A História De Um Maroto escrita por Harryo Salvatore, Bela


Capítulo 17
Quase e Talvez


Notas iniciais do capítulo

Nem preciso dizer né o/ Boa leitura!



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A festa não estava tão animada até que os quatro Marotos entraram pela porta. Todas as meninas presentes no lugar logo passaram seus olhares maliciosos e famintos pelos rapazes. A música variava entre um rock trouxa e músicas do Elfos.

Lily se aproximou sem que os rapazes a vissem, porém Remus a notou e não conseguiu conter os próprios pensamentos. O vestido azul escuro contrastava com a pele alva e os cabelos acaju presos num rabo de cavalo, na mãe ela trazia um copo com suco de abobora para James.

-Uhm, você está atrasado. –Potter apanhou o copo e agradeceu beijando a mão agora livre da garota.

-Tive que esperar meus companheiros, que parecem mais moças no banho.

Lilian fez uma careta para o comentário de Potter e evitando o olhar de Moony puxou o acompanhante quando uma música agitada começou a tocar. Sirius já estava cercado por no mínimo cinco garotas quando Pettigrew já enchia a boca com os quitutes coloridos.

A noite se desenrolou muito calma, Lupin foi praticamente forçado a dançar com uma garota sonserina muito bonita, porém, sonserina.

-Você deveria se considerar o mais bonito, entre os seus amiguinhos sabia... –A menina sussurrou em seu ouvido e Moony pode sentir o ardor do álcool em seu hálito. –Tão bonito e inteligente!

-Vamos com calma Anne, senta aqui ok. – Remus ajudou a menina a se sentar numa poltrona e poucos segundos depois ela desabou num sono profundo. –Estranha...

Antes de entrarem no dormitório masculino os Marotos se depararam com a cena mais esquisita que poderiam avistar naquela noite: James e Lily estavam de mãos dadas os rostos a centímetros um do outro. Antes que Remus pudesse fazer qualquer coisa precipitada Sirius pigarreou e depois de assustar o casal pôs-se a rir da feição dos dois.

-Boa noite, James. Boa noite rapazes. –A menina ruborizada voltou para o salão comunal evitando qualquer olhar.

-Te vejo amanhã em Hogsmead! –Potter gritou antes que ela desaparecesse. –Qual seu problema Black?!

-UUUUUUUH ele me chamou de Black! Ficou bravinho porque ia beijar a Evans! Ficou bravinho porque ia beijar a Lily.

-CALA A BOCA SIRIUS! –Monny e Prongs gritaram de uma só vez.

Na manhã seguinte Remus não pode conter-se e acompanhou Potter até Hogsmead com a desculpa de que precisava comprar uma caixa de chocolates para Anne, a menina da Sonserina. Sirius pareceu perceber o plano de Lupin e logo convidou a primeira garota que viu no caminho. Pettigrew simplesmente rocou em sua cama a manhã inteira.

Na DedosdeMel o  grupo se apertou entre as prateleiras e as dezenas de alunos que  escapava da forte tempestade de neve que começava cair. Remus fingia olhar uma caixa de chocolates cor de rosa quando escutou Lily explodir:

-Potter! Como se atreve?!

A menina estava sem fôlego e os lábios vermelhos de ambos não deixava duvidas, James finalmente conseguira um beijo. Lily saiu correndo e empurrando tudo e todos dentro d aloja até conseguir sair para a tempestade. Remus largou a caixa e correu também.

Na rua a Tempestade era muito forte e Lupin mal podia enxergar alguma coisa por causa da claridade e luminosidade da neve. Ao andar um pouco mais abaixo no vilarejo ele pode ver três grandes vultos pretos entrando num beco de onde um grito escapara.

-Lily!

O garoto não pensou duas vezes, saiu correndo com a varinha em punho. Ao chegar ao beco ele sabia exatamente o que fazer mas, antes que pudesse conjurar o feitiço as palavras já estavam saindo da boca de Potter que se punha entre Lily e os dementadores.

- Então é assim, Potter? Você me arrasta até aqui, dizendo que não vai tentar nada, e me beija. Agora vem, e me salva desses... desses...

- Dementadores, Lily.

- É, dementadores. Me salvou pra bancar o herói, não foi? Pra se exibir mais ainda. Como se precisasse, com um ego desse tamanho, temos sorte por não estarmos mortos agora.

Remus fazia força para não cair na risada. Sirius, ao contrário, dobrava-se de rir.

-Não, Lily. Eu te salvei porque eu já fiquei com metade da população feminina de Hogwarts. Mas você é a única que importa. Eu te amo.

O coração de Remus congelou. Ele via, sentia, Lily ia ceder... Sete anos de infortúnios pedidos resultaram em algo mais do que ódio no coração da Ruiva. Tudo estava perdido então. Ele teve forças para ouvir as últimas frases.

-Depois de tudo o que já me aprontou Potter, acha que é só isso? Mais uma declaração furada?

-Acho. -Ele disse, sem graça.- Mas não é furada, eu te amo. -Ela chorou, emocionada.

-10 pontos para a Grifinória. - E puxou a blusa de Potter, envolvendo-o em um beijo apaixonado.

Aquilo tudo foi demais para Remus. Nem as risadas e o animado coro de aleluia de Sirius podiam fazê-lo sentir-se melhor. Ele se virou e os deixou lá, praticamente se engolindo.

Caminhava sem rumo. Trombou distraído, numa menina de cabelos bem curtos e loiros. Olhos azuis faiscantes.

-Me d-d-esculpe

-Não, não. Tudo bem, eu que não estava prestando atenção. - Ele disse, em um suspiro. Sua mente estava longe. Mal percebeu que a menina continuava a andar ao seu lado.

-Hei, você está bem? - Ela disse seu tom levemente mais alto agora.

-Não.

Ela não pôde deixar de sorrir.

-Meu nome é Meadowes. Dorcas Meadowes.

-Eu sou Remus Lupin.

A caminhada cessou por um instante. A loira apertou a mão do garoto. Um pequeno sorriso invadiu a face do menino tristonho. O toque dela era quase tão quente quanto o de seu anjo ruivo.

A caminhada sem rumo voltou ao seu ritmo. Sem querer, a mão de Lupin roçou a pequena mão da loira, como normalmente acontece se duas pessoas estão muito próximas. Num átimo, ela segurou a mão fria e cheia de cicatrizes do menino, que sentiu queimar a face. Ele não fez objeção. As duas mãos se apertaram, os corpos ficaram mais próximos. A neve caía e fazia montinhos no chão. Em um desses, a garota tropeçou. E no segundo seguinte, ela estava nos braços de Lupin. Seus rostos se aproximaram. Ele sentia o cheiro doce que vinha dela, almiscarado. Bom.

Ela buscava com fervor o cheiro de menta dele. Os lábios cada vez mais próximos. O beijo não chegou. Ele virou a face. Endireitou o corpo da menina. Sentiu as orelhas ficarem vermelhas, a vergonha quase palpável no ar. A caminhada voltou. Ele buscou o toque agora. Agarrou a mão da menina. E não a soltou por muitas horas.

Seu próximo pensamento lhe surpreendeu, e o deixou com a face ainda mais rubra.

Talvez, só talvez - ele pensou - possa existir um outro anjo. Um anjo de cabelos platinados, quem sabe. E talvez, só talvez - um sorrisinho involuntário lhe percorreu a face - esse anjo se chame Dorcas Meadowes.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Reviews?
XOXO H.S.