Salvando O Mundo Com Um Casamento escrita por rafaela-snape


Capítulo 31
Capítulo XXXI


Notas iniciais do capítulo

NAO ME MATEM!!! As notas finais estao grandes, mas é importante! Boa leitura!



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O parto/ Severo enlouquece!

Ele me encarou paralisado.

-Severo? Você esta bem? – eu já tava me segurando porque sabia que se eu me apavorasse ia ser pior.

Minha cabeça estava a mil, eu estava mais do que nervosa, mas parecia um poço de calma e tranqüilidade. Por isso é bom ter convivido com um dos melhores atores que eu conheço no mundo, alias, ter me casado com ele me fez aprender alguns truques.

-Eu… o que? Quer dizer… os bebes…?

-Madame Pomfrey já esta vindo. – interrompeu Draco ofegante da corrida – O que foi que aconteceu?

-Os bebês estão querendo sair. – eu respondi com um sorriso e lagrimas nos olhos, em parte pela dor, mas mais pela alegria.

-Ah! – ele sentou calmamente na cama do lado oposto do padrinho. E eu contei mentalmente: três, dois, um… - O QUE?

-Calma, está tudo bem, mas parece que o papai aqui – eu falei apontando pro meu lindo e paralisado marido – entrou em choque.

-Deixa comigo.

-Draco, não… AAAIIIII!

-Hermione! – Severo em um segundo estava segurando minha mão e tentando descobrir se estava tudo bem comigo e com nossos filhos.

-Foi só outra contração, está tudo bem, é natural. Acho que ficará melhor quando Madame Pomfrey chegar.

-Me diga o que fazer pra parar de doer, eu posso te dar uma poção ou…

-Não, pode afetar os bebes ou o parto, melhor não, amor, espere um pouquinho só.

-Como você consegue Mione? – Draco – Qualquer um nesse momento estaria surtando, aliás, nós estamos - ele apontou dele pro homem ao meu lado.

-Quem disse que eu não estou surtando? Só que, como sempre, se eu surtar, ninguém mais vai fazer nada, apesar de eu estar tendo um treco aqui, vocês dois estão piores que eu, vocês estão muito pálidos, acho melhor se sentarem e relaxarem um pouco. E não se apavorem porque acho que vem outra contração.

Eu tive mais duas contrações antes da Madame Pomfrey e as mulheres chegarem e expulsarem os dois do quarto com muito custo.

-Severo Snape! Se você não sair agora eu vou lhe azarar e colocá-lo na ala hospitalar até o feriado de natal sem receber nenhuma visita nem noticia. Fui clara?

Esse foi o último aviso da medi bruxa antes de bater a porta na cara do moreno e do loiro que ainda insistiam em ficar no quarto.

-Muito bem, querida, como você esta?

-Eu? Nervosa e ainda sentindo a ultima contração.

-Respire fundo. – mandou a mulher apontando a varinha para a minha barriga.

Apareceram umas luzes coloridas em cima de mim, mas eu não entendi nada, na verdade, eu nem prestava mais atenção, estava muito nervosa e me concentrei apenas no carinho que minha mãe fazia em minha cabeça.

Eu ouvia parcialmente o que as três mulheres diziam. O frio na barriga insistia em se fazer presente, mas eu me concentrei no pensamento de Severo na sala a poucos metros dali.

Quando mais uma onda de dor me invadiu, Pomfrey me colocou na posição certa, que me deixou um pouco envergonhada, apenas mais um sentimento no meio da confusão que estava minha cabeça.

Eu só percebia minha mãe sentada ao meu lado, segurando minha mão, Molly ao lado da medi bruxa para ajudá-la e a própria medi bruxa a minha frente pronta pra fazer o parto dos meus bebês. Lágrimas de emoção me enchiam os olhos e eu me sentia mais sensível do que nunca.

-Hermione, quando a próxima contração vier, eu quero que você empurre com toda força que conseguir. Nós vamos trazer essas crianças aqui pra fora, entendeu?

-Entendi.

Mal acabei de falar eu senti a dor vindo e comecei a empurrar, com uns gemidos de dor. Eu estava descobrindo a pior dor do mundo e a maior alegria vinha logo depois.

