Eu Sou Pai?.! escrita por MandyLove


Capítulo 2
O Passado É Doloroso Em Algumas Lembranças


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal...
Como prometi, aqui estou eu de novo com mais um capitulo...
Espero que gostem do capitulo... Enjoy...



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Annabeth e eu ficamos apenas nós encarando sem dizer uma palavra se quer a mais. Algumas lembranças vinham a minha mente. Lembranças felizes de quando estávamos juntos.

– Annabeth? – perguntou Nico aparecendo ao meu lado e me empurrou para ver melhor ela. – Annabeth. – disse feliz e abraçou Annabeth fortemente. Aposto que ele queria ter feito isso com a Thalia quando viu ela.

Veja bem. Nico e Annabeth eram grandes amigos até aquela confusão toda acontecer e ela e Thalia sumirem do mapa. Annabeth via Nico como seu irmão mais novo, já que ele é dois anos mais novo que a gente, Annabeth e eu, que temos a mesma idade. Thalia é um ano mais velha que a gente.

– Ei, Nico. – disse Annabeth sorrindo largamente para ele quando se separaram. – É bom te ver de novo. Minha nossa, você esta muito lindo, não tem mais a cara de pirralho.

– E você nem se fala, em Annabeth? – disse Nico olhando descaradamente para o corpo dela. – Esta...

– Cuidado com o palavreado, Nico, tem uma criança aqui. – gritou minha mãe de dentro do apartamento e isso fez Annabeth fechar a cara.

– Posso entrar? – perguntou ela e Nico deu passagem assim como eu, meu ato foi mais automático, eu queria mesmo era... Bem, eu nem sei bem o que eu queria. – Obrigada.

Annabeth entrou no meu apartamento e eu fiquei que nem bobo olhando para ela. Só despertei quando Nico me empurrou para dentro e depois fechou a porta.

– Oi Sally. – disse Annabeth sorrindo para minha mãe e depois se virou olhando para a menina. – Oque você pensa que esta fazendo? – perguntou rapidamente sem dar tempo da minha mãe poder cumprimenta-la também.

– Desculpa, mamãe, eu sei que não devia te desobedecer, ou desobedecer a tia Thalia, mas eu só queria conhecer o meu papai. – disse a menina se encolhendo no sofá.

Mamãe? Ah meu Deus. Annabeth é a mãe dela.

Tudo bem que eu devia ter imagino assim que vi a menina que era muito parecida com ela, Thalia estar junto com a menina e por ela ter aparecido na porta da minha casa depois do telefonema e mais outras coisas, mas eu não podia evitar em ficar surpreso com isso.

Minha cabeça ficou pesada. Eu não ouvia mais a conversa entre eles. Lembranças do passado inundaram minha cabeça e minha visão ficou turva. Meu coração bateu mais rápido. Perdi o equilíbrio e cai no chão. Tudo ficou escuro.


Acordei com um sobressalto. Rapidamente olhei para os lados e vi que estava deitado em uma cama, a minha cama na verdade. Eu estava no meu quarto, as luz dos abajures, que estavam em cima dos criados mudos – dois, um de cada lado da minha cama –, estavam acesas.

Fechei os olhos com força tentando me lembrar de como eu vim parar aqui. Como um tsunami as coisas que aconteceram mais cedo vieram a minha cabeça. Isso me deixou um pouco tonto e com uma certeza.

Eu tinha uma filha e a mãe dela é Annabeth Chase.

Tudo isso era tão confuso e estava acontecendo tão rápido que eu nem sabia o que fazer e muito menos como agir nessa hora.

Chacoalhei a cabeça. O melhor que eu faço agora é procurar saber o que aconteceu e para isso preciso falar com Annabeth, isso se ela ainda estiver aqui e quiser falar comigo que pelo que a Thalia falou, Annabeth só explicaria para a minha mãe.

Levantei da cama me sentindo meu grogue, era como se eu tivesse dormido a tarde inteira, o que constatei sendo verdade quando olhei para o meu relógio de pulso. Era de manhã, por volta das dez da manhã, quando a menina apareceu no meu apartamento e agora já se passavam das sete horas da noite.

Eu esperava que Annabeth ainda estivesse aqui. De um jeito ou de outro eu ia fazer ela falar. Se bem que se ela contou para a minha mãe e não quiser falar comigo é só eu perguntar para a minha mãe depois, mas não seria a mesma coisa que conversar com a Annabeth. Eu tinha tantas coisas para falar para ela. Principalmente me desculpar.

