Just In One Direction escrita por CostaSalazar


Capítulo 135
Capítulo 135


Notas iniciais do capítulo

Esperamos que gostem :)
Acho que a minha loira vai amar... A última parte é-te dedicada com todo o carinho, Débora ♥



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Entretanto, as aulas começaram, voltaram á mesma rotina. Se bem que, Louis e Gina tinham algo diferente a fazer que lhes alterava a vida do costume. O inglês tinha agora ensaios para a peça de teatro que iria estrear dento de dias e Gina arranjara um trabalho no jardim zoológico da cidade como assistente dos tratadores dos animais. Era uma forma de estar em contacto com os animais e ganhar mais alguma experiência profissional para o futuro. Como amava animais, conseguia divertir-se.

Dylan, durante esses dias, frequentou regularmente a fisioterapia, sempre contando com a ajuda de Mónica. Já conseguia andar com ajuda de um andarilho. No seu dia-a-dia ainda andava de cadeira de rodas, mas já não ia ser necessário por muito mais tempo. Também recebia chamadas do seu chefe a insistir que queria o dinheiro e a ameçá-lo por não o ter. Provavelmente, o fotógrafo teria de vender a sua relíquia, o carro deixado pelo avô de herança. O outro tinha ido para a sucata após o acidente. Não tinha concerto possível.

-x-x-x-

Finalmente tinha chegado o dia da estreia da peça de teatro em que Louis era uma das personagens principais. Todos os seus amigos, incluindo a namorada e a ex-namorada, que entretanto tinha já chegado da maravilhosa viagem à Grecia, estavam presentes. E, obviamente, estavam todos muitos excitados. A peça era um pouco perversa o que aguçava a curiosidade de todos. Perversidades era o que o grupo de amigos gostava…

No entanto, entre no grupo, alguém decidira surpreender o resto. Liam e Danielle entraram no teatro de mãos dadas, mostrando muita complicidade e felicidade. Houve quem estranhasse, mas houve também quem achasse que não se passava nada de mais, afinal eles eram melhores amigos. E o certo é que nada de mais se passou que pudesse comprovar que algo de mais de passava. Assistiram à primeira parte e tinham-se rido bastante com as cenas de Louis. Ele era sem dúvida o mais cómico da peça. Tinha aliás um papel que tinha tudo a ver com ele. Estava, sem dúvida, a ser um bom momento. Notava-se que ele era um excelente profissional e que se não tivesse futuro naquela carreira, seria uma tremenda injustiça. Até que, no intervalo, as meninas, como meninas que eram, foram todas à casa de banho - excepto Raquel que não tinha ido ver a peça de Louis, mas sim ter umas “explicações” de História; de resto, todas as raparigas do grupo de amigos tinham ido, tal como os rapazes. Eles e elas surpreenderam-se ao ver Liam e Danielle beijarem-se aquando dela se levantar. Fora uma surpresa para os presentes. Principalmente para os rapazes que nunca tinham imaginado que eles gostassem um do outro dessa forma. Sempre os tinham visto como bons amigos e nada mais para além disso. Entre as raparigas havia já quem soubesse dos sentimentos de Danielle e as outras, com o seu sexto sentido tão feminino, tinham-se apercebido facilmente também. Naturalmente, ao caminho para a casa de banho, a dançarina foi inundada de perguntas. E Liam também foi parabelizado pelos amigos. Na opinião deles, formavam um lindo casal e tinham tudo a ver um com o outro.

Tudo acontecera no dia anterior. Liam, no final da tarde, foi até á casa da então amiga. Como costume, começaram a ver um filme. Daquela vez a escolha tinha sido o Rei Leão. Talvez um dos mais belos filmes da Disney que retrata muitos dos valores mais importantes da vida, como a amizade e o amor.

A certa altura, em que Simba reencontra Nala, Liam faz pausa no filme.

- Tu és a minha melhor amiga… Podes-me guardar um segredo? – Começa Liam num tom decidido.

- Claro, Liam. Sabes bem que sim.

Uma pausa profunda, mas não muito longa, seguiu-se.

- Estou apaixonado pela minha melhor amiga, devo contar-lhe?

Os olhos da dançarina brilharam e Liam mantinha-se confiante no que estava a fazer. Danielle não lhe respondeu com palavras. Amava-o e não hesitou em dizer-lho depois. Estavam tão envolvidos nessa mistura de sentimentos, entre felicidade, amor e desejo, que não conseguiram responder por si. Ele beijava-a cada vez mais ofegante e ela começou por tirar a camisola, mostrando-se pronta para ser dominada por ele como há muito desejava. Por muito que não fosse a primeira vez que eles se envolviam, era esta a especial, a oficial. Agora amavam-se mutuamente e sabiam disso. Cada toque tinha o significado que dantes não tinha. Os beijos eram mais profundos. Um simples olhar fazia-os derreter, causava um arrepio em todo o corpo. Tudo se dissipou num intempestivo grito surdo de prazer que os unia. Só o sentimento restou por fim.

