Eu Sou Pai?.! escrita por MandyLove


Capítulo 8
Sombras Do Passado


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal ^-^ Eu queria agradecer a Anyele Souza pela linda recomendação nessa fic, eu amei ela, muito obrigada *-*
Tenho uma coisinha para falar, digitar, lá em baixo, então LEIAM AS NOTAS FINAIS...
Espero que gostem do capitulo... Enjoy...



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– É a primeira vez que me chama de filha. – disse Nina me tirando dos meus pensamentos. – Pode repetir? – pediu pendendo a cabeça para o lado sorrindo.

– Não. – falei rapidamente e ela fez um bico e cruzou os braços em frente ao peito. Era engraçado como ela ficava fofa assim. – Vai ficar na vontade, filha. Isso não é uma coisa que se fica pedindo. – me levantei vendo ela sorrir novamente.

– É, o senhor tem razão.  – ela assentiu com a cabeça ainda sorrindo. – Certas coisas não são necessárias que a gente peça. – Nina pegou na minha mão e me puxou indo em direção aos outros. Minha mãe e Annabeth nós seguiam de perto.

– Parabéns, Annabeth. – ouvi minha mãe dizer. – Criou uma menina maravilhosa.

– Quando a Thalia não esta por perto, fica bem fácil. – disse Annabeth divertida.

– Fala serio, você também não Annabeth. – resmungou Thalia fazendo uma careta.

– Fica assim não tia Thalia. – disse Nina sorrindo. Ela se virou para mim e piscou um olho, ou pelo menos tentou, mas foi o suficiente para entender que ela iria aprontar. Tive que segurar a vontade de rir prevendo o que estava por vir. – Tio Caveirinha Junior vai fazer à senhora se sentir amada, não precisa se preocupar com os sentimentos dos outros e....

– NINA CHASE! – gritou Thalia raivosa, o rosto tão vermelho que eu acho que faltava pouco para ela começar a lançar fogo pela boca, enquanto Nico ficou mais vermelho que um pimentão e parecia querer encontrar um lugar para enterrar a cabeça.

Silena assim como minha mãe, Annabeth e eu riamos descontroladamente da reação dos dois. Katherine olhava pra a gente com o cenho franzido, tão confusa quanto as pessoas que passavam perto da gente.

Assim que Thalia gritou com Nina, minha filha rapidamente se escondeu atrás de mim abraçando minhas pernas fortemente.

– Calma ai Thalia. – consegui falar em meu as risadas quando vi ela se aproximar de mim e Nina. – Não pense em se aproximar da minha filha com essa cara assassina.

– Eu não estou pensando, eu vou. – disse ela raivosamente. – Sai da frente Jackson, ou eu também vou te fazer picadinho.

– Vamos ver, Cara de Pinheiro. – falei sorrindo de canto desafiadoramente. O olhar de Thalia se tornou mais feroz ainda quando a chamei pelo seu antigo apelido.

– ESPERA! – gritou Nina saindo de trás de mim e olhando para Thalia curiosamente. – Papai te chamou de Cara de Pinheiro, tia? Por quê?

Thalia olhou mortalmente para mim fechando suas mãos em punho com força. Nico olhava divertido em minha direção com os braços cruzados sobre o peito. Silena tampava os olhos da filha com as mãos e murmurou um “Boa sorte” para mim. Não me atrevi a olhar para minha mãe e Annabeth para saber a reação delas.

– Eu vou ao seu enterro, amigo. – disse Nico sorrindo de canto. Belo amigo ele é.

– Se prepare para morrer, Perseu Jackson. – disse Thalia calmamente e eu senti um frio na espinha. Thalia pode ser muito assustadora quando quer, eu devia ter me lembrado disso.

– Ora, vamos Thalia. – disse minha mãe se postando na minha frente e de Nina. Suspirei aliviado e minha filha riu timidamente de mim. – Não precisa de tanto. Não mate o meu filho ainda, ele acabou de descobrir que é pai. Deixa ele desfrutar um pouco disso.

– Ainda? – murmurei sem acreditar que minha mãe tinha dito aquilo.

