Três Loucas E Um Acampamento escrita por BadDream


Capítulo 32
Para morrer basta estar vivo.


Notas iniciais do capítulo

Oi, espero que curta o cap. e desculpa a demorar :3



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(PV. Ana)

Eu saí da minha cabine carregando minha mochila, quando o trem parou com um tranco, quase me fazendo cair, se não fossem pelas mãos fortes de Nico segurando minha cintura, antes que eu atingisse o chão.

– Obrigada. – Agradeci sem graça, com ele olhando-me intensamente.

– Disponha. – O garoto murmurou soltando-me, escorregando suas mãos para a alça de minha mochila. – Deixa que eu carregue para você. – Veio solicito. Abri a boca para respondê-lo, mas antes que eu fizesse, a voz grossa e conhecida de Harry interferiu.

– Ela já tem que faça isso. – Ele arrancou o objeto das minhas costas e longe do alcance de Nico. Ambos os rapazes trocaram olhares intensos. – Vamos, Ana? – Harry perguntou sem desviar do olhar do moreno.

O loiro me puxou para fora dos vagões, onde nos encontramos com o resto do grupo. Milly e Renata conversavam animadamente sobre algo, enquanto Seth e Jake carregavam as inúmeras malas de suas respectivas namoradas.

– E agora? – Danielle perguntou saindo do trem, ao lado de Nico, e lançou um olhar de vitória para mim, que apenas dei de ombros.

– Eu preciso de comida, água, um mapa e um lugar quente. – Renata deu sua lista, apertando-se contra o braço do namorado.

– Bem, não temos mais nenhum dinheiro. – Jake anunciou com uma carranca de preocupação. Olhei ao redor, enquanto eles discutiam, e vi um caminhão com a porta do baú aberta.

– Seth, você sabe abrir portas com um simples grampo, certo? – Perguntei ao filho de Hermes, sem tirar os olhos do caminhão.

– Você por acaso é da CIA ou FBI? – Ele me perguntou divertido, em contra partida lhe lancei uma careta mal humorada. – É obvio que sim, afinal eu convivo com os piores ladrões da Terra! – Seth afirmou referindo-se a dupla de gêmeos Stoll, que também eram seus irmãos por parte de pai.

Então resolvi dividir com eles o meu plano, e a cada palavra que eu dizia Danielle fazia questão de revirar seus olhos claros, como se estivesse odiando minha idéia sugerida.

– Tem algo a acrescentar ao plano, Danielle? – Perguntei irônica, cansada de suas bufadas.

– Vamos simplesmente invadir um caminhão e andar vagamente pelo Canadá? Iremos ser comidos por monstros. – A loira surtava.

– E ficar aqui parado em plena estação de trem, com vários mortais para se ferirem também é uma boa idéia? – Perguntei irritada olhando para seus olhos, que ao contrário dos de Harry, que eram calorosos e aconchegantes, os de Danielle exalavam ódio.

Sem mais nada a dizer a garota se afastou praguejando. Eu apenas respirei fundo, para tentar me controlar ao máximo para não agredi-la.

[...]

Seguimos como o combinado. Seth com a ajuda dos garotos conseguiu arrombar o caminhão sem problemas, o mais difícil foi se enturmar com as galinhas que estavam engaioladas e o mau cheiro.

Decidimos que o melhor a fazer era se esconder por entre os caixotes, caso o dono do caminhão abrisse a porta do baú, e assim fizemos. Renata e Seth estavam enroscados atrás de algumas caixas, Jake e Milly seguiram seu exemplo no outro extremo, Danielle estava emburrada em algum canto, não que eu ligasse, enquanto eu fiquei escondida no meio de um circulo formado de gaiolas.

– Bu. – Ouvi a voz de Harry sussurrar bem próxima ao meu ouvido, o que me fez saltar.

– Ta querendo me matar? – Falei histérica e ele ria de minha desgraça.

– Só se for por falta de ar... – O loiro brincou e eu o olhei sem entender. – Porque eu vou arrancar seu fôlego com os meus beijos, gata. – E piscou, me fazendo cair na gargalhada.

