Just In One Direction escrita por CostaSalazar


Capítulo 156
Capítulo 156




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Depois de toda a confusão, teve de a procurar. Perguntou às pessoas que já conhecia se a tinham visto, mas ninguém lhe sabia dizer nada. Por fim viu-a pela porta vidrada que ligava o salão ao jardim. Estava sozinha, com um copo de champanhe na mão, sentada nuns puffs que estavam abrigados do sol, de frente para a piscina. Ele aproximou-se sem que nenhum deles proferisse palavra. Sentou-se ao lado dela. Sofia reparou no olhar temeroso dele, tal e qual uma criança quando sabe que faz uma asneira. Por fim perguntou-lhe:

- Que tens?

- Eu? Nada. A tua mais recente amiga é que deve estar ansiosa que lhe contes mais coisas sobre Londres. Tens a certeza que já contaste tudo? Quem sabe ela também não se ofere-se para ser a tua guia em Ponte-de-Lima.

Ele soltou um risinho.

- Ciúmes?

- Sim, ciúmes.

- Mas tu não sabes que eu só tenho olhos para ti?

- Não venhas Zayn Malik! Eu conheceço-te… Bem demais até!

Ele aproximou-se mais e deu-lhe um beijo no ombro. Ela virou-lhe a cara.

- Ó, vá lá… Eu não estava com intenção nenhuma. Saiu naturalmente…

- Pois. Se te “sai naturalmente” com amigas minhas, nem quero imaginar com desconhecidas…

Zayn suspirou desistente por segundos, para depois voltar às tentativas.

Fez-lhe umas carícias no braço aproximando-se do ouvido dela, mesmo que ela tentasse escapar.

- Sabes que essa tua cena de ciúmes está a deixar-me louco?

- Zayn… - Queria ela fugir.

Ele continuava a beijá-la no pescoço.

- Vá lá. Pára. Não…

Ele fez-lhe a vontade, mas pegou-lhe no queixo para que ela virasse o rosto para si.

- Desculpa.

Aquela simples palavra, olhos nos olhos, pareceu-lhe sincera, sinónimo de preocupação em vê-la chateada com ele. Finalmente sorriu-lhe, mas voltou a fugir-lhe com o olhar. Ele compreendeu que tinha conseguido o pretendido.

- Vá lá, olha para mim. Fofinha! – Ia insistindo o muçulmano abraçando-a.

Lentamente, ela virou-se para ele, altura em que Zayn lhe deu vários beijinhos fofinhos, antes de avançar para um beijo mais apaixonado.

- Se fazes mais alguma destas, Zayn Javaad… Livra-te! Ficas avisado…

- Eu não quero saber das outras. Tenho-te a ti, a mulher que eu amo.

- Ui… Tão romântico que ele está… O que faz a consciência pesada…

- Não é consciência pesada. É amor. Tu sabes que é verdade.

- Hum, hum… - Concorda ela desconfiada.

Ele mordeu o lábio e chegou-se ao ouvido dela novamente.

- A sério que se continuares assim eu não vou responder por mim…

- “Assim”, como?

- Desconfiada… Ciumenta…

- Ahm… E o que estás a pensar fazer? – Provoca ela, insinuante.

- Tens a certeza que queres saber?

- Aaaaahm… - Hesita ela por instantes. – Achas que vou gostar?

Ele mexeu as sobrancelhas, malandro:

- Amar…

Ambos se riram e levantaram-se dirigindo-se, de mãos dadas, para um sítio escondido, tentando que ninguém desse por isso. Voltariam a aparecer pela festa bastantes minutos depois.

As horas iam passando, a noite chegava, e com ela a valsa que abria a “pista” para outros estilos de dança mais modernos e divertidos logo de seguida. Mas a valsa foi, sem dúvida, o momento mais romântico de toda a festa, não só para os noivos, como para todos os outros casais lá presentes.

Mais para o final, não poderia faltar o atirar do ramo pela noia. As solteiras juntaram-se à espera que Joana se decidisse a atirar o buqué.

Gina, que nada ligava a essas coisas, não queria ir, mas Sofia e Lúcia puxaram-na lá para o meio.

- Com tanta coisa, o ramo ainda vai acabar por vir ter contigo. – Gozou Sofia com a namorada de Harry.

- Eu fujo dele. – Responde Gina com um sorriso irónico.