– Nico porque você não leva Thalia para tomarem alguma coisa, para deixar ela mais tranquila e continuem a conversar sobre essa tão falada festa. Depois a leve para casa, sim? – Nico apenas assentiu para minha mãe ainda me olhando com divertimento. – Se incomoda, Thalia?

– Não. – disse ela rapidamente e me olhou mais mortalmente ainda como se quisesse me matar só com os olhos, medo. – Pode apostar que eu vou me vingar, Perseu Jackson.

– Me conte os planos para essa vingança. – disse Silena chegando perto da gente com Katherine em seu colo. – Eu quero gravar tudinho.

– Pode apostar que eu vou te contar. – disse Thalia de forma sinistra me olhando com os olhos brilhando em expectativa. Devo me preparar para morrer. – Você não sabe o que te aguarda, Perseu Jackson. – Thalia realmente gostou de dizer meu nome inteiro.

Eu até que poderia ter ficado, continuado, com medo, mas a cena a seguir me fez ter uma tremenda vontade de rir, que eu fiz um esforço sobre humano para não fazer.

Thalia se despediu de todo mundo, menos de mim e da Nina, e pegou Nico pelo mão puxando ele junto consigo. Não sei o que se passava pela cabeça dos dois, mas eles não fizeram questão alguma de soltar suas mãos e continuaram até eles sumirem de nossas vistas.

– A tia Thalia vai ficar brava comigo se eu postar essa foto na internet? – perguntou Nina chamando a atenção de todos.

Nina estava com uma câmera na mão, que eu não faço a mínima ideia de onde ela tirou – provavelmente da minha mãe que estava ao seu lado – e virou ela de modo que dava para ver a imagem na tela.

– Pode apostar que ela vai. – falei sorrindo vendo a foto da Thalia e o Nico de mãos dadas.

Depois de nós despedirmos da minha mãe, de Silena e Katherine – como Silena estava de carro ela se ofereceu para levar minha mãe até a casa dela – eu fiz o que prometi. Levei Annabeth e Nina até a casa do cara com tranquilidade. Tranquilidade porque Nina acabou dormindo e Annabeth e eu só conversávamos baixinho.

Annabeth me contou um pouco sobre a vida dela e da Nina em Athenas. Bom, na verdade ela só falou sobre a Nina e o que as duas faziam juntas. Descobri coisas realmente interessantes sobre a minha filha.

Por exemplo, ela nasceu dia vinte um de Dezembro de 2004, ou seja, vai fazer oito anos em cinco meses. Será que é cedo demais para pensar em lhe dar presentes? Mas se pensar bem, hoje eu devo ter me redimido no quesito presentes por esses sete anos ausente já que tudo que ela comprou foi por minha conta.

Bom, deixa isso para outra hora.

Minha filha além de gostar muito de filmes ela os coleciona, esta ai uma ótima opção de presente. Nina também gosta de ler. Ela tem medo de aranhas, igualzinha a mãe, e medo terrível de cobras.

Explicando o medo de cobras. Em uma excursão da escola que ela frequentava em um zoológico algum engraçadinho resolveu fazer uma brincadeira com uma cobra soltando ela perto das crianças – a cobra não era venenosa, mas sua picada doía – e acabou as traumatizando já que a cobra acabou mordendo algumas e até se enrolou em uma criança, essa uma era a Nina.

O engraçadinho foi preso e como era de menor foi condenado a fazer trabalho voluntario já que ele também, para fazer a brincadeira de mal gosto, arrombou o local a onde estava a cobra e a “roubou”. Pra mim, foi muito pouco para o que ele tinha feito.

Mas continuando. Minha filha já quebrou um braço quando quis aprender a andar de skate ano passado, Thalia não foi uma boa professora. Nina sabe nadar, andar de bicicleta e patins e estava em uma escola de judô, ela pretende se matricular aqui em Nova York também.

Pois é, minha filha é fã de esportes. Segundo Annabeth, Nina queria até aprender mais, mas ela não tinha tempo para fazer tudo que queria sem ter que deixar outra coisa de lado.

Nina adora animais de estimação principalmente porquinho-da-índia, ela tem um como seu animal de estimação, além de um cachorro e uma tartaruguinha. Quando Annabeth me contou essa parte do porquinho-da-índia eu fiz uma careta que a fez rir de mim.

