Três Loucas E Um Acampamento escrita por BadDream


Capítulo 20
All the things she does...


Notas iniciais do capítulo

Desculpa gente! Minha vida ta igual aos meus fones de ouvido, um rolo!



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"It does seem that love is a game"

– Ana eu preciso que encontre o diário! – Um lampejo cruzou o olhar dele, e por um momento imaginei que Apolo estava aflito.

– Apolo o que há de tão importante nesse diário? E porque você quer tanto que eu o encontre? – A ansiedade tomou conta de mim.

– Eu... Eu apenas... Preciso dele! É importante! E tem que ser você, pois só você sabe a onde está e... – Ele despejava tudo tão rápido que fui forçada a interrompê-lo.

– Não! Só porque esse bendito diário já pertenceu a uma garota muito parecida comigo, não significa que seja meu! E nem eu não sei a onde ele esta!

Apolo começou a andar de um lado para o outro, bagunçando a cabeleira loira, ele estava tão angustiado, e isso me voltava à pergunta principal, “O que esse diário tinha de tão especial?”.

– Olha, eu sei que você pode não ser minha Alice... – Ele frisou o pronome possessivo. – Mas eu tenho... Eu preciso tentar achar aquele diário! Não por mim... Mas por nós, entende? – Apolo me olhou suplicante, mas já sabia de minha resposta. – Não, claro que não, você é apenas uma adolescente, não deve entender o que eu sinto...

Por um momento tive pena de Apolo, como podia um homem (no caso Deus) amar uma mulher tanto assim? Mesmo ela já estando morta...

– Quer saber? Eu vou encontrar esse diário! – Vi os olhos dele, brilharem. – Mas não por você... Nem por Alice, e sim por mim, pois quero saber mais que tudo o que há de tão importante naquele diário.

– Certo! – Respondeu com um sorriso sincero, nos lábios. E sem ao menos avisar, me abraçou e rodopiou no ar. – Eu não sei como te agradecer!

– Pode começar me colocando no chão. – Pedi e ele logo obedeceu.

– Desculpe, é que eu estou tão feliz, mas tenho que ir embora, antes que Zeus venha atrás de mim! – Apolo já estava me abraçando mais uma vez, só que mais forte e mais esmagador. – Sabia que você é a garota mais incrível desse mundo? – Disse beijando minha testa.

–Pena que só você acha isso. – Murmurei, mas Apolo já havia sumido numa nuvem de fumaça dourada.

(PV. Nico)

Estava cansado, havia rodado o acampamento inteiro atrás da Aninha e nada de achar ela.

Depois do drama que ela fez, eu e Harry resolvemos ir atrás dela, mas até agora, nenhum de nós dois teve sucesso.

– Que tal nos separarmos? Você vai ver na arena e eu vou à casa grande. – Harry disse sem animo e eu concordei.

Corri até a arena, e por sorte lá estava ela, porque tem que ser sempre no último lugar que a gente procura? E para minha infelicidade Ana estava abraçada com aquele Deus do Sol nojento.

Decidi me aproximar um pouco dos dois, para ver o que eles estavam conversando.

– Sabia que você é uma garota incrível, Aninha? – Apolo falou dando um beijo na cabeça dela fazendo a sorrir. Merda, aquele era o sorriso mais lindo que eu já vi, e porque ela ta sorrindo assim pra aquele filho da mãe?

Assim que Apolo sumiu numa nuvem dourada, decidir entrar na arena, Fiore, que estava de costas, não percebeu minha chegada.

– Apolo eu... – Ela disse se virando. – Ah é você. – Falou se referindo a mim como o ser mais repugnante do universo.

– Oi pra você também, Fiore. – Falei sarcasticamente a ignorando.

– Se não se importa, eu tenho coisa melhor pra... – Ana já estava juntando suas coisas, quando eu a interrompi.

– Na verdade eu me importo, sim. – Respondi fazendo-a me olhar com cara de poucos amigos.

– Eu esqueci. Que não me importo com a sua opinião. – Ela colocou a mochila nas costas, deu de costas pra mim e saiu andando.

Oh Zeus dei-me paciência, aposto que ela ta de TPM, não é possível. Eu corro atrás dela, venho pedir perdão, ela me dá patada, até ai vai, mas me deixar falando sozinho? Tinha que ser filha da Perséfone mesmo! Chata igualzinha a ela, bem que meu pai me avisou, mas não... Afrodite tinha que fazer isso comigo! TE ODEIO AFRODITE!

De repente as poucas pessoas que estavam ali na Arena estavam me encarando, foi ai que percebi que estava pensando alto demais, e que Aninha já não estava mais ali. Droga.