-x-x-x-

Agora que a morena trabalhava, tinha uma responsabilidade muito maior. Era complicado de conciliar o jardim zoológico com a universidade, os estudos e, claro, Harry, mas estava a amar a experiência. Depois de um fim-de-semana, três dias após a estreia de Louis, ela teve só de ir uma hora à faculdade para ter Matemática e logo correu para o jardim zoológico para começar o dia a aprender mais sobre a vida animal.

Quando Gina estava a alimentar os pássaros, viu um rosto familiar a aproximar-se. Virou as costas para não ser reconhecida.

- Gina?! És tu?

- Ah? Oh, olá, Derek! Nem te tinha visto...

- Deixa lá. O que é que fazes aí dentro?

- Eu... Eu trabalho aqui.

- A sério?

- Sim. Eu dou comida aos animais. Às vezes sozinha, outras vezes com os tratadores.

- É quase o trabalho perfeito para ti, não?

- É... quase... E tu, o que estás a fazer aqui?

- Bem, eu vim para tirar fotos aos novos macaquinhos que chegaram.

- Isso é fantástico! Anda que eu mostro-te onde eles estão.

O americano acompanhou-a religiosamente. Aproveitou para no caminho lhe fazer algumas perguntas, só para não estarem o caminho todo calados.

- Ouvi dizer que foste a Portugal.

- É… Visitar a família.

- É complicado estar-se longe dos pais… Eu compreendo.

- Pois…

Os olhos dele brilhavam quando a olhava. A última vez que tinha estado com ela, o relacionamento com Harry não estava bem. Não se aguentou e perguntou-lhe por ele:

- E tu e o Harry, como é que estão?

- Estamos bem, há já algum tempo. Conseguimos resolver as coisas… felizmente.

- Nota-se que estás feliz.

Eles sorriram um para o outro. Derek estava também feliz por ela, por mais que lhe custasse vê-la com Harry. Queria mesmo tê-la conquistado mas, infelizmente, Harry conseguiu primeiro. Apecebeu-se que os esquemas que fez com Caroline não tinham valido de nada. Eles amavam-se mesmo e as coisas mais estúpidas de sempre não conseguiram mantê-los afastados. A ex de Harry estava realmente obcecada! Derek queria Gina mas porque gostara dela no primeiro momento que a vira, e porque ela não lhe dava hipóteses nenhumas; díficil, tal como ele gostava.

- Chegamos. É aqui.

- Obrigado.

- De nada. Se precisares de alguma coisa depois, diz. Eu vou voltar ao trabalho.

- Espera! - Pede ele. - Não queres tirar uma foto? Eu prometi-te que te levava ao meu próximo trabalho...

- Ah, pois foi! Deixa-me experimentar, então.

A morena pegou na máquina, focou a imagem, fez zoom e pressionou o botão. Derek só pensava que não ia mesmo ter hipóteses, teria que se ficar pela amizade.

- Ficou mesmo bem! Tu tens um jeitinho para isto...

Ela riu-se e agradeceu.

- Mas espera lá... Eu pensei que a tua área eram mais as paisagens...

- E são, mas agora todo o trabalho que encontro é bem-vindo. Preciso de dinheiro para voltar para a Califórnia. Os meus pais só me pagaram a vinda. E ainda por cima, tenho que voltar antes que o Verão comece...

- E o Dylan? Ele não te pode ajudar?

- Sim, ele já me ofereceu as passagens, mas eu não quero aceitar. Vim para aqui para mostrar que sou capaz de me orientar sem os meus pais.

- É assim mesmo, homem! Vá, agora tenho de ir. Vemo-nos um dia destes.

- Xau.

-x-x-x-

Louis andava super entusiasmado! O fim-de-semana a representar tinha corrido da melhor forma. Amava cada vez mais a profissão que escolhera. Estava certo de que para além de ser professor de artes dramáticas, queria também continuar a representar em palco. E como estava já a aproximar-se o final do ano, o rapaz começava já a tratar do seu Curriculum Vitae para distribuir por algumas escolas no final do final do ano. Mas o que o deixara realmente contente foi uma proposta para uma outra peça de teatro. Muito trabalho já o esperava. Aquela podia ter sido um sucesso, mas a próxima teria de ser melhor ainda. Para Louis era assim que funcionava. Estava felicissimo! Lúcia também andava excitada com a felicidade do namorado. Tudo o que queria era vê-lo feliz. Dessa forma, também ela o seria. Cada vez mais se amavam.