Minha barriga roncou, também pudera né, não como nada dês das nove da manhã, assim que cheguei à porta do meu quarto senti um delicioso cheiro de comida que fez minha barriga roncar mais alto.

Sai do meu quarto seguindo o cheiro da comida e ouvi vozes vindas da sala de jantar. Não consegui distingui-las, mas deu para perceber que eram mais que duas pessoas como eu pensei que ainda estariam aqui, minha mãe e Nico.

Entrei na sala de jantar e foi com surpresa que, além da minha mãe e Nico, vi Thalia, Nina – se ela é minha filha mesmo melhor chamar ela pelo nome, não é? – e Annabeth rindo e conversando animadamente enquanto comiam uma macarronada, que estava com uma cara ótima. Um vinho tinto estava sobre a mesa, mas só os mais velhos tomavam, para a Nina tinha um copo de refrigerante. Uma travessa grande com macarronada estava no centro, ainda estava saindo fumaça dela.

Thalia e Nico estavam sentados em um lado da mesa com Nina sentada entre os dois. Minha mãe e Annabeth estavam sentadas uma do lado da outra do outro lado da mesa deixando três lugares vagos na grande mesa para oito pessoas.

Vi um prato, uma taça e talheres ao lado do prato em uma das pontas da mesa, o lugar do dono da casa, ou anfitrião se preferir. Espero que esse lugar seja para mim já que eu sou o único que ainda não comeu e eu sou o dono desse apartamento.

Senti minha boca salivar. Eu estava com fome, mas ver Annabeth sorrindo tão descontraidamente, e lindamente devo dizer, eu simplesmente me esqueci de tudo e fiquei olhando para ela.

Quanto tempo sem ver esse sorriso, sem sentir como ele podia e ainda pode fazer meu coração acelerar. É impossível descrever em palavras o que estou sentindo agora. Meus sentimentos estão tão confusos que se eu não souber o que falar vou estragar tudo antes de saber o que realmente eu estraguei.

– Olha só quem resolveu acordar. – gritou Nico rente ao meu ouvido me fazendo pular de susto e tampar meu ouvido rapidamente. Vou ficar surdo desse ouvido por causa desse grito.

– Mais que mer...

– Olha o palavreado, Perseu. – repreendeu minha mãe severamente me interrompendo.

Engoli em seco. Fazia tempo que ela não falava comigo nesse tom e ainda falando meu nome junto. Provavelmente Annabeth deve ter contado tudo para a minha mãe sobre o dia em que ela foi embora. Eu só contei para minha mãe que eu e Annabeth havíamos terminado e que ela foi morar em outro lugar.

Nunca contei para ela que a culpa de Annabeth ter ido embora era minha. Até fiz Nico prometer que nunca contaria para ninguém sobre aquele dia quando contei para ele.

Eu tive que contar para ele porque Thalia havia ido embora junto com Annabeth porque quando Thalia contou para ele que estava indo embora ela mandou ele perguntar para mim o motivo disso estar acontecendo. Nico ficou sem falar comigo por alguns dias por causa disso.

– Minha netinha de sete aninhos está presente, então sugiro que mostre a educação que eu te dei para a sua filha. – completou minha mãe.

Praguejei baixinho antes de encarar cada um que estavam sentados na mesa e Nico que ainda estava ao meu lado. Por ultimo meus olhos pousaram em Annabeth que já não estava com aquele sorriso descontraído, lindo, no rosto.

– Precisamos conversar. – falei encarando ela.

– Não, eu já contei tudo para a sua mãe. – disse Annabeth e bebericou m pouco do vinho em seu copo. – Se ela quiser te contar... – ela deu de ombros, indiferente sem terminar sua frase.

– Você não pode simplesmente...

– Ah mais eu posso sim. – disse Annabeth se levantando da mesa e me encarando com um olhar feroz. – Posso decidir tudo sobre a minha vida e a vida da minha filha depois de tudo o que você fez e falou para mim.

– O que você fez e falou pra mamãe? – perguntou Nina cruzando os braços em frente ao peito, fazendo bico e ainda olhando com os olhos semicerrados para mim.

– Isso não é conversa para uma criança. – fale e vi minha mãe se levantar da sua cadeira e me olhar com desaprovação. – Você também não, mãe.

– Eu sim. Você mentiu pra mim. – disse minha mãe me olhando magoada.

