Younger Souls escrita por CaahOShea, Bellah102


Capítulo 13
Capítulo 12 - Lições


Notas iniciais do capítulo

Ooi amores, tudo bom?
Aproveitando a semana carnavalesca? Espero que sim, mas, sempre com responsabilidade certo? ^^
Bom, como prometido, aqui está mais um capítulo fresquinho semanal de YS (:
Queremos agradecer a todas as meninas que comentam, e ah, dia 07 de Fevereiro foi o aniversário da Bella, 15 aninhos ^^ Que tal dar os parabéns pra essa linda autora?
Bem sem mais, esperamos que gostem do capítulo e até lá em baixo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/210100/chapter/13

POV.Joy

–Chase, é sério, o que está fazendo?

Perguntei enquanto ele me guiava.

–Tapando seus olhos e rumando ao desconhecido, por quê?

Suspirei enfastiada e cruzei os braços, cravando os calcanhares na areia fofa. Ele fez força, mas empaquei como um burro.

–Porque não gosto de ser raptada antes do meio dia sem saber para onde vou.

–O problema é seu.

–Aonde vamos, Chase?

Ainda com uma das mãos sobre os meus olhos, ouvi o som de tecido farfalhando e quando seus dedos finalmente descobriram minhas retinas, a escuridão voltou dessa vez em forma de tecido preto.

–Uma venda? Sério Chase? Você é quem? Romeu Montéquio?

–Você pergunta demais, O’Shea

Ele disse com uma pontinha de humor na frase. Sem que eu esperasse, ele me ergueu nos braços, cuidando para que os meus braços ficasse bem apertados atrás do corpo para que eu não pudesse tirar a venda. Tentei mordê-lo, mas isso só o fez rir, seu riso lindo e doce. Suspirei. Não tinha jeito. Se não pode vencê-los, junte-se a eles. Como não sabia se nosso destino era próximo, deitei a cabeça em seu ombro e fechei os olhos mesmo que não fizesse diferença, na esperança que pudesse cochilar no caminho.

Em alguns minutos, Chase me sacudiu levemente e beijou minha testa para me acordar. Abri os olhos, mas eles ainda estavam vendados. Dei um longo bocejo.

–E então? Chegamos?

Perguntei sonolenta.

–Chegamos sim, senhorita perguntadeira.

Ele respondeu. Senti alguns respingos de água, e o cheiro de maresia atingiu minhas narinas mais forte do que eu jamais havia sentido. O vento que vinha contra nós era frio, porém úmido. Muito úmido. Delicioso para falar a verdade.

–Ah, Chase. Estamos na beira do mar? Fez tudo isso para me trazer à beira do mar?

–Pare de perguntar Joy. Você já viu o mar?

–Vi quando chegamos Chase. Água e sal, nada demais.

Pude ouvir ele balançando a cabeça e soltando meus braços para que eu pudesse finalmente me livrar daquela venda ridícula.

–Isso significa que não viu nada.

Demorei um pouco para lidar com o nó de Chase, afinal, ele aprendera a fazer nós com os militares, e enquanto isso, ele me colocou no chão. Minhas pernas quase falharam quando receberam água gelada ao toque até a cintura, mas Chase me segurou enquanto minha pele arrepiava-se toda. Até soltei um gritinho de surpresa, o que fez Chase gargalhar muito alto. Apressei-me para arrancar a venda e me deparei com uma vista incrível, impressionante. Algo que eu nunca poderia imaginar ver na minha casa rochosa e distante.

Pisquei os olhos úmidos sem acreditar. Era lindo... Era como... Nascer de novo!

–Como viver, lição um – Disse Chase, com sua respiração quente no meu ouvido – Veja o mar pela primeira vez.

–Chase... É lindo.

–Lição dois: Veja o nascer do sol no mar.

Ele disse. Não podia acreditar que ele havia crescido em um lugar daqueles. Havia tanto a se fazer ali! Tantas possibilidades, atividades, descobertas. Não era a toa que ficara tão bravo ao vir para a Arizona. Era como se antes eu visse o mundo em tons de cinza. O sol batia na água dando a impressão de ser duas vezes maior, como se o próprio Deus tivesse decidido nos dar um olá. As nuvens não atrapalhavam, apenas emolduravam-no, assumindo tons de lilás, rosa - bebê e laranja. Acima de nós algumas estrelas ainda brilhavam porque o dia não havia chegado até elas. Virei-me para Chase e o beijei, mostrando o quanto estava agradecida.

