Just In One Direction escrita por CostaSalazar


Capítulo 131
Capítulo 131




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Uma tarde chuvosa se vivia no local onde estavam os rapazes. Os dias começavam a ser aborrecidos porque as saudades apertavam cada vez mais e cada vez mais havia menos para fazer. Então num dia de chuva, nada mesmo havia para fazerem. Começaram a ver um filme, mas a meio Zayn retirou-se. Todos pensaram que ele tinha ido à casa de banho e por isso não ligaram. Entretanto, quando deram conta, ele estava já a demorar demasiado. Já uma meia hora passara. Pausaram o filme, até para que Niall pudesse ir buscar algo para comer, e Liam, preocupado com o amigo, foi procurá-lo. Facilmente o achou. Era natural que andasse cansado porque pouco dormiam. Com um dia daqueles, mais ajudava para que se tivesse sono. E logo Zayn... Mas no que Liam prestou atenção no amigo enquanto este dormia, foi a sua companhia. Voltou à sala para buscar o telemóvel. Desta vez Niall seguiu-o. Ambos estavam a testemunhar aquele momento e alguém tinha de saber daquilo. Então filmaram e enviaram o vídeo.

-x-x-x-

- A sério?

Sofia abanava a cabeça afirmativamente.

- Fiquei com pena dele, mas o que podia eu fazer?

- É assim mesmo! Não podemos ser fáceis… como foste com ele no passado.

- Eu fui burra! Isso sim. Não sei o que vi nele. Nem bonito é… É estúpido… Enfim.

- Agora com o Zayn desforraste-te bem, deixa lá.

- Então não? Modéstia a parte, mas o meu namorado é o rapaz mais lindo deste planeta!

- Eia… Que exagero!

- Para mim é… Tal como para ti deve ser o Harry.

- Hagh… O Zac Efron também é o Zac Efron…

- Só tu... – Ri-se a amiga. – Tarada!

- Não gosto dessa palavra… Diz antes perversa.

- Pff… Racista de palavras…

Gina riu-se.

- Mas agora a falar a sério, eu bem te disse que duas semanas era muito tempo. Eu por mim voltava já, já, já para Londres. Nem sei como tenho estado tanto tempo sem o Harry.

- Oh meu Deus! És tu Gina?

- Sim… Qual é o problema. Tenho saudades do meu namorado. Talvez porque gosto mesmo muito dele.

- Quando estás lá com ele és tão durona, não demostras nada do que sentes, e aqui, afastada, revelas-te uma romântica saudosa…

- Oh! Não tens saudades do Zayn?

- Claro que tenho. Mas aguento-me. Não estou a morrer pelos cantos como tu… quase.

- Eu não estou a morrer pelos cantos.

- Maneira de falar.

- Ah, bom.

A conversa continuava, falando dos amigos de Portugal e das namoradas e namorados dos mesmos amigos e amigas. Muito tinha mudado durante os meses que estiveram em Londres. A certo momento o telemóvel de Sofia deu toque de alguma notificação. Como de costume, Gina adiantou-se para pegar no telemóvel.

- É do Whatsapp!

- Awwn… Deve ser do Zayn.

A rapariga dos caracóis não hesitou em tirar o telemóvel das mãos da amiga no mesmo instante.

- É o Liam…

Ela abriu a messagem.

- Óie… É um vídeo.

- Mostra!

A rapariga pôs play e começou a apreciar o namorado, deitado na cama a dormir com o peluche que ela própria lhe dera no dia dos namorados. Além disso, conseguia ouvir as vozes de Liam e de Niall a dizer baixinho “Parece que alguém está a sentir a tua falta.”. A rapariga emocionou-se. Quase chorou. Tinha um namorado perfeito e aquela era a prova. Ele amava-a mesmo se não, não sentiria saudades.

-x-x-x-

Dylan poderia finalmente ir para casa. Iria de cadeira de rodas porque ainda não conseguia andar na perfeição, mas com fisioterapia tudo iria voltar ao normal. Então, Derek, que não poderia levar as roupas que Dylan precisava por ter umas fotos para fazer, viu como solução pedir a Mónica que o fizesse. A morena dos cabelos encaracolados logo se dispôs a ajudar. Seriam umas duas da tarde quando ela chegou a casa dele, procurando a chave debaixo do tapete de entrada, onde Derek as deixara de propósito para que ela pudesse entrar. Dirigiu-se ao quarto e ao longo do caminho sentia-se algo deconfortável. Aquela casa estava carregadinha de memórias, boas memórias do tempo em que Dylan era o Dylan. Enfim abriu o guarda-fatos e começou a procurar as roupas. Só não sabia onde ele tinha os boxers. Começou então a abrir todas as gavetas à procura. Só que à terceira gaveta encontrou uns pacotes esquisitos. A curiosidade fê-la pegar para tentar perceber do que se tratava. Abriu cuidadosamente e começou a constatar aquilo que não queria.

- Isto… Droga?

A rapariga ficou de rastos numa primeira fase. Logo pensou que ele andava a consumir, mas vendo a quantidade dos pacotes e não se lembrando de o ver alterado, começou a concluir que talvez andasse a vender. Abiu mais a gaveta e ao fundo viu maços enormes de notas. Não conseguia entender o porquê de ele andar a fazer aquilo. Cada vez mais a desiludia. Agora entendia o porquê dos telefonemas, a origem do carrão que tinha comprado, as prendas caras que lhe tinha dado. Tinha de falar com ele.

