O Sol Adormecido E A Lua Crescente escrita por Angel Salvatore


Capítulo 27
Descoberta


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente. Viu? Nem demorei em att. Faltam 9 capítulos - contando com esse - para a fic acabar, infelizmente. Espero que gostem desse capítulo. Beijos.



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Eu estava tão distraída sobre ir caçar amanhã com minha pequena criança que tomei um susto com Alec. Ele estava parado na porta do meu quarto, os braços cruzados sobre o peito e me fitando com seus olhos vermelhos. Não sorria e já sabia que iríamos discutir.

“O que você está fazendo aqui?”, perguntei.

“Estava te esperando. Precisamos conversar. Tenho algumas perguntas para lhe fazer.”, Alec respondeu sem demonstrar nenhuma emoção.

“Pode falar.”, encorajei.

“Por que você voltou para Volterra?”, ele indagou.

Fiquei confusa. A poucos dias ele estava pedindo para que eu voltasse.

“Tenho assuntos aqui.”, respondi. “E sentia falta de Cindy.”

“Depois de quinze anos?”, replicou.

Respirei fundo, controlando minha raiva para não me transformar, já que pular no pescoço de Alec não seria bom para a minha imagem com os Volturi. Simplesmente o encarei, expondo minha raiva com o olhar.

Se eu usasse o dom de Jane, Alec usaria o dele e me deixaria inconsciente. Se eu usasse o dele, teria o mesmo resultado, ou talvez pior, já que não tenho nenhuma prática com o dom dele, por isso seria fácil me vencer. Então minha única solução era responder.

“Sabe que eu não poderia levá-la comigo.”, ele assentiu e tremeu, sabendo o que aconteceria se eu ao menos tentasse. “E não vim visitá-la pelo o que fizeram com a minha família.”

Isso fez com que Alec saísse de sua pose de durão e relaxou.

“Desculpe.”

“Tudo bem.”, disse. “Cindy quer ir caçar conosco amanhã. Quer ir?”

Ele hesitou, talvez pensando no mesmo que eu. Que seria parecido com os velhos tempos. Mas nada seria como antes.

“Sim.”, acenou.

Ele continuou parado na minha porta, me encarando. Fiquei um pouco frustrada, já que queria dormir para amanhã estar disposta.

“Pode sair da porta?”

Ele se afastou sem dizer nada e foi embora. Entrei no quarto e me joguei na cama sem me preocupar em trocar de roupa. Dormi sem nenhum sonho. Acordei de manhã, levantei-me e tomei um banho rapidamente para não me atrasar para a caçada.

Fui ao quarto de Cindy para arrumá-la e tive a surpresa de encontrar Alec fazendo uma trança no cabelo loiro de Cindy. Ela estava com um vestido preto de flores e Alec com calças e camisa escuras. Sentia-me na família Adams.

“Tia Léthy está bonita, não é, tio Alec?”, Cindy perguntou sorrindo.

Alec parou de fazer a trança no cabelo de Cindy e me olhou. Eu vi ele arregalando os olhos e sorrindo.

“Sim, Cindy. Tia Léthy está muito bonita.”

Eu me senti corando e sorri de volta para Cindy e Alec que terminava de colocar um elástico no final da perfeita trança.

“Podemos ir?”, questionei.

Alec pegou a mão de Cindy e ambos assentiram.

“Temos que avisar a Aro ou você já falou com ele?”

“Já falei com ele.”, Alec me garantiu.

Assenti e saímos do quarto de Cindy. Saímos tranquilamente de Volterra e fomos direto para a floresta para que eu caçasse primeiro. Cindy adorava me ver caçando raposas, os movimentos circulares que eu e a raposas fazíamos.

Nós paramos no meio da floresta e eu comecei a sentir o cheiro de raposas, onças e humanos. Fiquei de quatro para me transformar em loba – Cindy adorava me ver como um lobo fofinho – quando algo me impediu.

Visão.

“Agora não!”, sussurrei.

Levantei-me e fiquei encarando o nada, esperando as imagens da minha cabeça se organizarem.

“O que aconteceu, Léthy?”, Alec perguntou, mas eu não prestava a atenção.

Minha visão era com Seth.