Eu fiz isso mais algumas vezes, com pouco tempo entre as contrações, e ouvindo muitos incentivos durante seus intervalos. A dor era quase insuportável. Eu não aguentava mais, até que eu ouvi um barulho que fez tudo valer à pena: o choro de um bebê.

-É menino!

PDV. Severo

Quando Hermione disse que estava entrando em trabalho de parto eu não soube o que fazer, eu queria ficar do lado dela, mas fui enxotado pra fora do meu próprio quarto por aquele projeto de medi bruxa caduca.

E agora aqui estou. Na minha sala com Draco, Potter, Black, Lupin, Weasley, Lovegood, a garota Weasley e Arthur. Estou me segurando pra não ficar andando de um lado pro outro de ansiedade, não quero dar esse gostinho pra essa cambada de desocupados, que infelizmente são amigos da minha esposa.

E quando eu estava achando que pior não ficaria, comecei a ouvir os gemidos de dor de Hermione. Eu não consegui me segurar mais e levantei. Alguém mais precisa de uma bebida?

Sem controlar minha ansiedade eu comecei a andar de um lado pro outro. Os gemidos de dor estavam mais altos e mais fortes, já eu, me sentia cada vez pior.

-Como era aquela história de ficar calmo mesmo, hein Severo?

Eu lancei um olhar mais do que mortal pro lobo sentado confortável em meu sofá. Ele riu mais ainda.

-Relaxa homem. Vai dar tudo certo.

-Lupin, por que você não para de uivar e fica na sua?

Eu vi, satisfeito, os adolescentes prenderem o riso, mas os adultos também estavam rindo, então, não foi tão bom assim.

Eu estava quase esganando um deles, ou invadindo o quarto, quando eu ouvi. Era forte e alto, e não sei por que, mas achei o som mais lindo do mundo. Era o choro de um bebê. O choro do meu primogênito.

PDV. Hermione

Eu estava toda dolorida, suada e cansada, mas eu tinha forças suficientes pra querer vê-lo.

-É um menino lindo, Hermione! – disse Molly.

-Quero vê-lo. – eu estava meio rouca, mas não teve importância, já que Molly trouxe meu pequeno pra perto de mim enrolado em uma toalha azul, ele estava sujo de sangue, tinha uns fios pretos de cabelo na cabeça e se agitava no braço da mulher ruiva.

Eu nunca me senti tão feliz na minha vida. Quando olhei o rostinho do meu filho, eu entendi o que os pais vivem dizendo: eu daria a minha vida pelo meu bebê, eu iria batalhar ainda mais nessa guerra pra que aquele ser inocente continuasse puro e feliz.

Fui tirada de meus devaneios por mais uma onda de dor. Vi Molly sair correndo com meu bebê nos braços e um pouco depois aparecer ao lado de Madame Pomfrey outra vez.

-Mais uma vez, você consegue!

Eu forcei de novo e de novo. Eu me sentia mais forte depois de ver meu primeiro bebê. Eu já tentava descobrir se seria meu outro príncipe ou se seria minha princesinha que iria passar na frente.

Eu tentei segurar mais os gemidos de dor pra não assustar o pequeno que parecia dormir em algum lugar do quarto.

Na minha humilde opinião, dessa vez foi mais doloroso e muito mais demorado, apesar de Madame Pomfrey ter falado muito menos vezes que era pra eu respirar, o que indica que foi um pouco mais rápido.

Eu ouvia de novo minha mãe me tranqüilizando, eu conseguia sentir algo se mover em meu ventre além da dor.

Apos aquele sofrimento todo, depois da dor insuportável, eu dei um ultimo empurrão, o mais forte que eu pude, acho que eu nunca tinha feito tanta força na minha vida como nesse dia.

E ouvi um maravilhoso e emocionante choro de bebê, do meu outro filho que tinha acabado de sair de dentro de mim. Isso me trouxe mais lágrimas aos olhos.

-Tudo bem, filha? – me perguntou minha mãe com receio por conta das lagrimas que escorreram de meus olhos sem permissão nenhuma. – Respira fundo, meu amor, já esta acabando e depois você vai ter muito tempo com seus bebês, meus queridos netinhos.

-Eu to bem, mãe. Só estou muito… feliz!

-Eu sei querida. – ela beijou minha testa e se virou pras outras mulheres no quarto.

