Salvando O Mundo Com Um Casamento escrita por rafaela-snape


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Surpresinha pra vocês, leiam o capitulo e as notas finais pra entenderem...



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Eu já estava vendo que não iriam me deixar fazer nada até o bebê nascer. Meu bebê, meu filhinho ou filhinha. Eu sorri e passei a mão na minha barriga.


Os últimos dias que passei em casa foram como eu previ, ninguém me deixava sozinha pra nada, eu não pude fazer nem o esforço de colocar comida pra mim, minha situação estava tão critica que até Severo queria me dar comida na boca pra que eu não tivesse que levantar e abaixar o braço.


No penúltimo dia, Severo me disse que iríamos ver Eileen, pois era aniversário dela e ele tinha esquecido. Agora eu pergunto: onde eu vou arrumar um bom presente pra ela em cima da hora e ainda me arrumar? Eu mesma respondo: não tem como.


Eu já estava quase gritando com ele quando uma coruja aparece e deixa um embrulho em cima da cama. Era o presente dela que ele também esqueceu de mencionar que iria chegar a qualquer momento.


Ele prendeu o riso enquanto eu o fuzilava com os olhos. Peguei uma roupa e entrei no banheiro trancando a porta antes dele pensar em entrar.


Me arrumei em tempo recorde, dez minutinhos.  (n/a: roupa dela: http://fashion.me/looks/1972207 ) Quando sai do banheiro, o morcego já estava pronto em um smoking preto e gravata verde musgo, nada sonserino.


Ele se virou de frente pra mim e se aproximou lentamente me analisando de cima a baixo. Obviamente eu corei e piorou quando ele me segurou pela cintura e sussurrou no meu ouvido.


-Acho que direi a minha mãe que tivemos um imprevisto e vou te prender aqui até nossa volta à escola.


Não pude segurar um barulho estranho, engasgado vindo da minha garganta seca.


-Bem que eu queria – respondi de olhos fechados – mas temos que ir, se não pelo aniversário dela pra contar a novidade.


Ele suspirou frustrado e eu sorri. O puxei pela mão e fomos até a chave de portal na lareira. Aparecemos na porta de Eileen que já nos esperava impaciente sentada numa cadeira de balanço na varanda.


-Achei que não viriam mais. Olá querida! Como esta linda! – ela me abraçou carinhosamente.


-Oi. Parabéns, esta muito bonita também. (roupa Eileen: http://fashion.me/looks/1972495/ )


-Oh, que isso, querida! Filho!


-Oi, mãe.


- Achei que tinha me esquecido.


-Claro que não. Parabéns.


Severo lhe entregou o pacote e ela toda alegre abriu. Tirou de lá uma bela caixa decorada de madeira e detalhes em prata. Dentro da caixa havia um par de brincos e um cordão, ambos de muito bom gosto, o que me fez suspeitar de quem comprou o presente. (jóias: http://noivas.loja2.com.br/img/d83ed393804506c8556db0a722a8201a.jpg )


Ela nos levou pra dentro da casa, onde havia uma mesa posta. Aquilo tudo era pra nós três apenas? Tinha comida suficiente pro Rony comer e enjoar, e isso é muita coisa.


Durante o jantar, conversamos amenidades coisas sobre o dia a dia e ate mesmo sobre a guerra. Foi meio que um combinado silencioso de contar a novidade depois do jantar.


Nos sentamos  no sofá ainda rindo de um caso que Eileen havia nos contado sobre a infância de Severo, traduzindo eu e ela riamos e ele ficava cada vez com a cara mais fechada, quando puxamos o assunto e incrivelmente quem começou foi Eileen.


-Então. Quando vão me dar um netinho?


-Mãe, temos que te contar uma coisa…


-Eu estou grávida. – completei.


Ela me encarou e ao filho também, deu uma olhada bem demorada na minha barriga e me abraçou chorando e dando parabéns.


-Nem acredito que serei avó!


-Pode acreditar, Eileen, estou de dois meses.


Ela abriu outro champanhe pra comemorar e me deu uma taça de cerveja amanteigada. Demoramos mais meia hora pra voltarmos pra casa, tivemos que repetir que eu precisava dormir pra acordar cedo no dia seguinte e arrumar a mala pra voltar à escola.


Chegamos quase meia noite em casa e todos estavam dormindo, corremos pro quarto pra não correr o risco de acordar alguém ou encontrar com alguém que resolvera ir até a cozinha ou ao banheiro.


Não demoramos a dormir também, mas antes de cair na inconsciência eu ainda ouvi alguém bater a porta e uma voz parecida com a do Professor Dumbledore pedir licença, mas não tive forças pra responder, nem manter os olhos abertos.


Abri os olhos em um lugar diferente. Era uma mansão também, mas era mais escura, sombria e arrepiante. Ouvi uma musica muito alta vinda do andar de cima, caminhei pelos corredores encontrando alguns homens pelo caminho e entrei em um quarto.


Logo percebi que era um sonho, ninguém podia me ver ali, no quarto muito sonserino, com pôsteres das Harpias, o time de quadribol, e muitos detalhes em prata no quarto verde.


