Eu Sou Pai?.! escrita por MandyLove


Capítulo 7
Eu Disse


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal ^-^
Bom, me desculpem pela demora em postar, mas é que eu tive alguns problemas pessoais, por causa do frio meu trabalho aumentou de novo e também o mouse do meu computador quebrou, ainda não comprei um novo, sem grana, mas consegui dar um jeito de postar.
Enfim, vamos ao capitulo que eu tenho certeza que é o que vocês querem ler agora. Espero que o capitulo não esteja tão ruim quanto eu penso que esta... Enjoy...



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Tentei deixar minha mente em branco. Tentei não pensar em nada. Tentei controlar esse sentimento que de alguma maneira me era familiar, mas eu não queria aceita-lo, não queria criar falsas esperanças.

O ruim era que quanto mais eu pensava em tentar só assistir ao filme, eu não conseguia.

Era inquietando o fato de eu estar novamente em um cinema com Annabeth sentada ao meu lado, mas agora tinha a nossa filha sentada do meu outro lado. Eram os únicos lugares vagos perto dos outros. Além de inquietante era estranho, sem falar que ao mesmo tempo era reconfortante.

Nas ultimas horas estou sentindo muito isso. Estranho e reconfortante, estranho e reconfortante, estranho e reconfortante. Ah e também estou bem confuso com tudo.

Por mais que eu já saiba o que fazer de agora em diante com tudo de novo que esta me acontecendo não posso impedir que essa confusão de sentimentos se apodere de mim. Posso tentar, mas eu nunca consigo e agora vem um novo sentimento, frustração.

– Se você continuar rígido assim...

Engoli em seco ouvindo Annabeth sussurrar perto do meu ouvido. Senti um arrepio percorrer o meu corpo quando o hálito de Annabeth bateu contra minha pele. Fechei os olhos e tentei respirar calmamente para me acalmar.

Meu coração tinha começado uma corrida avassaladora com essa súbita aproximação de Annabeth não importava que eu pensasse que ela estava fazendo isso porque não podia se falar em voz alta na sala de cinema, o meu coração disparava loucamente.

– Não estou...

– Nina não vai gostar. – continuou ela me interrompendo. Virei o rosto para encara-la e percebi que estávamos perto demais um do outro.

– Porque ela não vai gostar? – perguntei baixinho, mas o suficiente para Annabeth ouvir.

– Você não esta nem prestando atenção ao filme. – respondeu virando meu rosto para a tela.

Eu percebi que realmente nem tinha percebido que o filme havia começado. Também senti meu rosto esquentar a onde Annabeth me tocou e uma corrente elétrica atravessar meu corpo. Isso sempre acontecia quando ela me tocava antes.

Esta decidido. Will pode ser um cara legal e eu não gosto dele do mesmo jeito, mas eu não vou ignorar o que eu estou sentindo. Vou tirar as coisas a limpo com Annabeth e vou fazer aquilo que eu estava pensando noite passada.

Que se dane que será complicado e eu não estava otimista antes. Agora eu estou mais do que otimista, estou determinado. Passado é passado. É só pensar no agora e torcer e lutar por um futuro juntos.

Foi impossível não sorrir agora com meus pensamentos.

– Nina ama cinema... – Annabeth se interrompeu. Percebi que ela estava olhando para mim. – Ok, mas só sorri em coisas engraçadas.

Olhei interrogativamente para ela e depois voltei minha atenção para o filme. Realmente a cena que estava passando não era para se rir, mas o que eu podia fazer se eu estava feliz com o que tinha acabado de pensar?

– Não é por isso que eu estava sorrindo. – falei tentando segurar o meu sorriso, mas não foi preciso tanto esforço quando senti alguém me beliscar. Travei o maxilar para não emitir nem um som e me virei para o causador da minha dor, ou causadora. – Ai. – disse baixinho para Nina que me olhava brava.

– Faça silencio vocês dois, se não eu te belisco de novo e mais forte. Prestem atenção no filme. – disse ela fazendo bico e se virou para a tela.

– Ela leva filmes a serio. Melhor fazer o que ela pede, ela pode fazer pior do que te beliscar. – disse Annabeth baixinho divertidamente para mim.

– Acho melhor mesmo. – falei me virando para Annabeth.

Ela arqueou uma sobrancelha quando percebeu que eu não parava de olhar para ela. Mesmo que não desce para olhar direito para ela só com a luz que vinha da tela eu podia ver ela perfeitamente, seus olhos cinzas me olhando intrigada.

Nem um de nós dois fizemos qualquer movimento para quebrar esse contato visual e eu estava gostando muito disse. Mas, como é algo corriqueiro na minha vida, sempre tem alguém para acabar com esses momentos de alegria da minha pessoa.

