Salvando O Mundo Com Um Casamento escrita por rafaela-snape


Capítulo 24
Capítulo 24-Todos descobrem uma hora!


Notas iniciais do capítulo

Beta: Sei que vocês querem me matar, mas teve Feira da Cultura, Prova e tals. Me perdoem. Novo capítulo!!! LoL



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Black estava a ponto de matar um, então me juntei a ele com sua raiva e ficamos esperando no andar de baixo alguma das mulheres resolverem explicar que raios estava acontecendo.

PDV Mione:

Eu fiquei estática por vários minutos, bateu uma insegurança que logo foi embora com o sorriso feliz da minha mãe em direção a minha barriga.

Eu também olhei pra lá e senti meus olhos marejarem. Tinha um bebê ali. Uma vidinha. Que era minha e de Severo. Eu não sabia bem o que estava sentindo, eu estava assustada, com medo, feliz, emocionada, eu já amava aquela criança antes mesmo de vê-la e de repente eu tive pânico. O que Severo iria achar?

Me lembrei de uma conversa que tivemos há um tempo atrás em que ele disse que não queria ter filhos por enquanto e alem disso estamos na linha de frente dessa batalha. Como poderíamos proteger essa criança se mau tínhamos como cuidar de nós mesmos? Se a cada vez que ele respondia um chamado do cara sem nariz poderia ser a última vez em que eu o via?

Sem perceber eu já estava chorando e minha mãe me abraçando.

-Pode parecer ruim por estarmos em guerra, mas ter um filho é um presente, uma dádiva, querida.

Apesar do meu desespero momentâneo eu percebi que ela se incluiu nessa guerra apesar de não ser bruxa.

-Eu sei, - disse me controlando pra não chorar mais – já tinha pensado nisso, em todos os pros e contras e temos que concordar que, pelo menos agora, há muito mais contras que pros.

-Você sempre foi assim, completamente racional. E se quer a minha opinião, você ainda vai perceber como essa criança veio na hora certa. Tudo na vida tem um por que.

Eu olhei agradecida pra ela e a abracei de novo. Ao mesmo tempo ouvimos passos apresados do lado de fora e depois dois homens muito preocupados e furiosos (não necessariamente nessa ordem) invadiram o quarto com cara de quem logo iria parar em Azkaban, no caso deles, de novo.

-Agora já chega dessa palhaçada. – começou meu pai.

-Queremos saber agora o que esta acontecendo. – completou Severo.

Vê-los assim, juntos, mesmo que pra brigar comigo, era algo muito bonitinho. Acho que era a primeira vez que eles concordavam assim, desde que disseram que se odiavamna primeira vez que se viram.

-Calma aí. – minha mãe levantou. E lá vai ela rodar a baiana – quem vocês acham que são pra falarem assim com nós duas?

-Marido dela e seu genro.

-Seu namorado e pai dela. – disseram juntos de novo.

Isso tava me deixando tonta.

-Vocês podem parar com isso, por favor? – pedi com cara de perdida, ou idiota. Provavelmente a segunda opção.

-Não. – disseram juntos de novo.

-Vocês estão deixando Hermione tonta, ela não pode passar mau então parem agora.

Eles olharam embasbacados pra minha mãe que manteve o olhar deles. Por isso eu adoro ela.

-Mãe, pode fechar a porta, por favor? – eu estava sentada na cama e não estava nada a fim de levantar ainda mais com as caras furiosas dos dois na minha frente.

Ela fechou e com o olhar me perguntou se queria ajuda pra contar ou se falava sozinha. Eu balancei negativamente a cabeça e dei um sorrisinho, que não a convenceu muito, afirmando que estava tudo bem, ainda percebi a cara de preocupada dela e me levantei.

Como se começa essa conversa? Eu não posso falar na lata, eles podem ter um ataque cardíaco e isso não ia ser nada bom. Ou eles podem perder os movimentos, caírem no chão e se machucarem feio. Já sei.

-Para evitar acidentes, acho melhor vocês se sentarem na cama, - eles se sentaram me olhando estranhamente – bom…

-Pare de enrolar e fale logo. – mandou o mestre de poções. – quando você enrola é porque é sério.

-Como eu ia dizendo – olhei pra ele como que o mandando calar a boca – esses últimos tempos tem sido muito complicados e cheios de preocupações e compromissos comas reuniões noturnas, os estudos extras, o estágio, enfim, eu não tive muito tempo pra reparar em mim, em meu corpo e tudo mais.

-Querida, eles estão a ponto de ter um treco aqui, tente encurtar a história. – minha mãe pediu olhando aflita de seu namorado (alguém teria que me explicar essa história) para seu genro pra mim e tudo de novo.

-Claro, mãe. Então eu não tive tempo pra notar que tinha uma coisa errada comigo, nem que eu tinha deixado de fazer uma certa coisa a um tempo atrás. Hoje eu acordei cedo e ajudei a arrumar a casa, eu subi depois de um tempo e fui em direção ao banheiro, mas ele estava trancada, eu percebi que você – apontei pro homem de preto a esquerda – estava no banho, eu não sabia se você ia demorar e estava muito apertada, então eu fui pro meu antigo quarto.

Snape concordou com a cabeça, confirmando que estava mesmo no banho.

-Lá e vi um papel colado que fez ago ligar no meu cérebro, então eu notei que tinha algo errado e pedi a ajuda da minha mãe, contei pra ela o que estava acontecendo e nós fomos até a farmácia.

-E o que estava acontecendo afinal? – perguntou meu pai.

