Just In One Direction escrita por CostaSalazar


Capítulo 138
Capítulo 138




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Mais um daqueles dias de chuva em Londres. Era sábado. Sofia e Lúcia tinham ido com Danielle ao shopping, mas Gina não quis. Uma tarde com Harry era muito melhor, não se devia rejeitar. Como o habitual, ficaram a ver um filme, desta vez sobre dinossauros, enquanto namoravam um bocadinho. E estavam eles encostadinhos e cobertos por uma manta quando Harry, do nada, lhe faz uma pergunta com a intenção de ser fofinho.

- Beija-me se estou errado, mas os dinossauros ainda existem certo?

Ela sorriu. Percebeu a intenção dele.

- Sim fofinho, existem, e a prova disso és tu.

Ele já estava habituado às respostas fofinhas dela. Ficou a olhá-la enquanto ela se ria.

- Estava a brincar. – Desculpa-se ela abrançando-o pelo pescoço. Ele procurou um beijo dela. O filme foi esquecido naquele momento. Não houve mais palavras. Beijo atrás de beijo, carícias, e pouco depois ela o puxava para o quarto. Mais uma vez se amavam fisicamente. Confirmavam o amor que sentiam um pelo outro, transformavam-no em prazer. Ele era muito carinhoso e ela retribuía-o da melhor forma.

-x-x-x-

Zayn tinha ido falar com Sylvia. Não era que lhe apetecesse, mas tinha de ser. Enquanto isso, Sofia andava no shopping a só pensar nisso. As amigas tentavam distrair-lhe o pensamento, mas era complicado.

Ao chegar pub onde tinham marcado encontrar-se, ela já lá estava. Zayn cumprimentou-a e sentou. Tinha muito que falar com ela, mas não sabia como começar.

- E a tua namorada? Está mais calma?

- Desculpa, mas eu acho que não foi para falar da Sofia que nos encontramos aqui hoje.

- Ouh! Foi só uma pergunta! – Defende-se ela pegando num maço de cigarros da sua bolsa. Zayn pegou-lhe no braço, furioso.

- Tu não vais fumar, pois não?

Ela soltou-se.

- E qual é o problema? Fumei a gravidez toda não vais ser agora que vou deixar.

- Tu não és normal…

- Qual é Zayn? Estás agora preocupado comigo?

- Não é contigo. É com a criança. Não é só teu filho, é meu também.

- Nem venhas… - Argumentou ela pondo o cigarro na boca e acendendo-o. – Se acontecesse alguma coisa ao bebé tu no fundo ficavas aliviado. Tu não queres este filho.

Zayn enervou-se com o que estava a ver, arrancou-lhe o cigarro da boca e apagou-o no cinzeiro.

- À minha frente, enquanto tiveres o meu filho aí dentro, não pões mais um cigarro na boca.

- Tudo bem, tudo bem, senhor pai perfeito.

- O médico nunca te disse que não devias fumar durante a graidez?

Ela abanou a cabeça negativamente.

- Que raio de médico foste tu arranjar? E é verdade, já agora… Tu anteontem não disseste, e eu no choque até me esqueci de te perguntar, se é menino ou menina.

- Não sei.

- És daquelas mães que perferem saber só no dia do nascimento, à antiga?

- Não. Eu não sei porque eu não fui ao médico desde que estou grávida.

- Tu o quê? Deves estar a gozar comigo. Tu tens um filho aí dentro!

- E a quem estás a dizer isso? Eu olho-me ao espelho todos os dias e acho que está bem visível.

- Estás mesmo a cagar-te para a criança, não estás?

