Princess of Sky escrita por Writer, Apenas Ana


Capítulo 25
Mensagens de Íris e melancolia


Notas iniciais do capítulo

Eu estou postando todos os capítulos, que eu escrevi nas férias. Aproveitem todos eles.



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Horrível. Era como estava quando eu acordei. Não lembro de muitos detalhes do que aconteceu ainda no hospital. Só sei que Annabeth foi pedir uma transferência de hospital pra mim usando a névoa como ajuda.

Não vi nenhum sinal de Ana. Era como tudo estava parecendo. Melancólico e triste. Sem contar com a dor de cabeça horrorosa que eu sentia, e o sono de todos.

Depois de um tempo fomos pro carro. Chegamos lá, e Ana estava deitada e dormindo. Nem as rádios que Annabeth tentava colocar ajudava. Ela e Percy trocaram de lugar na direção. Percy já estava roncando nos primeiros 20km.

–O que aconteceu? - Perguntei pra qualquer um que quisesse responder.

–Pergunta pro seu namorado fofinho. Ele sabe muito bem, o que aconteceu. - Ela falou entredentes, mas muito triste, e sem o tom de voz animado e empolgado de sempre.

Me virei pro Nico, esperando o pior. Traição, alguém iria morrer, qualquer coisa. Menos a que ele me disse.

–Ana estava nos espionando. - Ele falou secamente.

–E o que você fez depois?

–Nós brigamos. - Estávamos sussurrando. Porque? Eu não faço a mínima idéia.

–Você fez o que? Ficou doidão? A Ana é complicada de se lidar. Você não tem noção do que fez.

–Eu não fiz quase nada Giovanna. Mas ela estava errada de ter feito isso.

–Mas com a Ana, não se briga. Tem que conversar Nico. Não acredito que você fez essa burrice.

–Então, quer dizer que você não é contra ela ficar nos espionando?

–Sou. Mas não é brigando que se resolve tudo. Você foi realmente idiota nesse ponto.

O silêncio pairou depois que eu me distanciei um pouco dele. Eu não tinha passado muito tempo com Ana. Mas aquilo foi idiotice. Ela era quase minha melhor amiga. E eu não queria perde-la porque meu namorado brigou com ela.

–Gi. Nico. - Me assustei. 2 vezes. Com a voz, e com a cabeça, cheia de cabelos ondulados, pele branca mas levemente vermelha. - Desculpa por ter espionado vocês. Foi errado. Mas é que eu gosto de fofocas e essas coisas. Não me contive.

–Ana... - Nico começou a falar. Mas eu tampei a boca dele com a minha mão. Ele lambeu.

–Ai que nojo Nico. - Limpei minha mão na blusa dele. Enquanto ele ria divertidamente.

–Você toma baba dele, mas quando ele lambe sua mão você fica com nojo? Me explica? - Ana falou sorrindo.

–Pois é. É estranho. - Nico falou rindo. Mas não como antes.

–Eca. Quando se fala "tomar baba" a coisa parece incrivelmente nojenta. Desculpas aceitas Ana.

–Mas tem que prometer que não vai fazer isso denovo. - Voltei a me sentar ao lado de Nico.

–Ta. Eu prometo.


O silencio voltou. Mais não estava desconfortável como antes. Era mais amigável. Mais uma questão intrigava minha cabeça. O que será que me atacou?

–Gente, como tivemos que voltar pra poder ajudar a Gi, ainda temos um dia de viagem. E cerca de mais umas 4 horas tambem. Vamos parar no próximo posto. Podem dormir se quiser. - Nossa motorista falou.

Não protestei contra nada. Pedi uma coberta na minha mochila. E um travesseiro tambem.

–Pega um pra mim também? - Nico e Ana falaram em uníssono.

–Ta. - Pedi pra minha mochila e assim que eles saíram, eu entreguei. - Não aguento mais ficar pedindo essas coisas.

Me deitei no 'chão' do carro. Dividi a coberta com Nico. Caímos no sono rapidamente. E como da última vez, dormimos abraçados.

