Salvando O Mundo Com Um Casamento escrita por rafaela-snape


Capítulo 13
Capítulo 13




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LUA DE MEL

Enquanto Severo foi atender a lareira, Hermione arrumou as coisas deles mais ou menos pelo quarto, juntou a bagunça deles do café da manhã e até arrumou a cama, tudo manualmente, como aprendeu com sua mãe.

Mesmo depois de tanto trabalho, o homem não voltara ao quarto. Ela deitou-se na cama e esperou uma boa meia hora.

-Então, descobri o que faremos hoje. -disse Severo assim que entrou no quarto.

-Fale. - eu estava morrendo de curiosidade pra saber quem era na lareira e o que foi que demorou tanto, mas não iria perguntar.

-Vamos visitar a aldeia, passaremos o dia lá e nos próximos dois dias ficaremos no hotel.

-Ta bom, mas e nos outros dois dias? Se vamos fazer tudo em dois dias, ficaremos à-toa no resto do tempo?

-Nós só teremos três dias aqui, depois você vai descobrir por que. Agora só precisa curtir a viagem.

Eu o encarei por um momento. Não tinha gostado nada do que ele disse. Como assim ficaríamos apenas três dias e eu não posso ter explicações sobre? Isso ta me cheirando mal.

Gostando ou não de ficar sem saber de nada, tive que me arrumar rapidamente, pois o barco que nos levaria até o vilarejo já estava esperando e corria o risco de ir e nos deixar pra trás.

Descemos por uma estradinha bonitinha até o lago, onde entramos em um barquinho igual aqueles que se vê em Veneza (n/a: aqueles românticos sabem?), que nos levou ao pequeno porto do vilarejo.

O lugar era muito acolhedor, lugares pequenos assim sempre nos fazem sentir em casa. As casinhas pareciam com as das novelas antigas que vovó assistia, calçada de pedra e pessoas simpáticas.

Passeamos por todo o local e até compramos algumas coisinhas. Eu estava surpresa. Estava conhecendo um lado diferente de Severo, ele era sério, mas estava me tratando muito bem, parecíamos ao menos velhos conhecidos.

Pouco depois do meio dia, procuramos um lugar para comer, achamos um bar arrumadinho no que supus ser o centro da pequena vila.

-Bom dia. - disse Severo ao homem atrás do balcão.- O senhor tem almoço aqui?

-Dia. - respondeu o homem.- servimos almoço sim, pode se sentar ali- apontou pra uma mesa perto de uma janela- que logo mando a menina lhes atender, sim?

-Brigado.

Nós nos sentamos e logo veio uma garota com seus dez ou onze anos nos atender.

-Dia. O que vão querer?

-Qual a especialidade da casa?

-Peixe frito empanado acompanhado de batata frita e vinagre.

-Queremos uma porção desse. Tudo bem, Hermione?

-Claro.

-E para beber?

-Vinho. (n/a: não entendo nada de vinho e não quero colocar nenhuma bobeira aqui)

A garotinha pediu licença e nos deixou sozinhos enquanto ia preparar nosso almoço. Ficamos um bom tempo em silêncio, até que ele puxou assunto.

-O que esta achando da viagem?

-Legal. Nunca pensei que conheceria um lugar assim. Tão calmo. Nem parece que há uma guerra lá fora, poderia até morar aqui.

-Realmente. Parece que a guerra não chegou a esse lugar.

-Isso tudo é inacreditável. É incrível como a vida apronta com as pessoas. Se alguém me dissesse á oito ou sete anos atrás que eu era uma bruxa e que eu estaria aqui, agora, com você nas atuais circunstancias, eu recomendaria um psiquiatra.

-Idem. Se alguém me dissesse ano passado que eu me casaria com você, mandaria pro St. Mungus.

A comida chegou e interrompeu por um momento a conversa. Almoçamos e conversamos sobre varias coisas, a conversa fluía sem esforço e era muito agradável. O dia foi incrível, fiquei até chateada de voltar ao hotel, estava tão bom andar por aquelas ruas. Acho que não sentia essa paz desde... Desde que encontrei Harry Potter e Ronald Weasley pela primeira vez.

-Quer tomar banho primeiro?- perguntei a ele.

-Tudo bem.

Isso estava cansando. Estávamos tão entrosados que as respostas às perguntas eram sempre as mesmas. Tinha que relevar, afinal, é como se nos conhecêssemos há quase duas semanas.

Com mania de arrumação herdada de minha mãe, arrumei a roupa pra levar ao banheiro, organizei um horário para os próximos dias e estava quase terminando quando ouvi a porta do banheiro ser aberta.