Veja bem, uma vez Annabeth e eu resolvemos ter um animal de estimação e quando estávamos procurando por esse bendito animal resolvemos ver os porquinhos-da-índia que tinham na loja.

Resultado, aqueles animaizinhos peludos morderam o meu dedo quando eu tentei imitar Annabeth e fazer carinho neles e desde então eu tenho aversão a esse animalzinho, sem falar que uma mulher estranha apareceu e falou que eu era parecido com eles não sei em que. Peguei na mão de Annabeth e a arrastei para fora da loja. Depois desse dia não falamos mais sobre animais de estimação, foi um mês antes da nossa briga.

Isso foi tudo, resumidamente, que Annabeth havia me contado até chegarmos à casa do cara. Era em um condomínio fechado e impressionantemente tinha um sistema de segurança muito acirrado e vários guardas armados e acompanhados de cachorros também.

Até perguntei para Annabeth sobre essa segurança toda e ela só respondeu que isso era do condomínio mesmo por que alguns anos trás ouve vários casos de invasão e roubo nas casas dos condôminos e por isso essa medida de segurança mais reforçada, desde então não teve nem um roubo se quer.

O sol já estava quase se pondo quando parei em frente à casa do cara. A casa do cara era enorme, de três andares com uma arvore do lado esquerdo, grama verde e o que parecia ser um canteiro de flores do lado direito. Bem bonita.

Nina ainda dormia no banco de trás. Ela parecia um anjinho dormindo assim, com o rosto sereno e tranquilo me lembrava muito Annabeth.

Will saiu da casa alguns segundos depois de eu ter estacionado. Ele parecia um pouco confuso e preocupado ao mesmo tempo e isso deixou Annabeth agitada. Rapidamente ela saiu do carro e eu a acompanhei um pouco assustado com sua atitude.

– Ele esta bem? – perguntou Annabeth indo de encontro a Will que assentiu sorrindo fracamente fazendo Annabeth suspirar aliviada.

– Ele esta com dor de cabeça, mas nada com o que se preocupar. Chamei um medico e ele disse que meu amigo só precisa descansar por causa da longa viagem. – disse Will passando um braço sobre os ombros de Annabeth e a guiando novamente até o meu carro a onde eu estava me apoiando. – Voltaram mais cedo do que eu pensava.

– Todos estavam cansados de passar o dia inteiro no shopping. – falei apontando para o banco de trás do meu carro, um Aston Martin Rapide preto, onde Nina ainda dormia tranquilamente.

Resolvi não perguntar o que tinha acontecido para Annabeth ter agido daquele jeito, principalmente depois de ver Annabeth balançar ligeiramente a cabeça em negativa para mim já sabendo o que eu iria perguntar.

– Não é para menos. – comenta o cara sorrindo de canto.

– Devo dizer que foi legal. – falei abrindo a porta do carro e pegando Nina no colo com cuidado para não acorda-la. Foi impossível não sorrir quando ela abriu um tímido sorriso no rosto quando a peguei. – Nina não parava de pegar no pé da Thalia e do Nico com seus comentários e isso só deixava as coisas mais divertidas ainda.

– Esse é um dom dela, deixar os outros sem graça. – Will estendeu os braços. – Eu levo ela, você deve estar cansado também.

– Ficar o dia inteiro em um shopping fazendo compras não faz o meu estilo de jeito nem um. – disse eu passando Nina para ele a contra gosto, eu estava gostando de segurar a minha filha no colo, mas eu realmente estava cansado. – Tem algumas coisas que ela comprou no carro.

Voltei até o carro e peguei as cinco sacolas repletas de coisas que Nina havia comprado, eu nem me lembrava mais do que ela tinha comprado.

Quando eu me virei para entregar as sacolas um cara vestindo um tipo de smoking literalmente apareceu na minha frente me assustando quase fazendo com que eu derrubasse as sacolas.

– Peço perdão por telo assustado, senhor. – disse o cara fazendo uma leve reverencia para mim me deixando um pouco atordoado.