Sai correndo de lá, tinha que encontrá-la, tinha que arrumar a bosta que eu e Harry fizemos. Encontrei-a indo para o nosso chalé.

– Ana Bárbara. – Falei puxando a mão dela, que já estava prestes a abrir a porta do chalé.

– O que foi Nico? Quer parar de me seguir? – Fiore tentou soltar seu pulso, o que me fez apertar mais forte.

– Na verdade eu moro aqui também, sabia?

– Se esse é o problema então eu me mudo do seu chalé! Eu moro no chalé de Hermes, na casa grande... sei lá. E será que dá pra me largar? Está me machucando! – Gritou, me fazendo soltar seu pulso.

– Qual é o seu problema? Eu juro que não te entendo! – Falei olhando em seus olhos que estavam em um tom incrível de roxo, e que se fosse em outra ocasiões, eu a diria que ela tinha os olhos mais lindos que eu já virá.

– Me diz Nico, o que você não entende?

– Uma hora você diz que me ama, na outra agarra o Harry, depois vem me dizer que aquilo não foi nada e que me ama, ai vem dar lição de moral em mim e no Harry, pra depois eu te ver nos braços do Apolo? – Gritei com raiva, e dei um soco na parede do meu próprio chalé, dando um buraco a ele, fazendo Ana soltar um grito de horror.

– Nico eu não... – Vi lágrimas rolarem por sua bochecha, mas não me abalei, não dessa vez.

– Eu cansei sabe? É sempre assim! Sempre que tenho você pra mim, logo você corre pros braços de outro! Porque Ana? – Me escorei de costas para a parede, com a cabeça erguida e olhos fechados.

– Nico... – Senti suas pequenas e macias mãos tocarem meu rosto, me forçando a abaixar a cabeça e abrir os olhos. – Minha vida é complicada... Eu sou complicada! Eu não consigo tomar decisões... Sim, sou bipolar! – Vi algumas lágrimas descerem por sua bochecha, e logo me peguei limpando suas lágrimas. – E quanto a Apolo... ele apenas me pediu para acelerar o processo de encontrar o diário, e ficou feliz quando eu falei que iria tentar... Me perdoa se te magoei Nico... Eu... Sou tão egoísta... Que... Que acabo me esquecendo que você e Harry também tem sentimentos!

Ana voltou a chorar novamente, e por instinto a abracei.

– Hey! Tudo bem! Tudo vai ficar bem! – Falei, passando a mão em seus cabelos negros, esperando que isso a acalmasse.

– Não! Não ta tudo bem! Você merece alguém melhor, Nico! – Aquilo me matou por dentro, como assim? Quer dizer que ela prefere o... – Na verdade, Harry e você merecem alguém melhor! – Ana se soltou dos meus braços, secou suas lágrimas, numa tentativa falha de se recompor.

– Não Aninha! Eu... Eu... – Tentei falar, mas ela me interrompeu, colocando o dedo em meus lábios.

– Nico eu sou uma pessoa revoltante, rebelde, masoquista, chata, irritante, indecisa, medrosa, louca, maluca e ridícula! Como podem gostar de mim? – Seus olhos brilhavam, por ter acabado de chorar e ela mordia o lábio inferior, parecia tão inocente naquele momento, e tão linda.

– Por isso nós gostamos de você. – Coloquei uma mecha do seu cabelo atrás se sua orelha. – Mesmo sendo louca e às vezes estranha, faz você única, seu jeito inocente e ao mesmo tempo tão... Sexy... – Ela mordeu os lábios novamente, me fazendo rir. – Você é maravilhosa, uma garota incrível.

– Nico... – Ana sussurrou e por fim, selou nossos lábios.

Ficamos ali, sem nos beijar, apenas com os lábios grudados, curtindo a sensação de estar um com o outro.

De repente ouvimos o som de alguém coçando a garganta, e engolindo a seco, nos fazendo separar rapidamente.

– Desculpe estragar mais um momento tão lindo de vocês. – Tinha que ser a Renata! Sempre aparecendo em horas inapropriadas. Ela nos olhava com um sorriso malicioso nos lábios. – Mas se eu não interrompesse eram capazes de acabarem indo pra cama e...

– Renata. – Ana falou em reprovação.

– O que? É mentira? Eu acho que não. – Renata se defendeu. – Pois bem, culpem o Quíron que me mandou vir chamar vocês!

– Por quê? – Perguntei, não era muito comum o velho Quíron mandar chamar os campistas no meio da tarde, só se for em uma questão de urgência.

– Uma reunião com os campistas chefes! Parece que surgiu uma nova missão. – Ela me respondeu como se fosse uma coisa irrelevante. E ela estava muito enganada.


"And I like the way we play"


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