Younger Souls escrita por CaahOShea, Bellah102


Capítulo 7
Capítulo 6 - Rompimento


Notas iniciais do capítulo

Olá flores do nosso jardim!
Boa Noite amores! Chegamos aqui com mais um capítulo fresquinho pra vocês de Youngers Souls! *_* Não demoramos tanto dessa vez né? ;D
Gostariamos de agradecer a Biiah,Julie,Mari e
laura4752 por terem comentado no capítulo anterior, obrigada flores! *_*
E há, uma agradecimento especial a laura4752, nossa nova leitora pelo comentario lindo! Obrigada flor!
Sem mais lindas, espero que gostem do capítulo e não se esqueçam de comentar. ;D Esse promete, segurem os coraçõezinhos.



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# Três Dias Depois...#

POV. Joy:

-Joy, podemos conversar?

Encarei os olhos castanho-claros sérios de Chase. Quase não nos faláramos desde a festa de aniversário surpresa e ele parecia me evitar cada vez mais longe, mais e mais distante, mas fiz questão de respirar fundo e dizer a mim mesma que tudo o que ele precisava era se adaptar a todas as mudanças na sua vida de Solitário. Mas agora ele queria falar, e parecia algo sério, não havia um sorriso brincalhão escondido atrás dos lábios apertados em uma linha fina. Era isso, ele queria acabar tudo, estava arrependido.

Eu deveria saber

Eu nem ao menos se podia chamar aquilo de namoro, mas não queria que tudo terminasse. O que tivemos aquela noite foi especial, algo como mágica. E não havia luxúria, apenas... Magia, não havia como explicar.

Eu não posso te dizer o que realmente é
Eu só posso dizer qual é a sensação

Mas não importava mais mesmo... Ele não se importava mais.

-Qual o seu argumento? – Perguntei, querendo acabar com aquilo de uma vez. – Foi... Um erro? Estávamos bêbados? Você estava carente? Não é você, sou eu? Se for qualquer uma dessas coisas, podemos seguir nosso caminho e não ter essa conversa.

-Joy, não torne isso mais difícil do que já é.

Espere!
Onde está indo?
Eu estou deixando você
Não, você não vai

-Ah é? Por quê? – Perguntei cruzando os braços – Não é como se fosse grande coisa não é?

-Joy... – Ele gemeu segurando meus ombros – Pare. Deixe-me falar. – Dei um passo atrás, ainda de braços cruzando, não querendo que ele me tocasse.

Tente me tocar para que eu possa gritar para que você não me toque

Fixei meus olhos nos dele indicando que estava ouvindo o que ele tinha a dizer.

– Você... Tem uma família linda, diga-se de passagem, e isso é uma coisa que eu não tenho há muito tempo.

E sua mãe está te esperando acordada

E você pensando que ele é o homem da sua vida

–E daí?

-E daí que não quero ficar no seu caminho. Você tem jovem, tem muito que viver e não quero atrasar você. Quero que aproveite a sua vida, e a sua família.

Fiz que sim. Não acreditava que estava ouvindo aquilo.

-Então o que está dizendo é que sou jovem demais para você?

Ele balançou a cabeça negando e então depois de pensar um pouco fez que sim, parecendo confuso. Aquilo era ótimo! Ele estava terminando algo que mal havia começado e nem ao menos sabia por que, sem saber se explicar. Ele podia fazer algo doloroso, como enfiar pregos polvilhados de vidro estilhaçado nos meus olhos, com certeza doeria menos do que aquela conversa.

O vidro está quebrado por causa da briga

Fechei os olhos segurando as lágrimas e soluços esperando que ele me desse uma resposta, esperando o golpe final, de misericórdia. Esperando ser forte o bastante para quando ele chegasse.

Porque quando você tem quinze anos

E alguém diz que te ama

Você vai acreditar

Quando você tem quinze

E seu primeiro beijo

Faz sua cabeça girar,


-A-acho que... Essa é a essência da coisa.

