Just In One Direction escrita por CostaSalazar


Capítulo 32
Capítulo 32




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Mais uma quinta-feira, mais um dia de aulas. Raquel já não tinha mais aulas naquele dia, mas decidiu ficar o resto da manhã na biblioteca a tratar de um trabalho. No entanto, quando levantou os olhos do que estava a fazer viu Liam à procura de um livro. Ficou sem saber o que fazer. Ele certamente não queria falar com ela, mas ela não ia conseguir tê-lo à sua frente sem se dirigir a ele.

- Achas que podemos falar? – Pergunta-lhe ela chegando-se a ele sem que ele se apercebesse.

Ele virou-se e viu-a. O seu coração bateu mais depressa. Desde aquela noite no bar, em que falara com ela, não conseguia para de pensar nos seus tempos bons. Ele bem se esforçava para tirar esses pensamentos da sua cabeça, tentava antes lembrar-se do que tinha passado por amor a ela, mas parecia que tudo o de mau tinha perdido o valor, parecia não ter sido assim tão mau. E, em vez disso, a imagem dela surgia-lhe com uma grande vontade de voltar a estar com ela. Sentia-se um fraco! Como era possível ainda sentir isso por quem tanto mal lhe fizera? E tinha-a mais uma vez ali, à sua frente.

- Ah… Não sei. Não tenho nada a dizer-te. – Responde-lhe ele fugindo com o olhar.

Ela agarrou-lhe no queixo, pondo-o olhos nos olhos consigo.

- Olha para mim Liam!

O rapaz cedeu à vontade dela, mas os seus olhos brilhavam como se quisessem deixar as lágrimas escapar.

- Agora diz-me nos olhos que não queres estar comigo. Diz! Eu sei que também queres falar comigo. Eu conheço-te Liam.

- O que queres dizer com isso? Daqui a bocado estás a dizer que eu ainda estou apaixonado por ti.

- Apaixonado não digo, mas sinto que não me és indiferente. Vê-se nos teus olhos.

Liam arrepiou-se. Como era possível ela notar isso? Era humilhante para ele ainda ter algum tipo de sentimento bom por ela.

- Tu não sabes o que dizes. – Afirmou-lhe ele virando-lhe a cara.

- Liam, por favor… Só te estou a pedir uns minutos para conversarmos.

Fez-se silêncios durante algum tempo em que Liam parecia estar a pensar nessa hipótese. Apenas a sua respiração parecia ofegante. O rapaz estava completamente alterado com tudo o que lhe acontecia nos últimos tempos.

- Hoje não dá. – Acaba ele por proferir.

- Mas quando tu puderes. Por favor! – Insiste ela com uma expressão desconsoladora.

- Amanhã ao fim da tarde. – Diz-lhe ele seriamente.

Um sorriso nasceu na cara dela.

- Pode ser. Onde e a que horas?

- Eu às 6h passo em tua casa.

- Boa. Excelente. – Sorri ela com o olhar. Tinha ficado realmente contente por estar com ele. Era muito importante para ela ter aquela conversa.

- Agora tenho de ir. Chau. – Despede-se ele esforçando-se para não esboçar sorriso algum, tirando um livro da estante.

A rapariga ficou como que a flutuar de felicidade. Não só pelo facto de estar com ele mas porque sentia que ele não a tinha esquecido por completo e isso fazia-a sentir-se melhor consigo mesma. Se pudesse voltar atrás no tempo para alterar tudo aquilo que tinha feito de mal… Liam era mesmo especial. Só alguém com o coração tão doce como ele é que era capaz de perdoar uma traição daquela dimensão. É que ela sentia isso mesmo: ele já a tinha perdoado mesmo que não o admitisse.

Agora, tão feliz, já nem conseguia pensar no que estava a fazer antes de ter visto Liam. Decidiu então ir até ao bar comer qualquer coisa. Pelo caminho, encontrou Débora, Sofia e Mónica que riam às gargalhadas.

- Olá meninas! – Cumprimenta Raquel.

- Olha quem é ela… - Constata Sofia.

- Por aqui a estas horas? Não foste para casa? Já não tens mais aulas hoje, pois não? – Pergunta Mónica.

