Salvando O Mundo Com Um Casamento escrita por rafaela-snape


Capítulo 34
Capitulo xxxiv




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Sorri pra ele preocupada e com um ultimo e longo olhar ele saiu do quarto, um olhar de despedida.

Meu sorriso morreu quando ele saiu e a preocupação tomou seu lugar, agora não era apenas minha filha, mas meu marido também, eu não podia fazer nada alem de rezar pra que eles estivessem bem, uma coisa que eu aprendi com meus pais desde pequena e me ajudou muito durante esses anos todos em perigo, rezar sempre me acalmava e me fazia pensar mais claramente.

Me sentei na cama e comecei algumas orações decoradas enquanto balançava meu bebe levemente.

De repente uma coisa veio a minha cabeça, um velho colar que estava no momento esquecido entre minhas coisas, um colar que eu achei perto do quadro da minha avó rabugenta, uma velha relíquia de família da qual ela deveria conhecer.

Deitei meu pequeno no berço de novo e corri para a sala velha com o colar nas mãos, o pó incomodou meu nariz, mas eu ignorei e acendi a luz naquela sala suja até encontrar o quadro da minha avó me olhando de cima a baixo com uma cara fechada de dar medo até em Severo Morcegão das Masmorras Snape.

–O que faz aqui sangue ruim? – me comprimentou a doce senhora.

–Não sou sangue ruim, apesar de não me incomodar esse apelido, vovó – sorri de lado com a cara de terror que ela fez – meu pai, Sirius, não fala nada bem da senhora, mas eu preciso de sua ajuda…

–Ora! Aquele imprestável tem uma filha! – exclamou surpresa e algo se acendeu no fundo de seus olhos e ela sussurrou pra si mesma – minha única neta e herdeira.

–Por favor, eu não sei o que isso ajuda, mas eu sinto que pode ajudar minha filha, portanto preciso de sua ajuda.

–Filha? Isso? Minha ajuda? Ora, seja mais especifica menina! – ela reclamou mas não parecia mais tão rabugenta assim comigo.

–Bom, minha filha foi seqüestrada – meus olhos lacrimejavam – e meu marido, Severo Snape, foi atrás dela, mas eu não sei onde eles podem estar e encontrei uma coisa aqui há pouquíssimo tempo que acho que pode me ajudar, mas eu não sei qual o significado dessa relíquia de família.

–E o que seria esse objeto, essa relíquia de família? Me mostre!

–Aqui está. – aproximei o colar do quadro dela e o iluminei bastante para que ela o examinasse.

–Merlim! – ela parecia espantada com a visão do objeto e me olhou agora de forma profunda, com algo quente em seu olhar, não saberia explicar nem se quisesse, mas foi um olhar que me deu esperança de salvar minha família.

–Que foi?

–Querida, esse é um relicário realmente muito valioso da nossa família, ele foi utilizado como chave para impedir que as trevas penetrassem na primeira mansão Black, mas os próprios integrantes da família, com o tempo, se tornaram adeptos da magia negra, o que acabou levando a ruína de nossa antiga casa, mas ninguém deu importância, agora não tem mais nenhuma pessoa capaz de entrar nas ruínas daquela casa sem ter terríveis alucinações com um passado distante e perigoso do qual você não ficará sabendo através de mim,

–Uau! Será que minha pequena está lá? – refleti distraída.

–Quem pegou sua filha?

–Os comensais, por ordens de Voce-sabe-quem.

–Entao acho que posso te ajudar com uma pequena informação.

–Serio? – meu sorriso voltou, estava nervosa e ansiosa agora.

–Sim, tem um velho livro na biblioteca que serve como chave de portal para essa mansão que eu lhe falei. Talvez se você der uma olhadinha por lá encontre, ou ele lhe encontre, não sei, peça ajuda aos seus amigos. – com um piscar de olhos travessa ela se acomodou em seu quadro e começou a cochilar, ou fingir, não tenho ideia.

Meu coração estava acelerado e eu corri pra cozinha, torcendo pra reunião não estar acontecendo por lá e processando as informações que minha avó me deu em tão pouco tempo.

Alguém lá em cima ouviu meus pedidos e a reunião estava no fim aparentemente e todos olharam pra maluca esposa do morcegão entrando descabelada, sem ar e corada de camisola na cozinha lotada.