Abri os olhos brilhando de lágrimas. Toda a mágoa havia se transformado em uma raiva insana. Eu queria atacá-lo, chutá-lo, mostrar que não podia brincar comigo, mas eu sentia que nada que eu fizesse o machucaria tanto quanto ele havia machucado a mim. Desejei novamente que o Buscador tivesse atirado em mim naquela noite em que eu havia conhecido Chase, mas ele não tinha feito por alguma razão e agora eu precisava lidar com as conseqüências.

-Ah é? – Perguntei com a voz trêmula – Então sinta a essência disso... – Apertei mais os braços ao redor do meu peito para evitar que se partisse – Eu ODEIO VOCÊ!

Gritei para ele e virei-me correndo desgovernadamente em direção ao meu quarto. As lágrimas nublavam minha visão e me faziam tropeçar aqui e ali, ferindo meus pés descalços, mas eu mal notada. Fora só uma noite. Como um par ou dois de beijos podiam machucar tanto uma pessoa?


Quem é aquele cara?
Eu nem sei o nome dele
Eu coloquei minhas mãos nele,
Eu nunca vou abaixar tanto novamente
Eu acho que eu não conheço minha própria força

Ele era mais velho e experiente, e provavelmente aquilo não significara nada para ele, mas significara para mim. Meu primeiro beijo não fora do jeito que eu sempre imaginara – Um lindo jardim verde e cheio de flores, iluminado pelo luar. E quando nossos lábios se tocassem minha perna subiria como em um filme dos anos 50 antes da invasão – Mas ainda assim tivera seus fogos de artifício. Agora eu sentia como se aquilo fosse um sonho que tivesse apodrecido até se tornar um pesadelo medonho.


Eu não sou uma princesa

Isso não é um conto de fadas

Eu não sou aquela que você quer agradar

Conduzida pela escadaria

Atravessei a porta do quarto que dividia com meus irmãos que não era nada mais do que um acolchoado que tapava a entrada. Jullie avisou que estaria no Hospital com o garoto novo, Matt e Ryan devia estar aprontando em algum lugar com Scott. O quarto estava vazio o que era ótimo, porque assim conseguiria abrigar minha decepção e tristeza mesclada à raiva. Deitei-me na cama abraçando o travesseiro, deixando as lágrimas salgadas caírem sobre ele.

Só vai ficar lá
E me ouvir chorar
Mas tudo bem
Porque eu amo
O jeito que você mente

De repente percebi que não falei sério quando disse que o odiava. Eu não podia odiá-lo, ele era meu primeiro amor. Não podia odiá-lo mesmo que isso me fizesse sentir melhor. Mesmo que parecesse que o sol não teria mais o calor que sempre teve.

Porque eu gosto
Do jeito que dói

POV. Chase

-Eu ODEIO VOCÊ!

Ela gritou com os olhos faiscando de raiva. Idiota, idiota, eu a tinha magoado, não era isso que eu queria, nunca, NUNCA! Será que ela não compreendia?


Você jura que nunca bateu neles
Nunca fez nada para ferir eles
Agora você estão cara a cara
Espalhando veneno
E essas palavras
Quando você as cuspiu

Tudo o que eu queria era que ela vivesse sua vida, livre e não com alguém não emocionalmente traumatizado como eu. Porque ela tinha que fazer daquilo algo tão complicado e difícil? Abri a boca para dizer algo para acalmá-la, mas ela já se fora, tropeçando pelo corredor.

Agora você pode vê-la ir embora
Pela janela
Acho que é por isso que eles chamam de vidraça

Tive o impulso de ir atrás dela, mas não podia voltar agora.

Corra para fora do quarto e vou segui-la como um filhote perdido

Só queria que ela vivesse a vida e aproveitasse a família que eu perdera e que eu não podia mais ter. Não queria mais interferir na vida dela. Os pais dela tinham razão, eu era velho demais para ela. Estava melhor sem mim. Mas se era o certo, como podia doer tanto assim?

Enquanto eu puder lutar
Enquanto o errado parecer certo

Levei as mãos à cabeça e enterrei-as no cabelo, escorregando na parede até o chão, apoiando os cotovelos nos joelhos, chorando, desejando os lábios de Joy nos meus. Não chorava daquele jeito desde aquela noite com Charlie.

