Younger Souls escrita por CaahOShea, Bellah102


Capítulo 8
Capítulo 7- Desabafo


Notas iniciais do capítulo

Oooii minhas lindas, tudo bem? Aii que saudades de vocês!!!
Gente eu sei que eu realmente ficamos muito tempo sem postar, foram dois meses sem postagem em YS. Mas flores, realmente, não foi por que quisemos flor.
Infelizmente vocês não sabem, mas o meu avô faleceu no dia 25 de Agosto, foi tudo tão de repente, e eu fiquei realmente sem chão. Mas sei que ele esta descansando agora e Deus como sempre nos dá força para seguir em frente, não é?
E além dessa perda, tem a Faculdade que tem me consumido toda energia e tempo. kkk. E a Bella também estava bem atarefada na escola flor, com provas, trabalhos, e etc, por isso não conseguimos postar antes. Mil desculpas mais uma vez!
Mas depois desse tempo sem postar, aqui estou com mais um capítulo fresquinho! Uhu * comemora! *
E também gostariamoa de agradecer imensamente de coração o comentário da cada uma de vocês no capítulo anterior, amamooooos de coração, estamos muitooo feliz com o carinho de vocês com a fic, e vocês são minha inspiração!
E um agradecimento hiper mega especial a laura4752 pela linda e segundissíma recomendação! Muito obrigada floor, nós amamos!
Sem mais lindas, espero que gostem do capítulo e não se esqueçam de comentar. ;D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/210100/chapter/8

Capítulo 7 – Desabafo

___________________________________________________

Remorsos se acumulam como velhos amigos
Estão aqui para reviver seus momentos mais sombrios
Não posso ver uma saída, não posso ver uma saída.

Shake it Out - Florence and The Machine

POV. Joy:

–O que pensa que está fazendo? - Perguntou Jullie, entrando feito um furacão no nosso quarto.

Eu, deitada de pernas cruzadas, próxima de descobrir se o casal do livro ficaria ou não junto, depois de derrotarem todos os zumbis-ninja do mundo, relaxada ao extremo, obviamente não me importei muito. Afinal, se tudo desse certo, eu logo teria Chase de volta

-Estou lendo Jullie. Sabe? Palavras enfileiradas em linhas impressas em folhas de papel? É para isso que elas servem. - Eu disse, sarcástica, porém de ótimo humor.

–Não é sobre isso que estou falando!

Baixei o livro e olhei para ela. Minha irmã parecia furiosa, o que era estranho, já que Jullie geralmente era o retrato da bondade e serenidade do mundo. Suas bochechas estavam num tom forte de vermelho e sua respiração entrecortada a deixando ainda mais parecida com a nossa mãe quando encontrava Ryan fazendo coisa errada.

-E sobre o que seria?

–Sobre o Matt, é claro! – Ela disse cerrando os olhos - Ele me contou o que vocês andam fazendo! Isso é muito injusto com ele!

Revirei os olhos.

-A vida não é justa Jullie! Acha que é justo estarmos aqui, com a extinção pedindo açúcar na porta de casa? Talvez até seja! Mas Matt está me ajudando por livre e espontânea vontade! Eu não o enganei nem nada!

Ela chegou mais perto, se ajoelhando ao lado da cama.

–Mas ele é só um garoto perdido, que acaba de perder os pais e mal tem certeza do próprio sobrenome! Ele não faz ideia do que está fazendo!

– Ah claro, e a Santa Jullie em defensa dos humildes e desamparados faz? – Falei sentindo minhas bochechas esquentarem de raiva. Ela não me entendia, ninguém entendia!

– COMO VOCÊ PODE SER TÃO INSENSÍVEL?! – Ela gritou numa explosão, seus olhos ficando marejados. Abruptamente ela se afastou de mim, indo para o outro lado do quarto, como se tivesse nojo de chegar mais perto.

Insensível, eu?! E quem é você para me falar sobre sentimentos Jullie?! – Falei rindo com escárnio, e me levantando. - VOCÊ NUNCA FOI REJEITADA DO JEITO QUE EU FUI. NÃO FAZ A MINIMA IDEIA DE COMO EU ME SINTO!

