ficar aqui para sempre.

Como eu não queria ficar no ‘’adorável’’ mundo dos mortos para sempre, não tentei pegar outra maravilhosa fruta. Apesar de eu querer.

O palácio de Hades (pelo que eu deduzi ser) já não era tão lindo como o jardim. A parede era de mármore preto, assim como o piso. A parede ia ate o teto, de modo com que o teto da casa, deveria ser o próprio teto de seus domínios. Guardando a entrada para o palácio, estavam guerreiros esqueletos, vestindo trajes de guerra antigos, e alguns atuais. Armaduras gregas, uniformes ingleses, roupas camufladas. Todos estavam com armas prontas para matar qualquer vivo (a não ser um filho de Hades) que ousasse entrar. A porta principal era de ferro Estigio e mármore preto.

–Lar doce lar. – Ísis murmurou ao meu lado.

–Vamos ter que entrar mesmo? – Reclamei virando para Nico que observava o jardim.

–Bom que quiser ficar aqui com eles – Ele fez sinal com a cabeça para os guerreiros esqueletos. – pode ficar. Mais tome cuidado com as Fúrias.

–Ta bom, eu vou. – Falei eu relutante em entrar no palácio de meu tio.

  Admito, estava com muito medo de ser incinerada. Mas aposto que qualquer um ficaria.

O mundo inferior era realmente muito quente. Mas deveria ter feito outra escolha de roupas. Não percebi que carregava em meu pescoço o meu colar-espada. Mais achei que isso não ajudaria alguma coisa.

Caminhamos ate a porta do palácio lentamente. Os olhos dos guerreiros esqueletos pareciam nos seguir. Um frio percorreu minha espinha, enquanto eles nos olhavam. Nico abriu a porta do enorme palácio com apenas um empurrão.

Entrei relutante. Um corredor largo e cumprido seguia. As paredes eram decoradas com esqueletos, mesas, e vasos, com plantas e flores. Seguimos pelo corredor inteiro e entramos em uma grande sala. Ela tinha paredes escuras, uma lareira, e dois tronos no centro, de costas para nós. Havia um homem sentado nele.

  Nico pigarreou. O homem se virou para nós, assim como o trono. O homem tinha olhos e cabelos pretos, pele branca, e um cavanhaque. Ele usava uma camiseta, um casaco de couro, e calças. Tudo preto. Apesar de tudo a sua áurea era muito forte e poderosa, o que resultou em um frio na espinha. Nico se parecia um pouco com ele. O trono era completamente feito de esqueletos.

Nos curvamos diante do deus. Ele olhou para mim com uma espécie de olhar de desprezo. E olhou com um olhar suavemente paterno para Ísis e Nico. Ísis sorria como uma boba, e Nico continuava com a mesma expressão de tédio e infelicidade de sempre.

–Vejo que trouxeram a outra filhinha do meu irmão. – Hades disse. Ele tinha uma voz grossa, e rígida. Me fazendo encolher no canto. – Oi filha. – Hades deu um sorriso que cegava, enquanto Ísis fazia o mesmo.

–Ola pai. – Nico falou com ciúme da irmã.

–Oi Nico.

O silencio reinou na sala por alguns horríveis segundos. Então Nico decidiu quebrar o silencio, e ir direto ao ponto.

–Pai, hoje no acampamento, recebemos uma visita um tanto que desagradável. Dois dos seus mortos estavam lá em cima, e entraram no acampamento. Os encontramos mortos. Eles escaparam ou receberam sua liberação para subir?

–Eles escaparam. Por alguma razão, alguns mortos estão tendo grande facilidade para sair. O fato de vocês terem os encontrado mortos, foi um pouco de culpa minha. Mandei Alecto atrás dos dois, a fim de trazê-los de volta.

Queria muito sair dali. Aquele lugar me trazia um estranho mal estar.

–Ísis, isso é para você. – O deus disse e jogou uma caixinha preta aveludada a Ísis.

  Ela abriu e ficou olhando por um bom tempo para a caixinha. Levemente perplexa. Ela pegou algo e colocou no braço. Era uma pulseira. Ela era prata com uma caveira de pingente. Nico parecia obviamente emburrado. Eu também ficaria.

–Obrigado.

–Ela vira um escudo.