# FashbackOn#


“-Mas porque não podemos ficar aqui?! Ninguém vai nos encontrar!

-Você não tem certeza Chase, e não podemos nos arriscar. Você é tudo o que me resta, e eu preciso proteger você.

-Não sou mais criança, Charlie.

- Então pare de agir como uma.

No momento eu tive tanta raiva como eu nunca tinha tido antes. Ele não me escutava, era como se o que eu achasse não importasse. Estava tão cansado de fugir e me esconder e estávamos naquela praia há tão pouco tempo desde que Carl fora pego... Eu não queria ir, e então eu disse algo que eu não queria dize, algo que eu me arrependeria para sempre.

-NÃO VOU! Odeio ficar fugindo assim e eu ODEIO VOCÊ!

Corri e corri. Ouvi-o chamando meu nome atrás de mim, mas não parei. Escondi-me em baixo de algumas palmeiras. Eu estava com tanta raiva... Porque não podíamos ficar, nos estabelecer pelo menos até o ano que vem? Porque a Arizona haveria de ser melhor do que a Califórnia? Porque o Charlie precisava me tratar feito criança? Eu não era mais seu irmãozinho de 4 anos que ele levou embora naquela mini-van. Agora eu já era mais forte, mais inteligente, maior... E a medida que a noite foi caindo, mais cruel, percebi. Meu irmão não tinha culpa pelas desgraças que vinham acontecendo na nossa vida. O que ele dissera antes e que eu não ouvira na hora da raiva me tocou fundo. ‘Você é tudo o que me resta’.

Levantei-me do meio das palmeiras depois de uma ou duas horas, engolindo meu orgulho e me dirigindo devagar pelo caminho que havia feito correndo, em direção aonde Charlie ainda chamava meu nome. E então gritos, tiros e baques de corpos no chão. Nessa parte minha memória ficava enevoada e a próxima coisa que me lembrava era de tê-lo levado para o nosso carro, deitando-o no banco de trás, o mesmo em que ele me salvara 22 anos atrás da nossa própria mãe. Eu me lembro do sangue que jorrava do buraco de bala no seu braço e do seu rosto retorcido de dor enquanto eu tirava o projétil com os dedos sem habilidade. Ele falava tão baixo que eu precisava me esforçar para ouvi-lo.

-Eu disse que tínhamos que ir... – Ele ofegava entre as frases – Virão mais para procurar por estes Chase. V-v-v-você tem que ir.

Eu fazia que não, sentindo-me cruel. Aquilo tudo era culpa minha,s e tivesse me acalmado, pensado melhor ele não estaria sozinho e talvez estivéssemos a caminho do Arizona e tudo poderia estar bem. Eu tentava estancar o sangue com o meu casaco. As lágrimas nublavam minha visão. Aquilo não podia estar acontecendo, simplesmente não podia. Ele era Charles Darren II, sobrevivera servindo no exterior, e à invasão por mais de 20 anos, não podia simplesmente morrer no banco de trás do nosso carro com uma simples bala no braço.

-Iremos. Iremos irmão, nós dois, assim que você estiver melhor.

-Não... Não. Os Buscadores não vão esperar... Não significo nada para eles... Você tem que ir.

-Não vou. Você não vai agüentar a viagem até a Arizona.

-Será que não entende garoto? Se não estiver a salvo tudo isso vai ser em vão. Cameron, Carl e eu. – Ele disse em tom de reprimenda como ele fazia desde que eu era pequeno. Ele parou para respirar, fechando os olhos com força – Precisamos ir. Agora.

-Irmão?

-Sim Chase.

-Eu não te odeio.

-Sei que não.

Depois disso, ele não durara dois dias de viagem. Quando chegamos à divisa, e eu não tinha coragem para olhar seu rosto pálido, eu liguei para a Estação de Cura da cidade em que eu parara. Blythe, uma das últimas antes de chegar ao Arizona e falei como se fosse ele que estava muito machucado e que precisava de ajuda. Então deixei o carro ali e fui embora. Tinha quase certeza de que ele estava morto. Não quis confirmar. Admito que as vezes quando olho para trás, tenho esperança de que os Curandeiros tenham chegado a tempo. Mas tinha quase certeza que não seria daquele jeito.”