-Eu preparei mais ou menos o que poderíamos fazer nesses dois dias, se quiser dar uma olhada. -disse ao me levantar. Erro total levantar os olhos.

Dei de cara com um homem super musculoso, só com a toalha branca do hotel enrolada na cintura, cabelos negros totalmente molhados.

-Esqueci de levar uma roupa, desculpe.

-Tudo bem - respondi depois de engolir em seco. Eu me casei com um deus grego! Me dei bem!

Eu tomei um longo banho de banheira, queria apenas relaxar e me lembrar de como meu marido é gostoso.

-Hermione Snape - experimentei dizer meu novo nome em voz alta. Soou bem, gostei.

Ao sair dali, encontrei Snape analisando a paisagem, ele estava muito pensativo o dia todo, eu pude notar.

-Esta tudo bem?-perguntei parando ao lado dele na janela.

-Por que não estaria?- me respondeu.

-Tem razão. Ele foi buscar o jantar e eu fiquei o esperando ainda olhando pela janela.

Me assustei ao ver uma coruja branca como a neve se aproximando da janela. O susto foi por saber que era Edwiges, o que ela estava fazendo ali não sei. Ela deixou uma carta em cima da cama e se empoleirou numa das cadeiras.

Quando eu fui pegar a carta, ela soltou um pio alto. A carta não era pra mim, como pensei a principio, era para Severo. Tem alguma coisa seria acontecendo aqui e ninguém quer me contar.

-Chegou uma carta pra você. –Disse enquanto lhe entregava o envelope.

-Obrigado. - disse ao pegar a carta. Ele tirou dois pergaminhos de dentro do envelope e entregou um pra mim. Reconheci a letra dos meninos e da Gina.

            “Oi Mione,

Espero que esteja tudo bem por ai. Sabe que qualquer coisa pode escrever que eu vou ai e mato o Snape, né?Estou morrendo de saudades (Harry)

E ai Mione!

Esse seboso esta te tratando bem? Espero que sim. E você? Gostando do lugar? Sei que a companhia é péssima, mas tente aproveitar o lugar pelo menos (Ron).

Mi,

Não liga pra esses dois bobos ai em cima não, só se divirta. Quando você chegar quero ouvir os mínimos detalhes.

Descobrimos o sexo dos bebes da Tonks. É um casal. Não é lindo?Ela e o professor Lupin estão super felizes, Por falar em casal... o Harry finalmente me pediu em namoro e eu que não sou boba aceitei. O Rony parece que está caidinho pela, pasme, Luna!

Não precisa responder, deve ter muito que curtir, ai.

Bjss, de todos.”

Fiquei hiper emocionada com as novidades, ri sozinha enquanto lia a carta.

Quando olhei para o homem ao meu lado percebi que sua cara não era das melhores.

-Temos que voltar. - começou a dizer assim que terminou de ler pela décima vez a carta.- Temos que voltar agora.

-Por quê?- perguntei sem entender nada. - Não iríamos voltar daqui a dois dias? Aconteceu alguma coisa grave?

-Aconteceu. - ele respirou fundo antes de continuar.- Seus pais foram atacados assim que chegaram em casa ontem a noite. Depois do nosso casamento.

Eu não pude acreditar, não consegui raciocinar rapidamente. Cai sentada na cama, sem forças. Meus pais. Atacados. Lagrimas saiam de meus olhos. Comecei a soluçar incontrolavelmente. Pude sentir braços me rodeando. Apoiei a cabeça no ombro do sonserino, ele fez carinho nos meus cabelos, ficamos assim por um bom tempo, pareceram minutos, mas creio que foi bem mais, talvez horas, eu fui me acalmando, me sentia segura entre aqueles braços.

Ele arrumou nossas coisas, nos trocamos e fomos via flú pro hospital onde meus pais estavam. Foi difícil chegar à recepção e perguntar pelo casal Granger, mas eu consegui e descobri o numero do quarto deles. Fui primeiro ao do meu pai que era antes do da mamãe.

-Pai?

O encontrei deitado, ele parecia péssimo, as lágrimas voltaram aos meus olhos.

-Filha. -Disse forçando a voz.

-Eu estou aqui papai.

-Quem mais esta aqui?

-Eu, senhor Granger - disse Severo.

-Oh! Rapaz! Chegue mais perto.

As lagrimas saiam dos meus olhos, eu segurava a mão do meu pai e Severo parou as minhas costas.

-O senhor vai ficar bem, pai.

-Não querida. Eu vou dessa pra melhor logo, logo.

-Não fala assim pai.

-Severo. Quero que me prometa que vai cuidar da minha menina, não vai deixar nada de ruim lhe acontecer.

-Claro, eu prometo.

