Salvando O Mundo Com Um Casamento escrita por rafaela-snape


Capítulo 35
A batalha finalfinalmente!!!




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Nos separamos em determinado ponto , não por querer, mas porque Draco viu alguém se esgueirando pelas sombras e por um motivo abstrato do além resolveu segui-la e não avisar as outras pessoas. Eu não tive muito tempo pra isso também quando fui atrás do loiro tentar ajudar em alguma coisa, nem Gina e Luna que estavam perto de mim pelo mesmo motivo.

Então estávamos seguindo uma garota, é, tinha muitas curvas pra ser um homem e deu sim pra reparar na parca luz das ruinas, sem saber pra onde, podendo ser uma armadilha. E tudo porque o Malfoy resolveu seguir um rabo de saia, é mole?!

A garota parou em frente uma porta e entrou apressada, se esquecendo de inclusive fechá-la de novo, o que facilitou nossa entrada e o susto da menina.

–Paradinha ai ou não respondo por mim – o loiro disse em uma voz fria que deu medo ate em mim.

–Dra-drac-co? – Ela se virou devagar tremendo e de olhos arregalados.

–Kate? – ele perguntou. Eu conhecia esse nome de algum lugar...

–Merlim! Essa é a menina que você me falou? – perguntei me lembrando da história que ele havia me contado na sala precisa há tempos atrás.

–Alguem pode me explicar? To boiando completamente! – Gina olhava pro casal.

–Agora não cabeça de fogo! – ela exclamou voltando a si – primeiro preciso de ajuda, ou aquele velho estupido vai conseguir. Preciso tirar uma pessoa de dentro do castelo, agora, mas preciso de uma escolta, roubaram minha varinha e um bebe não sabe se defender.

–Bebe? – Luna se manifestou – estamos procurando um bebe, a filhinha fofa da Hermione.

–Entao vieram mesmo atrás da Snape? Ótimo, a batalha vai começar a qualquer instante, o Lord Careca está vindo pegar o Potter e quer usar a garotinha como uma espécie de ritual macabro antes da luta.

–Entao vamos logo! Quero minha filha!

Ela me olhou um segundo e em seguida entrou em outra parte do cômodo, voltando em seguida com um embrulho nos braços e uma bolsa de bebe.

–Tem forças pra leva-la? – perguntou e eu já chorava ao ver minha pequena bem e cochilando.

Apenas assenti, louca pra segurá-la em meus braços novamente, coisa que de pronto aconteceu. Ela estava ainda mais linda se possível.

–Para de babar e vamos Mi, ou estaremos todos mortos – Draco disse delicadamente enquanto me guiava pra fora dali com Kate nos mostrando o caminho da saída e minhas amigas nos escoltando.

O caminho até uma saída escondida foi feito em silencio, quebrado apenas quando paramos de andar.

–Kate, vai com as três pra um local seguro que elas sabem onde é, eu vou ficar e ajudar a Ordem com o que eu puder, avisem o resto dos membros e quem mais puder ajudar.

Claro que queríamos discutir isso de as damas não poderem participar da luta e tudo mais, mas ele não nos deu tempo e logo uma chave de portal nos levou direto pra casa dos Black.

Kate parecia um pouco assustada, mas era bem corajosa, até mesmo quando minha mãe apareceu com uma vassoura na mão nos ameaçando.

–Mãe, calma, viemos trazer a Lotte e já estamos indo de volta pra lá, a batalha final já deve estar acontecendo.

–Mas de jeito nenhum! Vocês vão ficar aqui mesmo!

–Mas senhora! Eles precisam de toda ajuda possível!

–Sem mais nem menos, vocês não vão e ponto final! Tentem contatar outras pessoas, se ocupem com outras coisas, mas para aquele lugar eu não deixo vocês voltarem!

Percebi que não haveria discussão com a minha mãe, sempre foi assim, então um plano começou a se montar na minha cabeça, claro que todas nós não poderíamos voltar, alguém tinha que distrair minha mãe.

–Já que é assim, me ajuda a cuidar das crianças enquanto as meninas arrumam tudo por aqui pra cuidar dos feridos? Tenho certeza que o hospital e a escola não serão suficientes pra caber todo esse povo.

–Claro meu bem, vou encher a banheira.

Esperei ela subir até não ouvirmos mais o barulho dos seus passos pra falar novamente.

