Just In One Direction escrita por CostaSalazar


Capítulo 13
Capítulo 13




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Mais um dia de aulas. Pelo menos, era já o último da semana, o que deixava Zayn bastante mais contente. O rapaz de olhos castanhos estava com o amigo Louis na biblioteca a dar os últimos retoques ao trabalho para Expressão Sonora, cuja professora ele simplesmente detestava. Devia tê-lo entregue de manhã na aula, mas soube dar bem a volta à professora para que esta o deixasse entregar o trabalho depois do almoço.

- Pronto! Já está! Acho que é o suficiente para a bruxa da Josemary Taylor não me chatear a tola e dar uma notita mais ou menos, não Louis? – pergunta Zayn ajeitando os óculos que só usava em momentos de maior descontração.

- Acho que sim. E agora onde a vais encontrar?

- Ela disse-me que ia estar no auditório a dar aula de Expressão Corporal ao 1º ano. Vens comigo?

- Eu? Olhar para as fuças dessa professora? Esquece! Depois de três anos seguidos a aturá-la estou muito bem agora sem a ver à minha frente.

- Como queiras. Vou indo, então. – Diz-lhe Zayn pegando no trabalho e fazendo-se ao caminho.

- Eu vou para casa. Até logo. – Grita Louis como lhe chamando a atenção por ele não se ter despedido, ao que o amigo lhe responde com um levantar de mão sem sequer se virar para ele.

- Posso? – Pede Zayn permissão para entrar.

A antipática professora olha para ele e dá-lhe permissão.

- Continuem a praticar esse exercício. – Diz ela à turma. – E tu rapaz, anda cá. - Dirigindo-se a Zayn.

Zayn entrega-lhe o trabalho em mãos mas não se livrou de ouvir um raspanete sobre a maior responsabilidade que ele devia ter.

- Os trabalhos são para se entregar a horas senhor Malik. Seja a última vez que isto acontece. A sua sorte é que eu até simpatizo consigo.

- Prometo que nã…

- Shiu!! – Dirige-se ela à turma interrompendo Zayn. – Já vi que não estais a fazer nada de jeito. Estais dispensados por hoje. Ide lá, ide! – Volta-se para Zayn e continua a reclamar – Alunos de primeiro ano… Oh sorte… Mas vá lá embora também você. Ainda tenho muito que fazer hoje.

Durante o tempo que lá esteve dentro, Zayn reparou numa bela loira que se destacava no meio dos seus colegas de turma. Tinha um jeito incrível para aquela disciplina. Como não podia deixar de ser, Zayn logo ficou interessado em fazer-se ao terreno. Esperou que ela saísse para que saíssem juntos. Já fora da sala, estando ela a dirigir-se ao balneário, ele puxa conversa.

- Olha, desculpa… - chama a atenção dela.

Ela vira-se ficando à espera que ele lhe dissesse o que queria.

- Eu não te conheço?

- Não me parece. – Responde-lhe secamente a rapariga não gostando do olhar que ele lhe lançava e recomeçando a andar para o balneário.

- Hey, espera! – Corre ele para a alcançar, segurando-a pelo braço.

- Que pensas que estás a fazer, pá? Larga-me já! Não te conheço de lado nenhum para me andares a pôr as manípulas em cima. – Rejeita-o a loira.

Ele larga-a e começa a rir-se.

- Ai estás a rir-te? Qual é a piadinha? – Pergunta-lhe ela não gostando dos risos dele.

- Já vi que és irritadiça! Irra… - Diz-lhe ele ainda a rir-se.

- Diz-me ao menos porque me estás a tratar assim.

- Simplesmente porque não gosto que olhem para mim como um cão olha para um naco de carne. Aquele olhar de conquistador de meia tigela comigo não cola.

Zayn riu-se mais uma vez.

- Já vi que o menino é muito risonho. – Goza ela.

- Pronto. Então vamos começar de novo. – Insiste ainda mais Zayn. – Mas isto só porque eu admiro raparigas como tu. Raparigas que se sabem defender dos badboys armados em machões.

- Assim como tu?

- Assim como eu. – Admite ele como tendo orgulho do título que acabava de atribuir a si próprio, fazendo-a rir.