Ele me tirara da cama, e eu fora tão rabugenta que não percebera o presente que ele queria me dar. Puxei seu rosto para mais perto do meu e enlacei as pernas ao redor da minha cintura. Ele segurou a parte interna das minhas coxas, me içando para cima, e puxando para perto.


–Eu te amo, Chase.


Sussurrei entre beijos. Ele interrompeu os beijos para me olhar nos olhos, afastar uma mecha de cabelo que escapara do coque frouxo em que prendera o cabelo quando ele me acordara pedindo que me vestisse e dizer:

–Eu te amo mais, minha pequena.


–Vai Joy, faz como Matt faz.


Disse Chase me ajudando a levantar da areia e puxando a prancha de surf para perto novamente. Atrás de nós, Matt deslizava suavemente em cima da prancha azul e branca que tia Alysson havia emprestado para que surfássemos. Ela emprestara duas, então estávamos revezando. Um pouco antes, Chase e Matt se exibiram, e pareceu muito fácil vendo das toalhas estendidas na areia ao lado de Jullie. Quando Chase me convidou para tentar, eu fui com a confiança de que não cairia e faria bonito na prancha vermelha e branca. Mas até agora era o meu oitavo tombo.

–Matt deve ter ventosas nos dedos para ficar nessa prancha.

Resmunguei enquanto levantava e levava a prancha com a ajuda de Chase para mais fundo. Tudo o que eu precisava era da onda perfeita...

–É fácil. Reme, sinta a onda, e fique de pé.

–Estou tendo um probleminha com a parte de remar... E de sentir a onda... E de ficar de pé...

Disse, observando o horizonte, onde as ondas se formavam.

–É como nadar, mas com movimento na água.

Ele respondeu dando de ombros como se fosse à coisa mais normal do mundo. Toda aquela coisa de ondas me assustava muito.

–Você se esquece que cresci em um deserto.

Rebati vendo a onda que se formava. Apontei com o queixo para Chase e ele fez que sim. Subi na prancha e esperei que a onda viesse. Chase avisou quando era hora e comecei a remar do meu jeito desajeitado. Todo aquele movimento tornava impossível me impulsionar para frente. Tentei ficar em pé, sem parar de cócoras para pegar equilíbrio, mas antes que pudesse ver a areia da praia escorreguei na água que invadia a prancha e antes que pudesse evitar, estava embaixo d’água. Tentei subir a tona, mas uma onda gigantesca caiu sobre mim, fazendo-me girar embaixo d’água. Bati a cabeça na prancha que girava loucamente e acidentalmente abri os olhos, assustada com a pancada, o que os fez arder.

No segundo seguinte eu estava sendo levantada.


–Joy? Você está bem? Machucou-se?


–Aiii! – Gritei piscando compulsivamente – Eu não consigo ficar nessa coisa!

–Você consegue sim, só tente de novo...

–NÃO! Não quero tentar de novo!

Disse me livrando de seus braços e indo na direção onde eu achava que ficava a areia. Não conseguia enxergar direito. Toda vez que eu piscava era como se tivesse mais e mais sal nas minhas retinas. Finalmente, lutando contra a correnteza bizarra do mar consegui chegar até a areia fofa e molhada. Respingos ao meu redor indicavam que Chase estava vindo atrás de mim.

–Joy... Não fique assim...

–Não consigo ficar em pé nessa coisa, não consigo!

Continuei andando a passos fortes, coçando os olhos que estavam lacrimejando e não era apenas porque estavam ardendo. Eu estava frustrada! Como conseguia correr uma maratona mais rápido do que um buscador e não conseguia ficar em cima de um estúpido pedaço de madeira? Chase segurou meu braço, me impedindo de seguir em frente.

–Lição três: Não desista. Lição quatro: Aprenda coisas novas.

–Para Chase, já não é mais fofo.

