Três Loucas E Um Acampamento escrita por BadDream


Capítulo 27
Se tem uma coisa que é verdade, é que eu perco a cabeça quando você fala...


Notas iniciais do capítulo

O Nyah voltou, pessoal, olha que emocionante! E com isso, eu volto a postar! Palmas! Obrigado, agora vamos curtir mais um capitulo?



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(PV. Nico)

Finalmente estávamos embarcando, na última chamada, como era de se esperar. Eu tinha brigado novamente com a Ana, e pode apostar que foi um pouco difícil de separar a gente... Quero dizer... Não no mal sentido, entende? Afinal estamos falando de brigar e não de... Céus Nico Di Ângelo, como você é patético!

Bom, vamos voltar a narrar... Agora eu estou na minha cabine, e adivinhe, eu irei dividir com o Harry! Será que eu consigo matar ele enquanto ele dorme? Será que ele teve a mesma idéia que eu? Merda.

– Bem, eu não queria estar aqui, e muito menos você... Então pelo bem da missão, não tente me matar enquanto eu durmo. – Harry entrava no cômodo com sua mala.

– Faço suas as minhas palavras! – Falei me jogando na cama.

A cabine era pequena, muito pequena, diga-se de passagem, havia duas camas de casal que ocupavam praticamente todo o espaço, um criado-mudo que as separava, uma janela e uma porta que dava para o banheiro.

– O que vai acontecer depois que essa missão acabar? – Falei olhando para o teto, mas pude perceber os olhos do meu colega de quarto sobre mim.

– O que quer dizer?

– A qual é?! Você me entendeu, estou falando da Ana! O que vai acontecer quando ela escolher um de nós... – As palavras saltavam da minha boca, me sentei na cama.

– Vamos ser homens e aceitar a decisão dela. Se ela te escolher, eu... – Ele excitou por alguns segundos. – Eu vou tentar seguir minha vida, claro que não vou fugir de vocês, quero estar presente a cada instante da vida dela, quero ser ao menos o padrinho dos seus filhos. – Rimos da última parte, e Harry voltou a mexer na mala.

– Eu não tinha pensado nisso sabe?! Para mim, se ela escolhe-se você, seria o fim, eu ficaria trancafiado no submundo esperando ser a minha vez de definhar. – Voltei a encarar o teto.

– Nico e seu positivismo. – Harry brincou. – Eu não a conheço como você...

– Como assim? A cada minuto que eu olho vocês estão de conversinha e risadinhas... – Murmurei.

– Você, com certeza, não é nem um pouco ciumento. – O filho de Apolo comentou. – Nico, nós conversamos muito, muito mesmo! Mas é tão natural, sabe? É como se fossemos amigos há anos! E eu a amo. – Seus olhos brilharam e... Desde quando eu reparo nos olhos do Harry, hein? Credo. – Mas eu e a Ana só nos beijamos uma... Duas vezes no máximo! – Soltou e depois tentou concertar o erro.

– É por isso que a minha cabeça anda doendo ultimamente, eu tenho uma galhada grande... – Cocei a testa vendo o Harry rir.

[...]

(PV. Harry)

– É por isso que a minha cabeça anda doendo ultimamente, eu tenho uma galhada grande... – Nico disse coçando a testa. Ri com aquilo. – Eu vou dar uma passeada pelo trem, qualquer coisa, grita. – E assim eu fiquei sozinho no cômodo.

Então decidi tomar um banho, afinal eu estava tão fedido quanto um porco.

[...]

(PV. Ana)

Merda. Merda. Merda. Cadê a porcaria do meu anel?!

– Meu Deus o que aconteceu aqui? – Renata falou saindo do banheiro de toalha.

Eu estava dividindo a cabine com a Re, e a Milly dividia com a Danielle... Coitada.

Voltando a realidade, eu havia perdido o meu anel, como? Sei lá, eu tenho esse incrível dom de perder coisas, até quando elas são magicamente programadas para voltarem para o meu dedo. O quarto tinha virado alvo de roupas espalhadas, penduradas e jogadas.

– Eu o perdi, Reh! – Falei aflita.

– O que criatura? – Perguntou tentando achar alguma coisa para vestir.

– Meu anel! Eu perdi o meu anel! – Gritei chacoalhando-a pelos ombros.

