Just In One Direction escrita por CostaSalazar


Capítulo 40
Capítulo 40


Notas iniciais do capítulo

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Débora ficou calada depois de os outros irem para cozinha, tentando manter o olhar desviado do loiro.

- O que tens contra mim?

- Para além do facto de existires, nada.

- Pronto. Eu sei que eu fui muito estúpido com certas coisas que aconteceram, mas nada foi de propósito. Eu nem reparei no que tinha feito.

- Pois sim…

- A sério Débora.

- Eu também não te perguntei nada.

- Mas eu sinto que te devo pedir desculpa para, quem sabe, começarmos uma amizade. Ou pelo menos para falarmos e não resmungarmos um com o outro.

Débora encolheu os ombros. Não podia negar que o pedido de desculpas dele a tinha tocado. Mas, por outro lado, não podia dar parte de fraca agora.

- Não vais dizer nada?

- Não tenho nada a dizer-te. Tu é que quiseste falar comigo, não fui eu.

- Dá-me uma oportunidade para te mostrar que eu não sou assim tão má pessoa, só te peço isso.

Débora continuava calada.

- Pois bem. Se queres guerra, guerra vais ter. Eu não queria, mas tu é que estás a pedi-las.

- Que queres dizer com isso, diz lá! Que queres dizer? – Pergunta Débora furiosa.

Niall encolheu os ombros e arqueou as sobrancelhas.

Débora ficou ainda mais possessa! Aquele loiro oxigenado estava a desafia-la! Então, virou-lhe costas e foi à casa de banho só para fugir da imagem dele.

Niall ficou a rir-se enquanto lhe apreciava o rabiosque jeitoso. Tinha um para-choques bastante interessante a loira casmurra. Aquele jeitinho difícil dela estava a deixá-lo maluco! No entanto ao mesmo tempo, deixava-o triste. Não gostava de certas respostas que ela lhe dava. Ele sempre podia virar-lhe as costas e desistir, mas não conseguia tirá-la da mente. Como podia ele gostar de alguém como ela? Nunca tinha gostado de raparigas que o tratassem mal… Era algo completamente oposto ao que ele quis. Mas a verdade é que era aquilo que ele estava a querer e não ia desistir. Ia-lhe então responder na mesma moeda. Se ela era má, ele tinha de o ser também. Não tinha muito jeito, mas ia fazer os possíveis para conseguir.

-Aqui na cozinha está um frio do caraças! – Reclama Gina.

- Frio!? Fogo! Deves estar doente. – Responde-lhe Sofia que ainda tinha Zayn bem pertinho de si.

- Estou a falar a sério. Por acaso a porta ou a janela não estão abertas? – Pergunta a outra.

Zayn foi confirmar e reparou que a porta estava com uma frincha aberta.

- Parece que afinal sempre está aberta. – Diz Zayn.

- Ah! Estás a ver? Eu disse, eu disse.

- Eu vou fumar.

- Pff… Então antes de voltares toma banho e lavas os dentes se faz favor. - Reclama a morena dos cabelos lisos.

Ao sentirem que havia gente na cozinha, Raquel e Liam pararam o seu envolvimento. Sentaram-se no banco, mas Raquel deitou a cabeça no colo dele. Liam ficou um pouco desconfortável mas ela acalmou-o:

- Não estou a fazer nada de mal. És meu amigo e estamos a falar. Eu apenas me confortei ao deitar-me no teu colo.

Liam sorriu e concordou.

Raquel estava muito feliz com tudo aquilo. Aos anos que desejava algo do género.

Foi então que Zayn saiu da cozinha e reparou nos dois. Recuou e disse às duas amigas que estavam na cozinha, de modo a que os dois que estavam na varanda também ouvissem:

- Olha, os dois desaparecidos afinal estão a dar uma de malucos ao frio. E nós a pensar que eles estavam no computador, a navegar pelo Twitter e pelo Facebook…

- Ó Zayn, que andas para aí a falar? – Pergunta Raquel continuando na mesma posição.

- Nada, nada… Apenas não sabíamos de vocês.

- Estávamos aqui a conversar. – Explica Liam.

- Com este frio? Vocês lá sabem…

- Mas se está frio que estás tu aqui a fazer? – Questiona Raquel.

- Fumar. – Responde Zayn pegando no maço.

- Ui, ui… Deixa-me ir embora então. Não aguento o fumo! – Contesta a rapariga.

Zayn ri-se enquanto põe um cigarro na boca e Raquel foge levando Liam consigo pela mão.

Quando os dois entraram na cozinha ficaram à conversa com Gina e Sofia, que já há muito tentava estar com Zayn a sós, aproveitou-se. Lentamente saiu da cozinha e ele, sem se virar, deu pela chegada de alguém que ele tinha a certeza saber de quem se tratava:

- Já imaginava que viesses cá fora.

- Convencido… - Responde-lhe ela a rir-se.

Ele virou-se e puxou-a para a sua beira.

- A tua sorte é que eu não tenho nada contra o tabaco e os fumadores…

- Pois, até já te ouvi dizer que tens uma tara qualquer por eles.

- Por acaso, acho sexy.

- Eu não acho que a tara seja por fumadores, é pelo fumador.

Sofia gargalhou.

- Eu bem digo: convencido!

Zayn, depois de travar o fumo e de o expulsar dos pulmões, replica-lhe.

- Tu até gostas… Até vieste ter comigo.

- Fiquei com pena de ti, aqui sozinho ao frio… - Brinca ela.

Zayn riu-se.

- Inventa outra. – Chegou-se então ao ouvido dela e disse-lhe bem baixinho, fazendo-a arrepiar-se – Quero estar contigo. E sei que também queres.

Ela deixou escapar um sorriso maroto.

- Como sabes que quero?

- Vejo nos teus olhos.

Ela tentou fugir do tema de conversa, fugindo-lhe também com o olhar.

- Está um frio do caralho aqui!

-Sofia! – Exclama ele a rir-se.

- Diz, Zayn.

- Ele, mordeu o lábio inferior, apagou o que restava do cigarro, deitou-o fora, e num repente, puxou-a e beijou-a.

Durante o beijo, Zayn afastou-se fazendo-a ir atrás da boca dele. Ele riu-se.

- Ah, pois! E ainda dizes que não…

- Não sejas estúpido! E ainda para mais alguém podia ter visto.

- Mas não te preocupaste nada. Até querias mais…

- Oh! – Exclama ela sorrindo envergonhada, desviando olhar.

- Logo à noite?

- O quê?

- Eu depois mostro-te.

Ela voltou a gargalhar.

- Tu és maluco!

- E tu não?

- Estúpido!

- Deixa lá… Eu também te detesto.

Sofia ficou a olhar para o sorriso malandro dele, com os olhos arregalados.

Ele, muito depressa, deu uma olhadela à porta para ver se ninguém estava por perto e deu-lhe um selinho nos lábios, fugindo de seguida para a cozinha.


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