– A tela é do outro lado, papai. – disse Nina e senti duas mãozinhas no meu rosto forçando para eu virar para a esquerda, em direção à tela. – Fique assim até o filme acabar, ou se não...

Travei o maxilar e fechei os olhos quando Nina apertou as minhas bochechas com força.

– Entendi o recado. – murmurei massageando as minhas bochechas.

Já não bastasse o forte tapa que levei da Rachel agora levei um beliscam e acabei de ter minhas bochechas apertadas, isso dói poxa. Eu não estou a fim de saber qual vai ser a próxima coisa que a minha filha vai fazer comigo se eu não prestar atenção ao filme.

Então é melhor eu prestar atenção no filme que eu ganho mais.


Uma coisa pelo menos eu posso dizer. O filme era bem legal e divertido e eu também não levei mais nem um beliscam ou aperto na bochecha então estava tudo legal.

Nina e Katherine iam andando na frente conversando sobre o filme. Annabeth e Silena estavam conversando andando juntas logo atrás delas. Nico e Thalia estavam planejando uma festa, Nico realmente queria fazer uma festa pelo fim do meu relacionamento com a Rachel ou talvez isso seja uma desculpa para ele ficar perto da Thalia.

Minha mãe e eu ficamos mais atrás, em silencio, seguindo eles enquanto caminhávamos em direção à saída.

– Isso não é bom? – perguntou minha mãe me fazendo olhar para ela com o cenho franzido, confuso. – Ter um dia normal, divertido, com as pessoas que você gosta. – explicou olhando para eles a nossa frente.

– É, é bom. – concordei sorrindo, mas olhei para a Thalia. Fazia anos que eu não implicava com ela, acho que esta na hora de voltar a fazer isso. Fechei a cara. – Mas eu não gosto da Thalia nem um pouco. Ela nem precisava estar aqui, é completamente dispensável.

– Como é que é? – perguntou Thalia me olhando mortalmente. Sorri, eu sabia que ela me escutaria. É só falar o nome dela que ela te escuta mesmo que ela esteja usando fones de ouvido no maior volume. Acho que esse é um talento especial dela.

– Eu disse que eu não gosto de você e que você nem precisava estar aqui. – repeti bem devagar. – Você é dispensável. Entendeu agora?

– Jura? – perguntou ela com um sorriso diabólico e estralou os dedos das suas mãos.

– Tia Thalia, não machuca o papai... – um sorriso se formou em meus lábios por ouvir minha filha me defendendo, mas logo ele sumiu quando ela continuou o que estava falando. – ... no rosto. Tem festa beneficente da vovó para ir.

– Mais o que? – falei bravo por entre os dentes olhando indignado para a minha filha enquanto os outros se seguravam para não rir.

– Só acerte em lugares que de para a roupa cobrir e também não acerte nas pernas para ele não aparecer mancando, todos vão achar estranho. – continuou Nina como se estivesse falando sobre o tempo, ou seja, fazendo pouco caso de mim.

Todos começaram a rir da minha cara de indignado, mas Thalia, mesmo sorrindo, me olhava maquiavelicamente o que podia dar medo em qualquer um. As pessoas a nossa volta nós olhavam estranhamente.

Eu não os culparia, a gente parecia um bando de malucos que fugiram do hospício falando tantas coisas sem sentindo como estávamos.

– Certo, pessoal. – disse minha mãe, como sempre agindo como uma diplomata. – Já são cinco horas, passamos o dia inteiro aqui no shopping. Acho que esta na hora de voltarmos para as nossas casas, tomarmos um belo de um banho e relaxar para amanha irmos à festa beneficente bem dispostos.

– Hã, Sally. – chamou Annabeth com o semblante serio. Minha mãe olhou atentamente para ela. – Será que a gente poderia conversar amanhã cedo, antes do almoço? É um assunto de seu interesse e muito importante.

– Mas é claro. – disse minha mãe parecendo estar um pouco confusa e preocupada.

– E eu gostaria que você também fosse, Percy. – agora Annabeth estava olhando para mim. – É de seu interesse também e vai fazer você entender algumas coisas do seu passado.

– O que quer dizer com isso? – perguntei bem confuso. Fiquei ainda mais quando Thalia e Nina puxaram Silena, Nico e Katherine para longe da gente deixando nós três a sós na porta do cinema.

– Aqui não é um bom lugar para conversarmos sobre isso. – disse Annabeth ficando um pouco nervosa. – Venham a minha casa amanhã antes do almoço, depois que conversarmos podemos almoçar se vocês ainda quiserem ficar em casa.

– Annabeth, esta me deixando preocupada, ansiosa e muito nervosa sobre esse assunto que quer falar conosco. – disse minha mãe sorrindo nervosamente.

