Just In One Direction escrita por CostaSalazar


Capítulo 120
Capítulo 120




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Mónica já estava há mais de meia hora à espera do seu namorado. Ele ia buscá-la à universidade para irem celebrar 10 meses de namoro. Ela sentou-se num banco à entrada, com esperanças que ele ainda aparecesse.

- Hey, tu és a Mónica, certo? - Cumprimenta-a Josh. - Lembraste de mim?

- Sim, lembro. Então, está tudo bem?

- Claro. E contigo?

- Também... - Responde-lhe ela cabisbaixa.

- Eu acho que não...

- Porquê?

- Vê-se nos teus olhos que não estás bem.

- Oh. É só que...

- Podes contar-me.

- Eu e o Dylan hoje fazemos 10 meses de namoro e ele vinha-me buscar para passarmos o resto do dia juntos e até agora nada!

- Tem calma. De certeza que ele teve um imprevisto... Não tarda está a chegar.

- Eu acho é que ele se esqueceu.

- Olha, porque é que não lhe ligas?

- Já tentei. Duas vezes! O melhor é eu ir embora. Ele não vem.

- Dez meses... Isso é muito tempo... Como é que ele se esqueceu?

- Também gostava de saber. Ele antes não era nada assim. Agora está diferente... mais distante. Eu não entendo... - Termina Mónica a conversa, triste e desiludida.

- Espera só mais um bocadinho. Eu fico a fazer-te companhia.

A rapariga sorriu-lhe como que agradecendo.

- Eu vi-te no outro dia na Hollister. Engraçado seres amiga da Sofia, da Gina e da Lúcia.

- Tu também as conheces?

- Eu sou vizinho delas.

- Que coincidência! Por isso é que também conheces o Harry.

- Pois.

A conversa alongou-se um pouco mais, mas a rapariga acabou por querer ir embora, pondo pés ao caminho.

- Mónica! - Grita o fotógrafo do outro lado da rua.

A rapariga dos caracóis continuou a andar, fingindo não ter ouvido nada. Ela esteve quase uma hora à espera dele. Nenhuma rapariga gosta de ficar à espera, principalmente quando é uma data importante.

- Mónica, espera por favor! - Insiste ele, correndo até ela.

Josh, sentado, observava a cena. Interessou-se por Mónica desde o primeiro momento que a viu. Notava que era uma rapariga especial. Tinha algo que as outras não tinham. Ele não sabia o quê, mas tinha. Infelizmente para ele, ela namorava. No entanto, Dylan não lhe inspirava muita confiança.

- Desculpa-me, amor. Eu sei que estou atrasado. Mas surgiu um imprevisto e eu não consegui vir mais depressa.

- E tens telemóvel para quê? Ahn?!

- Desculpa, a sério. E eu não me esqueci que fazemos nove meses hoje.

Ela sorriu ironicamente.

- Nove meses? Tu por acaso ouviste o que eu te disse ontem? Eu sabia que tu estavas completamente na lua, mas era escusado ser eu a lembrar-te de tudo!

Dylan olhava-a confuso. Tinha-se apercebido que tinha feito asneira. Faltava-lhe saber era o quê.

- São dez meses, Dylan! Dez!

O loiro de olhos verdes engoliu em seco.

- Mas para ti não há diferença, pois não?

- Mónica... Não é nada disso...

- É melhor falarmos depois. Xau.

Ela virou-lhe costas, não mais olhando para trás. 

- Estás a olhar para onde, páh? - Resmunga Dylan com Josh, virando também costas a este, dirigindo-se para o seu carro.

-x-x-x-

Umas horas antes, Raquel tinha acabado as suas aulas do dia. Saiu da universidade e metros depois viu Michael. Devia estar a ir embora. Acelerou um pouco o passo e ele entrou no carro. Quando chegou lá à beira, bateu no vidro. Ele, lá de dentro, viu-a e sorriu, abrindo o vidro.

- Olá.

- Olá Michael. Tudo bem?

- Sim. E contigo?

- Também. Estava agora a ir embora.

- Pois. Eu também.

- Vais a pé? Sozinha?

- Sim. Não é longe.

- Se quiseres eu levo-te.

- Não. Não te preocupes. Eu já estou habituada ao percurso.

- E se eu te convidar para um café? Depois eu levavo-te a casa…

- Hum… Assim pode ser.

- Entra!

Ela, muito à vontade, entrou no carro e ele começou a conduzir. Conversaram primeiro sobre a matéria que estava a ser dada, depois o assunto foi passando para a vida fora da escola. Deu para ela descobrir que ele praticava ténis nas horas livres e que sabia falar alguma coisa de português. Quando chegaram à Starbucks, como o dia estava frio, ela escolheu um Caffé Mocca (Delicioso e intenso chocolate, espresso e leite cremoso, coberto com suave chantilly... Irresistível nos dias frios e cinzentos.), e ele um Chamomile Blend (Infusão de flores de camomila, folhas de amora, menta e erva-cidreira, pétalas de rosa, flores de hibisco, lavanda e calêndula. Com um suave sabor floral, é perfeita para se relaxar e desfrutar desta infusão única.). Depois de mais confortados pelo quente das suas bebidas, o professor e a aluna, bem-dispostos, voltam ao carro. As horas estavam a passar depressa e já começava a escurecer. Eles entraram no carro e Mike começou a conduzir sem pressa. Assunto não lhes faltava. Ela ia-lhe indicando o caminho para casa. Mike cada vez mais se encantava com a rapariga e sabia que ela não era nenhuma santinha e que queria tanto ou mais do que ele. Não queria saber se aquilo era ou não anti-ético, visto que ele era professor dela. Ela tinha-o provocado, agora iria ter o que pedia. Quando parou o carro. Ela olhou para ele num segundo, e no outro ele estava a beijá-la loucamente. O beijo durou longos minutos. A vontade de ir embora era muito diminuta. Ele, um pouco mais atrevido, começou a explorar o corpo dela por baixo da camisola. Ela ia deixando e cada vez mais perdia os sentidos, à medida que ele aproximava as mãos, maduras e já mais experientes, dos seus seios. A sensação era deliciosa! Ela trincava-lhe o lábio inferior e ele esboçava um sorriso de seguida, continuando depois o beijo. O cansaço era já algum, porque a posição era desconfortável. Então ela parou. Ele não insistiu, olhando para ela, malandro.