Na sexta-feira, no teatro, Lúcia tinha conhecido melhor Eleanor. Danielle contribuiu muito para tal, visto que se tinha tornado grande amiga de Eleanor em pouco tempo, e que Lúcia era naquele momento, para si, a amiga mais próxima. Assim sendo, a morena dos caracóis fez a ligação necessária para a namorada de Louis começar a olhar a outra com outros olhos, sem desconfianças, sem temores de ela lhe roubar Louis, até porque não estava de todo nos planos dela. Estava concentrada na sua carreira e nada mais lhe importava. Agora queria voltar um pouco aos estudos depois daquele mês e qualquer coisa de trabalho. Tinha muito que estudar! Por isso, no dia seguinte partiu para Manchester, onde ela frequentava a universidade.

-x-x-x-

Niall e Débora, depois da pequena discussão discussão sobre a cena quente da telenovela, andavam inseparáveis. A discussão serviu para fortalecerem a relação. Ele já aceitava melhor a profissão dela. Para isso, contribuiu muito que ela lhe apresentasse Douglas mais formalmente. O ator mostrou-se muito profissional e respeitador para com a namorada dele. O loiro percebeu que nada tinha a recear. Mas talvez o que mais contribuiu na verdade foi o que aconteceu no dia em que o casal fez as pazes. Isto porque, naquele dia de Páscoa, eles não se separam nem de manhã, altura em que dormiram, nem de tarde e mesmo de noite. Mónica fora, tal com Raquel, visitar as famílias. Como portuguesas que eram, não podiam deixar de o fazer, mas Débora não o quis, inventando uma desculpa sobre uma má-disposição que Mónica logo entendeu que era treta e que a vontade dela era na verdade ficar com o loiro. Por isso não insistiu. Tendo ao longo de todo o dia a casa para eles, Niall e Débora fizeram o que bem entenderam. Despejaram a dispensa em pouco tempo, mas a cima de tudo divertiram-se muito. Talvez tenha sido o dia de maior união deles.

A meio da tarde, o casal viu um filme daqueles que ela gostava: com bastante terror pelo meio. Ela só gritava, ele só se ria. Deitada no sofá com as pernas em cima do colo dele, enquanto comiam pipocas, ela perguntou-lhe, muito de repente e inesperadamente:

- Queres ficar a dormir aqui hoje?

- Tu não queres é ficar a domir sozinha… - Brinca ele, no fundo feliz.

- Oh! Não é isso… Queres ou não?

Ele puxou-a pelo braço até si, pegou-lhe no rosto com as duas mãos, beijou-a suavemente:

- Claro que quero. Por mim dormia contigo todos os dias.

- Ouh! Calminha que eu só falei de hoje!

Ele riu-se.

Entretanto o filme perdera a graça porque já não estavam a prestar atenção. Desligaram a televisão e só lhes apetecia fazer uma coisa: comer. Só que tinham acabado com as bolachas todas e com o pão também. Não tinham mais nada. Decidiram então fazer um bolo. Ela queria fazê-lo à portuguesa, ele queria fazê-lo à irlandesa… Discutiram bastante, sempre divertidos e o bolo acabou por ficar pronto. Dali algo havia de sair. Doce devia ser, até porque levava chocolate e açúcar… Ficaram ambos a apreciar a beleza do bolo depois de o desenformarem. Mas, estando ainda quente, era melhor não o comerem e deixarem arrefecer. Continuavam portanto sem nada para fazer. Ele sentou-se no sofá e ela, com intenção de pegar com ele, sentou-se no colo. Mas algo inexplicável os envolveu naquele momento. Ela beijou-o e ele respondia ao ato dela… sem saberem como, logo depois já se despiam um ao outro sequiosos de se terem por inteiro. O amor que os unia era forte de mais e isso notava-se naquele mesmo momento. Niall tocava a branca pele de Débora com o maior cuidado, causando-lhe um arrepio de puro prazer. A rapariga beijava-lhe o pescoço, tentando descer até ao tronco dele, sentir as formas que o definiam. Também ele tencionava apoderar-se dos seios da amava. Beijá-los, acaricia-los com todo o carinho. Então ela abraçava-o louca, pronta para se entregar. O rapaz avançou de uma vez por todas. Deitou-a cuidadosamente e dirigiu-se ao seu encontro. Possuiu-a de uma forma carinhosa, preocupada, mas ao mesmo tempo, alienada, ávida. Por fim o olhar voltou a unir aqueles corpos esgotados fisicamente. Caíram exaustos nos braços um do outro. O único cansaço que não sentiam no momento era o de se amarem. 


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo na quinta-feira :)