E finalmente o buqué revirava no ar. Os braços estendidos das meninas com ou sem namorado, pareciam esperançosos de o apanhar. Finalmente o ramo caiu nas mãos de alguém. Gina riu-se. Sofia ficou estupefacta. Se era verdade que aquela tradição professava a próxima rapariga a se casar, então Lúcia seria a próxima noiva. Ela ficou a olhar para o ramo e corou. Ali no meio gerou-se a confusão porque todas queriam saber a quem tinha ido parar o ramo. As três amigas, afastaram-se e, ao chegarem à beira dos namorados, Zayn e Harry começaram no gozo com o Dj Tommo. Gozo esse que levariam adiante ao longo da noite. No entanto, Louis até tinha gostado da ideia. Quem sabe…

Ao que todos quiseram assistir, foi à despedida dos noivos. Um grupo de amigos, do qual Sofia e Gina fizeram parte, durante a tarde, tinham-se aplicado durante uns minutos a decorar o carro. Encheram-no de farinha, prenderam latas ao para-choques, fitinhas, flores… A festa, finalmente, chegara ao final.

-x-x-x-

Nesse mesmo dia, Danielle e Liam abandonaram Wolverhampton. Do outro lado do oceano, em Nova Iorque, Kelly esperava por eles. A loira andava muito aterefada e não conseguia nunca arranjar muito tempo para falar com os amigos, só dizia que tinha muitas novidades para eles e que estava ansiosa que lá chegassem.

-x-x-x-

Niall e Débora tinham já chegado a Mullingar há uns dias. Débora estava a adorar a família dele. O irmão era super divertido e os pais uns fofos! Mesmo os primos, primas e tios do irlandês, a tinham recebido com a maior das hospitalidades. A loira sentia-se completamente em casa. Talvez o facto de ela ter participado na telenovela tivesse ajudado alguma coisa, isto porque tiveram a oportunidade de a ver e conhecê-la pela televisão. Já estavam por isso familiarizados com a portuguesa. E Débora, mesmo não os conhecendo, facilmente conseguia ganhar confiança com as pessoas. Era divertida, metia-se à conversa e fazia toda a gente rir. Também tinha tido a oportunidade de conhecer alguns dos amigos de Niall. Agora é que ela entendia de onde é que ele tinha tirado as influências de tarado. Eram todos piores que Niall! Com eles, quem se ria era ela. E numa das saídas noturnas deles, quase que a conseguiram embebedar com cerveja! Talvez os ares irlandeses já lhe estivessem a fazer mal, porque ela até nem era muito amiga da bebida. Mas o mais engraçado de lá estar é que recebia uma maior atenção por parte das pessoas na rua do que em Londres. Muita gente lhe pedia autógrafos, queria tirar fotografias, e a elogiava. Até Niall era abordado! Não era a primeira vez, mas em Londres não acontecia muito. Talvez porque, devido às gravações, ela pouco saísse. No entanto, a transmição da telenovela ainda ía a meio e só agora é que a personagem dela começava a ganhar bastante relevo, por isso, talvez essa fosse a principal razão.

Estavam já na Irlanda há uma semana quando Niall recebeu uma chamada. Muito animado, afastou-se para falar. Débora continuou a conversa com a sogra, pensando que fosse Sofia ao telemóvel. No entanto, Niall voltou e, todo contente, começou a falar com o irmão à cerca de uma tal de Amy. Débora nunca tinha ouvido Niall a falar dela.

- Vamos amor? – Acabou por perguntar Niall à namorada.

- Onde?

- Passar um bocadinho de tempo com uns amigos. A Amy telefonou-me a pedir para lá ir… Há muito que não nos vemos.

- Mas hoje…

- Oh, vá lá…

A portuguesa acabou por aceitar, e lá foram. Durante todo o caminho Niall explicou-lhe quem era Amy. Uma velha amiga, melhor amiga dos tempos do ensino básico. Já não a via há muito tempo e tinha sabido por uns amigos em comum que Niall estava em Mullingar. Pediu-lhes o número do loiro e telefonou-lhe. Ao explicar toda a história, Niall parecia radiante e Débora já não estava a gostar da rapariga e ainda nem a tinha visto. Quando chegou ao bar, uma rapariga correu ao encontro de Niall para o abraçar, ao que ele respondeu com o mesmo entusiasmo. Deu para perceber que aquela era a tal. Depois seguiram-se os cumprimentos ao resto dos amigos presentes e só depois de lembrou de apresentar a namorada a Amy.

- Prazer em conhecer-te. – Cumprimenta ela Débora. – Eu acho que já te vi em algum sítio…

- É, muita gente tem essa sensação. – Responde Débora, seca.

Niall riu-se.

- Ela é atriz. É a Melanie na novela das nove.