Meu pai fechou a cara pra uns aurores novos na ordem que assobiaram pro meu “comportado” vestimento de dormir.

–Desculpem a intromissão, eu não sabia que ainda estavam aqui – disse apressada – mas eu preciso muito falar com vocês. – encarei meus cinco amigos presentes na reunião. – é uma coisa muito importante e urgente, não posso nem sonhar em adiar.

–Com lincença – eles pediram juntos levantando apressados já percebendo do que eu estava falando e saíram se espremendo da cozinha, acho que a ordem precisa de uma sala de reuniões maior do que a cozinha de uma MANSÃO.

Claro que a lotação era um bom sinal, sinal de que existem muitas pessoas boas dispostas a lutarem pela liberdade e igualdade, mas cá entre nós, Dumbledore podia ter um pouco de senso e realmente aumentar o espaço, não?!

Balanço a cabeça tirando esse pensamento inútil dela e me concentrando no que era realmente importante, minha filha e sua segurança.

Ninguém falou nada até chegar ao meu quarto, o de solteira, já que no de casada meus filhotes dormiam e eu não queria acordá-los e nem nenhuma interrupção no que eu tinha pra contar.

–Ta bom Mione, to morrendo de curiosidade, o que você tem pra contar? – perguntou Ron se jogando na cama. Revirei os olhos pra folga do ruivo, mas ignorei e comecei a contar tudo, desde achar o colar até a conversa com minha avó, tudo nos mínimos detalhes, com direito a uma discussão e quase guerra de travesseiros no meio do relato.

Quando eles me deixaram finalmente terminar ficamos nos encarando por vários minutos, cada um assimilando a história ao seu modo.

–Acha que sabe onde estão todos eles Mione? – perguntou sério Harry.

–Acho que posso encontrá-los se eu achar a casa certa e se conseguirmos achar o tal livro, bom, então sim, eu vou saber.

–E o que estamos fazendo aqui ainda?! – Draco perguntou já se levantando pronto pra sair.

–Acho que alguns da ordem devem ir com a gente – disse Luna devagar e baixo – podem ter muitos comensais por lá e não damos conta de muitos, já que somos apenas seis.

–Concordo com ela, mas não vamos levar todos, por merlim! – Gina fez careta – apenas os mais próximos.

–Ta bem, vamos então voltar pra cozinha e esperar a reunião acabar pra achar o tal livro.

Todos concordaram comigo e voltamos pra lá, mas antes, claro, eu resolvi colocar uma roupa decente, porque me descuidar de novo com isso e ainda sair de casa pra resgatar minha filha de camisola curta não dá, né? Acho que Severo morre e depois me mata se isso acontecer… obrigada por ele não estar na cozinha antes Merlim!

Nos sentamos onde podíamos esperando a reunião acabar, o que pra mim demorou uma eternidade, estava ansiosa pra sair e encontrar o pedaçinho da minha família que faltava, eu podia sentir o vazio que eles deixaram, se alguma coisa acontecer com minha filha ou com o homem que eu amo… não quero nem pensar nisso.

Quando finalmente o diretor deseja uma boa noite a todos e as pessoas vão se dispersando eu quase grito de alegria. Dou um olhar que diz claramente pra ficarem pra alguns dos adultos e relaxo um pouco na cadeira esperando até todos os outros saírem com um pouco de impaciência.

A adrenalina começa a correr por minhas veias novamente assim que estamos em nossa reunião privada e eu explico a história editada pra quem ainda não tinha escutado e eles ficam, bem, acho que chocados, não sei e no momento não estava interessada em saber.

–Eu vou lá pra cima ver meus netos e pode se despreocupar que irei tomar conta deles meu amor – minha mãe se adiantou e me deu um beijo na bochecha me apertando em seguida – se cuide mocinha, cuidado filha. – e aí ela fez algo que impressionou a todos, incluindo meu pai. Ela o puxou pela blusa pra ficar em pé e lhe deu um beijo de cinema que foi correspondido a altura. – e você volte vivo e inteiro.

Encarei os dois de boca aberta. Eles estão juntos mesmo? UAU! Eu to feliz, com isso, nem acredito, achei que eles não iam se tocar que ainda gostam um do outro, mas pelo jeito eu que to atrasada na historia. Eu comecei a rir discretamente enquanto minha mãe saia vermelhinha da cozinha.

–Que foi? – me perguntou meu pai com um sorriso bobo e as sobrancelhas levantadas.

