Três Loucas E Um Acampamento escrita por BadDream


Capítulo 28
Minta para mim, e diga que tudo ficará bem no fim.


Notas iniciais do capítulo

Hey meninas, se passaram 15 dias desde que eu postei, e então, aqui está o cap!



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(PV. Ana)

– Adorei dividir esse banho com você. – Ironizei.

Harry se virou para desligar o chuveiro, e eu dei uma bela olhada na sua bunda, mordi o lábio, e ele se virou novamente para mim, e viu o que eu fazia.

– Quer dividir a toalha também? – Murmurou mordendo o lábio inferior. Eu abaixei a cabeça tentando esconder a minha vergonha. Zeus, eu devo ter sérios problemas!

O maldito filho de Apolo riu da minha situação, e saiu do chuveiro, já enrolando uma toalha em sua cintura.

O segui, assim que sai do chuveiro, vi seus olhos percorrerem meu corpo e o ouvi pigarrear. Olhei para mim mesma e percebi, que eu estava usando uma regata branca, que agora estava encharcada, então dava para ver tudo.

– Você está toda molhada... – Harry falou passando a mão pelo cabelo a fim de tirar um pouco a água. Eu havia entendido um duplo sentido em sua frase, e parece que ele também. – Quero dizer, você deve estar com frio certo? Que idiota, é claro que sim! Quer uma roupa? Toma isso! – Falou rapidamente, mal dando a chance de pensar, e colocou uma toalha nos meus ombros.

Fui até o quarto, na onde o encontrei revirando a mala.

– É melhor eu ir embora. – Falei me virando para a porta, mas antes de tocar a maçaneta senti sua mãe segurar meu braço.

– Se você sair daqui assim, Ana, e alguém te encontrar no corredor, vão pensar que você fez mais do que apenas se esconder... – Senti o bafo dele em minha nuca. – Pense nisso, o Nico acabou de anunciar para o acampamento inteiro que vocês dormiram juntos, se te pegarem aqui, irão pensar que rolou alguma coisa...

– Mas e se o Nico aparecer aqui? Ai sim que as pessoas irão pensar mal! Pensaram que eu fiz um ménage à trois com vocês! – Falei me virando para encarar seu rosto.

– O Nico não vai aparecer aqui tão cedo. – Harry falou de forma descontraída.

– Como você sabe? – Perguntei desconfiada, e percebi seu humor mudar.

– É... Eu não vou conseguir falar com você assim... – Falou nervoso, apontando para as minhas roupas. – Toma, veste isso aqui... – Me deu uma muda de roupa.

– Acho que é melhor você fazer o mesmo... – Falei um pouco desconsertada por ver sua toalha cair. Entrei rapidamente no banheiro, antes de lidar com aquela situação constrangedora novamente.

Harry havia me dado uma camiseta azul e uma boxer de bolinha, o que eu achei bonitinho. Sai do banheiro e vi-o só de short, terminando de vestir sua camisa branca.

– O que foi? – Me perguntou sorrindo. Só então percebi que o observei por tempo demais.

– Nada. – Falei rindo, e ele me chamou com o dedo, o que me fez rir ainda mais.

Andei até o loiro esperando que ele falasse mais uma de suas baboseiras ou que começasse a me agarrar ali, mas ele fez algo que me surpreendeu, me abraçou.

E em vez de fugir, como faço na maioria das vezes, eu simplesmente me aconcheguei ainda mais em seus braços.

– Adorei a sua cueca de bolinhas. – Falei quando nos afastamos, ele me fez girar para que visse meu visual completo.

– Realmente, ela fica maravilhosa na sua bunda! – Brincou, e eu dei tapas leves no seu braço.

Harry me segurou pela cintura, em busca de me fazer parar de lhe bater, mas isso fez com que tropeçássemos e caíssemos na cama. Rimos sem parar.

– Essa seria à hora perfeita para nos beijarmos, não é mesmo? – Harry murmurou, eu havia caído sobre ele e nossos rostos estavam bem próximos.

