Eu Sou Pai?.! escrita por MandyLove


Capítulo 3
Meia História


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal ^-^
Aqui estou como prometi que estaria. Então, espero que gostem do capitulo...
Enjoy...



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Meu ombro foi apertado com força o que me fez me curvar um pouco para o lado do ombro que tinha sido apertado. Minha mãe me olhava com advertência, mas eu ainda continuava com uma carranca.

– Nem pense em fazer nada, você não tem direito algum depois do que você fez com ela, Perseu. – minha mãe ralhou comigo antes que eu pudesse fazer, ou dizer alguma coisa. – Agora vamos pessoal que só de estar aqui da para sentir melhor o cheiro da macarronada e esta me dando mais agua na boca mesmo eu já tendo comido um pouquinho dela.

– Não é para tanto Sally. – disse Annabeth com um sorriso tímido abraçando o cara, vulgo Will, pela cintura. – É só uma macarronada.

– É, Annabeth. – disse Thalia em tom sarcástico. Enquanto nós dirigíamos a sala de jantar com minha mãe me puxando. – É só uma macarronada que vai me fazer engordar e ter que ir a uma academia depois para perder os quilos extras causadas por ela.

– Concordo com você, Thalia. – disse minha mãe me puxando até a pontada mesa e me fazendo sentar. – Sente-se ao lado de Annabeth, Will, vou pegar um novo prato, talheres e copo para você.

Minha mãe foi para cozinha enquanto cada um se acomodava na mesa sentando do mesmo jeito que estavam antes. Thalia ao meu lado direito, Nina ao lado dela e Nico ao lado de Nina. Do meu lado esquerdo estava o lugar da minha mãe e do lado do dela estava Annabeth e Will se sentou ao lado dela depois que puxou a cadeira para ela se sentar. Assim que se sentou o cara deu um beijo na bochecha de Annabeth. Abusado.

– Caveirinha Junior, me da um beijo na bochecha como o Will fez com a mamãe? – pediu Nina fazendo todos voltarem sua atenção para ela.

Nina olhava com os olhos pidões e com um biquinho, que me fez lembrar de Annabeth, para Nico que parecia meio constrangido, se bem que o que mais ele ficou hoje foi constrangido. Annabeth, Thalia e o cara começaram a rir.

– Porque você quer que eu te de um beijo na bochecha? – perguntou Nico com o cenho franzido tentando disfarçar seu constrangimento, informando que ele esta falhando miseravelmente nisso e eu nem sei porque ele ficou constrangido com isso.

– Você não quer me dar um beijo na bochecha? – perguntou Nina aumentando seu bico e fazendo uma cara muito triste, como se fosse chorar a qualquer momento.

– Não, não é isso. – disse Nico meio abobalhado e Nina caiu na gargalhada, logo Nico estava mais vermelho que um pimentão e com uma cara confusa enquanto Annabeth, Thalia e o cara riam junto com a Nina. Eu até abri um sorriso pela cena.

– Você ainda é um emo antissocial que a mamãe e a Thalia falaram. – disse Nina divertida e Nico fechou a cara, mas ainda continuava vermelho.

– Eu sabia que ela iria aprontar mais alguma. – comenta o cara se inclinando para perto de Annabeth e lhe roubou um selinho quando ela se virou para encara-lo.

– Eu não sou emo muito mesmo antissocial. – disse Nico ultrajado.

– Não se preocupa, Caveirinha Junior. – disse Nina batendo amigavelmente no braço de Nico sem ligar para o que ele tinha acabado de falar. – Vou te ensinar a ser mais social com as pessoas, dai você pode ficar com a tia Thalia e ela para de falar de você com o ar triste. No final todo mundo fica feliz.

Thalia quase cuspiu o pouco do vinho que tinha acabado de tomar e olhou chocada para Nina. Nico literalmente caiu da cadeira. Levantei da minha cadeira e o ajudei a se sentar novamente me segurando para não cair na gargalhada e o fazer cair mais uma vez.

– Pelo jeito as coisas estão animadas por aqui. – disse minha mãe entrando na sala de jantar com uma bandeja com os utensílios que ela foi pegar. Annabeth se levantou e pegou a bandeja da mão da minha mãe.

– A senhora não faz ideia, vovó. – disse Nina sorrindo sapeca.

O jantar ocorreu bem. Bem para os outros porque pra mim foi uma chatice, fora o macarrão que estava delicioso.

Todos conversaram animadamente contando alguma coisa aqui e ali e rindo, se divertindo. Nina sempre tirava uma com a cara do Nico e isso era muito legal, nesses momentos eu me juntava e ria fazendo algum comentário, mas não passava disso meu dialogo com eles.

Não perguntavam nada para mim e eu não fazia questão de perguntar nada também, me senti totalmente excluído e sentia alguma coisa estranha quando via Nina e Annabeth sorrindo para o cara, ainda acho que ele não é bom para elas.

