Just In One Direction escrita por CostaSalazar


Capítulo 5
Capítulo 5




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E um mês passou. Sofia e Vitor desde aquele beijo à beira rio recomeçaram o seu namoro e desta vez sem problemas. Vitor parecia ter mudado verdadeiramente por amor.

Gina ao longo desse mês pensou muito no rapaz que conhecera em Londres. Aquele olhar, aquela voz, tinham-na realmente fascinado. E ainda para mais era simpático. Só se lamentava de que nunca mais o pudesse ver.

Certo dia, estava Lúcia a acabar de jantar em família quando a sua mãe lhe diz:

- Olha, é verdade… Recebeste hoje uma carta.

- Eu? – Surpreende-se Lúcia. – De quê?

- Não sei, nem prestei muita atenção. Estava com pressa quando fui à caixa do correio. Mas vai ver. Está lá na mesinha da sala.

Lúcia foi buscar a carta e ficou maravilhada só de ver o timbre da University College no envelope. Começou a festejar ainda antes de abrir a carta. E quando leu o conteúdo mais eufórica ficou. Correu à cozinha e só conseguiu dizer aos pulos de alegria:

- Vou estudar para Inglaterra! Consegui uma bolsa na universidade de Londres!

A família ficou sem reacção. Era bom, claro, mas por outro lado tinham de ficar afastados dela. No entanto, a família não ficou contra ela ir. Era uma oportunidade espectacular e ela só ficaria a ganhar com aquela experiência. Por isso, apoiaram-na ao máximo.

Enquanto Lúcia falava ainda com a família sobre a sua ida para Inglaterra, Gina telefona-lhe. Também ela tinha sido aceite na universidade. A alegria tornou-se ainda maior. Assim não tinham de ir sozinhas, durante um ano inteiro, para um país onde não conheciam ninguém. Mas logo as duas se lembraram de Sofia. Será que também ela tinha sido admitida? Foi Gina que lhe ligou.

- Olá Su!

- Oi Gi!

- Então, novidades? – Pergunta-lhe Gina.

- Nem por isso… E tu? - Responde-lhe a amiga.

- Foste à tua caixa de correio hoje? – Insiste Gina.

- Ah? Não. A minha mãe deve ter ido, não sei. Porquê? – Estranha Sofia a pergunta.

- Eu e a Lúcia recebemos uma carta da University College. Fomos as duas admitidas. Lembraste da prova que lá fizemos? Foi isso. Conseguimos! E nós pensamos que talvez tu também pudesses ter recebido algo. – Explica a outra.

- A sério? Que espectáculo! Parabéns! – Exclamou Sofia. - Mas acho que não recebi nada, se não a minha mãe tinha-me dito…

- Mas vai perguntar-lhe! Vai lá!

- Mas ela agora não está. Espera lá que eu vou ver se encontro alguma coisa.

Sofia procurou e não encontrou nada.

- Não pode ser… Também tens de estar entre os escolhidos. – replica Gina.

- Ó Gina não te importes com isso. Goza o facto de tu ires para lá. Isso é que importa. E ainda por cima tens a Lúcia contigo. Vão ter um ano fantástico. Já estou é com saudades vossas! – Conforta-a a amiga.

Sofia estava contente pelas amigas, mas no fundo também se sentia triste por não ter conseguido a bolsa para acompanhar as acompanhar nessa aventura de viver num outro país.

No dia seguinte, ao acordar, a mãe de Sofia pergunta-lhe de que era a carta que ela tinha recebido que vinha com um envelope com escritos noutra língua. Sofia lembrou-se de imediato da carta da University College. Esquecera-se de perguntar à mãe na noite anterior se tinha recebido algo e, ao que parecia, parecia ter mesmo recebido. Logo ficou histérica de alegria, explicou à mãe o que seria e perguntou pela carta. Leu-a e traduzindo-a à mãe que entre lágrimas mostrou-se orgulhosa da filha.