Ele tem sentimentos Joy... Matt não é uma... Marionete sua! – Ela disse mais controlada – Ele tem sentimentos e você não tem o direito de brincar com eles!

– EU TAMBÉM TENHO SENTIMENTOS! SERÁ ISSO NÃO IMPORTA? – Falei sentindo meus olhos arderem. – EU ESTOU SOFRENDO, JULLIE!

Eu disse, jogando o livro contra a cama.

Você não é a minha irmã... – Ela disse balançando a cabeça em reprovação e cruzando os braços. – Minha irmã não faria isso. Ela nunca brincaria com o sentimento de outras pessoas... Ele conhece os limites.

– Você parece a nossa mãe falando assim... – Resmunguei torcendo os lábios.

– É bom se lembrar dela de vez em quando, não é? – Ela disse me encarando. Suas orbes azuis Safira pareciam misturadas ao fogo, faiscando fortemente – Você sabe muito bem de tudo que ela teve que enfrentar por nós, tudo o que ela teve que abandonar, e sabe todos os valores que ela nos ensinou! Você ao menos se dá conta disso, Joy?

- EU NÃO ESCOLHI ESSA VIDA! - Falei ressentida. – EU TINHA UM SONHO. EU GOSTARIA DE SER COMO AS OUTRAS GAROTAS DA NOSSA IDADE. IR A FACULDADE, ME APAIXONAR, NAMORAR, VIVER, CRIAR UMA FAMILIA, - Eu listava com os dedos - MAS EU NÃO TIVE ESCOLHA! JULLIE, NÓS NÃO SOMOS BICHOS PARA VIVER ACUADOS ENQUANTO TUDO LÁ EM CIMA É TIRADO DE NÓS! – Respirei fundo, sentando na cama novamente e arrumando as páginas dobradas, com as lágrimas caindo – Tudo...

Repeti baixinho. Ela ainda não se aproximou.

–É isso que ele é para você, não é? Uma forma de chegar a Chase e ter o seu “felizes para sempre”. Bem, eu tenho uma surpresa para você. Eu não vou mais deixar você fazer isso.

Disse, saindo do quarto. Porém ela tropeçou em algo e congelou a frente da porta. Levantei de pronto para ver se ela estava bem.

–Mãe.

Ela disse assustada. Só ouvi passos correndo para longe, fui até a porta a tempo de ver seus cachos loiros viraram a esquina.

–O quanto você acha que ela ouviu? – Perguntei temerosa, olhando para ela. Jullie me encarou raivosa.

–Tudo. Ela estava devastada Joy. Parabéns. Quer magoar mais alguém hoje ou vai parar por aí? - Ela disse, antes de sair correndo na direção oposta à que a nossa mãe tomara.


E eu fui tola e cega

Nunca consigo deixar o passado pra trás

Não vejo uma saída, não vejo uma saída.

Estou sempre carregando esse peso nas costas


***


–Ei Espectro, você viu minha mãe? - Perguntei, preocupada. Fazia tempo que eu estava procurando, mas ainda nada. Eu precisava falar com ela e pedir desculpas antes que fosse tarde demais, se é que já não era. – Preciso mesmo falar com ela.

Ele desviou o olhar da panela de ovos para mim.

–Não. Eu não a vi. Você está bem Joy?

Fiz que não.

–Preciso mesmo achá-la.

Quando eu me virava para sair da sala, ouvi um par de risadas que invadiram o cômodo, antes que eu pudesse escapulir dele, com a cauda entre as pernas. Tentei sair de fininho, mas é claro que Allie precisava me ver.

Hey Joy. Qual a pressa? - Perguntou, simpática como sempre. Virei-me para ela.

–Não consigo encontrar minha mãe. Vocês a viram?

Ela fez que não, parecendo preocupada.

–Você acha que algo aconteceu?

Perguntou Chase, igualmente preocupado. Meu coração apertou-se ainda mais, mas eu não podia lidar com aquilo naquele momento. Fiz que não.

–Eu fiz uma coisa estúpida, e agora preciso consertar. - Eu disse, virando-me de costas e saindo do refeitório.

