O Sol Adormecido E A Lua Crescente escrita por Angel Salvatore


Capítulo 31
Visita


Notas iniciais do capítulo

Hoje tem att dupla. Espero que gostem, hein.
E faltam 4 capítulos para o final.



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Eu e Alec caminhamos em silêncio até o meu quarto. Não olhávamos um para o outro e o nosso único contato era pelas mãos entrelaçadas. Chegamos ao meu quarto e eu não soltei a mão dele. Puxei-o para dentro do quarto e nos sentei na cama, um de frente para o outro.

Precisávamos conversar.

“Obrigada por me ajudar, Alec.”, sorri,

“Não precisa me agradecer. Eu fiz o que achei certo.”, retribuiu o sorriso.

“Mesmo assim, você salvou a minha vida e eu nem sei como te retribuir.”

Assim que disse isso, me arrependi. Sabia exatamente o que Alec iria responder.

“Acho que sei como você pode me retribuir.”

“E onde está o papo de não precisa agradecer? Alec, você muda de ideia muito rápido.”, continuei me afastando dele.

“Você não precisa fazer se não quiser.”

Alec abaixou a cabeça encarando nossas mãos dadas. Suspirei em derrota. Com a mão livre segurei no meu queixo e levantei sua cabeça para que ele pudesse olhar nos meus olhos. Seus olhos vermelhos se fecharam e eu fechei os meus. Aproximei-me lentamente e toquei seus lábios levemente. Senti o dom de Alec em mim, em uma corrente de poder que nos unia.

Afastei-me e sorri, sem abrir os olhos. Eu sabia que Alec também estava de olhos fechados. Eu consegui sentir.

“Estou agradecida?”, perguntei.

“Ainda não.”, Alec agarrou com a mão livre o meu cabelo e me beijou.

Nossas mãos se soltaram e foram para lugares diferentes. A dele foi para minhas costas e a minha foi para o seu cabelo. Nós tínhamos uma perfeita sincronia, tanto nos gestos quanto nas palavras. Como Aro havia, éramos perfeitos um para o outro, mas não fomos destinados a ficar juntos. Eu tinha o meu imprinting e Alec tinha a sua vida com os Volturi.

Éramos idênticos no termo de caráter, mas diferentes no termo do futuro. Meu futuro era com Seth, não precisava de visão para ter certeza disso. O futuro de Alec era com o Volturi. Não comigo. Nunca seria.

Aproximei-me mais de Alec até sentir seu peito duro e frio colado ao meu corpo. Ele me abraçou bem apertado e eu agradeci novamente por não ser frágil como uma humana. Tentei me afastar, mas Alec não queria que acabasse. Eu ainda conseguia sentir a corrente de poder passando por mim. Eu tinha medo que isso me sobrecarregasse.

Empurrei carinhosamente Alec e o fiz lembrar que precisava respirar. Não poderia prender a respiração por muito tempo. Mais que um humano, menos que um vampiro. Senti minhas mãos descendo de seu cabelo para sua camisa. Nos afastamos, mas continuamos próximos.

“Desculpe”, ele disse. “Esqueci que você respira.”

“Tudo bem. Espero estar agradecida agora.”

Não ficava muito a vontade com ele tão perto, mesmo não sendo desconfortável. Era encorajador.

“Agora você está. A não ser que queira me agradecer mais.”, ele deu uma piscada maliciosa para mim. “Eu acho que vou te ajudar mais.”

Ele riu e eu bati nele.

De repente, tudo o que eu conseguia ver eram imagens na minha cabeça.

“Estou tendo uma visão.”, avisei a Alec e ele se calou no mesmo segundo.

Era de minha mãe e meu irmão, Lucas. Minha mãe estava preocupada comigo porque não ligava e nem atendia as suas ligações. Ela está pedindo a Lucas para vir a Volterra ver como eu estava. Meu pai não permitiu que minha mãe viesse. Era muito arriscado.

Vi meu irmão correndo em direção a Volterra e chegaria em dois dias no máximo. Eu teria que me preparar amanhã e, infelizmente, avisar a Luíz da nossa pequena visita. Voltei ao presente e vi Alec me olhando de lado. Ele estava sendo cauteloso.

“Aquele Filho da Lua idiota do Lucas está vindo à Volterra.”, resmunguei.

“Ele é maluco? Quer ser morto?”, Alec perguntou se sobressaltando.

“Sim e não. Minha mãe está preocupada comigo e pediu para Lucas vir aqui.”, suspirei.

“É melhor eu ir e avisar Aro sobre a nossa pequena visita.”, Alec se levantou.

Eu assenti. Em menos de um segundo eu e Alec estávamos frente a frente, separados por uma curta distância. Segurei seu rosto entre as minhas mãos e o beijei levemente. Alec deu um belo sorriso e segurou minha mão, beijando-a. Exatamente como Aro fez.

Eu ri e balancei a cabeça.

“Seus irmãos sempre têm o hábito de estragar momentos felizes?”, perguntou.

“Sempre que é possível.”, respondi.

Alec riu e saiu do quarto, deixando sozinha com a culpa rondando os meus pensamentos.


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