– Uhu! – Comemorei, após a dancinha da felicidade, eu e as meninas fomos carregadas pelo acampamento inteiro. – Obrigada! – Agradeci, ao Nico, Percy e ao Tyler, um filho de Dionísio, me colocaram no chão.

– Parabéns Fiore. – Harry disse contra gosto, assim que os meninos se afastaram.

– Ah nem precisava Harry, foi um prazer ganhar de você! – Debochei.

– Se eu fosse você, eu não abusava da sorte. – Ele revidou com raiva.

– Sorte? Olha você não sou eu! E se você fosse esperto, sairia daqui, se esqueceu que eu ainda tenho uma espada? – Rosnei mostrando meu anel na cara dele.

– Você não seria capaz! – Harry duvidou, chegando mais perto de mim.

– Vamos parar! – Nico falou entrando no meio de nós dois. – Já chega de briga por hoje, não acham? – Falou encarando Harry.

Eles ficaram se encarando, e então Harry saiu esbravejando, mas antes de ir me mandou seu olhar assassino. (Uii, irritei o solzinho da Ri Happy Jr.)

– Esse garoto é uma pedra no meu caminho. – Reclamei.

– Hey calma! – Nico falou se virando para mim. – Eu não deixaria ele fazer nada com você, ok? – Ele falou me abraçando.

– Eu sei, eu sei! Mas ele me tira do sério. – Falei abraçando Nico com força.

– Harry é assim mesmo, mas vamos esquecer ele! – Nico falou se separando de mim. – Vai rolar uma festa no chalé de Dionísio pra comemorar a nossa vitória, o que acha? – Ele disse me olhando.

Fiz uma careta, Nico riu e me puxou para a tal festa.

[...]

O chalé do meu avô estava mais para uma casa noturna, avia um bar no canto, com direito a barmen, na onde, provavelmente, ficavam as camas, agora era uma pista de dança, com luzes, globo de espelhos e pessoas que já se acabavam de dançar, o DJ estava numa espécie de palco improvisado.

– Ana! – Gritou um ser, chamado Renata, em cima do palco.

Logo percebi que ela, Milly e Fernanda, minha “tia”, estavam lá.

– Vem cá sobrinha linda! – Fernanda falou assim que cheguei perto, ela apertou as minhas bochechas.

– Hey! – Gritei tirando as mãos dela de mim.

– O que? To tentando recompensar esses anos que nunca vi você! Você ganhou à caça a bandeira! – Ela me abraçou. –Viu a divonisse ta no sangue! – Fernanda fez o símbolo “paz e amor” com os dedos e um bico de pato.

– Só que não né? – Milly disse fazendo uma careta.

– Pois é! Fernanda desgruda! Ela é minha! E eu só compartilho ela com o Nico, porque se não... – Renata falou me puxando pra perto dela.

– Ok, eu vou roubar a amiga de vocês! – Nico falou me tirando dali.

– Como eu posso te agradecer? – Perguntei quando chegamos perto do bar, onde não tinha muita gente.

– Me de um beijo. – Ele comentou sorrindo.

– Vou pensar no seu caso. – Brinquei.

– Pense com carinho. – Nico olhou nos meus olhos, já chegando perto e colocando as mãos na minha cintura.

– Vou pensar. – Passei as minhas mãos no seu cabelo, e nos beijamos.

Foi um beijo urgente, como se não nos vicemos há anos. Nos separamos por falta de ar.

– Vou pegar algo para beber, você quer? – Ofereceu.

– Não, brigada. – Agradece, ele murmurou um “ok” e saiu.

Fiquei ali sozinha, pensando em tudo que aconteceu em 2 dias.

– Gostaria de uma flor de lótus? – Uma voz suave e feminina, perguntou me estendendo uma bandeja.

– Ok! – Peguei o que parecia ser uma flor, sem olhar quem era.

Análise aquele negócio, bem, pior que ta não fica né? Dei uma mordida e tudo mudou.

[...]

Abri os olhos, mas a claridade era tanta que fechei novamente, e só depois de muito piscar consegui abri-los novamente.

Sentei-me na cama, me arrependendo logo depois.

– Olha, a bela adormecida acordou. – Ouvi uma voz familiar, rouca, sexy e masculina.

Tentei focar a minha visão, e então vi aqueles olhos azuis.

– Harry? A onde eu to? – Perguntei sentindo uma enxaqueca terrível.

Olhei ao redor, era um quarto inteiramente branco, com varias macas, doze para ser exata, seis de cada lado. Lembro dele me mostrando aquele lugar.

– Sim Ana, sou eu e bem vinda à enfermaria. – Harry disse sarcasticamente. – Tome isso aqui. – Ele me entregou um copo com néctar, que pra mim tinha gosto de chocolate.

– O que aconteceu ontem? – Perguntei, me sentindo bem melhor.

– Eu esperava que você me dissesse. – Falou pegando o copo da minha mão.

– Eu não me lembro de nada. – Choraminguei.

– Sério? Nem do strip-tease que você fez para mim? – Harry falou calmamente. – Qual é amor, vai me dizer que não se lembra da nossa trepada violenta! – Arregalei ainda mais os olhos, e ele começou a gargalhar.

– Seu sádico! – Rosnei.

– Ok, a parte da trepada violenta é mentira, mas o resto... – Deu de ombros.

– Ta me dizendo que eu fiz um strip-tease pra você? – Perguntei chocada.

– Não só pra mim, mas pro acampamento inteiro. – Comentou me olhando com aqueles olhos azuis. – Você começou, mas parou na metade porque nem conseguia mais ficar em pé, então eu te peguei no colo e te trouxe pra cá, mas como você estava muito grogue eu tive que te dar um banho gelado, acabou que eu molhei as suas roupas. – Harry olhou para o meu corpo.

Só ai eu percebi que não estava mais com as roupas de ontem, agora eu usava uma blusa de botões xadrez, que era o dobro do meu tamanho.

– Eu te dei a minha blusa, pra você não ficar mais doente. – Ele falou.

E então eu vi que ele estava sem camisa, um lindo, gosto, com tanquinho e músculos, filho de Apolo.

– E você me viu nua? – Perguntei tentando tirar os olhos do seu tórax definido.

– Vi. – Harry respondeu com a voz sedutora, me fazendo arrepiar inteira. – Mas juro que não fiz nada.

Olhei para os olhos dele, Harry estava com uma cara de inocente.

– Não faz isso. – Ele pediu fechando os olhos.

– O que?

– Não morda seu lábio. – Só então eu percebi que estava mordendo o lábio inferior. – Você não sabe o quanto isso me provoca.

– Eu te provoco Harry. – Perguntei fingindo inocência.

– Sim. – Harry abriu os olhos, havia desejo no seu olhar. Ele colocou uma mexa do meu cabelo atrás da orelha. – Você ta quente. – Comentou tocando a minha testa.

– É o que você provoca em mim. – Fechei os olhos com o seu toque.