***

O som do choro vinha de dentro da Sala de Banhos. Entrei nela devagar, temerosa.

–Mãe?

Chamei. A sala ficou silenciosa de repente.

–Agora não, Joy.

Disse meu pai, surgindo da escuridão, vindo na minha direção.

–Mas pai, eu...

Tentei, mas Ryan me interrompeu.

–Você já fez o bastante, irmã – Disse sua voz, com raiva. – Vá embora.

Ordenou.

–Não, mas...

Meu pai já começava a me guiar para fora calmamente. Fiquei aliviada de pelo menos um dos meus parentes não me odiarem. Ou era isso que eu pensava. Estava escuro. Eu não podia ver seu rosto.

–Ryan, Ian... – Mamãe pediu, com um fiapo de voz – Me deixem falar com ela.

–Mas mãe...

Ryan tentou argumentar.

–Quero falar com a sua irmã, Ryan.

Repetiu, firme. Meu pai suspirou e me lançou um aviso com o olhar, que mesmo no escuro eu podia interpretar: “Resolva isso. Você não vai ter outra chance”. Ryan esbarrou em mim antes de sair, e pela sua irritação, tive a certeza de que não foi sem intenção. Dei um passo a mais para dentro da sala, cautelosa, como que prestes a adentrar uma cova cheia de leões. Meus olhos logo se acostumaram ao escuro. Vi a silhueta triste da minha mãe de pé a minha frente. Corri para ela, abraçando-a, com os olhos ardendo com as lágrimas.

Ela podia me odiar, e estar magoada comigo, mas naquele momento tudo o que eu queria era um abraço da minha mãe.

–Me desculpe, mãe... Me desculpe, me desculpe, me desculpe mil vezes...

–Shhh... Não há pelo que se desculpar, meu amor.

Ela disse, acariciando meu cabelo.

–Eu não queria te machucar. - Eu disse, apertando-a contra mim. Ela suspirou.

–Eu sabia que esse dia chegaria. – Ela disse, segurando os soluços dentro do seu corpinho frágil – Eu nunca quis que vocês sofressem assim... É tudo culpa minha.

–Não mãe, não é. Nada disso é culpa sua.

–É sim... – Ela insistiu – Eu tento muito... Mas eu sei que não podemos brincar de casinha aqui para sempre... Eu só... Não vejo nenhuma outra saída.

–Nada disso é sua culpa – Repeti – Você não pediu para passar por tudo o que passou. Foi muito maldoso da minha parte explodir daquele jeito.

Ela levantou meu rosto para olhar para ela.

–Eu só quero que você e seus irmãos sejam felizes.

–Nós somos. Eu só... Não deixo de imaginar como seria...

Ela sorriu, triste.

–Você merece tudo o que quer, e ainda mais. Eu tenho certeza, que você se daria bem fosse qual fosse o caminho que escolhesse. Mas a questão é que... –Ela respirou fundo – Há coisas que eu não posso te dar.

–Mas eu não estou pedindo a você que me dê. Eu quero isso sim, mas quero a minha família unida quando isso acontecer. Isso é o mais importante para mim.

Ela sorriu.

–Eu quero que você saiba que eu tenho muito orgulho de ser sua mãe, minha Joy.

Disse, beijando minha testa.

–Obrigada mãe... Isso significa muito. Então nós... Estamos bem?

Ela deu de ombros.

–Nunca estivemos mal.

Sorri.

–Eu te amo mãe. Mas agora eu preciso consertar mais uma coisinha que eu estraguei.


E o nosso amor gerou um ruído de sofrimento

Essa noite eu enterrarei esse peso na terra

Pois gosto de deixar minhas questões desenhadas

É sempre mais escuro antes do amanhecer


***

–Matt, podemos conversar?

Chamei-o, enquanto ele irrigava a plantação.

–Claro.

Ele disse, mas continuou andando pela terra macia, com o regador nas mãos.

–Não aqui... É meio... Particular.

Ele me olhou, avaliando se havia algo errado. Então ele deu de ombros, deixando o regador de metal no chão e me seguindo até uma câmara pequena em que costumávamos guardar o material de limpeza.

