Not Insane escrita por AnneLice


Capítulo 13
Capítulo 13




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Jack 

Eu nunca havia acreditado que eu algum dia perderia o controle da minha própria mente. Eu sempre fui forte, nunca tinha sentido o que os vampiros sentiam, a necessidade de sangue que o cheiro causava. Nunca até agora... Eu havia matado elas, não consegui resistir. Todas elas. Sete garotas inocentes, puras e... deliciosas. Nunca o sangue tivera um sabor tão doce. Nunca eu fiquei tão controlado e perdido.

Tomado por instinto. Puro instinto. Minha essência de monstro. Não tinha como negar, eu não passava de um monstro irracional. E Alice... eu quis matá-la. Eu quis seu sangue tão desesperadamente. Era o mais puro dos cheiros. Cheirava tão bem, eu não conseguiria resistir. Mas ai eu recobrei minha mente. Eu amava aquela mulher, essa era a questão mais importante. Mantê-la viva, afastada dos perigos. E no caso o perigo era eu.

Eu estava assustado. A olhei nos olhos e disse

:-Me desculpe...

Ela estava tremendo, e eu via dor em seus olhos. Acusação estava lá também. Eu me senti tão culpado por quem eu era. E nesse momento eu me dei conta. Agora Mary sabia. Agora não havia jeito. Estávamos perdidos. James iria nos enviar aos Volturi, e seríamos escravizados ou algo assim para atendermos as suas vontades. Construir um exército e tomar o controle do planeta. Afinal nós eramos os mais fortes, os mais inteligentes. Humanos não eram nada comparados aos vampiros.

Os mais fortes tomam o poder. Essa sempre foi a regra do jogo. Os mais fortes sobrevivem, e essa é a evolução. A lei da vida. Então por quê seria tão errado assim deixar isso acontecer, fazer parte disso? Afinal quais eram as opções? Morrer ou tomar o controle? Fazer parte do grupo de elite que comandaria o mundo... Era tentador. Mas então eu olhei para os corpos no chão. Se houvesse a revelação ao mundo, este seria o fim. Eu já fui humano um dia. Eu perdi minha alma no processo vampirístico, mas talvez ainda houvesse salvação. O mundo precisava continuar no escuro.

Seria errado, vampiros não deveriam nem existir. E eu precisava manter Mary longe disso. Ela não pertencia a esse mundo. Seria usada como uma arma, explorada. Eu não podia deixar isso acontecer. Ela era tão pequena e inocente. O amor prevalece, era essa a resposta. Alice. Eu estava disposto a morrer para salvá-la.

James estava na sala ainda, me olhando divertido. Ele era sádico, repulsivo, psicopata. Eu tinha de achar um jeito de burlar sua inteligência. James era puro instinto. Ele adorava a caçada. Ele adorava jogos, perseguições. Era isso que eu sabia sobre ele, e era isso que eu poderia usar contra ele.

-Está satisfeito? Você já conseguiu o que queria. Agora vamos lá, me mate. Eu estou bem aqui, na sua frente. Vamos! -eu estava instigando a fera. Eu esperava estar fazendo a coisa certa. 

-Jack, estou feliz em saber que está disposto a morrer. Mas qual seria o sentido em te matar? Ainda tenho um plano para você.

-Você não precisa de mim. Você quer Alice. Estamos aqui, a sua disposição. Sem trabalho nenhum. Mas qual o desafio para você, não é mesmo? É tudo muito simples. Sabe o que eu acho? Você deveria nos caçar. É isso o que você faz de melhor mesmo.

-Jack, não tente me instigar. Você sabe, eu preciso de vocês dois. Assim eu serei mais recompensado. E vocês já estão aqui como porcos prontos para o abate. Não é perfeito?

-Não é perfeito, de jeito nenhum! Olhe, você está nos torturando. Já entendi isso. Mas até quando? Estamos aqui. Vamos lá. Nos leve para Volterra. Vamos conhecer a realeza. Estamos dispostos a ir. Chega de ficar aqui. O que está te segurando? Você não quer nos entregar, e perder sua liberdade no processo? Ser um cachorrinho dos Volturi? Você poderia nos jogar no meio da floresta, seria sua última caçada comandada por você.

-Qual o truque? Você sabe que eu te acharia em menos de meia hora, mesmo se você estivesse do outro lado do mundo. Eu rastreio a todos. Ninguém escapa pois não há jeito de fugir de mim. Então qual o sentido? Por que eu deveria soltá-lo?

-O que seria da vida sem esperança? Eu espero poder me esconder de você, é óbvio. Nos deixe fugir, você nos encontraria de qualquer jeito mesmo. Eu reconheço isso. Mas este seria um ato de misericórdia, nos dar um meio de salvação. De que você tem medo, James?

Esta conversa estava cansativa. Eu estava usando todos meus recursos para fazer James nos dar uma brecha. Eu usaria essa escapatória para dar uma chance a Alice. Minha morte estava garantida, mas a dela... Não precisava e não iria acontecer. Era tão óbvio meu plano que James não conseguia enxergá-lo. A saída mais simples.

E enfim ele concordou.


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