Tonks abriu o envelope que lhe foi entregue e arregalou os olhos assustada, matando a mim e a Gina de curiosidade e preocupação, o que seria dessa vez?

SSHGSSHGSSHGSSHGSSHGSSHGSSHGSSHGSSHGSSHGSSHGSSHG

-O que foi? É algo grave?

Eu não aguentava de curiosidade, será que ela tinha alguma doença grave? Não podia ser, a menos que... Será?

-Eu... eu tô...

-Fala logo mulher.- Agora é a Gina que esta nervosa, daqui a pouco a ruiva vai dar um ataque e gritar em pleno hospital.

Após varias tentativas frustradas de falar, Tonks me entregou o papel, ela tremia muito e tinha os olhos arregalados. Eu passei os olhos rápidamente pelo pergaminho e tambem arregalei-os, mas a cara da Gina de que iria me matar se eu não falasse logo me impediu de ler mais cuidadosamente.

-A Tonks está grávida!

-O que?

-É. E de gemeos!

-AHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!- Eu não disse que a ruiva ia gritar no hospital?!- Parabéns, Tonks! Aí diz o sexo dos bebes?

Eu dei mais uma passada de olho.

-Não, mas também é muito cedo pra saber.

-Ai. Meu . Merlim.- A nova mamãe finalmente falou algo.- Eu tô gravida! De gemeos! Que legal!!!!!!!!

Depois dessa eu não aguentei, cai na gargalhada, que foi acompanhada pelas duas, com direito até a gritinho de comemoração.

-OK. Agora que sabemos o que eu tenho, nós vamos escolher o vestido da Mione.

-Nada disso! Nós vamos pra sede, você vai descansar e depois vamos arrumar um vestido pra mim.

Nós voltamos pela lareira. Esse tipo de transporte sempre me deixava meio tonta, mas assim que chegamos eu tive que socorrer a Tonks que deixou a comida toda voltar bem no tapete da biblioteca. Pra piorar, quando eu levantei meu olhar quem eu vejo?

Remo Lupin(que correu pra ver como estava a Tonks), Sirius Black(que segurou a Gina quando ela caiu da lareira), Severo Snape(que apenas levantou uma sonbrancelha, não sei se de sarcasmo ou de curiosidade, provavelmente sarcasmo) e Alvo Dumbledore(que simplesmente assistia a tudo com um discreto sorriso de divertimento).

-Acho melhor deixarmos os dois a sós para conversarem- disse Dumbledore quase expusando todo mundo dali.

Ao sair e a Gina demos um sorrisinho de boa sorte pra Tonks.

Todos foram pra cozinha, parecia que estavamos como pré adolescentes: garotas de um lado “garotos” de outro.

-Aonde estavamos antes delas nos enterromperem? -Começou meu pai. –Ah!Como pude me esquecer? POR QUE?

-Não use esse tom com o diretor, Black, ele sabe o que faz.

-Claro, você é o maior beneficiado, não é Snape.-Black

-Eu também não concordo, mas não vai conseguir mudar a cabeça desse velho senil.-Snape

-Escute-o, ele já tentou muito, meu caro.-Dumbledore

Não precisa ser gênio pra saber sobre o que eles estavam falando. Meu pai tem dupla personalidade? Ontem ele estava dizendo que me apoiava na minha decisão e agora esta criticando?

-Cadê aquele coisa toda de “vou te apoiar, deixa sua mãe e o Alex te darem uma bronca”?

Eu não pude ouvir a resposta dele, porque bem nessa hora ouvimos um grito de alegria vindo da biblioteca e logo depois Remo entrou na cozinha puxando a Tonks pela mão delicadamente.

-Vocês não vão acreditar! Eu vou ser pai!

Meu pai foi comprimentar o melhor amigo, seguido de Dumbledore.Eu proveitei pra sair de fininho e ir pro meu cantinho na biblioteca.Eu precisava pensar em como contar aos meus pais que iria me casar.

A única coisa que eles não queriam era que eu me casasse tão cedo como eles, queriam que eu curtisse a vida.

