Thinking And Living escrita por MandyLove


Capítulo 8
08 – Dreams of Half-Blood


Notas iniciais do capítulo

Oi Pessoal ^-^ Desculpe pela demora, eu ia postar o capitulo ontem, mas fiquei sem internet e não deu.
Eu espero que gostem do novo capitulo.
Enjoy...



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Assim que terminei de preencher o formulário sentei no primeiro lugar vago que encontrei. Liguei para a minha mãe para lhe informar que já estávamos no hospital e Annabeth já estava na sala de emergência – minha mãe não gostou muito de saber dessa parte –, que Will Solace, filho de Apolo, seria o medico da Annabeth e que assim que tivesse noticias da minha mulher eu ligaria para lhe informar.

Agora era a parte mais difícil. Ficar aqui sentado sem poder fazer nada somente esperando que alguém venha trazer noticias, de preferencias boas, sobre a minha Sabidinha.

Albert se juntou a mim poucos minutos depois. Mesmo eu dizendo para ele ir embora, o meio-irmão de Annabeth não queria ir embora enquanto não recebesse noticias da irmã.

– Percy?! – a voz familiar de Will me fez levantar rapidamente assim como Albert.

Will vinha caminhando em nossa direção com um sorriso tranquilizador no rosto. Uma enfermeira vinha caminhando ao seu lado com uma prancheta em mãos no qual estava escrevendo sem parar e falava algo para Will.

A enfermeira antes de chegar perto da gente deu a prancheta para Will que assinou algo antes dela pegar a prancheta de volta e dar meia volta indo em direção à recepção.

– Me diz que esta sorrindo porque Annabeth esta bem, Will? – perguntei lhe estendo a mão assim que ele chegou perto da gente.

– É claro que ela esta. – disse ele fingindo estar aborrecido. – Eu sou o medico dela. Você nunca deveria fazer uma pergunta dessas sabendo disso. – Will apertou a minha mão e deu tapinhas amistosos em meu ombro.

– Tem razão, não é. – falei sorrindo. Will pode ser um pouco convencido, mas ele pode com todos os créditos que ele tem na academia medica.

– Claro. E ai, pequeno Albert. –Will soltou a minha mão e cumprimentou o filho de Atena. – Como esta se sentindo agora? Mais calmo?

– Com certeza e feliz que a Annie esteja bem. – respondeu ele sorrindo.

– O medico aqui sabe o que faz. – disse Will piscando marotamente. – Venham, vou leva-los até Annabeth. Alguém aqui... – Will olhou sugestivamente para mim. Arqueei uma sobrancelha confuso enquanto seguíamos ele. – .... assustou um enfermeiro, o enfermeiro mais fofoqueiro desse hospital por sinal, que espalhou para quem quisesse e não quisesse ouvir nesse hospital e acabou sobrando para minha humilde pessoa fazer essa tarefa.

– Minha mulher estava com muita dor e ainda sangrando, não me culpe se eu não fui gentil com esse enfermeiro. – disse eu dando de ombros não me importando muito pela opinião que esse enfermeiro tem de mim.

– Tudo bem, eu te entendo, Percy. Agora venham. – Will abriu uma porta do lado norte da entrada do hospital. – Sigam-me os meio-sangues bons.

Albert fez uma careta confusa com o que Will tinha acabado de dizer enquanto que eu ria junto com Will. Will sabe mesmo como deixar o ar mais descontraído.

Annabeth estava dormindo com o rosto ainda pálido quando chegamos ao seu quarto, era o ultimo do corredor e precisava de acesso especial para entrar nele.

– Assim vai ser melhor. – respondeu Will quando foi questionado por Albert o porque que Annabeth estava justo nesse quarto. – Ninguém pode entrar aqui além de mim e de uma enfermeira. Assim que ela acordar ela já pode ir embora para casa. Já cuidei de todos que me ajudaram e aqueles que a trouxeram para cá para não se lembrarem de que ela estava aqui.

– Ou seja, ninguém vai saber que Annabeth estava aqui! – afirmou Albert e Will assentiu.

– Tem certeza? – perguntei puxando uma cadeira para perto da cama de Annabeth e sentei segurando uma das mãos dela. – Tem certeza que ela pode ir para casa assim que acordar?