Na cama de dossel verde e rústica um garoto dormia, ele tinha cabelos loiros finos e aparentava ter uns treze anos. Reconheci o garoto, Draco estava calmo, eu o observei até que o relógio bateu três vezes e ele abriu os olhos, olhou em volta e levantou da cama de smoking preto. Alisou as roupas e encarou a porta.


Ele foi saindo do quarto e eu fui atrás. Fomos por um corredor estreito, que eu nem tinha percebido antes, um corredor sem luz alguma e sem enfeites que nos levou a uma biblioteca, gigante e empoeirada.


Ele se sentou em um piano de cauda que havia ao fundo do cômodo, escondido entre as prateleiras de livros das trevas e ficou ali, ouvindo a musica que agora estava mais alta e acompanhada de risos e conversas altas.


Em poucos minutos uma garota entrou, ela estava em uma roupa trouxa e parecia ter a mesma idade dela, talvez um pouco mais nova. ( http://fashion.me/looks/1980832 )


-Boa noite! – ela disse.


-Oi. – ele respondeu observando suas roupas. – não tinha pano de chão melhor, não?


-Eu avisei que iria ser algo informal, você veio de smoking porque quis, eu vim confortavelmente…


-Trouxa – ele completou com certo asco na voz.


-Algum problema? Ou tenho que te lembrar quem sou? – ela perguntou fria.


-Por que você me chamou aqui tão urgentemente? – ele mudou de assunto se afastando no bando pra que ela se sentasse.


-Queria conversar… - ela disse se sentando e ignorando o olhar de “fala sério” dele. – As coisas lá em casa estão um saco! Meus pais – sarcasmo puro na palavra – não param de falar do lord e que eu vou ter que fazer isso e aquilo quando ele voltar. Hipócritas!


-Aqui também, eu já fico a maior parte do tempo no meu quarto, só saio pra comer e já não agüento mais.


Eles fizeram silencio, eu não entendia nada, por que eu estava ali e o que aquela conversa significava.


-Katty, você acha que vai poder ir pra Hogwars pro quarto ano?


-Acho que não, meus pais estão mais preocupados com arranjar um casamento do que uma escola pra mim.


Ele fechou a cara.


-Não vou deixar que façam isso com você, já estou tentando convencer meu pai a fazer negócios com os Lautner. Sei que seu irmão e seu pai são próximos aos meus avós.


-Bem informado, hein?! Mas não esqueceu de perguntar se eu quero me casar com você não, ô anta loira?


-Não precisa, depois de tudo o que aconteceu semana passada eu tenho certeza que quer Katherine Lautner.


Eles se aproximaram e se beijaram. Quem foi que me trouxe aqui pra ver o Malfoy se agarrando com alguém? Se eu quisesse ver isso era só segui-lo a noite nos corredores de Hogwarts!


Mas então eu virei a cara e me vi no escritório da casa, Draco e seu pai discutiam e a senhora Malfoy não se manifestava na briga apesar de assisti-la com desgosto estampado na cara. Agora ele tinha uns quinze anos, ou dezesseis.


-O QUE VOCÊ ACHA QUE ESTÁ FAZENDO COM AQUELA… VADIAZINHA SANGUE-RUIM?


-NÃO FALA DELA ASSIM, ELA É BEM MELHOR QUE VOCÊ! NÃO TEM O DIREITO DE CHAMÁ-LA DE VADIA, NEM DE SANGUE RUIM, PRA SUA INFORMAÇAO, NÓS VAMOS NOS CASAR EM DOIS MESES, VOCÊ QUERENDO OU NÃO, SE ME IMPEDIR EU VOU TE ENTREGAR PROS AURORES!


-Chega Draco! – finalmente a mulher deu sinal de estar escutando a discussão. – você não vai fazer isso, sabe que se casar com ela ele nos matara. Não quer ver sua família destruída, não é?! – diante do silencio dele ela apenas sorriu triunfante – vá ao seu quarto e faça uma carta dizendo que está terminando tudo com ela.


-O QUE?


-Ou podemos acabar com o problema, tirando ela da história de outro jeito…


O mais novo saiu do cômodo irritado, batendo a porta. Acho que o barulho me despertou, mas isso é muito difícil, afinal era um sonho. O que me acordou foi o barulho de algo caindo perto da minha cama.


A cena era hilária: Severo, o morcegão das masmorras todo atrapalhado com uma bandeja de café da manha espatifada no chão e o lençol enrolado no pé sujo da comida, no chão onde provavelmente havia caído.


Eu não agüentei e ri. O ajudei a se limpar, graças a Merlim eu já tinha feito dezessete e pude usar a varinha.


-O que aconteceu?


-Eu vim com a bandeja e não vi a ponta do lençol no chão, escorreguei, cai e te acordei. Fim.


-Tudo bem, só tomar cuidado pra não machucar, agora vamos ter que descer e comer alguma coisa.


Fomos a cozinha onde estavam apenas os homens que a poucos dias me intrigaram com seus olhares. Os cumprimentamos educadamente.