–Nada – eu dei uma boa gargalhada – que avião você ganhou hein pai? – todo mundo me acompanhou na risada e por incrível que parece o grande Sirius Black corou.

–Já chega, não? Temos que ir resgatar minha neta agora e acabar com aqueles comensais filhos da…

–Sirius! – repreendeu a sra. Weasley – olha a boca, temos crianças por aqui!

–Desculpe Molly – ele revirou os olhos pra ela e se levantou.

– Vamos lá achar o tal livro rápido gente, o tempo é curto. – Remo disse já saindo acompanhado por todos nós.

A biblioteca tem tantos livros e tantos livros antigos que poderiam ser uma chave de portal que tornava a tarefa ainda mais difícil. Cada um começou a vasculhar uma estante diferente e nada por uns cinco minutos.

Eu segurei o cordão com força, já sentindo a esperança se esvaindo de mim, podíamos ficar aqui a noite inteira e talvez o livro nem pudesse ser encontrado.

–Seria legal se o livro voasse até a gente, não? – comentei com um suspiro.

–Seria filha, mas acho que ele não vai fazer isso. – assim que meu pai terminou a frase uma das últimas estantes começou a tremer muito e de repente um livro de couro velho e empoeirado saiu de uma das prateleiras e caiu com um baque em cima do tapete, bem no meio da biblioteca enorme aberto bem no meio e não era um livro pequeno.

Nos encaramos assustados, o colar entre meus dedos começou a esquentar e me queimar até que eu me aproximei devagar do livro e ele foi esfriando. Pra mim era mais do que claro que era o objeto que estávamos procurando.

–No três todos seguram o livro juntos, tudo bem? – perguntou Dumbledore e vi as cabeças concordando com ele – um – meu coração batia a mil – dois – nos aproximamos mais ainda – três!

Quando encostei a mão no livro, não pude ver nada alem de borrões passando por mim numa velocidade que me deixou tonta e enjoada, eu nunca gostei de chaves de portal por isso, sem contar que eu já sei que a aterrissagem não vai ser nada legal também. Por vários minutos eu permaneci de olhos fechados e nada de chegar ao nosso destino.

Depois de um tempo senti que estava caindo e abri os olhos gritando. Finalmente chegamos em cima de uma montanha e aos pés dela as ruínas de um castelo. A imagem me pareceu bem familiar mas eu não sabia o motivo.

Meus amigos se levantavam cambaleando perto de mim, nada acontecia lá em baixo, aparentemente.

–Calmo de mais – alguém sussurrou atrás de mim, mas eu só conseguia me concentrar em saber quando eu estive aqui, porque disso eu tinha certeza, eu já estive aqui ao menos uma vez.

Então uma névoa começou a se formar aos meus pés e alguém me puxou pra trás.

–CUIDADO!

–O QUE É ISSO?

–VARINHAS EM PUNHO!

Varias vozes gritavam ao meu redor e eu me sentia perdida.

–Eu já vim aqui antes – sussurrei.

E a nevoa se transformou em um fantasma, um fantasma de uma mulher, um fantasma conhecido e que trouxe um sorriso e apreensão pra todos os jovens ali.

–Ola queridos – ela sorriu docemente pra nós seis – vejo que vieram acompanhados.

–Sim senhora – Draco respondeu tomando a frente. – Sabe onde estamos?

–Oh sim! E Hermione também sabe – ela piscou pra mim – te trouxe aqui uma vez, se lembra pequena?

–O sonho – respondi – sim, claro, me lembro. Eles estão aqui, não é? É esse o lugar?

–Você sabe que sim – ela me olhava firme. – não posso guiá-los, esse lugar me traz muitas lembranças, lembranças que me impedem de retornar ao meu antigo lar.

Fiquei curiosa, mas o olhar em seu rosto era tão triste que eu não poderia perguntar o que aconteceu.

–Vá querida, está na hora, é o fim hoje. – ela sorriu de novo para nós seis – cuidado e confiem em velhos conhecidos, principalmente você, Draco – em um segundo ela desapareceu.

–Vocês ouviram, vamos em frente – eu disse mais confiante que nunca.


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Notas finais do capítulo

nem demorei kkkkkk mto obrigada por todos os comentarios, adoro ler cada um deles! Entao, o que acham que vai acontecer agora?
Até o proximo minhas flores, bjinhos