-x-x-x-

- Olá…

- Amor! Tenho tantas saudades tuas!

- Eu também…

- Débora, que tens? Estás com uma voz tão tristinha…

- Nada. Ando cansada e… e não é nada.

- Tens a certeza? Não me parece.

- Eu depois falo contigo quando chegares. Já só faltam uns diazinhos.

- Ui… O que é que se passa Débora?

- Não te preocupes. Depois falamos, está bem? É melhor assim.

- Estás a assustar-me.

- Confia em mim.

- Mas…

- Eu amo-te Niall.

Não era costume ela dizer aquilo. Era algo que lhe custava a admitir por muito que fosse o que ela sentia. Niall estava a ficar realmente preocupado, mas ela conseguiu acalmá-lo e mudou de assunto. Claro que ele ficou a pensar naquilo, mas confiava nela.

A portuguesa andava preocupada. Tinham-lhe entregue o guião para os próximos dias de gravação e era chegada a altura do maior desafio que ela já mais tivera a nível profissional. Tinha uma cena de sexo com Douglas. Sabia que Niall não iria querer que ela o fizesse. Ainda por cima porque ela ainda não se tinha entregue a ele. Nem a ele, nem a ninguém. Custava-lhe também pensar que a primeira vez que se ia despir à frente de um homem, que se ia entregar aos braços de um homem, não iria ser ao homem que amava. Por muito que não acontecesse nada de mais, era complicado. Mas não podia fazer nada. Era já dali a três dias e naturalmente não iria rejeitar. Por outro lado não queria dizer aquilo por telemóvel ao namorado. Sabia que ia ser um golpe duro para ele. Decidiu por isso falar com Niall só quando chegasse das férias.

-x-x-x-

Mónica chegou ao hospital com as roupas para Dylan. No quarto estava uma enfermeira que logo depois saiu. O loiro reparou que a portuguesa estava esquisita.

- Passa-se alguma coisa?

- Não sei. Diz-me tu.

- Mónica… Vais começar outra vez a perguntar-me o que se passa comigo, o porquê de eu estar diferente? Eu já te disse que não posso explicar-te isso. Para teu bem não te posso explicar.

- O que é que os teus superiores te ameaçaram fazer-me?

Ele engoliu em seco.

- Do que estás a falar?

- Chega Dylan! – Enervou-se ela enquanto as lágrimas lhe ameaçavam molhar o rosto. - Chega de mentiras, de dissimulações…

- Mónica, calma.

- Calma? Dylan, diz-me porquê. Porquê que estragaste a tua vida a meteres-te nessa merda?

- Viste aquilo lá em casa… - Constatou ele.

- Não importa o que eu vi ou deixei de ver. Porquê Dylan? Porquê?

- Tem calma Mónica, por favor.

- Diz-me ao menos que nunca consumiste.

- Não! Isso não! Ouve-me. Eu só queria melhorar a minha vida… A nossa vida.

- E é a meteres-te numa merda destas que a tua vida melhora?

- Ouve Mónica! Tudo o que eu queria era dar-nos melhores condições de vida para o futuro. Queria comprar uma boa casa para nós, pedir-te em casamento, termos uma festa digna de ti, da rainha que és. – Uma lágrima caiu-lhe do olho. – Errei. Estou a sofrer porque errei. Mas a intenção foi a melhor.

- Dylan…

- Espera Mónica, ainda não acabei. – Interrompeu-a. – Sei que vais dizer que não precisavas de nada disso, que essas coisas não te importam... Eu conheço-te. Mas acredita que tudo o que eu queria era garantir um futuro feliz para nós. O dinheiro não é tudo, mas ajuda… e muito. Sei também que te tenho feito sofrer, mas a minha intenção não foi, em momento algum, isso. Eu amo-te e isso não muda. Nunca mudará. És o meu mundo, a minha vida. Sem ti eu não faço sentido. Perdoa-me Mónica. Não me abandones, por favor.

Ela chorava, ele também. Amavam-se mas aquele problema afastava-os. Ela continuou.

- Sai dessa vida Dy. Por favor, deixa as drogas. Tu não és rapaz para essas coisas. Deixa isso.

- Eu queria, mas não posso mais. Tens de me compreender. Se eu o faço…

- Se tu o fazes o quê? Dylan, tudo o que tens a fazer é entregá-los à polícia. Vais ver que vai ficar tudo bem e continuamos a nossa vida.

- Não é assim tão fácil. Eles arranjavam maneira de me atacar. E se fosse a mim que me fizessem mal, o problema não era grande.

- Ameaçaram-te comigo…

- Eu preciso de te proteger Mónica. Pus-te em risco, agora devo-te isso. Não posso parar.

- O que vamos fazer agora?

- Nada. A asneira está feita. Tenho de levar isto em frente.

- E um dia és apanhado e vais preso. É isso que queres para o nosso futuro?

Ele silenciou.

- Dylan, eu amo-te. Tu sabes que eu te amo. Mas eu não posso compactuar com isso. Eu não posso ajudar-te a continuar a estragar a tua vida. Enquanto continuares com isso eu não posso estar contigo. Desiste disso. Desculpa.

Entre lágrimas, a morena pegou na sua bolsa e saiu do quarto, deixando-o a chamar por si em vão.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo na quinta-feira :)



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