– Absoluta. – disse Will olhando serio para mim. – Fiz os primeiros cuidados nela administrando ambrosia e néctar, mas isso não era o suficiente porque Annabeth perdeu muito sangue vindo para cá... – Will apontou para o lado da cama de Annabeth a onde tinha uma bolsa de sangue pendurada. – ... e por isso estamos repondo um pouco para que ela possa ir para casa o mais rápido possível.

– Annabeth esta recebendo transfusão de sangue? – perguntou Albert confuso, o que não é para menos, no acampamento não temos esse costume de fazer transfusão de sangue.

– Sim, transfusão de sangue. – afirmou Will. – Para nós, meio-sangues, existe um limite para o uso de ambrosia e néctar se não morremos. No caso de Annabeth ela precisava de sangue porque perdeu muito, então, usando esse método mortal junto com o poder divino da ambrosia e do néctar Annabeth pode se recuperar muito mais rápido.

– Você pode usar sangue de um mortal para fazer essa transfusão? – perguntei preocupado.

– Não, infelizmente. – respondeu Will. – No caso de ser preciso fazer transfusão de sangue em um meio-sangue sangue usando sangue de um mortal não vai ajudar por causa da nossa parte divina. Sangue de um mortal não é compatível mesmo se for do mesmo tipo sanguíneo.

– Cara, isso pode ser confuso, mas é muito interessante. – disse Albert sorrindo.

– Isso tinha que vir de um filho de Atena nerd. – brincou Will divertido deixando o meio-irmão de Annabeth com o rosto corado.

– Mas então, Will, que sangue esta usando para transferir para Annabeth? – perguntei agora curioso depois da explicação dele.

– A sim, esse sangue é meu. – respondeu ele sorrindo. – Ela e eu temos o mesmo tipo sanguíneo e como nós dois somos meio-sangues, se vocês não notaram ainda,... – brincou mais uma vez e Albert e eu nós seguramos para não rir alto. –... a transfusão esta sendo um sucesso. Ela vai ficar bem e, como já disse inúmeras vezes em um curto espaço de tempo, ela poderá ir para casa mais cedo. E além do mais, sua mulher é bem forte, Percy.

Sorri olhando para minha Sabidinha enquanto fazia carinho em sua mão e rosto.

Albert foi embora minutos depois dizendo que iria contar para os outros sobre o estado de Annabeth, o que eu agradeci, ele poderia explicar mais facilmente do que eu as coisas para minha mãe e os outros.

Will também foi embora porque tinha que atender outro paciente, mas avisou que assim que Annabeth acordar era para eu avisar a enfermeira que ela logo iria chama-lo.

Enquanto a mim, acabei dormindo minutos depois que fiquei sozinho no quarto com Annabeth e sonhei, um típico sonho de meio-sangue e esse envolvia o meu pai e Atena.

No sonho eu estava em um dos muitos jardins que tinham no Olimpo.

Havia uma estatua de Perséfone no centro. Varias flores de vários tipos e cores, uma de cada, colocadas em círculos em cinco degraus que formavam a base para a estatua.

Em volta da estatua, por cerca de três metros, os mesmos tipos de flores da base só que em números maiores e divididas por um corredor de agua, não maior do que um centímetro. Caminhos de pedras davam a oportunidade de você ir em direção a todas as flores.

Grama verde, sempre aparada e bem fofa, crescia em volta das flores formando um tapete que levava-la em direção aos poucos bancos que tinham em volta do jardim, se bem que a maioria das pessoas que veem nesse jardim preferem sentar na grama que nós bancos.

Um belo jardim projetado pela minha esposa com a ajuda da Deusa Perséfone que contribuiu com as diversificadas flores e fez pose para fazerem a estatua.

Mas logo minha atenção foi direcionada em outra direção quando eu vi, descalça, caminhando levemente sobre a grama, vinha Atena. Ela estava com a mesma roupa de hoje cedo e pela sua expressão estava em algum debate interno.

Com o rosto pensativo Atena parou a poucos metros de mim olhando fixamente para as flores da base da estua, mas ela não parecia realmente estar olhando para elas.