Sonhei com o mesmo lugar de sempre. Uma parte do palácio do meu pai. Como sempre, ele estava sentado em uma das cadeiras. Lendo o Jornal Do Olimpo. Cheguei mais perto. Nada da atenção dele. Pigareei. Ele se assustou e olhou pra mim. Mantive minha expressão de divertimento. Me sentei. Já meu pai, estava sério. Com uma cara carrancuda.

–O que foi pai?

–Vocês saíram no jornal denovo. - Não sabia definir sua expressão.Bravo, feliz, orgulhoso, reprovação.

Ele colocou o jornal na mesa.

Li."Coluna de Afrodite." "Fotos novas do novo casal do acampamento.". Observei as fotos. Uma era a que Ana havia tirado. Embaixo, estava escrito: "Foto cedida por Ana Cristina, semideusa, filha de Poseidon.". Do lado, tinha uma foto de ontem. Eu e Nico nos agarrando. Alguns segundos antes de eu ser atacada. Realmente, a coisa entre nós, estava quente.

Tinha uma pequena matéria embaixo. Não consegui ler, porque a minha visão começou a ficar turva.

–Você esta acordando. Leve o jornal denovo se quiser. Conversamos mais tarde.

E eu acordei. Abraçada com o jornal. O carro estava parado. Eu e Nico nos levantamos juntos num salto. Estávamos em um posto de gasolina. Eles estavam descendo do carro.

Saímos o mais rápido que deu. Não falamos nada. Até eu começar a xingar Afrodite em grego.

–Meu amor, você tem que parar de xingar Afrodite. Ela não fez nada... Que eu saiba.

–Não? - Mostrei o jornal pra ele. Que ficou sem reação. - E Ana, porque deu a foto pra ela?

–Eu não sabia que ela ia por no jornal. - Ela falou levantando as mãos em sinal de rendição.

–Vamos comer? Eu to morrendo de fome. - Annabeth falou chamando nossa atenção. - Depois mandamos uma MI pro acampamento.

E fomos comer. Comemos salgados, e fomos no banheiro. Não fazia idéia de como era uma MI. Fomos pra trás do posto. Mandar o tal treco. Percy jogou água no ar. E formou um arco-íris.

–Ó Íris, deusa do arco-íris. Aceite minha oferenda. Mostre-me Quiron, no Acampamento Meio-Sangue. - Annabeth falou e jogou uma dracma no arco-íris.

A imagem de Quiron tremeluziu, e se formou. Ele estava na enfermaria, cuidando de vários semideuses feridos. Assim que nos viu, pediu licença para os que estavam ali. Quiron estava com expressão abatida. Assim como todos os outros. Enquanto os camisas saíram pra dar licença ao Quiron, uma menina nos viu. Ela passou para observar. Ela olhava diretamente eu e Nico. Assim que ela viu ambos usando anel, comemorou. Porque eu não sei. Não era ela que estava namorando.

–Ai que bonitinho. Os dois estão namorando. Vou ganhar 10 dolares e 5 dracmas. - E saiu sorrindo e cantarolando. Agora sei porque ela comemorou. Não era preciso uma placa, pra saber que ela era filha de Afrodite.

Depois de alguns segundos, todos já tinham saído. Não entendi o porque de tanta sigilosidade.

–Eu vi os dois no Jornal do Olimpo. - Ele falou parecendo estar se divertindo. Eu e Nico batemos a mão na testa ao mesmo tempo. -.Tudo bem. Mudando de assunto. Como esta a missão?

Contamos todo o ocorrido. Tirando a briga de Nico e Ana. Pois é. Eles contaram as minhas agarrações com Nico. Esse povo tem titica na cabeça. Só pode. Assim que acabaram, eu perguntei.

–E como está o acampamento?

–Os monstros deram uma trégua. As caçadores chegaram, e ajudaram no último ataque. Obrigada por pedi-las para vir pra cá. Bom, vocês tem que continuar a missão de vocês. Boa sorte.

E ele passou a mão sobre a mensagem e ela sumiu. Aquilo era legal. O duro é gastar 1 dracma por mensagem.

–Posso falar com a minha mãe? - Falei antes que o arco-íris sumisse.

–Pode. - Percy jogou uma moeda dourada pra mim. - Depois você me paga.