–Bem, precisamos ir. Prometemos que voltaríamos antes do jantar. – Ele olhou o relógio que ele usava no pulso. Eu não havia percebido. – Dá tempo para um passeio rápido. Tchau pai.

Nós três nos curvamos ao deus, e caminhamos ate a porta.

Saímos, e fomos dar um ‘’divertido’’ passeio ao Mundo Inferior.

–Então tá. Querem dar uma volta pelo Mundo Inferior, ou querem voltar ao acampamento? – Nico disse se virando para nós.

–Vamos dar uma volta. Que horas são? – Falei.

–15:23.

–Temos tempo de sobra. Vamos dar uma volta então.

Demos uma volta pelo Mundo dos Mortos. Passamos pelo Elísio, os Campos da Punição, o Salão de Julgamento. Assim que íamos para os Campos de Asfodelos, um som de pessoas correndo e gritando veio ate nós.

Entramos em pânico, começamos a correr de um lado para o outro.

Encontramos um lugar para nos proteger. Eram rochas empilhadas.

–O que é isso Nico? – Ísis perguntou com um pouco de terror, estampado em seu rosto.

–Não sei. Cérbero deve ter feito as necessidades nos Campos de Asfodelos, ou é um desses dias quando os mortos ficam morrendo de tédio, então eles correm e gritam de um lado ao outro.

–Isso é estranho. – Resmunguei.

–Pois é. – Ísis completou.

–Vamos continuar. Não to a fim de passar nos Campos de Asfodelos. Vai que o Cérbero realmente fez as necessidades lá.

Nico estremeceu. Estremecemos juntos. A idéia de ver ou sentir o cheiro da necessidade de um cachorro de 3 metros não é nada legal.

Continuamos o divertido passeio. No meio do caminho, encontramos Cérbero, o cachorrão de 3 metros. Ele dava medo, mas me fazia sentir uma vontade de acariciá-lo. Ele lambeu Ísis e Nico, não entendi porque a Ísis. Ele deve ter percebido que ela era filha de Hades. Assim que ele se voltou pra mim, mostrou os dentes e começou a rosnar.

Recuei rapidamente para trás. Ele começou a latir para mim, e ir atrás de mim. Comecei a correr. Enquanto o cachorro gigante corria atrás de mim, Nico gritava ordens para ele. Mais ele não obedecia.

Fiquei um bom tempo correndo do cachorrão. Ate que Nico teve uma idéia. Ele encontrou uma bolinha na metade no chão.

–Ei, Cérbero. – Ele assoviou bem alto. E levantou a bolinha no ar. O cão rapidamente cravou os olhos na bolinha. Nico jogou-a bem longe. É, ele era bem forte.

Assim que o cachorrão se afastou, me joguei no chão de terra e pedra. Estava tão exausta te correr do Cérbero, que não notei que estava de vestido. Assim que percebi, me recompus, e levantei.

  Continuamos a caminhada sem fim. Passamos pelo rio Estrige. Ele era negro e sujo. Voltamos para o palácio de Hades. Mas no meio do caminho vi uma espécie de abismo, do que 1000  vezes mais escuro. Aquele lugar parecia me atrair pra lá. Juntei todas as minhas forças que restavam e perguntei.

–Nico, que lugar é esse?

–É o Tártaro.

  Assenti. Pelo que já havia lido Cronos, os outros titãs, e a essência de alguns monstros residiam lá.

–Precisamos voltar para o acampamento.

Novamente demos as mãos. Senti meu rosto esquentar novamente. Olhei e Nico estava com a mesma aparência que eu. Ísis ria baixinho do meu lado. Caminhamos para escuridão, e caímos. Viajar nas sombras não é nada legal.

Chegamos ao Acampamento Meio Sangue. Estávamos em uma parte escura da floresta. Isso era bom porque assim, eu não corria o risco de ficar cega. Estávamos de mãos dadas assim como quando caímos na escuridão. Estava com o estomago revirando, devido à adorável viagem. Mas ignorei.

Fui para o meu chalé, tome um banho. Coloquei um pijama de listras, e me joguei em minha cama. Rapidamente dormi. Naquela tarde, não tive sonhos. Apenas deitei e dormi, muito tranquilamente.



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Notas finais do capítulo

reviews?



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