–Está tudo bem?

Ele perguntou, limpando a terra das mãos nas calças.

–Mais ou menos. Mas vai melhorar – Respirei fundo – Eu pensei bem, e... Não é justo o que estamos fazendo, nem comigo, nem com você, nem com Chase.

–Mas...

Ele tentou, um pouco atônito.

–Sem mais – Dei de ombros – Estou cansada de mentir. Você não?

–Joy, eu... – Ele respirou fundo. – Eu preciso...

–O que...

Mas ele nem me deu tempo de exprimir minha interrogação. Quando percebi, ele estava me beijando. Com Chase, nossos beijos eram mágicos, certos como um simples fato da natureza. Era como se nos encaixássemos perfeitamente. Porém Matt era novo, inexperiente, e confuso. Não estava certo de quem era e nem de quem queria, e eu podia sentir o gosto disso. Tudo o que eu consegui pensar é que eu precisava tirá-lo de cima de mim naquele momento. Empurrei-o contra a parede e retrocedi até encontrar a parede de pedra atrás de mim.

–Nada Matt. Não senti nada. Nunca senti nada.


POV. Jullie

–Hey, você está bem?

Perguntei a Matt, entrando no Hospital. Ele estava olhando para o pulso enfaixado com um olhar cabisbaixo. Ele levantou os olhos e fez que sim.

–É uma triste história. Joy caiu em si... – Ele suspirou – Porque acreditei que ela preferiria alguém como eu a Chase?

Perguntou, tristonho.

–Alguém como você? – Sentei ao lado dele – Eu acho pessoas como você incríveis.

Ele deu de ombros.

–Bem, ela não acha.

Dei um soquinho de brincadeira em seu ombro

–Deixe ela para lá. Qualquer garota no mundo seria sortuda em ser sua namorada.

Ele olhou para mim e sorriu.

–Obrigada Jullie. Você é o máximo sabia?

–É claro que eu sabia.

Eu disse, rindo.

POV. Joy

Tudo seria muito mais fácil se eu pulasse daqui” , pensei, olhando para a areia a algumas centenas de metro abaixo de mim. “Eu não magoaria ninguém lá, nem alimentaria meus sonhos impossíveis. A vida perfeita. Exceto por um detalhe...”



–Joy.

Virei-me para a voz atrás de mim. Jullie saia do nosso túnel secreto. O clubinho perto das nuvens que costumávamos dividir com Benji. Era cansativo de subir até ali, então era perfeito para o esconderijo de três crianças. Nosso pequeno lugar feliz.

–Oi Jullie. - Eu disse, triste.

–Eu falei com Matt. Sabia que você torceu o pulso dele?

Suspirei.

–Diga a ele que peço desculpas. – É só o que venho fazendo ultimamente, pensei - Acho que não conheço minha própria força.

Eu disse, voltando a olhar para o chão lá embaixo. Ouvi os passos de Jullie e ela pousou a mão no meu ombro.

–Hey, desculpa. Eu não devia ter gritado com você. Eu devia saber que você ia fazer a coisa certa.

–Devia nada.

–Devia sim. – Insistiu, fazendo-me olhar para ela – Você é minha irmã e está passando uma situação difícil. E eu não devia ter explodido com você. Eu sei que você não é perfeita, mas eu te amo. Me perdoa?

Sorri e a abracei.

–É claro que sim. Você estava certa.

Ela me abraçou de volta e sorriu.

–Então, no que estava pensando?

Perguntou, curiosa, olhando para a areia para onde eu olhava antes. Dei de ombros.

–Nada não.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai, e ai, gostaram? ^^
Esperamos que sim flores! Poois é, a Jullie e a Joy tiveram uma séria discussão, =/ Mas no fim deu tudo certo!
E uau, o Matt beijou a Joy, o que será que isso vai dar ein? =O
Awwwnnt, fiquei com uma dó da Peg gente, tadinha. =/ Eu me coloquei no lugar dela, pobrezinha, mas ainda bem que ela e a Joy se acertaram!
Bom flores, é issso flores. Loogo loggoo tem mais!
Beijos da Caah!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Younger Souls" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.