– Só contei o que a senhora precisava saber sobre tudo. – falei me sentindo mal por ver minha mãe assim e isso ser minha culpa.

– E olha no que deu. – disse ela brava apontando para Nina que ainda me olhava com os olhos semicerrados, braços cruzados e fazendo bico. Até quando ela vai ficar assim? – Por sua causa, não pude conviver com minha netinha desde seu nascimento e nem saber da existência dela.

Um silencio super desconfortável se instalou entre todos nós. Nina continuava do mesmo jeito me encarando assim como minha mãe. Annabeth estava tendo uma daquelas conversas com o olhar, que eu odeio, com Nico e Thalia.

Antes que qualquer um pudesse falar a campainha tocou. Bufei impaciente e fui atender aporta. Maria trabalhava das oito da manhã até às cinco da tarde.

Olhei pelo olho magico e vi um cara loiro do outro lado. Achei muito estranho, mas mesmo assim abri a porta. Assim que abri a porta vi o cara dar um meio sorriso, mas seus olhos, que eram azuis, demonstravam que ele estava um pouco nervoso.

– Oi, me desculpa te incomodar, mas aqui é o apartamento de Percy Jackson? – perguntou ele cordialmente demonstrando ser uma pessoa educada, mas eu não estava com a cabeça para ser educado com ninguém.

– Sim, sou eu. – falei tentando não soar ríspido.

– Que bom. –falou ainda sorrindo. Cara estranho. – Annabeth Chase esta ai? – perguntou e isso me fez olhar cautelosamente para ele. O que será que ele queria com Annabeth? E como raios ele sabia de Annabeth.

– Seria bom se apresentar antes. Sabe meu nome, mas não sei o seu. – falei cruzando os braços em frente ao peito.

– Will. – uma voizinha gritou atrás de mim e no segundo seguinte senti alguém empurrando minhas pernas para o lado e passando por mim. Nina.

– Oi princesinha. – disse o tal de Will se abaixando e pegando Nina no colo.

Nina deu um abraço bem forte nele e depois deu um beijo estalado em sua bochecha. Os dois estavam com um sorriso de orelha a orelha e isso me incomodou e muito. Não sei porque, mas me incomodou. Decreto que já não gosto desse cara.

– Mal chegou à cidade e já saiu fazendo confusões, não é? – perguntou ele sorrindo, esse cara só sorri, fazendo cosquinha na barriga de Nina que ria descontroladamente.

– Para, para, para. – pediu Nina entre os risos tentando afastar a mão dele de sua barriga.

O tal de Will parou e deu um beijo na testa de Nina no qual ela o abraçou de novo passando seus bracinhos pelo pescoço dele em um abraço carinhoso.

– Não fiz confusões. Eu fiz confusão. Singular, não plural. – disse Nina divertida se afastando um pouco de Will e sorrindo sapeca para ele que tombou a cabeça para trás gargalhando.

– Você é realmente igual a sua mãe. – disse Will e nessa hora senti alguém tocar em meu ombro, era a minha mãe que com o olhar me mandou entrar. Um pouco relutante fiz o que ela me pediu. Não mando mais nem no meu próprio apartamento.

– Oi. – disse minha mãe simpática chamando a atenção dos dois. Eu estava em alerta sobre esse cara, já disse que não gostei dele e quando não gosto é melhor eu ficar atento principalmente por causa da minha filha. – Sou Sally.

– Uau, Sally Blofis. – disse o cara parecendo surpreso. Ele trocou Nina de braço e estendeu a mão direita para a minha mãe. – Annabeth já me falou muito bem da senhora e devo dizer que sou um grande fã dos seus livros, já os li e tenho todos. É um prazer imensurável conhecer a senhora pessoalmente, sou Will Solace.

– Agora me sinto lisonjeada. – disse minha mãe sorrindo apertando a mão do tal cara. Estreitei os olhos olhando para o rosto da minha mãe de lado, ela parecia que tinha ficado corada com o comentário dele. Acho que é só impressão minha.

Nico estava ao meu lado e se segurava para não rir, não sei por quê. Annabeth e Thalia estavam mais afastadas encostadas na parede só olhando para a porta e conversando baixinho entre elas colocando a mão na frente dos lábios para ninguém ver.

