Just In One Direction escrita por CostaSalazar


Capítulo 72
Capítulo 72




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Harry chegou ao prédio das portuguesas e telefonou para que Gina descesse. No entanto a portuguesa tinha o telemóvel desligado, obrigando-o assim a subir.

- Harry!

- Olá Lúcia. A Gina?

- Ela ainda não chegou.

- Não? Mas nós tínhamos combinado…

- Já lhe ligaste?

- Já. Mas tem o telemóvel desligado.

Nesse momento o telemóvel de Harry recebe uma mensagem.

- Vês? Deve ser ela. – Alerta-o Lúcia.

Ele pegou no telemóvel e o sorriso desapareceu.

- O que foi?

- Ela não vem.

- Ah? Como?

- A mensagem diz: “Vou a uma festa com os meus colegas de curso. Desculpa mas prefiro estar com eles. Gina.”

- Não acredito. – Exclama a amiga.

- Eu já devia saber que não ia dar em nada. Vou embora.

- Mas Harry…

- Deixa estar Lúcia. Eu estou bem.

O rapaz foi-se embora e Lúcia fechou a porta.

- Eu vou matar aquela gaja! – Pensou ela.

Zayn acordara maldisposto e assim continuou ao longo de todo o dia. Ninguém o aturava! De tarde saiu e depois de uma volta de carro, parou em frente à casa de Sofia. A vontade era subir para estar com ela, mas não o fez. O que é certo que aquela visita do portuguesinho a ela o estava a deixar maluco. O motivo só podia ser um. Por mais que lhe custasse a admitir, começava a achar que era a verdade. Mas isso deixava-o metido numa enrascada visto que eles tinham aquele maldito acordo de “só sexo, nada de compromissos, nada de sentimentos”. Estava certo de que ela não o via de outra forma se não como amigo. Tinha de tentar acabar com aquilo. De outra forma podia vir a acabar com a amizade deles e isso é que não podia acontecer! Pegou no telemóvel e ligou para a primeira “velha amiga” que ele viu. Depois de tudo combinado, começou a conduzir.

Já eram quase oito da noite, estava escuro e frio. Gina, dentro daquela casa de banho, não desistia e continuava a bater na porta para que a ouvissem.

Um vigilante que estava a ver se estava tudo em ordem, começou a ouvir o barulho que a portuguesa fazia.

- Está aí alguém?

- Estou trancada cá dento. Ajude-me se faz o favor!

O homem viu que tinham posto uma tábua para trancar a porta. Retirou isso e finalmente Gina conseguiu sair de lá de dentro.

- Ar fresco, finalmente!

- A menina está bem?

- Sim, sim. Muito obrigada!

- Venha que eu acompanho-a à saída. Tem carro lá fora?

- Não... Mas o metro é muito longe?

O vigilante indicou o metro a Gina, e assim ela chegou a casa.

- Que cena é essa de trocares o Harry pelos teus colegas de curso? - Grita Lúcia, a Gina que tinha acabado de entrar em casa.

- Estás a falar de quê?

- Da mensagem que mandaste ao Harry!

- Eu não mandei mensagem nenhuma ao Harry!

- Eu vi ele a ler a mensagem.

- É impossível eu ter-lhe mandado uma mensagem porque eu estive sem rede fechada numa casa-de-banho no meio do monte!

- O quê?!

- Explica isso melhor. - Pede-lhe Sofia.

A morena começou a contar-lhes tudo, desde a conversa com a Caroline, até ficar fechada na casa-de-banho.

- Aposto que foi a cabra da Caroline. - Acusa logo Lúcia.

- Claro que foi. Só para eu faltar ao encontro com o Harry.

- Devias ter visto a cara dele quando recebeu aquela mensagem... Ficou mesmo triste.

- Tenho que ir à casa dele agora.

- Hoje não vais a lado nenhum. É melhor ires amanhã. - Aconselha Sofia.

- Nem vou conseguir dormir...

Na casa dos rapazes vivia-se um ambiente pesado para os lados de Zayn e Harry. Sobre Harry, todos sabiam, todos gozavam. Relativamente a Zayn ninguém desconfiava do que se passava, mas nem valia a pena tentarem perceber porque eram corridos com sete pedras na mão pelo muçulmano mal-humorado.

- Bem, vamos jantar meninos? – Chama Louis os dois desiludidos da porta da sala.

- Não tenho fome. – Respondem os dois em uníssono.

- Deixa lá Louis, mais sobra. – Brinca Niall a passar no corredor.

- Eu vou sair. – Avisa Zayn levantando-se e dirigindo-se à saída.

O moreno de ascendência paquistanesa tinha combinado com Abbie, uma ex-universitária ruiva conhecida por todos os rapazes da universidade por ser “boa” e por todas as raparigas por ser rameira. Sabia que era disso que precisava: estar com outra rapariga para umas horas de prazer.

Quando Zayn entrou no bar onde tinham combinado, viu-a logo. Estava no seu grupo de amigas e com dois ou três rapazes já a rondá-las. Ela viu-o de longe, acenou-lhe e logo depois estava a caminhar para si. Ele estava já ao balcão a preparar-se para beber. Ela acompanhou-o. Palavrinha aqui, palavrinha ali e já Zayn lhe roubava um beijo. Pouco depois já ele pagava a conta para saírem dali. Meteram-se no carro dele e dirigiram-se para um sítio escondido enquanto dividiam um charro por entre risos e conversas mais perversas.