- Até amanhã. – Despediu-se saindo do carro.

- Até amanhã. – Respondeu-lhe um pouco ofegante.

Ela compôs-se à porta de casa, para não dar nada a desconfiar às amigas e pouco depois ele arrancou. Ela sentia-se especial por alcançar o seu objetivo. Agora tinha como passar os seus tempos. Aquele pedaço de mau caminho, beijava bem e saibia deixá-la louca com o seu toque. Nada como um homem em vez de um franguinho. Aquilo sim eram sensações! Mal podia esperar por algo mais. Não podia negar que estava curiosa para saber como ele fazia sexo. Um homem mais experiente devia saber conduzir uma mulher à loucura, muito mais que um rapaz da sua idade. Talvez estivesse a delirar um bocadinho, mas não conseguia pensar noutra coisa. Mal entrou em casa correu à casa de banho para lavar a cara, para refrescar as ideias. Depois voltou à sala. Débora ainda não tinha chegado. Já passavam das 19h. Mónica, estava na sala mas muito pensativa e triste. Nem tinha reparado que Raquel tinha chegado e muito menos nas horas que tinham passado. Depois desabafou com a amiga. Dylan estava a desiludi-la cada vez mais. Raquel tratou nesse dia do jantar enquanto contava à amiga o que se tinha passado com o professor. Sempre era uma maneira de esquecer por momentos Dylan. E a rapariga dos caracóis ficou estupefacta! Nem conseguia acreditar que Raquel conseguira realmente alguma coisa com aquele professor que deixava todas as universitárias a babar.

-x-x-x-

Niall, como quase todos os dias, foi até casa da namorada depois do jantar. No entanto, quando parou o carro reparou que ela estava também a acabar de chegar a casa e não estava sozinha… Douglas tinha-a levado! Ele não conseguia evitar sentir ciúmes daquilo. Não bastava passarem o dia todo juntos, não bastava beijar a namorada dele e ainda tinha de a levar a casa? Niall respirou fundo. Os outros dois despediram-se e o loiro viu a portuguesa a entrar em casa. Sabia que não podia confrontá-la com o assunto porque se o fizesse muito provavelmente chatear-se-iam. Conhecia-a e sabia que ela não iria admitir uma cena de ciúmes para com o trabalho dela. Assim sendo, o irlandês tentou controlar-se.

- Olá Niall! – Cumprimentou-o ela ao vê-lo à porta. – Parece que adivinhaste! Acabei de chegar.

Ele deu-lhe um simples beijo, e mantinha um sorriso um pouco apagado na face. Ela estranhou.

- Que se passa Nialler?

- Nada, nada. Estou só um pouco cansado hoje.

- Hum… Tu, cansado? Tens a certeza que é só isso?

- Tenho amor…

Ela acabou por aceitar e começou a contar-lhe o que tinha feito naquele dia no estúdio. Tinha gravado com Douglas naquele dia. Não conseguia evitar falar do quão engraçado o ator era e nas cenas falhadas que tanto faziam todos rir. Estava tão entusiasmada a falar que nem dava conta de que o namorado não estava a gostar do assunto. Estava a ferver por dentro, mas não queria demonstrar. No entanto os planos dele saiam-lhe furados. Ele não conseguia esconder.

- Niall…

- Podes parar um bocadinho de falar desse… Douglas.

- Ah, ok… Ciúmes?

- Como queres que me sinta? Tu beija-lo, tu passas o dia com ele, tu falas dele como se fosse o gajo mais fantástico do mundo e… ele traz-te a casa.

- Ah… Espera! Isso tudo é porque o viste aí à porta.

- Sim, vi.

- Niall, poupa-me! Ele é só meu amigo.

- Mas é um amigo com quem tens de te roçar e tens de beijar e… Sei lá!

- Niall, é o meu trabalho! E não sou eu que o beijo. É a Melanie. E aliás, ele não é o Douglas, é o Kyle. Vê se entendes isso. Porque se não entenderes então vamos dar-nos muito mal. Ser atriz é o que eu quero para a minha vida. E gostava também que fizesses parte dela, mas tens de aceitar o meu lado de atriz. A Débora Fernandes só vai beijar uma pessoa e essa pessoa és tu. Todos os outros que tu vires na televisão a beijar a minha boca, não sou eu que lá estou naquele momento. O meu corpo está lá emprestado.

Niall ouvia com atenção. Ele sabia de tudo aquilo, mas custava-lhe aceitar e esquecia-se completamente disso quando a via à beira daquele ator.

- Desculpa Débora… Eu…

- Não quero que fiques assim nunca mais por eu ser amiga do ator que contracena comigo. É contigo que eu estou, não é?

- Eu sei. Desculpa. É mais forte do que eu…

- Tudo bem. Mas então tens de me dar aquele teu sorriso.

Niall sorriu como pedido e beijou-a. Amava-a mais que tudo. Tinha de se esforçar para se controlar a cada vez que a visse com Douglas. Tinha de o fazer por ela.


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