Fiz o mesmo que eles. Eles saíram. Insisti pra que Nico ficasse. Ele ficou.

–Ó Íris deusa do arco-íris. Aceite minha oferenda. - Joguei o dracma. - Mostre-me Alinn Boswell em NY.

A imagem da minha mãe apareceu. Sorri ao ve-la. Que saudade eu estava dela. Ela estava cozinhando.

–Mãe? - Falei assustando ela. Ela me viu e abriu um sorriso enorme.

–Giovanna? Que saudade de você. Desde aquele dia eu não tenho mais nenhuma notícia sua. O que aconteceu?

Eu contei tudo pra ela. Menos o meu 1° beijo com Nico. E outras partes. O impedi de ir embora o tempo todo. Quando acabei, era hora de apresentar Nico á ela.

–Eu fiquei muito preocupada filha. E esse ai ao seu lado. Quem é? - Droga. Ela perguntou antes de eu preparar uma apresentação decente.

–Mãe esse é Nico... Meu namorado.

Me preparei pra morrer. Sério, eu não fazia idéia do que ela iria fazer. Ela poderia surtar, e me matar. Mas ela fez algo que eu não imaginava que ela seria. Super simpática.

–Oi Nico. Coitado, Giovanna. Você deixou ele aí esse tempo todo? Você deve sofrer por ter uma namorada grossa e chata feito ela não? - Eu queria um buraco pra entrar dentro. Sério. Se você já passou por isso ou algo do gênero, sabe do que eu estou falando. E se não passou, daqui á um tempo você me entende e passa por isso. Nico apenas ria.

–Só fui ver o lado grosso e chato dela depois de pedi-la em namoro. - Ele falou sendo simpático.

–Ei. - Protestei. Minha mãe sorria.

Som de passos vieram por trás. Me virei bruscamente enquanto Nico conversava com minha mãe. Achei que era algum mortal. Mas eram apenas Percy e Annabeth nos apressando.

Me despedi de minha mãe, o que foi muito difícil.

–Quero minha cama. - Ana disse com voz de choro, enquanto eu entrava no carro e pulava pro porta-malas. - Falta muito, Percy?

–Falta 1 dia. Mais ou menos. - Annabeth disse e logo após fechou o notebook.

–Espera. Quando chegarmos em NY vamos ter que ir pro Acampamento? - Ana perguntou encabulada.

–Claro. Só vai sair do Acampamento depois das férias de verão.

–Annabeth, me empreste sua faca. Prefiro me matar.

Não era uma coisa tão difícil ser semideus. Mas Ana reclamaria se fosse mortal, semideusa, bruxa, cachorro. Ela reclamaria de qualquer jeito. Mas o que tinha de tão ruim ser semideus?

–Por que você não gosta, Ana? - Perguntei, saindo dos pensamentos.

–Porque eu não tive infância como a maioria das pessoas. Fiquei presa em um computador durante anos. Imagine, de um dia pro outro você descobrir que precisaria lutar com monstros e que não ia mais ter tempo pra utilizar um computador. Utilizar um celular! - Ela disse a última frase entre-dentes e olhando mortalmente pra Annabeth.

–Que horror. Você não brincou na rua? - Nico perguntou. Como se ele fosse muito velho. E era né?

–Desculpa se sou muito inteligente e descobri a senha da internet. - Ela falou, debochando.

–Você é estranha. - Comentei.

–Só porque eu descobri a senha da internet não quer dizer que eu sou estranha. Muitas pessoas já devem ter feito isso.

–Não o fato sua anta. Você no geral. - Bocejei. - Acho que vou dormir. Mesmo querendo ler a nova matéria sobre mim e Nico.

–Cade o jornal? - Ele perguntou, e eu peguei o jornal com o pé e entreguei.

–Abaixa a perna ai Nico?

–Pra que?

–Pra mim usar de travesseiro.

Ele não protestou. Ele abaixou a perna e eu deitei. Dormi rapidamente com ele fazendo carinho em mim com uma mão, e segurando o jornal com a outra. Aí, segundos antes de cair no sono. Lembrei que o meu pai queria bater um papo comigo. Aquilo não ia prestar.


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