Ele estava em frente a algum tipo de descida ou penhasco. Pela floresta eu deduzi que fosse La Push, mas eu ainda não entendia o significava da visão. Parecia que eu estava lá com Seth, mas um pouco distante. Seth estava de costas para mim.

Não estava entendendo a minha visão até que Seth pulou do penhasco. Corri na direção da extremidade sul da praia, onde a meia-lua rochosa e plana terminava de encontro ao penhasco acima do mar.

A água era escura e o penhasco era muito alto. Não conseguia ver Seth dali de cima. O céu estava com uma camada densa de nuvens. Parecia que tinha um furacão se formando e isso seria uma tragédia.

Senti pequenas mãos me balançando pelas pernas. Certamente era Cindy preocupada com meu transe. Voltei a mim e me deparei com Alec a menos de trinta centímetros de mim e Cindy me olhando agarrada a minhas pernas.

Eu respirei fundo e me agachei para ficar do mesmo tamanho que Cindy. Suas pequenas íris vermelhas estavam escuras e muito preocupadas.

“Vou ter que ir para La Push salvar o tio Seth, Cindy.”, eu disse tirando meus sapatos e os jogando para longe.

“Tudo bem tia Léthy”, Cindy respondeu. “É melhor você ir logo. Eu vou ficar bem com o tio Alec.”

Acenei e me levantei. Alec estava com os olhos arregalados me encarando, mas eu não tinha tempo para ficar explicando sobre o que aconteceu.

“Eu devo voltar em uma semana ou mais, mas eu volto. Garanto.”, disse a Alec.

Ele respirou fundo e piscou inúmeras vezes parecendo voltar de algum pensamento bem distante.

“Você teve uma visão, Léthy?”, Alec perguntou. “Você absorveu o dom de Alice Cullen?”

Era óbvio que um dia ele saberia, mas eu não queria que fosse desse jeito. Agora Alec sabia e era questão de tempo para Aro saber e tentar abusar disso.

“Sim, Alec.”, respondi. “E tenho que ir. Voltarei logo, prometo.”

Alec assentiu.

Virei-me e comecei a correr.

O sol estava brilhando fortemente naquele dia, mas eu sentia o tempo virando e as nuvens prontas para formarem chuva. Eu devia ter de dois a três dias para chegar a La Push, mas já que eu tive a visão a decisão de Seth já estava tomada. E como os lobos não leram a mente dele? E Alice não teria uma visão?

Quase parei com esses pensamentos, mas algo me fez continuar. E se Seth tirasse um tempo de folga longe dos lobos? Ele podia fazer isso. E Alice não tem visões com lobisomens, muito mal ela tem com humanos e mestiços. Eu só conseguia ver melhor os mestiços, os lobisomens e os vampiros porque eu era parte disso. Eu não conseguia ver bem os humanos.

Tinha que correr muito para chegar a tempo de salvar Seth. Se ligasse para os lobos teria a possibilidade de Seth antecipar o seu salto. Se eu ligasse para os Cullen era bem possível que eles tivessem que quebrar alguns ossos de Seth para contê-lo. E, além disso, eu havia esquecido o meu celular em Volterra.

Não tinha tempo para parar e me transformar em loba nem iria explodir minhas roupas. Se Seth se jogasse, como eu nadaria sem roupas sem roupas atrás dele?

Não podia correr tão bem com duas pernas quanto correria com quatro patas, mas mesmo assim, corria bem rápido. Teria que controlar as minhas emoções, porque já estava ficando com raiva por Seth fazer algo tão egoísta.

Eu o abandonei, mas isso não era motivo para se matar. Voltaria logo. Precisaria de um ou dois meses, mas voltaria. Fiquei uma semana longe e ele já pensa em se jogar de um penhasco. Muito egoísmo. Se eu conseguisse salvar Seth, o mataria por fazer isso.

            Eu o amava e não podia viver em um mundo sem ele, sem os seus olhos castanhos, sem o seu sorriso de lobo, sem seu cheiro, sem seu rosto de criança brincalhona. Não poderia viver sem imprinting, mas não poderia viver com ele. Não enquanto posso matá-lo.

            Quando saí da casa de minha mãe para encontrar Carlisle queria encontrar um sentido para a minha vida e não complicá-la mais. Coloquei mais força e corre o mais rápido que pude. Eu precisava salvar Seth. Ele querendo ou não.


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