Flashback Off#


E desde então eu estava sozinho. Até encontrar Joy naquele deserto e agora... Estava sozinho novamente.

-Você está bem?

Perguntou uma voz acima de mim. Desejei que fosse Joy e quando levantei os olhos, os que encontrei eram da sua mesma tonalidade, safira... O céu à meia noite, e algo mais claro... Feito neve... Mas eram cabelos castanhos claros que emolduravam seu rosto preocupado.

-Oi, eu sou Allie. Acho que nunca te vi por aqui. Você está bem?

-Estou. – Menti. –Estou ótimo.

-Hum – Ela disse se agachando ao meu lado e pegando uma lágrima com o indicador – Que comer alguma coisa e... Talvez me dizer porque essa coisinha estava no seu rosto ao mesmo tempo que minha prima está se debulhando em lágrimas no quarto dela?

-Só comer está ótimo.

Respondi.

POV. Joy:

Haviam se passado alguns dias desde o meu rompimento com Chase e ele não havia voltado a falar comigo, não que eu esperasse que o fizesse realmente, mas desejava internamente que ele fizesse. Mas parecia que agora ele passava o dia todo com Allie bem à minha frente, não importava onde eu estivesse. O mais irônico era que Allie era apenas dois anos mais nova do que Chase e não 8. Não era muito melhor e socialmente aceitável? Eu estava arrancando a palha do milho com violência logo ao lado da colheita recém-feita. Era para começarmos depois do almoço, mas eu precisava de algo para arrancar fingindo que era a cabeça de Chase. Surpreendentemente eu não tinha raiva de Allie. Sabia como aqueles olhos castanhos podiam ser sedutores e te faziam sentir... Especial.

Talvez eu fosse ingênua, me perdi nos seus olhos

E nunca realmente tive chance

Meu erro, eu não sabia estar apaixonada

Eles estavam sentados juntos limpando os espelhos em um andaime, rindo como se estivessem bêbados. Arranquei os “cabelos” do milho jogando-os com raiva no balde. Jullie veio na direção do depósito trazendo duas caixas empilhadas que pareciam muito pesadas. Ela as depositou ao meu lado e respirou fundo. Ela olhou para mim e para o andaime e sorriu cruzando os braços observando os dois com um sorriso bobo na cara. Aquela era sua cara sonhadora.

Eu era uma sonhadora

Antes de você chegar e me por para baixo

–Ora, ora, quem iria imaginar? Allie e Chase Darren. Sr e Sra Darren. Formam um lindo casal não acha?

Lancei a ela um olhar ferino e ela desviou o olhar, pegando suas caixas e dando um jeito de sair dali em direção ao refeitório. Meus pais passaram indo na mesma direção em que Jullie acabara de ir. Consegui ouvir uma parte da conversa.

-Sinceramente me sinto mais tranquila com Chase com Allie. Eles ficam lindos juntos.

Queria que houvesse mais milho, pensei rosnando para a espiga na minha mão. Vi mais uma pessoa entrar na Praça Central e algo acendeu na minha mente formando um plano maléfico.

-Matt! Ei Matt! Vem cá!

Chamei o garoto novo. Ele veio até ali, não parecendo muito confortável. Ele devia ser um pouco tímido.

-Está vendo aqueles dois? – Ele fez que sim – Eles estão me provocando. Quer me ajudar a provocá-los de volta?

-Como estão provocando você?

-Do pior jeito.

Agora é tarde demais pra você

E seu cavalo branco

Aparecerem

Continua....


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram?Esperamos que sim!
Poois é, o Chase terminou com a Joy =/ Mas gente, por favor, não odeiem ele, tentem entender flores, ele está preocupado com ela, e pra ele isso foi o melhor a fazer. ;D
Mas veremos no que tudo isso vai dar, afinal, parece que a história vai dar uma virada agora. haha. =X
Lindas, por hoje é só, comentem bastante amores e espro de coração que gostem!
E ai, que tal mais uma recomendação e deixar duas autoras muuitooo felizes? ^^
Bjos da Caah e da Bella!