–Tenta de novo – Tentei ir em frente, mas ele segurou meu braço e se colocou a minha frente, levantando meu rosto para que meus olhos lacrimejantes e cheios de sal encontrassem os seus – Só mais uma vez. Vai dar certo agora.

Ele beijou levemente meus lábios e me levou com cautela de volta para o mar, onde a prancha esperava indo para frente e para trás no raso. Ele pegou a prancha e caminhamos em silêncio, sendo puxados e empurrados em várias direções. Se Chase não estivesse segurando minha mão, eu ficaria apavorada em me perder para sempre. Ele indicou para que eu sentasse na prancha, mas não via nenhuma onda que fosse boa o bastante para me levar a algum lugar. Sentei mesmo assim e ele continuou me puxando em direção ao fundo.

–Chase onde estamos indo? Não é muito longe? Como vamos conseguir voltar?

Ele olhou para trás, sorrindo com um meio sorriso.

–Você pergunta demais, O’Shea.

Chegamos a um lugar onde todas as ondas grandes se quebravam, mas Chase nem se incomodava. Passava por baixo e puxava a prancha pelo fio que deveria ter uma tornozeleira que já tinha sido arrancada a muito tempo, me fazendo passar por cima da onda. Até que era divertido. Depois daquela fase, chegamos a onde todas as ondas se formavam, e era como se estivéssemos navegando.

–Chegamos.

–Não tem ondas aqui.

–Apressadinha.

Ele virou a prancha para a praia e sentou atrás de mim.

–O que é isso? Vai surfar comigo é?

Perguntei.

–Se não te incomoda, Srta. O’Shea, vou provar para você que consegue subir nessa “coisa”.

Respondeu colocando aspas com os dedos.

–Só quero ver.

Ele se aproximou da minha orelha e sussurrou.

–Verá. Agora reme.

Fui mais para frente e me inclinei para frente para remar. Chase ajudava também, mas ficava sentado, remando com os pés e braços fortes. Parecia tão natural em cima da prancha como se estivesse apenas dando uma caminhada refrescante pela praia, e não praticando um esporte que foi provavelmente inventado por polvos, os únicos animais com ventosas o bastante para ter a capacidade de ficar grudados na prancha. Remamos até que ouvi um estrondo horroroso vindo detrás de nós.

Uma onda se formava, e era gigantesca.

–É a nossa menina.

Disse Chase, com seu sotaque californiano mais forte do que tudo. Antes que eu pudesse perguntar o que aquilo significava ele se inclinou para frente e começou a remar comigo, levando a prancha a uma velocidade maior, de modo a acompanhar a grande marola que em breve se tornaria uma onda titânica. E então ele ficou de cócoras para pegar equilíbrio e num movimento rápido, pôs nós dois de pé, puxando-me para cima pela cintura, e virou a prancha com os pés, acompanhando as costas da onda onde ela se quebrava até chegar a um lugar onde ainda não tinha quebrado. Descemos até o meio da onda. Era a maior que eu já havia visto. Ela encobriu a nós dois. Estávamos em um tubo! Eu estava em um tubo. Chase passou os braços ao redor da minha cintura e eu abri os braços para tocar a parede da onda, respingando água em nós dois.

Tudo ali era tão bom... Aquela água que fizera meus olhos arderem agora os deixava maravilhados, sendo, mais azul impossível. E Chase. Oh, Chase... Eu queria que aquela onde nunca acabasse. Virei-me para ele e o beijei, segurando-me em seu pescoço para não escorregar novamente. Antes do que eu queria, o sol voltou a queimar o sal em nossa pele, e Matt e Jullie gritavam acenando para nós. Só consegui acenar antes de outra onda aparecer e derrubar eu e Chase da prancha, fazendo-nos cair com estrondo na água gelada. É, tinha valido a pena.

POV. Chase:

Seja macho, Chase. Seja macho. Pare de tremer esses joelhos, feito uma menininha, pensei, desviando o olhar desconfortavelmente. Joy, Matt, os irmãos e a mãe tinham ido brincar na areia ali perto depois do almoço, sob a sombra de uma palmeira. De vez em quando Joy olhava na minha direção e sorria, como que só para se certificar que eu estava realmente ali. Isso quase valia a situação desconfortável em que eu me encontrava.