- Bem me parecia… Então tu namoras uma atriz… Muito bem, muito bem, Niall…

E a conversa ia-se desenrolando. A atenção de Niall ia toda para a velha amiga e Débora fervia! Já não podia olhar para a cara dela, sequer! Se não fossem os amigos dele e a prima Emma que também por lá apareceu, não tinha feito nada a noite toda!

Desde logo que saíram do bar, Débora mostrou-se amuada com o namorado.

- Mas o que se passa Débora? O que fiz eu?

- O que tu fizeste? Por favor Niall… Não gozes com a minha cara porque eu acho que a noite toda já foi suficiente.

- Eu não estou a perceber do que estás a falar, Débora…

- Não estás a perceber? Deixa lá… A tua amiga Amy não se deve importar de explicar.

- Ok. Agora entendi. Débora, ela é só minha amiga. Tu é que és a minha namorada. As coisas estão muito bem separadas e explícitas.

Ela não lhe respondeu.

- Débora, foda-se, fala comigo. Detesto que amues. – Exige Niall, já nervoso, parando o carro na berma da estrada.

- Ai tu ainda te achas na razão? Por favor Niall…

- Ouve! A Amy é uma velha amiga, que eu já não vejo…

- Sim, sim, sim… Já me contaste essa história hoje umas cinquenta mil vezes.

- Vá lá, entende que é só uma amiga.

- Niall, tu não quiseste saber de mim a noite toda. Foi só Amy, Amy, Amy…

- Não tens razões para ter ciúmes.

- Desculpa? Tu só podes estar a gozar comigo.

- Débora, eu trouxe-te para conhecer a minha família, os meus amigos, o sítio onde eu passei a minha infância… Tudo! Como é que tu ainda desconfias que eu te amo?

- Desde que tu me trocas a noite toda para dar conversa a outra.

- Oh! Por favor…

Fez-se silêncio por momentos, em que cada um olhou para o lado oposto.

- Olha e que tal guiares para casa? Vamos ficar aqui? Ou queres ir visitar a tua grande amiga Amy?

- A sério?

- Sim, a sério, porque eu quero ir dormir.

- Débora…

- Niall!

- Ok.

Chateado, o rapaz continuou a condução. Mais ninguém falou durante o percurso. Ao chegar a casa, Niall ainda tentou falar.

- Até amanhã. – Respondeu-lhe ela secamente.

No dia seguinte, quando Niall acordou e foi tomar o pequeno-almoço, a mãe disse-lhe que Débora já tinha acordado havia horas e que tinha ido caminhar com Bob, o pai de Niall. Percebeu de imediato que a intenção dela tinha sido fugir dele, mas logo no momento seguinte, ela chega, rindo bastante com Bob. Quando viu Niall, o riso desvaneceu.

- Bom dia! – Exclamou ele com naturalidade.

Débora virou costas em direção ao quarto.

- Problemas, já? – Pergunta a mãe de Niall.

- Ciúmes…

- Ai, ai… Isso passa. Vocês ainda são novos. Tendes sangue na guelra ainda e por qualquer coisa ficam de bico… - Tenta o pai animá-lo.

- Mas ela não tem razões para ficar assim…

- Será que não? Tenta olhar para as tuas ações Niall e pôr-te no lugar das pessoas para só depois poderes julgar se há ou não razões para as atitudes das mesmas. Eu não sei o que se passou, nem tenho nada a ver com isso. Também nem quero que me contes. Vocês são maiores e vacinados e devem ter responsabilidade para se responsabilizarem dos vossos atos e corrigi-los se assim for necessário. – Diz-lhe a mãe. - Conversem porque é assim que as coisas se resolvem: com honestidade, franquesa, expondo todos os problemas para que eles não venham à tona só mais tarde. 

- Pensa no que a tua mãe te disse, Niall. – Insiste o pai, batendo-lhe nas costas, saindo da cozinha em seguida.

O rapaz ficou pensativo. Deixou o pedaço de bolo que tinha na mão. Não conseguia comer mais. Na realidade, para ele não havia razões de Débora estar como estava, mas as palavras da mãe levaram-no a recordar a noite. Talvez tivesse exagerado um pouco demais com a euforia de rever Amy. Mas, porra! Débora bem que podia ser um pouco mais compreensiva. Ele já lhe tinha dado imensas provas de que gostava dela… Para quê tanta desconfiança? Logo ela que tinha passado o ano inteiro a beijar outro em frente às câmaras, que passava dias a dizer “Tenho tanto que fazer hoje! Falamos amanhã, está bem?”. E ele sempre ali. Se reclamasse, ela virava-se contra ele com toda a razão do mundo do lado dela. E ele continuava sempre ali, a pedir desculpa, a entender. E ela? O que fazia por ele? Estava proibido até de falar com uma amiga! Fará se fosse ele que tivesse de andar por aí a beijar outras… Aih! Estava farto de só ele investir naquela relação! Não era justo! Mas não se podia sequer imaginar a viver sem ela...