- Pois, já não. Fiquei para fazer um trabalho.

Ao pronunciar estas palavras, os olhos de Raquel brilharam.

- Trabalho? E tu estás assim tão feliz por fazer um trabalho? – Insinua a loira.

- Foi o Liam. – Diz ela com um sorriso de orelha a orelha.

As duas amigas que viviam com ela arregalaram os olhos, pois já sabiam de toda a história, mas Sofia ficou a ver navios. Não percebia o que Raquel tinha a ver com Liam. Já naquela noite no bar tinha ficado muito confusa relativamente ao que Kelly tinha dito. Parecia-lhe que eles tinham tido uma história no passado mas não sabia se era assim mesmo.

- O Liam? O que aconteceu? – Perguntam as duas amigas mais chegadas de Raquel.

- Aceitou falar comigo!

- Ah!? Como assim? – Questiona Débora.

- Amanhã vai ter lá a casa para falarmos.

Sofia estava a sentir-se à parte naquela conversa. Mónica reparou e comentou:

- A Sofia neste momento deve estar a pensar que és uma maluquinha Raquel.

- Pois, realmente… - Confirma Débora.

- Ela não tem de me explicar nada. Ela é que sabe a quem contar a vida dela. – Diz Sofia.

- É assim, eu posso contar-te. Conheço-te há pouco mas pareces-me ser de confiança. Espero é que tu entendas e não me julgues.

- E quem sou eu para julgar alguém?

- Pois então: eu e o Liam fomos namorados no passado.

- Jura?

- Verdade.

E assim a rapariga contou tudo à nova amiga, sempre com os gozos das outras duas pelo meio. Elas gozavam-na porque achavam que ela tinha sido imensamente burra em deixar alguém como o Liam. Por muito pouco que elas o conhecessem, pois apenas tinham estado com ele e Harry no bar dias antes, tinham percebido que era muito bom rapaz e muito bonito.

- São coisas da vida. – Explica-se Raquel. – Foi uma muito grande asneira, mas deu para eu crescer. E agora que eu voltei a encontra-lo eu não vou deixar escapar a minha sorte. Eu sei que ele é o rapaz mais especial do mundo! Vou fazer tudo para o merecer!

Sofia fascinou-se com a forma como Raquel falava dele. Compreendeu a posição dela. Toda a gente erra na vida, e ainda para mais, ela era uma criança na altura. Ela agora estava a ser sincera.

- Bem! Que história! Mas espero que alcances o teu objetivo e que ambos sejam felizes. Eu conheço o Liam e sei que ele é capaz de fazer qualquer mulher feliz. E tu, parece-me, que aprendeste com o teu erro e que estás disposta a lutar por ele. É bonito! – Expõe-se a estudante de Direito.

Nesse momento o telemóvel de Débora toca. Sofia teve de se ir embora porque tinha aula, Mónica sabia que naquele dia o professor tinha faltado e por isso pôde ficar com as outras duas.

- Estou…

Do outro lado, perguntam-lhe se era a menina Débora Fernandes.

- Sou sim. Quem deseja falar?

Depois disto, as amigas só vêm o olhar de Débora iluminar-se, ela começou a tremer e um grande sorriso floriu na sua face.

- Sim, sim… Quando então?... Hum… E a que horas?... Está bem, obrigada, muito obrigada.

A rapariga desliga a chamada e começa aos pulinhos e aos gritinhos.

- Consegui! Consegui! Consegui!

- O que foi, loira? O que é que conseguiste?

Ela não conseguia deixar de festejar e continuava a cantarolar:

- Consegui… Consegui… Eu consegui!

- Fala de uma vez! Conseguiste o quê? – Insiste Raquel.

- Preparem-se: eu consegui o papel na telenovela!

As amigas, muito contentes, logo a abraçaram e deram os parabéns. Agora só tinham de festejar. Não podia passar em branco uma tão boa notícia destas.

- Para já não. Deixa para a semana. Eu quero primeiro ter a certeza de tudo isto. Tenho de lá ir na próxima quinta feira para tratar das coisas. Só depois é que posso festejar! – Impõe Débora. – Mas deste sábado a oito podemos fazer uma grande festança.



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