Ele parou o carro. Naquela rua escura já ninguém passava àquela hora. Não demorou muito a que Zayn se visse no banco de trás com ela no seu colo. Entre beijos e carícias, foram avançando. A imagem de Sofia não lhe saía da cabeça. Por mais que tentasse abstrair-se de tudo e concentrar-se no momento, não conseguia. Abbie não podia fazer mais nada para o excitar, porém ele não correspondia. O sentimento de culpa era imenso. Sentia-se o maior cobarde à face da terra. Não era ali que ele devia estar, mas sim à beira dela. Tinha de lutar por ela. Conquistá-la. Pediu desculpa à rapariga e desculpou-se dizendo que andava com uns problemas familiares que o andavam a afetar demasiado. Ele deixou-a em casa dela e foi-se embora. Quando chegou, todos já dormiam. Tomou um banho e foi-se deitar.

No dia seguinte, Zayn acordou bem cedo. Precisava desabar. Precisava confrontar-se com aquela ideia de gostar de alguém. Não sabia o que isso era, mas sentia-se a chegar à loucura! Passou novamente pela casa dela. Olhou para a janela do seu quarto. Estaria certamente a dormir. Andou mais uns metros de carro e parou. Saiu do carro e bateu à porta da sua irmãzinha.

- Aqui? Então? Saudades minhas? – Brinca Débora.

Ele ri-se e abraça-a.

- Ui… Já vi que hoje estás muito emotivo!

- Por acaso. Queria falar contigo. Estou a precisar de alguém que me ature e aconselhe.

- Anda. Vamos para o meu quarto que ficamos mais à vontade.

Ambos passaram pela sala e ele cumprimentou as outras. Chegando ao quarto, Débora sentou-se na cama e perguntou-lhe o que tinha ele para lhe dizer. Ele, ainda de pé, foi direto ao assunto.

- Débora, eu… acho que estou a gostar de uma pessoa.

- Eh lá!... – A rapariga ficou surpresa. – Não sou eu, pois não?

Ele riu-se.

- Não trenguinha.

- Ah… Já me deixaste mais sossegada. – Continua ela. – Estava só na brincadeira contigo, para ver se tiravas essa cara de enterro. Gostares de alguém é bom. Não é motivo de estares assim. Se bem que tu a gostares de alguém, desculpa lá, mas é algo que eu não esperava.

- Nem eu… - Ri-se ele.

- Mas conta lá! Anda lá na universidade a minha cunhadinha?

Ele sorriu-lhe.

- Tu conhece-la. E bem, aliás.

- Ah? Quem?

- É a Sofia.

Ela partiu-se a rir.

- A sério? Tu estás apaixonado pela Sofia? Oh meu Deus!

- Acho que sim.

- Awn… Que fofinho! Por mim está aprovado! Mas eu nunca pensei… Eu já sabia que vocês quando se conheceram tiveram um envolvimento mas nunca vos imaginei juntos. Mas realmente… Não ficam nada mal juntos, não.

- Tu não sabes da missa a metade…

- Ah? Como assim?

Zayn contou-lhe tudo o que se passava desde o início do ano entre ele e a morena dos caracóis. Débora ficou estupefacta. Nunca pensara em algo do género, nunca notara nada de mais entre eles.

- Mas e ela?

- Não sei. Mas eu acho que ela só me vê como amigo. Tal como eu a via há uns tempos. Desde que o Niall esteve no hospital é que eu comecei a sentir-me esquisito quando estou à beira dela. Esquisito, não por me sentir mal, mas por me sentir bem, completo. E quando não estou com ela… Quero estar. E não é pelo sexo. Estar com ela pelo simples facto de estar é tão bom! Contudo também te posso dizer que o sexo ficou ainda melhor! O melhor da minha vida! Nunca me tinha arrepiado só pelo toque ou só por uma troca de olhares como agora acontece. É tão bom! E depois sinto uma enorme necessidade de a proteger. Principalmente daquele cabrão que veio agora de Portugal atrás dela. Não deve ter entendido que a oportunidade dele passou porque ele a desperdiçou. Se está arrependido é natural, mas que morra. Não tem nada de andar a chateá-la. Anteontem, quando o vi na casa dela de manhã, apetecia-me expulsá-lo ao murro e ao pontapé.

- Eu a isso não chamaria necessidade de a proteger… É mesmo ciúmes.

- Ciúmes? Pff… De um franguinho como aquele?

Débora assentiu com a cabeça.

- Afinal ele é ex dela. E as coisas acabaram de uma forma estranha. Não foi por ela ter deixado de gostar dele.

Zayn ficou sem fala.

- Vá! Anima-te! Tens de conquistá-la. Mostrar-lhe que és o tal para ela. Que a podes amar mais do que ele ou um outro qualquer.

- É fácil falar…

- Meus Deus! Ainda me custa acreditar que tu, o rei dos mulherengos, estejas apaixonado…

- Mas achas que posso ter hipóteses?

- Não faço ideia! Mas acho que se ela anda contigo da maneira que anda é porque não te é completamente indiferente e se assim for é fácil que a amizade que ela sente por ti venha a evoluir e transformar-se em algo mais… Assim como aconteceu contigo.

- Obrigado loira! Adoro-te! – Exclama Zayn despedindo-se da amiga com um beijo na testa. – Era isso que eu precisava ouvir.

- Espera! Onde vais?

- Vou lá. Acredita: eu vou conquistá-la!


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