– Vovó. Will é muito, mais muito, mais muito legal e gente fina, ouvi isso uma vez e achei legal apesar de Will não ser fino, mas depois Will me explicou o que o cara realmente queria dizer com aquilo. – disse Nina devagar e todos, menos eu, riram do que ela falou. – Resumindo, Will é um cavalheiro, mas ele só tem um cavalo e não usa armadura, ou armas.

– É bom saber disso, obrigada Nina linda. – disse minha mãe, que fez alguma coisa, mas por estar de costas para mim agora eu não vi o que ela fez, só dava para ver um pouco de seu rosto de lado.

Nina sorriu fazendo joinha para Will e depois piscando cumplice para ele que também fez joia com o dedo e piscou para ela sorrindo. Odiei isso e não me perguntem o por que.

– Porque não entra, Will? Estávamos nós deliciando com uma deliciosa macarronada que Annabeth fez. –continuou minha mãe e eu automaticamente olhei para Annabeth quando minha mãe disse o nome dela.

Annabeth já cozinhava quando estávamos juntos, mas ela gostava tanto de arquitetura que era facinho ela deixar a comida de lado para fazer alguma coisa que tinha haver com arquitetura.

– Minha nossa, se a Annie fez somente um cego, surdo, mudo, sem tato ou paladar recusaria uma comida dessas. – disse o cara com divertimento fazendo Nina gargalhar e isso contagiou a todos, menos a mim e mais uma vez não sei por quê.

– Então entre. Se demorarmos mais pode esfriar. – disse minha mãe dando passagem para ele.

Fechei a cara e escutei um barulho vindo de Nico, mas nem me importei com ele. Não queria esse cara na minha casa seja lá que relação ele tenha com minha filha, ou Annabeth, mas se eu falasse alguma coisa só pioraria ainda mais minha situação que no momento não era nada boa.

– Com sua licença. – disse o cara fazendo uma pequena mesura para minha mãe, que sorriu para ele também fazendo uma mesura, e passou por ela. O cara colocou a Nina no chão e pegou uma mão dela.

– Will, esse aqui é o Nico di Angelo, vulgo, Caveirinha Junior. – disse Nina puxando o cara em direção ao Nico. Pelo canto do olho vi minha mãe fechar a porta do apartamento.

– Ah, Caveirinha Junior. – disse Will olhando para Thalia encostada na parede e sorriu maliciosamente para ela que mostrou a língua para ele. – Prazer, Will. – disse estendendo a mão para Nico.

– Sem Caveirinha Junior, só Nico. – disse Nico apertando a mão dele meio envergonhado.

– Tudo bem, Nico. – disse o cara soltando a mão dele e chegou mais perto de Nico. – Thalia esta solteira, mas tem um cara afim dela. Se eu fosse você não marcava bobeira, vai fundo, ela ainda gosta de você. – murmurou baixinho e se afastou piscando cumplice para Nico que agora estava muito envergonhado com o rosto completamente vermelho.

– Vem Will, você já conheceu todos, mas ainda tem a Maria, ela trabalha para o papai, ela é muito legal, mas ela já foi embora. – disse Nina puxando Will para perto de Annabeth e Thalia.

Minha mãe tocou em meu ombro e no de Nico guiando nós dois em direção à sala de jantar enquanto isso Will dava um beijo na bochecha de Thalia e um abraço nela.

Por enquanto estava tudo bem, exceto pelo fato de que eu ainda não gosto desse cara e acho que nunca vou gostar e pelo que acontece depois que ele da um abraço na Thalia com toda a certeza que há nesse mundo é que nunca vou gostar desse cara.

Porque?

Simplesmente simples. Depois que ele abraça a Thalia ele se volta para Annabeth que passa seus braços sobre os ombros dele e o abraça carinhosamente pelo pescoço enquanto ele passa uma mão por sua cintura, já que a outra ainda esta segurando a mão da minha filha.

Quando Annabeth se afasta dele, ainda com os braços sobre os ombros dele e com um sorriso lindo que por um momento me fez sorrir também, ele fala alguma coisa que eu não escuto e depois beija Annabeth.

Isso mesmo. Beija minha Annabeth na minha frente e na frente da nossa filha que esta sorrindo feliz vendo os dois se beijarem. Meu sangue ferveu, trinquei o maxilar com raiva.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capitulo. ^-^
Se as coisas melhorarem para mim, vou tentar postar antes e mais vezes. Não prometo nada, mas vou tentar ^-^
Muito obrigada a todos que leram esse capitulo... Bjs ^.^



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