– Pois é. – Concordei. Ficamos nos encarando por alguns segundos ou quem sabe minutos, digamos que foi por algum tempo. Até que eu não agüentei mais e me desatei a rir. – Desculpa. – Murmurei saindo de cima dele, e caindo do seu lado na cama.

– O que foi? – Perguntou sério, e eu diria até mesmo que um pouco preocupado.

– Não dá... – Falei entre risadas. – Pra te beijar! – Forcei a mim mesma parar de gargalhar tanto, e me acalmar. – Toda vez que eu te olho eu te imagino com essa cueca de bolinha vermelha, e Deuses, é a coisa mais engraçada do mundo. – Voltei a rir desesperadamente.

– Você ta me zoando né? – Murmurou bravo. – Deus, você ta me zoando por causa dessa maldita cueca, da próxima vez você fica com a roupa molhada! – Murmurou fazendo um falso drama.

– Desculpa Harry, mas você só ta piorando ainda mais a situação! – Murmurei quase sem fôlego. – Começo a achar que você é gay! – Dito isso, ele pôs a mão no peito fingindo estar abismado com o que eu disse.

– Vou te mostrar quem é gay aqui! – Gritou alto, e começou a fazer cócegas em mim.

– A não... Harry... Isso é... Golpe baixo! – Eu ria e ria, e estava quase morrendo para falar.

– Então me responde quem é gay aqui! – Brincou.

– O Nico! O Nico é gay, você não! – Gritei e assim as cócegas cessaram.

Voltamos a nos deitar na cama, e seu eu não fizesse alguma coisa, logo pegaria no sono.

– Ok, eu retiro o que eu disse... – Falei e ele ficou sem entender. – Você é gay, sim!

– Vou te mostrar quem é gay aqui! – Harry disse vindo para cima de mim, e me puxando com certa violência.

Nossos lábios se encontraram, eu sabia que havia prometido a ele e a mim mesma que isso não voltaria a se repetir, mas o beijo dele era tão intenso, bom e eu senti tanta falta daquilo. Parece que a cada momento que nossas bocas ficam longe uma da outra, os beijos de Harry só tendem a melhorar.

Fomos brutalmente interrompidos com algumas batidas violentas na porta.

– Que foi agora? – Harry gritou, sem desgrudar de mim.

– Serviço de quarto! – Uma voz feminina e conhecida por mim, disse do outro lado da porta.

– Não me lembro de ter pedido serviço de quarto, você pediu? – Perguntou confuso, e eu neguei com a cabeça. – Então...

– Pode ter sido o Nico... – Falei mordendo meu lábio inferior.

– É... – Ele se levantou da cama, e foi em direção a porta.

Assim que a porta se abriu, eu reconheci a faxineira como sendo a Fernanda.

– Fer? O que faz aqui? – Perguntei, e olhei para Harry que estava igualmente confuso.

De repente os olhos da minha “Tia” ficaram completamente verdes e brilhantes.

– Tia? Fernanda, você ta começando a me assustar! – Murmurei, sentindo os braços do filho de Apolo ao meu redor.

– Eu não sou essa que você diz eu ser. – E era como se milhares de vozes falassem a mesma coisa... Era como se ela estivesse... Possuída. – Meu nome, minha querida Ana... – As vozes cuspiram meu nome como sendo a coisa mais repugnante. – É Alice! E se você não me der o que eu quero... – Ela caminhou até mim com um punhal em mãos, mas Harry interveio entrando na minha frente. – Terei que acabar com os que você ama. – E assim, a cabeça dele se soltou do corpo.

Um grito estridente e doloroso inundou o quarto, e logo reconheci sendo o meu grito. Cai de joelhos ao lado do corpo decepado, chorando e chorando.

Não, não, não... Eu não queria acreditar que o Harry estava morto...


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Notas finais do capítulo

Não me matem! Por favor! Comentem a sua raiva, é menos doloroso.