Tentei me movimentar, porem meu corpo não se mexia nem se quer um milímetro. Falar? Nem pensar, eu não conseguia nem abrir a boca. Eu não conseguia fazer nada além de mover os olhos e vou te dizer que isso é horrível mesmo estando em um sonho.

Falo por experiência própria. Já tive diversos sonhos parecidos com esse.

Os minutos foram passando e nada acontecia, Atena ainda encarava as flores pensativa e eu já estava mais do que ficando irritado de ter que ficar parado sem fazer absolutamente nada, as vezes me pergunto como é que eu venho parar em sonhos assim, até que uma leve brisa com cheiro de agua salgada varreu ao longo do jardim.

Atrás de Atena o ar tremeluziu, meu pai se materializou atrás dela do mesmo jeito que eu o vi pela ultima vez. Abatido, triste. Atena nem pareceu notar a sua presença o que em si é de deixar qualquer um preocupado.

– Esta tão pensativa assim, Atena, que nem se deu conta na minha presença bem atrás de você? – perguntou meu pai. Sua voz parecia estar divertida, mas dava para perceber de longe que era algo forçado.

Mesmo meu pai tendo falado com Atena a Deusa não fez qualquer reação de que tinha o escutado, pelo contrario, ela parecia ainda mais perdida em pensamentos.

– Vai me ignorar mesmo? – perguntou Poseidon cruzando os braços em frente ao peito. – Atena! – chamou e novamente a Deusa não lhe deu atenção.

Com um suspiro desanimado meu pai descruzou os braços e levou uma mão até o ombro de Atena, repousando ali sua mão suavemente.

Eu não fiquei surpreso ao ver Atena se sobressaltar e virar rapidamente olhando para meu pai com os olhos arregalados assustada e para o meu espanto e o do meu pai os olhos da Deusa da Sabedoria estava vermelhos e rastros de lagrimas estavam presentes em suas bochechas.

Como eu não percebi que ela estava chorando esse tempo todo que ficamos aqui?

– Atena... – meu pai disse o nome da mãe de Annabeth completamente em choque e quem nesse mundo não estaria ao ver a Deusa Atena nesse estado, parecendo uma mulher completamente indefesa.

– Poseidon?! – Atena rapidamente limpou qualquer evidencia de que tinha acabado de chorar do seu rosto. Seus olhos era os únicos que ainda entregavam que ela tinha acabado de chorar por ainda estarem um pouco vermelhos. – O que esta fazendo aqui, Poseidon?

Meu pai abriu a boca varias vezes, mas nem um som saia de seus lábios. Parece que ver Atena nesse estado mexeu muito mesmo com o velho das algas.

– Fala alguma coisa, Poseidon. – ordenou Atena ineficazmente, meu pai ainda continuava parado a sua frente parecendo um bobo que só sabia mexer a boca. – Que seja. Não vou perder o meu tempo com você.

Atena passou rapidamente por meu pai não esperando que ele tivesse alguma reação com suas palavras, mas isso foi o que bastou, perder Atena de vista, para meu pai despertar de seu transi momentâneo e se virar rapidamente segurando o braço da mãe de Annabeth impedindo ela de se afastar mais dele.

– Precisamos conversar. – falou ele apressadamente.

– Olha, não é que Poseidon tem a capacidade de falar. – disse Atena debochadamente puxando seu braço com força soltando-o do aperto de meu pai.

Pensei que meu pai logo emendaria uma frase para contra atacar as palavras de Atena, mas ao invés disso ele cerrou as mãos em punho e fechou os olhos.

– Eu não quero mais brigar com você Atena. – disse meu pai controlando a sua voz. Ele abriu os olhos encarando a mãe de Annabeth seriamente. – Eu quero parar de brigar com você.

– Hum... – Atena desviou seus olhos para o chão cruzando os braços em frente ao seu corpo um pouco contidamente. – Eu... Eu vi a sua conversa com o Percy no hospital. E é duro admitir, mas ele tem algum credito no que disse.

Com essas palavras proferidas pelos dois minha atenção estava mais do que focada neles. Eu não pensei que eles pensariam e agiriam tão rápido assim sobre o que eu falei.

– Sim. Ele estava certo no que me disse sobre nós. – Poseidon abriu um sorriso sem humor. – Apesar de eu achar que meu filho ultrapassou um pouco os limites sobre os termos de podermos vermos Josh.