–Kate, já que está sem varinha terá que ficar aqui, já já te explico onde fica tudo na casa. – ela concordou apesar de não muito feliz – Luna, Gina, peguem a chave de portal de volta, vocês vão ser necessárias lá, vou enviar patronos pro pessoal e logo logo terão mais reforços. Se encontrarem Severo, avisem que nossa pequena está segura.

–Pode deixar Mione, não faça besteira – elas me deram um abraço e eu ativei o portal, aproveitando e mandando os patronos pra quem eu me lembrei, o que não era muita gente, mas pedi pra que chamassem todos que pudessem.

–Melhor subirmos, do jeito que sua mãe falou ela não deve demorar a descer pra ver se ainda estamos aqui.

–Claro, sinta-se em casa. Vai ajudar com os bebes?

–Se não se chatear... eu fiquei esse tempo todo cuidando da Lotte e realmente me apeguei a ela, mesmo que vocês não tivessem ido até la eu teria arrumado um jeito de sair com ela daquele inferno. O cara de cobra ia usa-lá pra um ritual antigo que envolvia coisas nada boas.

Estremeci pensando no que podia acontecer, mas resolvi não me ater a esses pensamentos, o que importa é que ela está bem!

–Então depois de arrumarmos os três eu te mostro a casa, tudo bem? – perguntei sorrindo.

–Perfeito!

Subimos com alguns comentários meus sobre os lugares onde passamos e quando ela viu os outros dois anjinhos ainda meio sonolentos eu achei que ela ia leva-los pra casa e apertar ate não poder mais.

Cuidei dos três com ajuda da minha mãe e de minha mais nova amiga e com a cabeça longe, na batalha que estava acontecendo. Como estariam todos? Meu pai, Severo, meus amigos, as pessoas que vi por varias vezes andando pelos corredores dessa casa... sera que voltaria a vê-los?

Depois de dar de mamar aos bebes, nos sentamos na cozinha e o silêncio misturado com a ansiedade de saber o que acontecia por lá deixava o ar pesado. Meu peito ficava cada vez mais apertado e eu só via o rosto de Severo, ouvia sua voz e sabia de algum jeito que alguma coisa tinha acontecido. Eu rezei, pedi pra qualquer um que estivesse me ouvindo, por favor! Que ele esteja bem! Por favor! Repeti esse mantra diversas vezes, até ouvir algumas pessoas entrando apressadas e gritando por ajuda.

Estava prestes a chorar, mas quando ouvi que todos estavam feridos, alguns muito, outros menos, mas todos tinham manchas de sangue seco, engoli as lagrimas.

–Meu Deus! – minha mãe correu com uma caixa(enorme diga-se de passagem) de primeiros socorros, atendendo alguns que tinham ferimentos leves, como cortes pouco profundos, hematomas e coisas do tipo, arrumei uma varinha e Kate me ajudou com ossos quebrados, os que já haviam sido atendidos ajudavam com poções e feitiços mais avançados que nós três não sabíamos.

–Os com ferimentos mais graves estão em Hogwarts e no St. Mungus – disse alguém do meio do povo – a medibruxa da escola está pedindo ajuda.

Terminei de consertar um nariz quebrado e fui em direção a lareira chamando quem quisesse ir pra escola também. Alguns aurors e medibruxos em treinamento se manifestaram, então fomos pra sala do diretor.

Ao chegar lá vi Harry e Gina em um canto, Rony e Luna na janela e Draco estudando um mapa. Pareciam bem apesar de alguns cortes, tipoias e roupas rasgadas. Dei um abraço em cada um, aliviada por estarem bem e fui pra enfermaria tentando manter longe o pensamento de que Severo e meu pai poderiam estar lá, talvez em uma das macas...

Se a sede da ordem estava uma bagunça, nada se comparava a ala hospitalar, nunca antes tão cheia. Madame Pomfrey e outras pessoas que eu nunca vi antes, corriam de um lado a outro atendendo 5 ou 6 pessoas de uma vez.

Logo começamos a ajudar, tinha gente até sem partes do corpo, mas eu procurava no rosto de todos os únicos que eu realmente queria ver. Meu pai e meu marido não estavam em lugar algum! Disse a mim mesma que isso era bom. Eles podiam apenas estar com os aurors, mas me concentrei no trabalho e mandei meu coração sossegar um pouco.