-Filha. - eu estava tentando me controlar, mas não estava me saindo bem.- Você foi o melhor presente que Deus me deu. Eu amo muito você e sua mãe. Diga a ela que a amo.

Ele deu um ultimo suspiro, o aparelho conectado a ele parou e eu desabei em lágrimas. Severo me segurou e me tirou da sala, eu estava sendo carregada por ele até um banco ali perto.

-Quer ir pra casa?

-Não- sussurrei- tenho que ver minha mãe.

Ele foi me segurando pela cintura até a porta, onde eu parei e respirei fundo. Precisava ser forte pela minha mãe.

-Mamãe?- perguntei ao vê-la sentada na cama.

-Hermione? Pequena?-Perguntou já estendendo os braços pra um abraço apertado.

-Como esta se sentindo?- lhe perguntei docemente.

-Bem considerando a atual situação.

-O que aconteceu, mãe?

-Chegamos em casa e entramos, eu fui até a cozinha pra fazer um café pro seu pai, quando eu ouvi...-Ela não conseguiu terminar de falar.

-Calma mãe.

-Foi horrível.

-Senhora Granger. - começou Severo- olhe nos meus olhos, por favor.

Mesmo sem entender, ela fez o que ele pediu. Eles ficaram um bom tempo daquele jeito. Acho que ele estava lendo a mente dela.

-Sinto muito. Desculpe por isso. -Ele disse desviando o olhar.

-A culpa não é sua. - disse minha mãe.

-Alguém pode me explicar?-Implorei.

Severo me contou o que aconteceu. Quando minha mão chegou à cozinha, ouviu o grito de dor do meu pai, Ao chegar à sala ela viu três comensais torturando-o. Eles lançaram varias cruciatus neles e só os deixaram vivos pra avisar que a culpa daquilo tudo era do meu casamento. De algum modo Voldemort ficou sabendo e quis deixar um recado.

-Já viu seu pai?- perguntou minha mãe logo após o relato de Severo.

-Vi.

-Como ele esta?

-Mãe. A senhora tem que ser forte.

-Não... - sussurrou- Não pode ser. Por favor!

-Ele... O papai mandou lhe dizer que a ama muito. - eu disse.

-Nãaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaao!-ela gritou. Não preciso dizer que cai no choro de novo.

-Sarah!- disse Sirius ao entrar no quarto. Ele a abraçou e apertou em seus braços. Eu lhes dei espaço e fui buscar abrigo nos braços do meu marido.

-Mãe - disse depois de um tempo. - Quer que eu fique aqui?

-Não precisa, filha - quem respondeu foi meu pai, Sirius - pode ir pra casa, creio que precisa descansar da viagem. Separei um quarto pra vocês dois, é ao lado do seu, pequena.

­-Esta bem. Volto depois, mamãe. - me despedi dos dois e fui embora.

Chegando em casa, dei graças a Merlim por estar vazia, fomos direto pro quarto, recusei comida e o banho, me sentia péssima. Meu pai morreu porque eu me casei. Eu queria sumir.

Longe dos olhos da minha mãe eu desabei. Chorei até as lágrimas secarem. Severo em nenhum momento saiu de perto de mim, ele me abraçou de novo e me consolou, até que soltou um palavrão.

-Que foi?-m perguntei num fio de voz.

-Tenho que ir. Desculpe.

-É ele, não é?

-É.

-Cuidado. Por favor. -lhe abracei antes dele sair do quarto. Sei que esperou chegar longe dos meus ouvidos para transfigurar a roupa pra seu “uniforme de trabalho”.

Passei o resto da noite, até quase duas da madrugada chorando e implorando pra que Severo voltasse bem, já que o humor de seu “chefe” não parecia dos melhores e estava direcionado completamente para ele.

Acabei adormecendo e tive um sonho estranho. Era um casal, já velhos conhecidos, com uma criança, um menininho que parecia ter uns oito ou nove anos. Eles estavam em um parque e brincavam tranqüilos. O sonho me acalmou, parecia que nada poderia acabar com a felicidade dessa pequena família. Fui arrancada do sonho por um barulho alto no andar de baixo.

Eu peguei minha varinha e desci cuidadosamente as escadas. Pude ver um monte preto jogado no chão do corredor. Corri ao reconhecer o mestre de poções largado no chão.

Ele tinha desmaiado, então tive que levá-lo até a cama, onde pude ver o quão ferido ele estava.


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Notas finais do capítulo

Fortes emoçoes! um passeio perfeito, uma morte tragica, mas nao me azarem, é necessario e por fim um sevie machucado.
o que será que vai acontecer agr? a mione aguenta cuidar dele sozinha?
só depois de no minimo 5 reviews vcs vao descobrir. *risada maléfica*