Atena mordeu o lábio inferior e assentiu uma vez com a cabeça trocando o peso dos seus pés e apertou um pouco forte seus braços parecendo um pouco desconfortável com essa situação.

– Isso me faz pensar em todas as nossas discussões por esses anos todos. – Percebi que Atena se segurou para não soltar qualquer comentário sobre o que Poseidon tinha falado. – Acho...

Meu pai hesitou um pouco e isso fez Atena olhar para ele. Poseidon humedeceu os lábios enquanto encarava Atena nos olhos.

– Acho... Acho que devíamos parar com isso. – continuou meu pai. – Isso nunca fez bem para a gente mesmo se pensarmos bem.

Atena levou uma mão até a boca tentando em vão segurar a vontade de rir que lhe abateu.

– Ei, porque esta rindo de mim? – perguntou meu pai franzindo o cenho confuso.

– Não é nada. – disse Atena ainda tentando segurar sua vontade de rir.

– Estou vendo claramente que não é nada. – debochou meu pai. – Foi alguma coisa que eu disse? – essa pergunta só serviu para a mãe de Annabeth começar a rir sem parar. – Ótimo, era o que eu precisava.

Meu pai olhava impacientemente para a risonha Atena – eu nunca tinha visto a mãe de Annabeth rindo assim, hoje com certeza é um dia que ficara na memoria de tantas coisas novas que eu presenciei – que depois de alguns segundos se recompôs e olhou seriamente para Poseidon que esperava ela, nada pacientemente, parar com sua crise de risos.

– Peço desculpa pela minha falta de compostura a pouco é que eu não consegui evitar. – Atena abriu um pequeno sorriso e meu pai arqueou uma sobrancelha. – Mas continuando sobre o que estávamos conversando eu acho que você tem razão...

– Agora esta explicado o porque você estava rindo. – disse meu pai divertido fazendo Atena rolar os olhos impaciente por ele a ter interrompido. – Você concordou comigo. Eu imaginava você ficando chocada e sem fala em um momento assim, mas rir até que é melhor. Sabia que um sorriso fica bem em você?

– Deixe meu sorriso de lado. – disse Atena emburrada para o divertimento do meu pai. – Eu só quero um tempo para pensar mais nas coisas e ver como vou agir daqui para frente.

– Você quer planejar como vamos parar de brigar? – perguntou Poseidon incrédulo.

– Algum problema com isso? – perguntou Atena semicerrando os olhos mortalmente em direção ao meu pai me fazendo rolar os olhos, esses dois não vão mudar não?

– Nem um. – disse meu pai levantando as mãos em forma de rendição. – Pense em algum plano, eu também vou fazer isso, mas tem que ser rápido não quero perder tempo ficando longe de Josh, ele é o meu primeiro neto que posso ficar por perto e acompanhar seu crescimento. Todo o tempo perto dele tem que ser aproveitado, não sei quando vou ter outra oportunidade dessa.

– Vou guardar meu próximo comentário só para mim para evitar futuras desavenças. – disse Atena dando as costas para Poseidon. – Me encontre amanhã aqui de tarde, antes do sol se por. Será tempo o suficiente para pensarmos e dividir nossas opiniões sobre como vamos agir de agora em diante e ainda dar algum tempo para Annabeth se recuperar.

– Vou fazer você concordar comigo de novo. Com o meu super plano. – disse meu pai sorrindo e antes de tudo a minha volta desaparecer diante de meus olhos ouvi a risada descontraída da Deusa da Sabedoria.

Acordei sentindo um gostoso carinho na minha cabeça. Abri os olhos um pouco, ainda sonolento, e levantei a cabeça me deparando com Annabeth sorrindo para mim.

– Os anos passam e você ainda baba dormindo. – comentou ela divertida com a voz um pouco rouca descendo sua mão pelo meu cabelo arranhando levemente a minha nuca.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capitulo e me desculpem mais uma vez por ainda não ter respondido todos os reviews, estou tentando, mas tem dias que não consigo responder...
Se quiserem, é claro, mandar reviews e recomendações eu agradeceria muito...
Muito obrigada a todos que leram o capitulo. Bjs ^.^



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