-x-x-x-

Quando chegaram ao aeroporto novaiorquino, nem reconheceram Kelly! A loirinha, já não era loira, mas sim ruiva! Estava mesmo fofa! Eram já tantas as saudades dela! Mas mais surpreendidos ficaram por vê-la apaixonada, com namorado. E ele era, nem mais nem menos, do que Chord Overstreet! Danielle ficou sem fala! Era costume elas as duas verem-no em Glee e Kelly até nem lhe achava muita graça na altura… Aquilo era tão esquisito! Mas pareciam estar felizes e apaixonados. Kelly contou-lhe toda a história de como se tinham conhecido. Ele estava a acabar de gravar um disco que ia incluir algumas das composições dela.

Liam estava super excitado! Finalmente realizava o sonho de ir a Nova Iorque! Pelo caminho, no táxi, apontava para tudo, fazia milhões de perguntas à amiga que lá vivia, dizia querer ir a todo o lado! Mas para onde foram primeiro, foi para a casa de Kelly. Precisavam de um bom banho, arrumar as coisas e descansar após aquele tão longo vôo.

Ficaram surpreendidos com o apartamento onde a antiga loirinha morava. Notava-se que ela agora tinha capacidade financeira para uma boa vida. Era um espetacular loft em Midtown West, Manhattan, completamente adaptado à vida musical dela. E a decoração era a cara dela!

- Tens um gato!

- Sim. É fofo não é?

- Como se chama? – Pergunta Liam.

Kelly e Chord olharam-se e sorriram um para o outro.

- Chelly. – Respondeu ele.

- Esperem. Chord mais Kelly… Chelly? Aw! Que fofo! – Elogia Danielle.

- Exato. Foi ele que mo deu e então ficou Chelly.

- Nem isto do gato me tinhas contado! Tu é que andas a sair uma boa amiga…

- Não foi por mal Danielle. Tu nem sabes como eu tenho andado por aqui! Sempre de um lado para o outro! Uf! Uma canseira autêntica. Nem para o Chord arranjo tempo.

- É verdade. – Confirma ele abraçando-a.

- Hum… Deixa lá. O importante é que já estamos a ver que estás feliz, com a tua vida organizada e que nós estamos aqui para te chatear a cabeça.

- E ainda bem! Tinha tantas saudades vossas!

- Mas agora vou descansar um bocadinho. Aquele vôo deixou-me de rastos!

No entanto, Liam não conseguia de todo descansar. Estava mais que entusiasmado! Tudo o que queria era sair, ver Nova Iorque.

- Descansa Liam! Logo não vais aguentar e vais adormecer num sítio qualquer onde formos. – Reclamava Danielle deitada na cama, de olhos fechados.

- Pronto. Descansa tu. Eu vou falar com a Kelly e com o Chord. – Conclui ele dando-lhe um beijo na testa.

De noite, foram jantar a um restaurante a que Kelly os levou. Deu para trocar novidades. Depois foram assistir a um espetáculo na Broadway. Só no final, tentaram conhecer Times Square mais a fundo, sempre cheio de gente, mas um fantástico lugar para se dar uma volta e acabar a noite em beleza.


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Notas finais do capítulo

Desejamos um feliz ano 2013 a todas as nossas leitoras! Esperamos que realizem todos os vossos sonhos em 2013, inclusive, se for o caso, que conheçam os One Direction! :D
Muito obrigada, mais uma vez por nos acompanharem ao longo destes 9 meses de fic. Ainda temos mais uns tempinhos, e esperamos que nos continuem a acompanhar. Já sabem que, no caso de a fic desaparecer daqui do Nyah, sempre nos podem acompanhar em http://justinonedirectionfic.wordpress.com/ .
Comentem-nos cá e lá. Sigam-nos lá também, via e-mail, para saberem as últimas atualizações. Não há problema relativamente aos vossos dados porque ninguém fica com acesso a eles. Por isso, podem confiar.
Tem sido uma ótima jornada esta a de escrever esta fic. Nunca esperamos que fossemos ter tantas leitoras e que tivessemos tanto e tão bom feedback. Sei que nos repetimos milhares de vezes, mas tudo se resume a esta palavra: obrigada.
Muitos beijinhos com os melhores votos de felicidades para o novo ano,
Sofia e Gina ♥



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