-Ué?! Não tinha subido uma bandeja de café da manha? Estão com mais fome?


-Não, é que eu derrubei a bandeja sem querer- eu disse, com um olhar de “quem rir morre” e quem quer encarar uma mulher grávida? Ninguém.


Aquele último dia foi agitado, todo mundo arrumava as coisas de última hora, então passamos pela casa toda pegando as coisas que espalhamos e as guardando nos malões sob o olhar atento de nossas mães.


A viagem de volta seria pela lareira, então resolveram adiantar a data e partimos assim que tudo ficou pronto.Se alguém em Hogwarts estranhou, não comentou nada, .afinal chegamos antes e com certeza não de trem.


Eu ia passar o dia com Severo, nas masmorras frias, em uma cama quente… deu pra entender, não é? Mas a lembrança do sonho me assustou, eu precisava descobrir o que significava, afinal o que aquilo tinha a ver com minha história?


Rodei Hogwarts inteira atrás do príncipe sonserino, mas só quando desisti e resolvi ir descansar na sala precisa que eu o encontrei. Ele estava todo largado em um sofá negro enorme, eu cheguei e me joguei do lado dele o assustando e me fazendo rir pela segunda vez no dia de um sonserino.


-Me assustou garota.


-Precisamos conversar. – eu o olhei seria de repente nos sentando rapidamente.


-Manda.


-Quem é e o que Katherine Lautner tem a ver com os meus sonhos?


-C-como v-você a-a co-conhece?


-Eu sonhei com ela hoje, ela, você e uma biblioteca gigante – ele revirou os olhos – e depois com você e seus pais falando dela.


Ele respirou fundo e se deitou de novo encarando o teto.


-É uma longa história…


-Então resumi.


-Eu a conheci em uma das festas dos meus pais, éramos pequenos, tínhamos onze anos, era natal. Ela estudava em uma escola qualquer pra bruxos, não muito conhecida. Nos tornamos amigos e ela me contou que na verdade era adotada, os pais, trouxas, tinham uma espécie de divida a cobrar dos Lautner, a família de sangues puros que a adotou.


“foi ai que eu comecei a duvidar dos ideais dos meus pais. Começamos a nos encontrar sempre que podíamos e trocávamos cartas todos os dias. Dai, um dia nos beijamos e ela sumiu por uma semana. Depois a coisa foi evoluindo e a amizade virou um namoro escondido.


“meus pais sabiam a origem dela, por isso eu estava demorando a pedir que fizessem algum negocio com os pais dela pra que futuramente nos casássemos ao invés de eu ficar com a Pansy e ela com um outro qualquer.


“quando meus descobriram, a quase um ano, cortaram os contatos com a família dela e eu fui impedido de vê-la. Tentamos nos corresponder, mas durante as ferias não deu, eu tinha minhas correspondências abertas na minha frente para impedir a comunicação.


“quando voltei a Hogwarts, tentei mandar cartas a ela, até que ela me respondeu e disse que não podia mais me ver, os pais a mandaram pra outro pais, na casa de um cara de quase trinta anos, onde ela iria se casar com ele e dar uma de boa esposa. Não me explicou mais nada, eu nem sei se quero ouvir, mas queria vê-la.


Eu me senti triste por ele, nunca imaginei ver logo ele soltar uma lagrima pensando em uma garota, mas ali estava, brilhante e melancólica descendo por sua bochecha. De um impulso eu o abracei prometi que o ajudaria e a essa garota, fosse quem fosse.


Acho que naquele momento prometemos que faríamos isso acabar bem. Pra todos os que estavam aqui e os que viriam. O que me fez lembrar do pequeno no meu ventre.


-Draco, ainda tem mais uma coisa: estou grávida.


Ele não soube o que fazer, apenas me encarou com uma expressão entre divertida, impressionada e preocupada.


Nós conversamos um pouco sobre isso e decidimos que não iríamos contar pra ninguém sobre os sonhos, apesar da nova condição da pessoa aqui. Claro que uma hora teríamos que contar mas não agora.


Eu voltei pro meu quarto sem jantar, dormi assim que deitei, mas acordei levemente quando senti mais alguém na cama me abraçando por trás e certo peso nos pés que eu sabia serem Bichento e meu amado mestre de poções.


Comecei a pensar em quando foi que ele se tornou amado, mas desisti assim que senti seus carinhos no meu cabelo e logo adormeci de novo, sonhando  com um cara todo de negro me sorrindo e dizendo que tudo ficaria bem.


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Notas finais do capítulo

PESSOAS LINDAS DO MEU CORAÇAO!!!!!ADIVINEHM QUEM TA AQUI DE NOVO POSTANDO ESSE CAPITULO?
A autora favorita de voces e que passou uma temporada meio sumida kkk brincadeira gente ;)
Nossa que saudade de vcs! nao me matem por favor, eu tava passando por momentos criticos na minha vida, apesar disso nao ser desculpa, mas tudo bem.
Eu prometo que nao vou sumir mais, pelo menos nao por tanto tempo assim, ta bom?
Bjss amores da minha vida! Até o próximo capitulo! ♥