Quando já não havia o que pudesse fazer ali com o pouco de feitiços de cura que sabia, quando todos os papeis necessários estavam organizados e a noite já havia voltado, me permiti sentir novamente e depois de uma passada rápida em casa pra cuidar de meus pequenos e garantir que estava tudo bem lá a medida do possível, voltei a Hogwarts a procura de Madame Pomfrey ou Dumbledore para achar a parte que faltava de minha familia.

–Hermione, querida! A medibruxa me viu – preciso que venha comigo e mantenha a calma, está bem? – seu olhar era de piedade, o que me causou angustia.

–Está bem, tem a ver com meu pai e Severo, não tem?

–Infelizmente sim, criança.

Me mantive em silencio durante a curta caminhada até uma sala separada da Ala Hospitalar. O lugar era bem escondido e discreto, o que era bom por um lado. Mas qualquer pensamento saiu da minha cabeça quando entramos. Não podia ser! Por favor, não!

Havia uma mesa, uma cadeira, um armário de poções e dois homens ali. Meu pai logo se levantou e veio me abraçar. Ele parecia abatido, mas não ferido. Isso me tranquilizou, mas o olhar dele de preocupação me deixou mais preocupada ainda com o homem deitado na maca. Severo estava desacordado e com vários vidros de poções ao seu lado.

–O que... o que aconteceu? – perguntei com os olhos rasos d´água e ainda abraçada ao meu pai.

–Ele defendeu um dos membros da ordem e Bella viu. Ela gritou sobre saber que ele era um traidor e começou a duelar com ele. Ela disse que... – ele engasgou na explicação – que tinha matado minha neta e foi aí que Severo enlouqueceu. Ele se descuidou e ela o atacou dizendo que ainda iria matar os meninos. Ele ainda não acordou.

Me sentei ao lado dele entorpecida enquanto os outros dois falavam. Parece que sabem tanto sobre o feitiço quanto sobre o paradeiro de Belatriz. Mas era grave, já que além do feitiço desconhecido ele ainda bateu a cabeça com força ao cair no chão.

Depois disso não me lembro de mais nada. Eu fiquei mais um bom tempo com ele e corri em casa pra ver meus pequenos. Comi qualquer coisa, fiz uma pequena mala com coisas minhas e dos meus filhos e fui com os três pra escola.

Não disse uma palavra durante esse tempo todo, com medo de voltar a chorar e assustá-los apesar de minha vontade ser de gritar o mais alto possível. Parece que meu pai contou pra minha mãe, já que ela não me perguntou nada.

Madame Pomfrey concordou em trasferi-lo pro nosso quarto já que lá seria mais fácil de eu observá-lo e cuidar das crianças.

Minha rotina virou cuidar das crianças, cuidar de Severo e dizer pra todos que iam me ver que eu estava bem, apesar de ser a maior mentira da minha vida. Depois do quinto dia eu parei de contar o tempo.

Uma manhã, depois de dar as poções a Severo e aproveitando que Tonks ofereceu pra levar as crianças n’A Toca junto com os gêmeos dela pra passearem, sentei na cama ao lado dele e segurando sua mão resolvi conversar com ele, assim talvez o buraco em meu peito diminuísse.

–Severo, não sei o que fazer sem você aqui. Acho que nunca vi essas masmorras tao cheias assim, e cheias de grifinórios. Quando acordar você vai pirar e mandar todo mundo caçar um rumo bem longe dos seus preciosos aposentos – ri triste imaginando – mas pra isso você tem que sair dessa cama, abrir os olhos. As crianças, apesar de pequenas também sentem sua falta, ontem só sossegaram quando deitei com eles do seu lado. Tá difícil cuidar deles sem você aqui, a verdade é que não sei mais como seguir minha vida sem você, eu preciso de você meu amor. Volta pra mim, por favor, não me deixa aqui sozinha.

Sequei uma lagrima que escapou e fui guardar os vidros vazios de poção no laboratório me sentindo uma tola. Aproveitei pra por minha camisola pra lavar e voltei apenas de langerie pro quarto, já que não era a intenção trocar de roupa e a outra única pessoa presente além de meu marido estava desacordada.

Encarei alguns segundos o espelho do quarto, notando, espantada, as olheiras e a palidez doentia de meu rosto por não sair das masmorras há um bom tempo, até que uma voz, que saudade dessa voz, falou em tom mais do que chocado.

–O que faz vestida desse modo em meus aposentos senhorita Granger?!


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