– Ah meus Deuses, essa foi à pior cantada que eu já recebi! – Disse, e o garoto me observou. – Quem disse que você pode me beijar?

– Isso é um desafio, senhorita Della Fiore? – Harry brincou, porém quando sua voz pronunciou meu sobrenome, seu rosto aderiu um ar sério.

– Talvez. – Envolvi meus braços em seu pescoço, e subi em seu colo.

Logo, lábios quentes tomaram minha boca, enquanto eu sentia sua língua travando com a minha uma luta sensual.

– Eu... Eu não sei como, nem quando, mas... Eu te amo, Ana. – Harry se enrolou, porém quando pronunciou as três palavras mais almejadas pelas mulheres, meu coração parou.

Tudo se tornou lento, e então uma dor excruciante tomou conta de mim, um banque surdo e um zumbido nos meus ouvidos.

– Ana, ta tudo bem? – Os olhos azuis me encaravam desesperados e preocupados.

– Dor... Minha cabeça! – Soltei as palavras com dificuldade, e um grito escapou.

Cai de joelhos, com minha cabeça entre as mãos.

“Está na hora de eu voltar ao meu lugar” – Ouvia uma voz em minha cabeça, e em seguida gargalhadas.

– Para, para! – Gritei para que a voz parasse.

– Parar com o que Ana? – Harry perguntou sem entender.

Olhei para o alto, eu não conseguia mais focar em nada, ouvi passos e a voz de meus amigos.

– Ana! – Nico chamou, e me abraçou.

Depois disso tudo sumiu.

[...]

(PV. Nico)

Eu estava sentado no fundo do caminhão, tentando aproximar-me de Ana, porém Harry foi mais rápido, impedindo-me.

Decidi ficar aonde estava, porém quando o som deles se beijando surgiu em meus ouvidos, quis fugir dali.

– Eu... Eu não sei como, nem quando, mas... Eu te amo, Ana. – Harry se enrolou, porém quando pronunciou as três palavras mais almejadas pelas mulheres, meu coração parou.

Meus olhos se encheram de lágrimas, e eu soquei o chão com força. Ela estava com outro homem, que a amava, e que lhe daria a felicidade que eu nunca poderia dar, e aquilo me feria imensamente.

– Ana, ta tudo bem? – Ouvi a voz de Harry soar desesperada, me tirando dos pensamentos e me deixando preocupado.

– Dor... Minha cabeça! – Sussurrou a voz de Ana, e um grito escapou de seus lábios quando ela caiu de joelhos no chão.

Corri desesperado em sua direção.

– Para, para! – Ela gritava, e algumas gotas escorreram de seu rosto.

– Parar com o que Ana? – Harry perguntou sem entender.

Ela olhou para o alto, e eu simplesmente não sabia o que fazer. Todos vieram até a onde estávamos para ver o que acontecia.

– Ana! – Abracei-a, na esperança de ajuda-la.

Então sentia mole, e seus gritos cessaram, o que me assustou.

– Ana? – Perguntei, chamando-a.

– Sim? – Ela respondeu, o que me aliviou.

– Você ta bem? – Perguntei ainda preocupado.

A garota levantou a cabeça, fazendo que seus cabelos saíssem de seu rosto, e assim eu encarasse seus olhos, que antes roxos, estavam verdes oliva.

– Eu nunca estive melhor, meu amor. – Ana falou sorrindo e me beijou.

E tudo que eu podia pensar enquanto os lábios macios me beijavam de uma maneira estranha, era que aquela não era a minha Ana, porém eu nunca estive tão feliz em ver a raiva nos olhos de Harry, já que eu estava beijando o que ele achava ser “sua garota”.


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Notas finais do capítulo

ME PERDOEM POR SER ESSA AUTORA HORRÍVEL QUE EU SOU! Por favor me perdoem! Tudo bem que vcs são leitora fantasmas, mas uma autora fantasma ninguém merece, né? Desculpem, porém meus motivos são nobres, esse ano é ano de vestibular, isso mesmo, agora eu sou vestibulanda, e vcs vão ter que aceitar minhas demoras para postar! Run! Beijos beija-flores!



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