– Esse é nosso mordomo, Sebastian. – explicou Annabeth divertidamente. – Não ligue muito para isso, ele é assim mesmo. Aparece em um piscar de olhos e some com a mesma rapidez.

– Se me permite, senhor, pegarei as sacolas da senhorita Nina. – disse Sebastian com uma tranquilidade assustadora.

– Hã... É... Claro. – falei passando as sacolas para ele. Eu ainda estava um pouco tonto com a aparição repentina desse mordomo.

– Vou levar essa dorminhoca aqui para a cama. – Will e Sebastian se despediram de mim e entraram na casa.

–Então, nós vemos amanhã? – perguntou Annabeth e eu somente assenti. – Vou deixar o seu nome e o da sua mãe na entrada. E além de amanhã, poderão vir quando quiserem para poder visitar Nina.

– Obrigado, mas Annabeth...

– Conversamos amanhã, tudo bem? Eu estou um pouco cansada e você também deve estar. – disse ela me interrompendo. Infelizmente eu só assenti. Amanhã eu teria tempo de conversar com ela e tentaria ter todas as minhas perguntas respondidas e quem sabe algo mais.

– Tudo bem. – falei fechando a porta de trás do carro e dando a volta nele. – Até amanhã.

– Até amanhã. – disse dando meio volta e indo até a porta da casa.

Suspirei desanimado vendo ela entrar na casa. Eu havia tomado uma decisão e iria até o fim, até conseguir o que eu queria, quero. Não era hora de me sentir desanimado se ela não demonstrava qualquer sinal. Eu vou em frente.

– Você vai ter trabalho, Percy. – falei comigo mesmo olhando para a casa.

Antes de eu entrar no carro algo no segundo andar da casa chamou minha atenção. Uma sombra de uma pessoa na janela que desapareceu rapidamente quando percebeu que eu o estava encarando.

Eu não fiz nada além de tomar um belo de um banho e dormir depois que cheguei em casa. Só acordei no dia seguinte com minha mãe me chamando para eu me arrumar para ir na casa de Annabeth.

Eram por volta das dez horas quando minha mãe e eu chegamos à casa do cara. Minha mãe também ficou impressionada com a segurança do lugar e com a enorme residência a onde morava sua neta.

E por falar nela. Foi Nina quem nós recebeu quando chegamos, com muito entusiasmo devo ressaltar, mas ela não ficou por muito tempo. Poucos minutos depois de termos chegado ela saiu com Will para deixar minha mãe, Annabeth e eu conversarmos com tranquilidade.

Claro que isso só me deixava mais ansioso e curioso sobre o que Annabeth queria conversar com a gente. Será que o assunto era tão serio assim?

– Tem um outro motivo para a gente ter voltado. – começou Annabeth nervosamente.

Estávamos em uma sala que eu não sei se era um escritório ou uma biblioteca de tantos livros que tinha em volta, mas como um escritório só tinha uma mesa de centro e dois sofás colocados um de frente para o outro com uma mesa de centro entre eles.

Na mesinha de centro tinha uma jarra com agua e outra com suco de maracujá, uma fruta típica de países tropicais. Minha mãe e eu estávamos sentados em um sofá e Annabeth a nossa frente.

– Esse motivo me fez ficar em Atenas e não ter voltado antes. – continuou ela.

– O que esta querendo dizer exatamente, Annabeth? –perguntou minha mãe nervosa. Ouvi o ranger de uma porta se abrindo atrás de mim.

– Ela quer dizer que eu sou esse motivo. – disse uma voz masculina vinda de trás de mim.

Me virei rapidamente, assim como a minha mãe, e vi um homem moreno, cabelos pretos e olhos verdes trajando roupas sociais. Engoli em seco, eu não podia acreditar em quem eu estava vendo.

– Papai?


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostado...
O que eu queria falar, digitar, é que para aqueles que querem ler pequenos textos fofos de Percabeth deveria entrar nesse link -> http://avada-kedavra-em-cronos.tumblr.com/tagged/textos2 porque a autora, Brenda, escreve vários Momentos Percabeth e eles são muito bons, sem falar que o tumblr dela é demais.
Muito obrigada a todos que leram esse capitulo... Bjs ^.^