Princess of Sky escrita por Writer, Apenas Ana


Capítulo 5
Sonhos estranhos


Notas iniciais do capítulo

Mais um pra vocês. Espero que gostem



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Se soubesse que meu sonho iria me torturar por um tempo, teria ficado acordada.

Parecia ter sido bem curto o tempo que eu sonhei com esse pesadelo, mas isso bastava pra me assustar um pouco.

Eu estava em uma caverna onde um som de coração batendo ecoava das paredes. Uma garota parecia estar invocando pedras preciosas e um liquido espesso e escuro que encarei como petróleo. Não fazia idéia de que era a garota, muito menos o que ela estava fazendo. As cenas se passavam em um flash, mas eu entendia tudo o que estava acontecendo. Uma mulher magra e muito parecida com a garota surgiu das sombras, e elas se abraçaram. Não entendi muita coisa além disso. O resto me parecia um borrão, até a pilha de pedras explodir e as pedras soterrarem as duas. Me senti triste por elas.

Repentinamente meu sonho mudou. Eu estava em uma praia, e um Gigante saia da água com um sorriso vitorioso e grande. A água começou a escurecer e ficar feia e suja. A única coisa que eu podia pensar era: O que está acontecendo?

E então a coisa começou a piorar. Os céus e a terra pareciam entrar em um conflito de quem ficava pior. A terra se tornou seca como a de um deserto, e o céu se tornou de um tom de cinza nada legal. "Esse será seu futuro princesa" Uma voz feminina falou em minha mente. "E você não poderá fazer nada pra mudar isso".

O sonho mudou novamente. É eu tenho que me acostumar com isso, pensei.

Eu estava em um palácio. Parecia muito com o chalé de Zeus. Era feito de mármore branco, com colunas pesadas a frente. Uma porta de bronze celestial, grandes e lindas janelas. Um homem estava sentado em uma mesa com um desenho de um raio e uma águia. O homem vestia um terno risca-de-giz, tinha o cabelo preto, e uma barba um pouco longa. Ele tinha olhos azul-elétricos, e pele de uma cor morena natural. Não muito moreno, e nem pálido.

–Oi filha. Sente-se aqui. – Ele apontou para um canto da mesa e uma cadeira igual à dele surgiu. Naquele momento percebi que ele era Zeus. Meu pai. Em um gesto rápido, me curvei. – Não precisa disso. Me trate apenas como seu pai. Sente-se.

Eu me sentei. Haviam tantas coisas que queria saber. Porque ele me abandonou? Onde ele conheceu mamãe? Porque eu estava ali? Queria falar tantas coisas. Mais a única que eu consegui pronunciar foram:

–Oi pai. – O deus sorriu.

–Oi filha. – Repetiu ele.

–Porque eu estou aqui?

–Porque eu queria ver e falar com a minha filha. E dar um presente.

Ele tirou do bolso, uma caixinha, e me entregou. Era um colar de raio.

–Lindo. – Foi tudo que consegui dizer.

–Ele vira uma espada, ajudará você a controlar seus poderes. - Ele falou levemente tímido. Não acreditei no que via. O deus dos deuses estava tímido na presença de sua simples filha.

–Obrigado pai. Obrigado mesmo. Ele é lindo. E poderoso. – Coloquei o colar no pescoço. E os brilhos, brilharam mais. – Bem pai, mudando de assunto. Preciso lhe contar algo.

Contei todo o meu sonho a ele. Enquanto contava, seu rosto foi se tornando obscuro. Assim que terminei, ele olhou para o horizonte, pensando.

–Então, eles estão se reerguendo novamente. Ainda estamos reparando os danos que fizeram no Olimpo na última batalha. Não sei se aguentaremos outra batalha novamente.

–Nós semideuses, ajudaremos pai. Vou lutar por você ate o fim de minhas ultimas energias.

Um sorriso se esboçou no rosto do deus. Sorri junto com ele.

–Ah, e os seus pés, já estão curados. Poderá começar a treinar no acampamento.

Eu realmente não havia notado isso. Lembrei que havia caminhado ate a cadeira sem perceber.

–Serio? Muito obrigado pai, de novo.

–Você precisa ir. Esta na hora de você acordar.

–Ok pai. Ah. Quando vou conhecer a minha irmã?

Ele riu leve.

–Logo. Ate breve filha.