Eles não permitiriam o meu casamento facilmente muito menos se souberem que não é por amor.

Isso esta cada vez melhor, agora vou ter que mentir pra eles e me fingir de apaixonada.

-Com licença?

Eu levei o maior susto com a voz dele.

-Oi. Você me assustou, da próxima vez faça mas barulho ao entrar.

Ele se sentou do meu lado no chão. Acho que ele esta se sentindo culpado por tudo isso. Idiota, a escolha foi minha, lembra?

-Como foi o dia?- Ganhei só uma levantada de sombrancelha- Eu só não gosto de silencio de mais.

-Tá,podemos organizar as coisas pra esse casamento idiota.- Depois dessa eu tive que levantar a sombrancelha. Parece que ele tem o mesmo problema do meu pai:personalidade dupla.

-Ótimo, então podemos ver pra começar... o dia em que vamos na minha casa contar aos meus pais que vamos nos casar.

-Que tal amanhã?

-É uma boa ideia, os dois vão estar em casa na parte da manhã, já que é sábado. Só que...

Como eu falo isso pra ele? Não é simples contar que vamos ter que fingir ser um casal apaixonado enquanto estivermos lá.

-Só que o que?- Disse ele em uma tentativa de me fazer falar mais rápido. Vamos lá garota, você não foi pra grifinória atoa.

-Vamosterquefingirestarmosapaixonadosumpelooutro.-UFA!

-Não entendi uma palavra.

-Vamos.Ter.Que.Fingir.Estarmos.Apaixonados.Um.Pelo.Outro.

Acho que foram as palavras mais dificeis da minha vida.

-Tudo bem.-Ele só conseguiu falar depois de uma enoooooooorme pausa- Mas já ta tarde e é melhor eu ir embora, te pego amanhã as nove.Esteja pronta.

-Sim, senhor.

Ele entrou na lareira e eu subi pro meu quarto.

Eu me arrumei pra dormir e resolvi escrever um bilhete pro meu pai e colar na porta do quarto dele avisando aonde eu iria pela manhã.

Estava tão cansada que logo que me deitei eu consegui dormir.

Tive um sonho bem estranho, lembro que era algo relacionado a poções, uma mulher, acho que era eu, um homem que me lembra de alguem e um bebe muito fofo, parecia ser o filhinho do casal.Acho que o casal estava brincando com o bebe em um laboratório de poções e todos três pareciam muito felizes.

Acordei me sentindo muito bem, até me lembrar que hoje eu iria contar sobre meu casamento pros meus pais.

Olhei o relógio e eram oito e meia da manhã, corri pra me arrumar, meu banheiro ficou mais bagunçado que o normal e eu joguei um monte de roupas na cama até achar a que eu queria,mas não dava tempo de arrumar nada,desci correndo as escadas, quase caindo e fui arrumar meu café da manhã.

Eu não gostava muito de pedir nada ao Monstro,a menos que fosse realmente preciso, por isso  eu mesma preparava o café da manhã.

Dessa vez só deu pra pegar uns biscoitos, olhei no relógio, cinco pras nove. Corri escada acima e escovei meus dentes, corri escada abaixo bem a tempo de ouvir a porta da frente da casa se fechar.

Me recompus e fui ao encontro dele.

-Bom dia.- comprimentei.

-Vamos?

-Claro. Não há como evitar.

Nós fomos até a porta da frente.Ele lançou um feitiço ilusório sobre nós e aparatamos em um beco a duas quadras da minha casa.Como ele sabia onde aparantar era um segredo.

Andamos em silencio até a casa,mas antes de passarmos do portão eu achei melhor lembra-lo.

-Eles não sabem de nada sobre o casamento, então tente parecer que me ama, por favor, seja gentil.

-Eu sei o que fazer.

Depois disso eu abri o portão e toquei a campainha.Claro que eu sabia onde estava a chave reserva, mas achei melhor esperar que eles abrissem a porta. Já era susto de mais.A porta estava sendo aberta, era agora.

-Filha?-Minha mãe abriu o maior sorriso ao me ver, só depois ela notou o homem ao meu lado.- E o senhor, quem é?