– Pode nós adiantar um pouco desse assunto importante? – perguntei ficando preocupado com o que poderia ser.

Eu não queria tirar nem uma conclusão precipitada como eu fiz antigamente – deu no que deu, fiquei sem saber que tinha uma filha e fiquei bastante triste. –, mas Annabeth não estava ajudando falando essas coisas enigmaticamente. Eu odiava isso.

– Peço desculpas, mas não posso falar muito. – disse Annabeth desviando o olhar.

– Tudo bem, não vamos te pressionar. – disse minha mãe percebendo como Annabeth parecia estar inquieta com a nossa insistência. – Amanhã vamos a sua casa, só precisa nós passar seu endereço para...

– Não vai precisar. – falei interrompendo minha mãe, me lembrando do que aconteceu antes de Annabeth e eu entrarmos na sala de cinema, que me olhou com uma sobrancelha arqueada. – Eu vou levar Annabeth e Nina para casa hoje.

– Ahh. – minha mãe abriu um pequeno sorriso.

– Foi Will quem pediu. – disse Annabeth rapidamente parecendo ainda estar brava com o cara pelo que havia me pedido. – Mas nem precisa, Percy. – disse olhando para mim. – São cinco da tarde, a gente pode ir muito bem de tax...

– Não mesmo. – disse minha mãe interrompendo Annabeth. Sally olhou para mim tentando não sorrir. – Você prometeu que as levaria não é? – perguntou e eu assenti. Ela se virou novamente para Annabeth. – Então ele vai leva-las.

– Sally, realmente, o Percy não precisa levar a gente para casa. Não...

– Papai vai levar a gente para casa? – perguntou Nina chegando correndo perto da gente. Ela quase caiu no chão por ter parado bruscamente e perdido o equilíbrio se eu não fosse rápido e a segura-se antes de sua cara encontrar o chão. – Essa foi por pouco.

– Cuidado. – falei um pouco bravo. Nina me olhou com os olhinhos brilhando e fazendo beicinho. – Oque?

– O senhor esta bravo. – disse ela sem desfazer sua cara de gatinho abandonado.

– É claro. É perigoso sair correndo assim. – falei olhando sem entender para ela. Eu realmente não estava entendo essa cara de gatinho que ela estava fazendo para mim.

– Ok, entendi. Mas então, vai levar eu e a mamãe para casa? – Nina voltou a perguntar como se nada tivesse acontecido me fazendo rolar os olhos. Realmente é bem fácil mudar de assunto quando não se esta nem ai para ele.

– Ele não precisa. – disse Annabeth e Nina olhou para ela com a carinha de gatinho. – Nem vem mocinha. Não esta tão tarde e não precisamos que ele nós leve. Podemos pegar um taxi.

– Mamãe, para de ser teimosa. – disse Nina com o rosto serio. – Papai já disse que nós levaria. Vovô já disse que ele nós levaria...

– Não esqueça que o Will também falou. – disse minha mãe piscando cumplice para Nina.

– Serio? – perguntou minha filha surpresa e Sally assentiu. – Viu, mas uma para a lista. Will também pediu e agora eu também estou pedindo. Quatro contra um, venceu a maioria. Fim.

– Annabeth, não tem problema nem um eu levar vocês duas. Não há motivos para você recusar. – falei me abaixando na altura de Nina e passei um braço sobre os ombros dela. – Não é filha?

Quando dei por mim já tinha falado. Confesso que fiquei um pouco receoso ao perceber o que eu tinha falado, mas eu não tinha dito nem uma mentira e eu prometi que iria me esforçar para ser um bom pai e nada melhor do que chamando minha filha de filha, não é?

– Filha? – repetiu Nina me olhando com os olhinhos brilhando e a boca entreaberta, surpresa, mas feliz. – Você disse filha. – disse um pouco entusiasmada.

Minha mãe parecia estar feliz e Annabeth estava sorrindo, porém ela parecia estar em outro mundo, perdida em seus pensamentos. Eu conhecia essa expressão muito bem.

Oque será que Annabeth estava escondendo.


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostado...
Agora vou digitar uma coisa que talvez não interesse para ninguém, mas enfim. Eu tive uma ideia para um novo livro depois que eu assisti um anime.
Pois é, vai ficar que nem as varias fics que eu tive ideias. Vão ficar tudo salvas no computador com as ideias que tive para elas, mas não vou escrever nelas tão cedo por falta de tempo. É e eu já até pensei no nome de alguns personagens para esse novo livro, a até a historia para o personagem principal eu já tenho.
Esse livro que pensei é totalmente contrario com o que estou escrevendo agora. Uma coisa não vai ter absolutamente nada haver com a outra.
Ok, vou parar... Muito obrigada a todos que leram esse capitulo... Bjs ^.^