Minha mãe perguntou para o cara como ele entrou na vida de Annabeth e Nina. Eu não estava nem ai para saber a resposta dele, mas não sei por que eu ouvi atentamente tudo que ele disse. Meio contraditório, eu sei.

O cara morava aqui em Nova York quando, há dois anos, ele foi para Atenas passar suas férias do trabalho. Ele acabou “esbarrando” em Annabeth na primeira semana que ele estava lá quando foi visitar o templo de Atenas.

Eles passaram os próximos dois meses das férias dele – segundo ele, suas férias estavam acumuladas a alguns anos quando ele decidiu tirar tudo junto – e ele acabou conhecendo a Nina e se dando bem com todos que envolviam Annabeth e Nina.

Em uma ideia maluca, palavras dele, ele resolveu ficar em Atenas e tentar algo mais serio com Annabeth e desde então eles estão juntos. Vou pular partes que me desagradaram ouvir.

Os quatro estavam morando na antiga casa que o cara ainda mantinha aqui, era uma herança de seu avô que ele não podia vender, pois tinha um alto valor sentimental. Thalia disse que era só temporário sua moradia com eles até achar um apartamento para ela.

– Muito obrigada, Annabeth. – disse minha mãe abraçando Annabeth fortemente.

Estávamos na porta nós despedindo deles, Nico também iria junto, mas para a casa dele obvio. Minha mãe iria passar a noite aqui comigo para ter uma conversa seria comigo.

Confesso que fiquei com medo pelo olhar que ela me lançou quando falou isso e esse foi um dos motivos para eu não insistir em falar com Annabeth sobre a nossa filha e tudo mais.

– Que isso, Sally, não foi nada. – disse Annabeth devolvendo o abraço.

– Então nós vemos amanhã à tarde para escolhermos os vestidos para a festa beneficente depois de amanhã. – disse minha mãe se afastando de Annabeth e se virou para Nina dando um longo abraço e um beijo na testa dela. – Amei te conhecer, Nina, e vou adorar passar o dia com você amanhã.

Elas tinham combinado que amanhã iriam dar um passeio pela cidade, Thalia iria junto já que Annabeth tinha uns assuntos importantes para resolver e só encontraria elas atarde para escolher o vestido da festa.

Essa festa era uma festa beneficente organizada pela editora de livros da minha mãe, acontecia três vezes ao ano para arrecadar fundos e ajudar algumas instituições de caridade de Nova York.

– Eu também, vovó. – disse ela sorrindo e se aproximou mais da minha mãe. – A senhora pega o cartão de credito do papai para a gente gastar tudo. – disse baixinho, mas todo mundo ouviu e começou a rir.

Eu estreitei os olhos em direção a minha filha, nossa é um pouco estranho pensar assim. Ela percebeu que eu olhei para ela e abriu um sorriso gigantesco sorriso e fez o sinal da paz com as duas mãos de forma totalmente inocente.

– Acho que agora, com toda a certeza, eu vou com vocês amanhã. – disse Nico sorrindo maroto. – Tudo pela conta do papai.

– Huhum, sei que você vai para me ajudar a gastar o dinheiro do papai e não porque a tia Thalia vai estar junto comigo. – disse Nina fazendo joinha para Nico e mais uma vez todos desataram a rir ao ver Nico ficar com o rosto totalmente vermelho assim como Thalia.

– Nina, você é uma peste. – disse Thalia olhando ferozmente para a menina que deu de ombros indiferente pelo olhar da tia.

– Aprendi com você, tia. – disse Nina inocentemente e todos riram mais ainda.

– Annabeth, da um jeito na sua filha. – pediu Thalia exasperada olhando para Annabeth.

– A culpa é sua, Thalia. Deveria ter mudado antes de ensinar essas coisas para a Nina. – disse Annabeth sorrindo. – Mas a gente precisa ir...

– Espera. – gritou Nina de repente assustando a todos. Ela se virou para mim um pouco tímida, mordendo o lábio inferior. – Eu só fiz essa pequena confusãozinha para conhecer o senhor e mesmo que tenha ficado calado boa parte do tempo que eu estive aqui, não tenha falado nada sobre mim, ou para mim e que tenha feito alguma coisa com a mamãe no passado que não quiseram me contar o que. – ela parou para respirar um pouco. Todos estavam olhando atentamente para ela. – Eu queria poder te abraçar, papai. Eu posso?

Tudo ficou silencioso depois do pedido da Nina. Minha mãe tinha levado as mãos a boca, emocionada com a neta. Thalia tinha um olhar desafiador direcionado a mim. Nico se segurava para não rir, não sei por quê, esse cara estava muito estranho hoje. O cara apenas assentiu passando um braço sobre os ombros de Annabeth puxando ela para mais perto dele, não gostei disso.

Annabeth simplesmente rolou os olhos e abriu um pequeno sorriso depois de murmurar alguma coisa que eu não faço a mínima ideia do que seria, mas isso a divertiu.

Quanto a mim. Chocado, nervoso, surpreso, feliz, magoado, sentindo um imenso remorso, petrificado. Bom, nem isso poderia definir o que eu realmente estava sentindo no momento. Era uma confusão tão grande que eu simplesmente deixei meu corpo agir por mim.