– Ok, calma! – Seus olhos estavam arregalados e percebi que ela queria rir da minha desgraça. – Já procurou na sua mala?

– Renata, querida, essa pequena demonstração de calcinhas no ventilador não responde você? – Minha voz saiu calma, mas eu queria enforcá-la.

– Nossa, não precisa ser grossa! – Eu juro que eu vou enforcar ela. – Bingo! – Gritou do nada, me dando um susto. – O Harry não trouxe suas coisas? Então, vai ver seu anel está com ele. – Disse simplesmente.

(Coloque para tocar: Love Don't Die - The Fray)

– Ai meus deuses, você é um gênio Reh! – Dei um beijo na bochecha dela e sai correndo.

– Eu sei que eu sou um gênio e que você me ama, mas não precisava babar em mim! – Ouvir Renata gritar antes de eu sair correndo do quarto.

Correr é o meu dilema. Eu estava procurando a cabine do Harry, que para a minha sorte ficava no mesmo vagão que o meu.

Foi fácil de achar, então eu bati, e não houve resposta, então resolvi tentar abrir a porta, e ali estava o universo agindo ao meu favor mais uma vez! E o Nico não estava ali, obrigada universo!

Mas não tinha ninguém no quarto, o que era estranho... Logo a minha atenção foi tomada pela mala em cima de uma das camas. Comecei a remexer nela, e não havia nada ali, além de roupas, cuecas e... Camisinhas? Foco Ana, depois você tira isso a limpo.

Eu estava com tanto calor, que tirei a minha jaqueta e taquei em cima da cama do Harry, e voltei para a minha busca. De baixo da cama... Não. No criado-mudo? Não... Banheiro!

A porta do banheiro estava encostada, então eu entrei, e encostei a porta de novo, vai que um dos dois entrava ali?!

– Nico, é você? – A voz de Harry vindo do chuveiro me assustou, e eu quase, quase dei um grito.

Eu não sabia o que fazer e... O anel! O maldito estava em cima da pia! Eu só tinha que pegar ele, sair daqui e deixar que o Harry achasse que era o Nico, simples! Mas é claro, que não! Eu tenho que ser uma puta que o universo adora sacanear.

Ouvi a porta do quarto bater.

– Harry? – Ouvi a voz no Nico.

Fudeu. Eu tenho que parar de falar palavrão.

– Nico? – Harry gritou.

Eu tinha que fazer alguma coisa, se não o Harry vai me ver aqui e gritar, ou o Nico vai me ver aqui e achar que eu trepei com o Harry... E que palavra feia... Trepar...

– Oi? – A voz do Nico gritando do quarto me acordou, percebi que a maçaneta do bainheiro se mexeu. Então corri para dentro do chuveiro com o Harry, fechando a cortina e tampando a boca dele.

Encaramo-nos de olhos arregalados, a água do chuveiro caia, molhando-me, e o Harry estava nu... E o Harry estava pelado!

– Falou alguma coisa? – Nico perguntou entrando no banheiro.

Fiz o sinal de silêncio colocando o dedo sobre os meus lábios, Harry concordou, pegando no meu pulso e tirando a minha mão da sua boca, nossos olhos continuavam grudados.

– Nada não, será que eu posso ter um pouco de privacidade no meu banho? – Respondeu com outra pergunta.

Quando o filho de Hades ia sair, algo o impediu.

– Porque a jaqueta da Ana está na sua cama? – Perguntou desconfiado. Eu fechei meus olhos esperando a merda acontecer, mas...

– É que quando eu trouxe a bagagem dela, junto com a minha, a jaqueta acabou ficando comigo, e eu só percebi isso quando eu mexi na mala. – Harry respondeu com naturalidade.

Antes de sair, Nico murmurou alguma coisa, só que eu não fui capaz de decifrar o que era, já que eu estava tão compenetrada em olhar para os olhos e a boca de Harry,tentando não olhar para o seu amiginho ali em baixo... Eu tinha que manter meus olhos nos olhos dele, eu não podia olhar para baixo e... Uau.

Mordi meu lábio inferior, Apolo do céu, esse menino é super dotado!

Voltei a olhar para o rosto dele, e, seu sorriso malicioso e seus olhos cheios de segunda intenção, me diziam que aquilo só podia dar em merda. Ok, preciso melhorar meu vocabulário.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram? Deixem reviews com a opiniões de vocês! ;)