-Minha menstruação estava atrasada e eu tinha esquecido de tomar a poção contraceptiva. Os resultados só confirmaram. Eu estou grávida.

Eu esperei cinco segundos, dez, meio minuto, um minuto, três, cinco minutos até que alguém fizesse alguma coisa. E não foi uma das melhores reações. Meu pai riu. Não, ele gargalhou, de rolar na cama e chorar de rir.

Severo ainda olhava pra mim, mais precisamente pra minha barriga, sem nem piscar. O rosto sem expressão. Eu desejei poder ler os pensamentos dele naquele momento. Acho que ele sentiu meu olhar fixo nele, porque ele me encarou de volta. Meu mundo parou naqueles olhos negros hipnotizantes e confusos.

-Desculpa, eu… - eu sussurrei pra ele a ponto de chorar, então vi algo mudando em sua expressão. Ele se levantou e me abraçou forte e eu não consegui mais conter as lagrimas que queriam cair.

-Shhh… a culpa não é sua. Tudo bem. – ele sussurrava com os lábios no topo da minha cabeça – eu é que tenho que pedir desculpas, se não fosse por minhas escolhas erradas no passado você não precisaria passar por tudo isso.

 -Não diz isso, você errou, mas se arrependeu do que fez e já se redimiu.

Percebi o silencio no quarto e estranhei ser meu pai paralisado agora.

-Minha filhinha. – ele olhou pro homem que ainda me prendia pela cintura e fez uma careta de ódio. – o que você fez com a minha menininha?

-Calma, pai.

-Eu vou MATAR VOCÊ!!! – então ele pulou no pescoço de Severo e os dois caíram no chão e começaram a brigar como dois adolescentes insanos.

-Parem!- eu e minha mãe pedíamos por vários minutos sem nos atrever a entrar no meio daquele monte de membros humanos se machucando.

Ate que eu tive uma idéia, era golpe baixo, mas faria os dois pararem. Olhei pra minha mãe e pisquei pra ela com um sorriso maroto no rosto.

-AIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII…  - eu comecei a gritar e deitei na cama segurando a barriga. – ta doendpo muito! AHHHHHHHHH…

Foi batata. Na mesma hora os dois pararam e correram pro meu lado, ambos preocupados e machucados.

-Acabou a palhaçada? – eles olharam surpresos pra mim. – que foi? Eu tenho sangue maroto e a cena estava ridícula, alem disso foi o único jeito de chamar atenção.

-Se você não estivesse grávida iria ver como é legal chamar a atenção dos outros assim. – disse Sirius muito irritado.

-Da próxima vez não se comportem como dois adolescentes querendo resolver tudo na força e eu não uso um golpe tão baixo assim. Agora por que vocês não se preparam pra daqui a alguns minutos, quando todos estiverem na cozinha pra ouvir a noticia?

Eu nem esperei eles processarem minha última frase e sai correndo puxando a mão da minha mãe.

Pedi pra todos os que permaneciam na casa, ou seja, uns quinze indivíduos sendo que a maior parte era composta por ruivos, pra irem pra cozinha.

Pra minha sorte (ou não) Dumbledore acabara de chegar a casa e foi pra cozinha também pra descobrir o que estava acontecendo. Todos estavam sentados lá, menos meu pai e meu marido, o que me preocupou muito.

As pessoas esperavam impacientes, mas nada daqueles dois aparecerem, então eu tive que começar sozinha.

-Eu não vou enrolar, porque sei que vocês tem muito o que fazer em pouco tempo, então preparem-se. Eu estou grávida.

A cena que se seguiu me lembrou muito de uma antes do inicio do ano letivo. Mais precisamente o dia que eu disse que iria me casar com Severo. Bagunça total. Pelo menos algumas pessoas faziam bagunça por estarem felizes com a notícia e não por estarem chocadas ou indignadas.

Recebi vários parabéns e muitos abraços. Alguns homens, que eu notei que estavam na roda de Dumbledore na noite anterior como o Sr. Weasley, por exemplo, me deram os parabéns, mas tinham uma expressão de preocupação muito mal escondida.

As garotas me fizeram ir pro quarto e me paparicaram muito, eu só estranhei meu pai e Severo não estarem lá e nem em lugar nenhum da casa. Por um momento eu pensei na possibilidade deles terem ido duelar em algum lugar, como um duelo de vida ou morte, mas não acho que eles sejam tão irresponsáveis assim. Talvez.

Minhas preocupações logo sumiram quando ouvi a voz do meu pai na porta exigindo entrar e depois a porta sendo quase arrombada por ele, revelando os dois homens da minha vida (Harry e Ron ainda são garotos, não entram na categoria dos mais velhos).

-Espero que essas bruxas tenham cuidado muito bem da minha filhinha e da minha netinha.

-Quem te iludiu dizendo que o meu filho é uma garota, Black?

-Que tal perguntar pra Mione, dizem que a mãe tem um tipo de sexto sentido que lhes diz se o filho é homem ou mulher. O que você acha, querida?

-Eu acho que não importa. Independente do sexo do bebê eu vou amá-lo do mesmo jeito e vocês também deviam pensar assim. E já adianto que não quero ouvir discussões sobre a casa em Hogwarts, times de quadribol e nem nada do tipo.

-Ela esta certa, qualquer tipo de briga pode afetar o bebê. – disse a Sra. Weasley usando todo o seu conhecimento na área. – e ela também não pode se estressar.

Eu já estava vendo que não iriam me deixar fazer nada até o bebê nascer. Meu bebê, meu filhinho o filhinha. Eu sorri e passei a mão na minha barriga.


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Notas finais do capítulo

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