- Zayn Malik. – Apresenta-se ele esticando o braço para um cumprimento de mão.

- Muito gosto em conhecer-te. – Diz-lhe ela com um esforçado sorriso, preparando-se novamente para ir para o balneário.

- Oh, a sério. Eu já me deixei dos olhares de “conquistador de meia tigela”, como tu os chamaste, agora está na tua vez de facilitar um bocadinho. Eu já te disse que gostei de ti por seres tão determinada. Admiro-te até. Gostava de saber o teu nome pelo menos. Vá lá… - pede-lhe Zayn de uma forma sincera e sentida que a fez repensar.

- Pois bem. Eu sou a Débora.

- Débora? Não és inglesa, pois não?

- Bem… Dou-te o dedo já pedes o braço? Tens de saber tudo, é?

- Pronto! Não queres dizer não digas!

Ela riu-se e respondeu-lhe:

- Estou a brincar. Sou portuguesa.

- Outra portuguesa? Bem! Não tens noção da quantidade de pessoal português que eu tenho conhecido nos últimos tempos… Acho que Portugal anda a mudar em peso para Inglaterra. Mas voltando ao que importa: podemos ser amigos, Débora? Até somos do mesmo curso e tudo. Sempre que precisares de ajuda para algo podes contar comigo.

- Só para não me chateares mais a cabeça e porque eu quero ir tomar banho ainda hoje, vou-te responder que podemos ser amigos. Mas sublinho que não tem nada a ver com o interesse em ajudas por seres do mesmo curso que eu e mais velho. Mas fica bem ciente de uma coisa: se é para me olhares da maneira como olhaste quando me abordaste ao início, então desaparece-me da vista; se é para te comportares como um homenzinho, aí sim podemos pensar numa amizade.

Enquanto ela lhe dizia isto com ar de autoritária, apontando-lhe com o dedo na última frase, Zayn sorria-lhe.

- Pois bem. À tua vontade. Agora tenho de me ir andando. Dás-me dois beijinhos de despedida pelo menos, para selarmos o começo de uma nova amizade? – Pergunta-lhe ele com uma cara cómica que a fez soltar um riso.

- Pronto. Está bem, está bem.

E depois dos beijinhos, os dois, rindo, vão cada um para o seu lado.

Débora detestava gajos armados em bons que se faziam a todas. Mas aquele Zayn, por muito que tivesse começado mal, inspirou-lhe confiança. Viu que ele merecia uma oportunidade para mostrar o seu lado de “homenzinho”. E o facto de ser insistente, mesmo ela estando a ser dura com ele, demonstrou que, provavelmente, estava mesmo a ser sincero quando disse que a admirava. E além do mais fazia-a rir, mesmo quando chateada, o que era de se louvar. Não eram muitos os que conseguiam tal proeza.

Kelly desde que estivera com Niall não parava de pensar nele. Por isso decidiu ir até ao jardim espairecer um pouco. Para isso costumava escrever músicas. Não se achava grande compositora, mas era uma coisa que ela gostava de fazer. Estava totalmente concentrada na sua escrita que nem viu Lúcia a aproximar-se dela.

- Olá Kelly!

Num sobresalto, Kelly arruma todas as suas folhas com as canções. Não queria que ninguém soubesse que ela escrevia.

- Oh, olá! - Responde-lhe ela ainda a arrumar as suas coisas.

- Está tudo bem? Pareces um pouco desanimada... - Diz Lúcia, sentando-se ao pé dela. - Queres falar?

- Mais ou menos.

- Eu sei que não somos grandes amigas, mas podes confiar em mim...

- Eu acho que... - Kelly hesita, respira fundo, e continua. - Eu acho que sinto alguma coisa pelo Niall...

- A sério? Isso não é bom?

- Não!

- Porque não? - Pergunta intrigada Lúcia.

- Porque ele já andou atrás de mim no tempo da primária, e eu nunca lhe dei uma hipótese. Ou seja, se eu andar atrás dele agora, quem não me vai dar hipótese vai ser ele.

- Achas? Isso aconteceu há mais de 8 anos. Eu não creio que o Niall seja de guardar rancor...