-Parece que seus meninos são mais apressados que sua princesinha, Hermione. Eles não se encaixam ao cavalheirismo elementar do “primeiro as damas”.

Eu ri e me aproximaram meu outro filho. Sério como pode caber tanto amor dentro de alguém? Eu não sabia, mas eu sentia uma coisa tão forte, tão elementar, resultado da minha paixão com meu marido. Esses três seriam a alegria da casa. Eles seriam as crianças mais mimadas e mais bem amadas do mundo bruxo. E se dependesse desse meu amor, a guerra não mais existiria.

Suspirei observando o rosto lindo do meu segundo filho. Então abriram a porta e vi alguém entrar como um furacão.

PDV Severo

Os sons de dor vindos do quarto pareciam insuportáveis pra mim, eu já não tinha nada pra fazer pra me distrair, eu estava uma pilha de nervos. Minha mãe estaria tendo um treco aqui… MINHA MÃE!

É hoje que Eileen Snape me mata, eu me esqueci de chamá-la exatamente quando seus três netos estão nascendo! Parabéns Severo, seu idiota. Assinou seu atestado de óbito.

Corri pra lareira, com todo mundo me olhando como se fosse eu o tonto do Potter. De alguma forma, eu odeio ser o centro das atenções. Talvez eles tenham pensado que eu poderia fazer alguma besteira. Bobagem.

Parei em frente à lareira morrendo de medo, por fim resolvi chamá-la pra vir aqui, já que não quero sair dessa casa enquanto meus três filhos não nascerem.

-Por que você me fez vir até aqui Severo? Podia ter me dito o que quer que fosse pela lareira!

-Mãe, não grite, ou vai piorar a situação.

-O que? E por que sua casa ta cheia deste jeito?

-É que… Hermione entrou em trabalho de parto e…

Os possíveis gritos que ela ia dar (e ela ia, já que seu rosto ficou vermelho) foram abafados por um choro de bebê, meu segundo filho salvou os tímpanos de toda a casa.

Minha mãe soltou lagrimas de emoção e correu até o quarto pra ajudar as outras mulheres.

-Que foi? – pergunto ao perceber que os outros presentes na casa me encaram.

-Adorei sua mãe! – exclama Black e cai na gargalhada.

-E eu a sua - respondo de mau humor.

PDV. Hermione

Pra minha surpresa total, uma Eileen com olhos molhados de lagrimas e com um enorme sorriso entrou no quarto, ela parecia ter saído de casa as pressas.

-Eileen! –exclamei um pouco fraca, guardando forças pra minha princesinha que não tem tanta pressa quanto os irmãos.

-Oh! Meu Merlin!

-Eu… - segurei um gemido de dor – ela esta saindo!

-Me de aqui. – disse Eileen à senhora Weasley- Não sou muito boa com partos, mas sei cuidar muito bem de bebês.

-Esta bem, o primeiro está logo ali, tem outras duas camas ao lado.

E eu não prestei atenção em mais nada. As contrações recomeçaram e eu fiz mais força ainda.

Achei que depois de duas vezes seguidas eu teria me acostumado, mas parecia pior ainda, eu me sentia exausta, achei que desmaiaria a qualquer minuto, na verdade, quando Madame Pomfrey disse que já estava quase no fim, tudo começou a escurecer.

Ouvi o choro da minha pequena e consegui sorrir e vê-la mais ou menos dentre a escuridão que fazia a minha volta, e logo em seguida eu não senti mais nada.


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Notas finais do capítulo

Ok, como pedi no inicio, nao me matem! Eu simplesmente amo esse capitulo, mas quero a opiniao de voces, se é que ainda tem alguem por aqui...
Gente, eu tenho uma noticia nao muito feliz. Nao sei se alguem aqui conhece PISM, mas resumindo pra quem nao conhece é um vestibular seriado e eu vou fazer o modulo um no meio de dezembro, pois é, começando a entrar no mundo adulto, e por isso eu proavelmente só voltarei no final de dezembro, depois do dia 20, entao eu peço que tenham calma e um pouco de paciencia pq eu NAO VOU ABANDONAR A FIC, e rezem por mim por favor, pra dar tudo certo la nas provas.
Obrigada pela compreençao e por nao terem abandonado a fic, voces moram no meu s2