–Ate.

Ele mexeu a mão, e eu acordei.

O chalé estava um pouco claro. A luminosidade entrava pela única janela no chalé. Ouvia os passos de algumas pessoas do lado de fora. Chequei meu pescoço. E lá estava. O lindo colar que meu pai me dera. Havia um relógio na cômoda ao lado da minha cama. Eram 8:30.

Desenfaixei meu pé. Ele estava normal. Sem marcas ou queimaduras. Fiquei extremamente feliz pelo simples fato de poder andar novamente.

Tomei um banho, fiz minha higiene diária. Coloquei um macacão de short marrom claro, e um tênis all star azul cano médio. Passei um delineador e um lápis, fazendo meus olhos ficarem bem pretos. Passei um batom rosado.

Sai do meu chalé e dei de cara com Nico, que provavelmente ia me acordar. Ele me analisou em estado de choque pelo fato de eu estar em pé.

–O que? Como? Por quê? – Ele estava mais pálido do que o normal, e estava com uma cara estranha. Ri da cara que ele fez.

–Depois eu te explico. Quer vir comigo a Casa Grande?

–Tá. Mais me deve uma explicação depois. Se não me contar te assusto a noite.  – A ultima frase ele falou sombrio. Fiquei com medo dele.

–Tá bom. Credo, agora me deu medo Nico. Vamos.

Corremos para a Casa Grande. Por todo o percurso ouvi coisas como: ‘’Ela não estava com os pés queimados?’’ ‘’Ugh da há?’’ (essa ultima veio do Percy).

–Depois te explico – Gritei para Percy enquanto corria.

Cheguei a Casa Grande quase morta. Extremamente ofegante. Encontrei Quiron jogando pinocle com Sr.D. Ele estava em sua forma de centauro.

–Quiron preciso falar com você.

–Giovanna? Como esta andando?

–Isso eu te explico também. Bom dia Sr.D. – Dei um beijo em sua bochecha. Consequência? Deixei um deus corado.

–Bom dia Drianna.

–Drianna Sr.D? Foi bem longe agora, ein? – Nico falou.

–Vamos.

Puxei Quiron para dentro da Casa Grande.

–Porque tanta urgência Giovanna? – Quiron falou intrigado.

–Preciso lhe contar o sonho que tive.

Contei todo o meu sonho. Desde a entrada da caverna, ate o meu sonho com meu pai. Quiron era bom ouvinte. Prestava atenção, não falava nada a não ser o necessário. Já Nico. Fazia comentários toda hora. Como tipo ‘’Uau’’ ou ‘’serio?’’. Chegou um ponto em que eu não aguentava mais.

–Nico, por favor, fique quieto antes que eu pegue uma espada, e corte sua cabeça. – Ele apenas fez uma cara de tédio. – Obrigada.

Continuei a historia. Assim que terminei, Quiron ficou pensando silencioso.

–Precisamos fazer uma reunião com os lideres do chalé. Avisem todos. A reunião será após o jantar. Darei um reforço anunciando no almoço. Podem ir.

Saímos da Casa Grande, e avisamos todos os campistas que vimos. Encontrei Percy no meio do caminho. E ele me cobrou uma explicação. Expliquei todo o meu sonho a Percy. Que ficou boquiaberto quanto terminei. Fui para a arena. Decidi testar minha nova espada.

Assim que cheguei lá. Tentei entender como ativar minha espada. A apertei, afastei de meu pescoço, e pensei em uma espada. Nada. Então, como um impulso (Mas com um pouco de medo de arrebentar), a puxei. Não senti dor alguma a puxa-la, e ela não havia arrebentado. Senão, teria sentido. Olhei para o objeto em minha mão. Ao invés de um colar, encontrei uma espada. Nela havia escrito algo. καταιγίδα. Tempestade de Raios, li. O cabo era decorado por swarovski. Tive uma leve impressão que Afrodite havia ajudado com isso. ‘’E ajudei’’ ouvi a voz de Afrodite falar em minha cabeça. Fiz uma cara estranha. Enfim, a lamina da espada era de ouro imperial, e a ponta era curva. Fazendo-a parecer uma espada de pirata.

Comecei a treinar. Treinei ate a hora do almoço. Quando Ísis fora me chamar, ela decidiu lutar comigo.



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Notas finais do capítulo

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