Três Loucas E Um Acampamento escrita por BadDream


Capítulo 26
Ah o amor! Feliz aniversário Renata!


Notas iniciais do capítulo

Pessoal esse cap. é dedicado a nossa beija-flor Reeh (sim ela é real). FELIZ ANIVERSÁRIO NEGA!



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(PV. RENATA)

Um banque e eu fui jogada para o chão daquele ônibus nojento. Minha cabeça latejava e minhas costas ardiam, deveras também, elefante dormiu em cima de mim.

Voltei a ficar de pé, todos estavam murmurando embriagados de sono.

– Última parada, Ridewood! – Gritou o cretino do motorista, fazendo minha cabeça doer ainda mais.

– Maldito. – Ouvi Milly murmurar, e eca, uma baba seca estava no seu queixo.

– Milly, tem um negocio aqui em você... – Ana disse tocando. – Eca! É baba! – Começou a chacoalhar a mão desesperadamente.

– Isso ai é mal de filho de Poseidon. – Falou uma voz fina, que logo reconheci ser a de Seth, que era esmagado pelo troglodita do Harry.

– Hey! Vai matar o meu namorado, ele é magro e pequeno, mas da pro gasto ok? – Disse tirando-o debaixo do filho de Apolo.

Saímos do ônibus, e deuses, minhas pernas nunca doeram tanto.

– Eu não sinto minhas pernas! – Ana choramingou.

– Bate nelas. – Sugeriu Jake.

A menina obedeceu, e começou a soca a própria perna.

– Não ta adiantando... – Murmurou e Jake riu.

– Eu não quero mais viver nesse planeta! – Foi a minha vez de choramingar. – Zeus, Atena, qualquer um! Ajude a colocar um pouco de juízo na cabeça dessa criança! É claro que não vai adiantar o imbecil! Só vai piorar! – Observei o obvio.

– Calma, deixa eu te ajudar. – Disse Nico, quando saiu do ônibus.

Pegou cuidadosamente a panturrilha dela e, não me entenda mal, começou a fazer movimento pra cima e para baixo.

– Esta melhorando, hum? – Perguntou e ela acenou. – Muitas vezes o formigamento é a má circulação do sangue, e como você ficou sentada de mau jeito por muito tempo... Por isso é bom se alongar quando isso acontecer. – Explicou dando seu melhor sorriso, e nossa senhora, que sorriso lindo! Juro que se ele não fosse da Aninha, eu pegava, super pegava!

Harry saiu do ônibus com algumas malas, incluindo a da Ana. Quando viu o casal furacão fazendo alongamento, seu sorriso murchou e ele saiu andando cabisbaixo, até eu senti pena dele!

Meu macho veio logo depois carregando minhas pequenas malas...

– Pra que tudo isso, baby? 6 malas? – Reclamou. Eu disse que eram pequenas, não que eram poucas, ok? Não me julgue.

– Você sempre quer me ver toda gostosa e bonita, mas eu não ficou assim no estalar de dedos, querido. – Falei dando um beijo na sua bochecha, logo depois sai rebolando.

– Você tem muita sorte, já que eu te amo muito a ponto de suportar suas travessuras! – O ouvi dizer.

Decidi ir ver o Harold, tentar consolá-lo, quem sabe?

– Oi cara de boi! – Gritei quando o vi sentado em um dos bancos da estação de trem.

– O que quer Renata? Veio aqui me dizer que eu não sirvo para a Ana, e que é melhor não atrapalhar o “casal fofura”? – Disse amargurado, fazendo aspas com os dedos.

– Não, não... Tudo bem que eu prefiro que minha amiga fique com o Nico... – Vi ele revirar os olhos. – Mas, você realmente acha que eu sou uma bruxa para chegar a esse ponto? – Levantei a sobrancelha.

– Sei lá, é bem obvio que você me odeia, ok? – Colocou a cabeça entre as mãos. – Eu sei que no final ela vai escolher ele, sabe? – Virou a cabeça para me olhar. – Mas quando estamos juntos... É como se eu fosse uma criança nos braços de minha mãe, é uma sensação incrível... A sensação de fazer alguém feliz... – Seus olhos brilharam, e eu sorri verdadeiramente. – Engraçado, é que eu consigo me iludir com meus próprios pensamentos. – Voltou abaixar a cabeça.

– Vai tudo dar certo, ok? – As palavras saltaram da minha boca. – Sabe, eu não te odeio, eu apenas quero o que minha amiga seja feliz, que tenha alguém que a faça bem sabe? Afinal ela e a Milly são a minha familia! – Dei de ombros. – E você consegue fazer Ana feliz, nunca a vi tão feliz igual à hoje de manhã... Só quero de pedir uma coisa Harry, não desista dela ok? Ela é impulsiva, indecisa, e esquentada, mas ela é como um cachorrinho se você der comida e amor, ela será leal a você para o resto de sua vida! – Falei e ele deu risada da minha comparação ridícula.

– Ela está mais para um cisne, uma perola branca elegante, que desliza sobre as águas como se nada pudesse interferir em seu caminho. – Disse pensativo.

– Cisne? Branco? What? – Surtei. – Para começar sunshine, a Ana é morena, nega! E depois ela é atrapalhada demais para ser um cisne, ‘ta mais para um patinho feio... – Eu falava, bolando um discurso incrível em minha cabeça.

– Como um cisne negro. – Murmurou me interrompendo, e um sorriso saltou de seus lábios ao ver a “Ana nega” passar. – Hey. – Ele correu em direção a ela, que virou a cabeça em direção a ele.

– Que cena mais bonita. – A voz de Seth no meu ouvido me fez saltar, ele riu e se sentou ao meu lado.

– Seu filho de Hades! – Dei um tapa em seu braço, e nós rimos. – Você bem que poderia ser assim, né? – Deitei minha cabeça no seu ombro.

– Hum. – Ele saiu correndo, quase me fazendo cair.

– Seth, volta aqui! Seth! – Gritei. – Ai meus deuses eu espantei o menino! Minha santa da goiabada, se me devolver o Seth pra mim, eu pinto o cabelo de branco e... – Enquanto eu fazia minhas prezes, o barulho do alto falante.

Seth estava segurando o microfone e uma rosa na outra mão, a funcionária da estação gritava para ele largar o objeto.

– Renata, você me pediu uma declaração de amor, ao nível do senhor gostosão ali. – Apontou para o Harry que começou a rir. Tentei me esconder dele, estava sentindo tanta vergonha. – Reh, meu amor, não adianta se esconder agora! Você me pediu, e aqui estou. – Seth falava, até pegar a rosa e olha para ela. – Renata, você é como essa rosa, tão bela e intacta, em seu esplendor. – Ele furou um dos dedos em um espinho. – Ai, e perigosa também. – As pessoas que assistiam a seu pequeno show riram. – Mas se fosse para ter você comigo, eu não me importaria com os espinhos. Porque eu te amo.

Eu não agüentei e sai correndo em direção do Seth, que correu até mim. Tentei dizer alguma coisa, mas as palavras não saiam, então simplesmente o abracei o mais forte que podia, tentando passar o que eu estava sentindo.

– Eu também... – Tentei falar, mas ele me impediu colocando o dedo em minha boca.

E sem delongas nos beijamos, foi tão bom, voraz, mas ao mesmo tempo delicado e doce... Era perfeito!

– Eu te amo. – Falei ao final do nosso beijo e Seth encheu meu rosto de beijos.

E ouvimos aplausos e assovios.


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Notas finais do capítulo

Reviews? Vamos lá me ajudem a escrever, preciso de inspiração!