- Eu também acho que não, mas...

- Mas nada! Tu agora tens de te animar porque isto não é motivo para ficares triste. Que tal irmos comer qualquer coisa, hein?

Kelly sorri, Lúcia conseguiu animá-la e agora estavam a dirigir-se ao bar para esquecer este pequeno sentimento de culpa de Kelly.

Sofia e Harry, como combinado, estavam a estudar juntos na casa dos rapazes. Mesmo que a matéria fosse muito pouco, ou mesmo nada divertida, eles conseguiram passar um bom bocado juntos. Harry achava que Sofia tinha muito jeito explicar a matéria.

- Nunca pensaste em ser professora? – Pergunta-lhe ele, interessado.

- Por acaso… Cheguei a querer ser professora de Português.

- Urr… Dispenso português. É muito difícil.

Ela riu-se:

- Engraçado… Para mim é bem mais fácil que o inglês.

Ambos riem-se.

- Outra das coisas meias esquisitas que pensei seguir foi Engenharia Civil. É daquelas coisas que tenho em comum com o Niall. – Acrescenta ela.

- Ouvi falar em Niall? – Pergunta ele do sofá.

- Olha, tu não sabes fazer mais nada para além de “nada”? É tão desmotivador ver-te aí deitado no sofá enquanto nós temos de estar aqui a trabalhar! – Diz-lhe Harry.

Niall levanta-se e atira-lhe a almofada.

- Não te preocupes que daqui a bocadinho tenho de voltar à universidade para ter aulas. E tu lá vais com o Louis às comprinhas, comprar as roupinhas para o menino sair amanhã com a Lucinha.

Os três riram-se e no momento a seguir Louis entra em casa.

- Então pessoal? Tudo bem por aqui?

Os três riram-se ainda mais, mas Niall, meio desajeitado, pois sabia que Louis ficaria chateado se o ouvisse dizer aquilo em frente a Sofia, calçou-se, deu um beijo na testa de Sofia e foi-se embora.

- Bem, tenho de ir para as aulas. Fiquem bem.

- Que se passa? Qual é a piada? – Pergunta Louis por ver Sofia e Harry ainda a rir-se.

- Não é nada Louis. Coisas engraçadas que o Niall diz. – Explica Sofia.

- E o Zayn? – Questiona Harry a Louis.

- Foi entregar o trabalho à professora. Já deve estar aí a chegar. Eu vou tomar um banho e depois saímos, está bem Harry?

- Tudo bem.

- Se calhar é melhor eu ir andando… - Sugere Sofia levantando-se.

- Não, espera! – Pede Harry puxando-lhe pelo braço. – Esse ainda demora e eu ainda preciso de te arranjar os apontamentos de economia.

Sofia naquele momento sentia-se esquisita. Ao mesmo tempo que queria muito ver Zayn, porque o achava muito atraente, por outro lado preferia não o ver, pois sentia-se envergonhada por aquela noite. Mas acabou por ficar.

Pouco depois ouve-se a chave na porta. Era Zayn.

- Olha quem é ela! Por aqui?

- Veio estudar comigo. – Explica Harry com um sorriso.

- É sempre bom ter-se uma menina bonita em casa quando se chega. – Começa Zayn a dar o seu charme para cima dela.

- Obrigada Zayn pela parte que me toca. – Agradece ela enquanto Harry ri.

Entretanto Louis aparece já pronto e a chamar por Harry:

- Estás pronto, Harry? Vamos lá!

- Ah… Eu também vou andando. – Diz Sofia.

- Não! – Segura-a Zayn pela mão. - Eu queria já há algum tempo falar contigo a sós. Acho que…

O Louis e Harry entreolham-se como entendendo o jogo do amigo.

- É, fica Sofia. Ficas bem entregue. – Insiste Harry enquanto Louis em voz baixa diz para si:

- Ela sabe o quão bem fica entregue. Já experimentou… – Rindo-se no final e levando uma palmada do Harry no ombro que entendeu aquilo que ele tinha dito.

Zayn olhava-a profundamente nos olhos como naquela noite na discoteca. Aquele olhar fazia-a derreter.

- Se queres falar comigo então eu fico. – Aceita sorrindo.


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