Quando dei por mim, eu estava de joelhos e Nina veio em minha direção passando suas mãozinhas pelo meu pescoço me abraçando apertadamente. Passei meus braços pelas costas dela a abraçando também.

Estranhamente meu coração batia muito rápido e forte. Eu podia apostar que a pequena nós meus braços poderia sentir meu coração batendo.

– Obrigada. – murmurou antes de se soltar de mim e correr até a sua mãe pegando na mão dela. – Vamos, mamãe, eu estou com sono e o Will tem que terminar de me contar a historia antes que eu durma por egotamento físico.

Levantei sentindo um incomodo quando ela disse sobre o cara ler historias para ela. O que raios esta acontecendo comigo para eu estar assim? Sentindo essas coisas?

– Esgotamento físico, nerdizinha. – disse Thalia divertida e Nina mostrou a língua para ela.

– Vamos logo antes que as duas crianças aqui comecem a fazer birra. – disse o cara sorrindo.

– Não sou criança e nem faço birra. – disseram Thalia e Nina juntas emburradas e mais uma vez todos riram o que deixaram as duas extremamente vermelhas.

– Tchau vó, tchau pai. – disse Nina puxando sua mãe em direção ao elevador.

Nós despedimos deles e entramos no apartamento. Minha mãe estava com um sorriso lindo no rosto, mas logo ele sumiu quando ela olhou seriamente para mim.

– Ora de termos uma pequena conversa. – disse ela e eu suspirei pesadamente.

Fiquei em silencio enquanto ouvia minha mãe narrar o que Annabeth conversou com ela. Annabeth havia contado tudo, pelo menos é o que minha mãe me disse. Ela contou sobre o mau entendido que acarretou na nossa briga e separação.

No dia que a gente tinha brigado era o dia que Annabeth iria me contar que estava gravida e sobre a oferta de emprego em outro pais, mas por causa do que eu fiz e falei ela desistiu de tudo em relação a mim e tomou a decisão que tomaria conta da Nina sozinha.

Então, depois de contar para Thalia, Annabeth decidiu se mudar para Atenas na Grécia a onde era a oferta de seu trabalho. Thalia decidiu ir junto com ela e as duas embarcaram um dia depois da nossa discussão.

Annabeth também contou que descobriu uma coisa lá na Grécia, mas que não poderia contar ainda, e esse era um dos motivos para ela ter voltado para cá.

Minha mãe também disse que não tinha porque duvidar se quer por um segundo que Nina não era minha filha. Além da menina ser parecida comigo em algumas coisas, Annabeth não era o tipo de pessoa que mentiria por uma coisa dessas e também Annabeth disse que se eu quisessem fazer um teste de DNA não haveria problema nem um.

– Venha com a gente amanhã, Percy. Passe um tempo com a sua filha. Ela vai precisar tanto da mãe quanto do pai e eu não vou permitir que você tenha qualquer pensamento de deixar a Nina sobre...

– Eu nem se quer pensei se eu queria ficar ou não com ela. – falei interrompendo minha mãe. – Eu sei que tenho uma nova responsabilidade agora. Se Nina é minha filha vou assumi-la mesmo que Annabeth seja contra.

– O que eu duvido. – murmurou Sally. – Annabeth também disse que não pretende deixar a gente longe de Nina agora que sabemos.

– Annabeth por algum acaso pretendia esconder a Nina de mim para sempre? – perguntei sentindo raiva ao pensar que essa poderia ser a escolha que Annabeth queria ter sem que Nina tivesse feito tudo aquilo para me ver.

– Não. – minha mãe negou rapidamente e deu um sorriso triste. – Eu perguntei a mesma coisa para ela e Annabeth disse que só estava esperando Nina crescer um pouco para ela poder entender as coisas melhor. Ela iria contar pra gente um dia, tanto é que ela já havia contado a Nina que você era o pai dela muito antes de elas virem para cá.

– Certo. – murmurei me recostando no sofá.

Eu estava exausto mesmo tendo dormido praticamente a tarde inteira. Era muitas novidades em um dia só, eu não sabia se eu poderia lidar com tudo isso. Eu precisava pensar e muito em tudo com calma, provavelmente vou ficar a noite acordado pensando em tudo.

– Vai dormir filho, você precisa de um pouco de descanso. – disse minha mãe dando um beijo na minha bochecha. – Mas amanhã a gente vai para o shopping junto com a Nina, não é? – perguntou me olhando desafiadoramente.


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Notas finais do capítulo

Bom, eu espero que tenham gostado do capitulo e semana que vem eu posto um capitulo de TaL ^-^
Alguém se habilita a me dar a primeira recomendação nessa fic? Claro se eu merecer uma e se caso eu merecer vou fazer uma coisa para a alma caridosa que eu não vou falar ^,^ shahsahsha
Muito obrigada a todos que leram esse capitulo... Bjs ^.^