- Também não é bem assim! Eu amo o meu filho. Só não tive esses cuidados desde o início porque eu fiquei muito revoltada quando soube que ia ser mãe. Não estava preparada. Ainda por cima sabia que tu não ias aceitar e que teria de arcar com tudo sozinha. Por muito que te estejas a armar em pai perfeito, quem te dera a ti que tudo isto não passasse de um pesadelo. Para piorar, os meus pais não aceitaram e eu vi-me obrigada a sair de casa para morar com uma amiga. Porém, desde o início que me rejeitei a abortar porque no fundo já nutria um sentimento pela criança. É esquisito de explicar. Por muito que a amasse, sentia-me revoltada. Talvez não entendas. Naturalmente, como deves imaginar, o dinheiro não me caía dos bolsos, por muito que os meus avós me ajudassem. Coitadinhos… Enfim. Eu procurei-te algumas vezes na universidade, mas nunca te via. Também não podia vir sempre. De onde eu moro até aqui não é propriamente perto e, estando eu a depender dos pobres dos meus avós, não queria estar a abusar e a gastar muito dinheiro em transportes.

- Ainda assim, podias ter arranjado uma forma qualquer de me contactar. Eu podia ajudar-te.

- Oh! Como eu já te disse, tinha e tenho o meu lado revoltado nesta gravidez e isso fez-me comportar-me de uma forma um pouco egoísta e desinteressada. Quando dei conta já oito meses se tinham passado.

- Tens de ir ao médico e tratar do bebé. Não podes andar assim. Ah! E deixar de fumar, beber e sei lá mais o quê que possas fazer para prejudicar a saúde da criança.

- Ok, chefe…

- E se precisares de dinheiro diz. Não posso arranjar muito porque os meus pais ainda não sabem de nada, mas posso contribuir com algo.

- Por acaso, eu…

Ele pegou na carteira e deu-lhe algum.

- Obrigada. Desculpa, mas eu não estou em situação para ser orgulhosa…

- Eu compreendo, escusas de te explicar.

-x-x-x-

E, finalmente, dias depois, tinha chegado o último dia de gravações para o videoclip do Joe Brooks em que Danielle entrava. Gina ia acompanhá-la. Para ela ia ser a primeira vez que ia ver como é que se fazia um videoclip, mesmo ao vivo. Joe era um rapaz muito simpático. Já era mais velho que elas, apesar de não parecer. A namorada dele também lá estava e, também como ele, era muito querida.

A namorada de Liam fez uns takes, retocou a maquilhagem, bebeu água e por fim as gravações tinham terminado. Aquela tarde, apesar de cansativa, tinha sido bastante divertida para as duas.

- Agora vou pôr este autógrafo no Ebay e fico rica. - Brincou Gina enquanto saiam dos estúdios de gravação.

-x-x-x-

Estava-se então no final do mês de Abril. A data limite para o pagamento de que Dylan estava em dívida para com o chefe tinha já passado. As ameaças multiplicavam-se. O rapaz andava aflito. Não sabia como resolver o problema. Também não tinha com quem desabafar e isso deixava-o pior ainda. Tudo porque não queria preocupar a namorada.

Mónica estava a acabar de sair da casa dele, após lá ter almoçado, dirigindo-se para a universidade, quando alguém tocou à campainha. Pensando que ela se tinha esquecido de algo e que voltava atrás, o rapaz abriu a porta. Foi a maior asneira que poderia ter feito. Quatro capangas entraram furiosamente sem lhe deixar com oportunidade de sequer fugir. Sabia já do que se tratava e sabia que não ia ficar direitinho depois daquela visitinha. Um dos capangas agarrou-o e no segundo seguinte sentiu uma dor aguda no estômago. Sem tempo para recuperar, outra dor, agora na cara, o fez sangrar instantaneamente pelo nariz. A isso seguiram-se muitos mais murros e pontapés. Em pouco tempo Dylan estava estendido no chão da sua sala, pisado, a sangrar, quase insconsciente. Eles afastaram-se e outra pessoa apareceu. Dylan apenas conseguiu reconhecer pela voz de que se tratava do chefe.

- Isto é um aviso. Espero que tomes medidas. Para a próxima eu não lhes digo para ser meiguinhos, tal como fiz desta vez.

O homem baixou-se para se aproximar do rapaz.