Quando contou à Gina que também tinha recebido a carta, a amiga ficou ainda mais feliz. A morena de influências peruanas sentia-se a rapariga mais afortunada à face da Terra desde que recebera a carta. Sempre tinha sonhado estudar no estrangeiro e além disso ao receber a carta em mãos, pensou logo em Harry. Afinal talvez o voltasse a ver. Era possível que também ele estivesse a estudar lá ou fosse para lá estudar. Não sabia explicar o porquê mas aquele pensamento surgiu-lhe. E o pior é que se sentia um bocado estúpida por pensar nele. Perguntava-se se estaria apaixonada mas logo de seguida lutava contra esse pensamento. As amigas diziam-lhe que sim, estava apaixonada, mas ela, casmurra, insistia que não, que apenas simpatizara com ele.

Já Sofia, após tanta felicidade, vê-se perante um problema: era Vitor mais uma vez. Invadida pela alegria, chegou memo a pegar no telemóvel para lhe ligar a contar a novidade. Contudo, no momento seguinte desistiu de o fazer. Sabia que ia dar em problema. Ele não ia aceitar a ida dela para Inglaterra. Então, preferiu ir adiando a conversa. Mas de uma coisa estava certa: não ia deixar escapar aquela oportunidade.

No dia seguinte encheu-se de coragem e contou-lhe. O pobre rapaz não queria acreditar. Não queria ficar sem ela. Só lhe implorava para não o abandonar mas ela estava irredutível. Por muito que lhe custasse fazer aquilo não podia perder aquela bolsa de estudo em Inglaterra. Os dois, entre lágrimas, sentiam a tristeza a remoer-lhes o coração. Revoltado, Vitor, vira-lhe costas e vai-se embora, deixando-a de rastos, com um enorme sentimento de culpa.

Uma semana depois estavam já na véspera da partida das três sortudas. Os amigos decidiram fazer-lhes uma festa de despedida em que, aliás, se divertiram bastante.

Sofia andava um pouco triste. Pouco falara com o Vitor depois de lhe ter contado da sua ida para Londres, e o pouco que falara fora para discutir. A cada conversa que tinha com ele mais culpada se sentia, pois ele só lhe implorava para não o deixar e vendo que ela não cedia à sua vontade, virava-lhe as costas. Eram estes actos que mostravam o antigo Vitor, aquele com quem ela tinha acabado antes da viagem de finalistas: alguém insensível, senhor do seu nariz, incapaz de uma delicadeza. E isto também fazia com que ela o visse com outros olhos. Por muito que compreendesse o seu sofrimento, nada justificava as reacções dele. Se ele a amasse realmente tinha de ficar contente com esta bolsa que ela tinha ganho, em vez de reagir de forma tão egoísta.

Naquela festa que os amigos lhes prepararam, Sofia sentia-se abatida pela ausência de Vitor. Ninguém sabia dele, e nem mesmo se iria aparecer. Sofia estava preocupada. Sentia que algo estava para acontecer.  

O certo é que apareceu, e não passou despercebido por ninguém. Estava completamente pedrado e tresandava a álcool!

- Sofia! Sofia! Onde estás amor? Aparece por favor, preciso de te dizer umas coisas. Onde estás? – Gritava ele por entre as pessoas da festa.

Quando a vê dirige-se a ela a correr, tropeça, cai estatelado no chão, ficando assim, sem se mexer. Ela, preocupada tenta levantá-lo, mas ele, chorando, começa a tratá-la mal:

- Larga-me! Tu não me queres realmente. Para quê que vens fazer agora o papel de namorada perfeita? Tanto me amavas, tanto fizeste para me teres e quando me consegues, quando eu me apaixono por ti, fazes-me isto: abandonas-me. És uma puta do caralho. Este tempo todo a gozar com os meus sentimentos… Vai, vai lá para o quinto dos infernos dá-lo aos ingle…

E um grande estalo de Sofia arrebata a cara de Vitor, impedindo-o de acabar a frase. Mais uma vez ela tinha de intervir violentamente para com ele. Todo o seu sentimento se esgotou ali. Não admitia que lhe chamassem aquilo que ele lhe chamou.

Toda a gente que olhava para aquele escândalo comentava o estado alterado de Vitor. Ele, depois da chapada de Sofia, olhou para ela com os olhos em lágrimas e saiu a passos largos. Já ela aguentou-se firme enquanto ele esteve presente. Depois da saída, a coitada desmontou. A felicidade daquele dia acabara naquele momento.


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