- Tenho pena de acabares assim. Gostava de ti. Parecias um rapaz esperto. Afinal enganei-me. Devias saber que ninguém se mete comigo… - Levantou-se novamente e olhou Dylan com despreso. – Aviso dado.

 Os quatro valentões riam-se gozando com o loiro e, com um último pontapé demonstrador de desrespeito pela vida humana, foram-se embora juntamente com o chefe.

-x-x-x-

Mónica, sem desconfiar de nada do que se estava a passar com o namorado, chegava à universidade encontrando-se com Josh logo à entrada. Cumprimentaram-se e Mónica sugeriu que tomassem um cafezinho antes das aulas.

- Pode ser. Vamos ali ao café?

- Claro.

Seguiram caminho. Lá fizeram o pedido e ficaram um bocadinho a conversar. Mas, não podendo prolongar-se demasiado, tiveram de voltar. Pelo caminho a conversa continuava:

-Sabes, neste tempo em que nos temos conhecido melhor, tenho-me apercebido de que és uma rapariga espetacular.

- Aieh… Não digas essas coisas que me deixas sem jeito. – Brinca ela.

- A sério… Estou a falar muito a sério, aliás.

Ele parou e fê-la parar também. Estavam ainda a uns metros da universidade.

- Mónica… Eu sei que não tenho mínima hipótese, mas eu não consigo mais esconder isto. Eu… eu amo-te.

Ela ficou estática, sem reação. Então, tomando dianteira, o rapaz aventurou-se em algo que sabia que não devia fazer. Agarrou-lhe no rosto e beijou-a. Ela, nem tinha bem noção do que se estava a passar. Gostava muito de Josh e não o queria magoar, mas amar amava Dylan. Afastou o baterista, olhou-o nos olhos sem conseguir ainda proferir palavra e acelerou o passo para a universidade.

-x-x-x-

No final das suas aulas da manhã, Gina, aproveitando o facto de não ter de ir para o jardim zoológico tão cedo naquele dia, foi ter com a sua amiga Lúcia ao pavilhão desportivo. Há muito tempo que não a via a treinar, nem a ela nem ao seu colega de turma, Tom. Ele era demasiado bem-parecido. A namorada de Louis já tinha falado várias vezes dele quando conversava com as suas amigas, e, claro, elas ficavam babadas só de olhar para ele de cada vez que o viam.

Naquele dia Lúcia decidiu surpreender a morena.

- Vou chamá-lo.

- Oie? Não.

- Não o queres conhecer?

- Não! O Harry é suficiente.

- Já ouviste falar em amigos, conhecidos, colegas?

- Agora que falas nisso, acho que não...

- Tom! - Chama-o, contrariando a amiga.

- E o que é que lhe vais dizer? "Olha esta minha amiga baba-se ao ver os teu abdominais apesar de ter namorado.".

- Essa é boa. Obrigada pela ideia.

- Olá! - Cumprimenta-as Tom.

"Oh meu Deus, que voz é esta?" pensou Gina, tentando esconder o riso.

- Tom, esta é uma das minhas amigas portuguesas a Gina. Lembraste que eu já te falei dela?

- Sim. Prazer em conhecer-te. 

"Jesus Cristo, preciso de um buraco para me esconder", a estudante de biologia continuava a pensar para si mesma, sorrindo por fora.

- Bem, eu não vos quero incomodar mais. Bom treino!

- Vemo-nos por aí, Gina. - Despede-se o rapaz.

- Xau, linda! - Dizem em uníssono as duas amigas.

- Ela é envergonhada, não é? – Perguntou Tom à colega de turma.

- Não! A Gina é fácil! – Brinca Lúcia com a antiga brincadeira delas.

- Ah?

- Nada. Estou a brincar.

- Ah, ok. Foi só porque ela foi logo embora.

- Sabes como é… Não é qualquer uma que se aguenta à beira do Tom Daley…

- Uh, que fofa que foste agora.

Ela sorriu-lhe e voltou ao treino.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo Domingo. :)



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