Do outro lado da mesa, o pai de Joy, Ian, me encarava como se eu tivesse tentado seqüestrar a filha, tirar sua virgindade, convencido-a a fazer uma tatuagem com o meu nome, engravidado-a, mudar-me com ela para Guadalajara, assassinado-a e mandado-a de volta pelo correio em pedaços. Mas eu sabia que a única coisa que eu tinha realmente feito era estar ali. Bem, eu não podia culpá-lo por estar bravo comigo, especialmente depois de eu ter feito Joy se sentir tão infeliz por um tempo. Ele tinha todo o direito disso. Mas eu não estava muito certo acerca da parte em que ele tinha que brincar com aquela faca.

Era uma faca de sobrevivência de uns 15 centímetros, e parecia perigosamente afiada. Ian fincava-a na mesa com força e então puxava-a para fora, só para fincá-la de novo, como se estivesse apunhalando alguém. Engoli em seco. Seja macho. Por Joy.

–Então... Legal aqui, não é?

Perguntei, tentando ao máximo desfazer o clima tenso entre nós. Obviamente, não funcionou.

–Podia ser melhor.

Ele disse, sem desfazer a carranca, arrancando e fincando a faca novamente na mesa marcada. Assenti, desviando o olhar novamente.

–Então...

Antes que eu pudesse disser qualquer coisa, ele me interrompeu.

–Para ser bem sincero, garoto, nada vai me convencer que você devia estar aqui. Ou na vida de Joy.

Disse. Parecia ter cansado da atividade com a faca. Infelizmente, não parecia entediado dela. Esticou a mão sobre a mesa e começou a enterrar faca entre os dedos, acertando precisamente a mesa onde um segundo atrás havia um dedo. Um calafrio percorreu minha espinha.

–Sr. O’Shea, eu realmente...

–Me olhe nos olhos enquanto fala comigo, moleque...

Repreendeu, interrompendo-me. Ergui os olhos das minhas mãos que tremiam. Havia algo de assassino em seus olhos.

–Eu... – Engasguei por um segundo. – Eu realmente gosto de Joy. Nunca faria nada para machucá-la.

–Eu sei que não, pivete. – Ele pegou a faca e a virou para cima, examinando o próprio reflexo nela – Sabe, quando ela era pequena, um ratinho veio incomodar a minha Joy. E ela odeia ratos, talvez você não saiba. Era um bicho monstruoso, de pelos castanhos escuros e olhos verdes... – Eu não precisava ser nenhum gênio para saber que aquilo era só uma metáfora para mim – Essa faca o atravessou tão rápido que ele nem sequer viu o que o atingiu.

Respirei fundo, tentando conter os tremores. Seja corajoso, soldado. Fazer xixi nas calças não é um comportamento adequado...

–Hum... Impressionante... Muito... – Seu olhar irritado me fez parar – É. Está bem.

Joy levantou-se do castelo que construía e veio até nós, correndo até a sombra da varanda de uma das cabanas onde a mesa ficava. A área debaixo dos seus olhos estava levemente queimada do Sol.

–Ei vocês dois... Estão conversando, que bom! Sobre o que estão falando? Não sobre mim, espero.

Ela disse, abraçando o pescoço do pai e beijando-o no topo da cabeça. Ele sorriu e pousou uma mão por cima da dela, como se estivéssemos somente tendo uma conversa amigável qualquer.

–Ah, você sabe... Futebol, cortadores de grama... Coisas de homem.

Joy assentiu, sorrindo, então seus olhos encontraram os meus e suas sobrancelhas se uniram.

–Chase, você está bem? Parece meio enjoado.

Balancei a cabeça, enquanto Ian parecia se divertir as custas do meu medo.

–Não, não. Estou bem. Sério.

Ela sorriu e assentiu.

–Então está bem. Divirtam-se vocês dois.

Disse sorrindo. Ela deu um beijo na bochecha do pai e veio até mim para depositar um singelo selinho em meus lábios, o que lhes abriu um grande sorriso. Ela sorriu de volta e voltou para o castelo de areia. Ainda sorrindo bobamente, meu olhar encontrou o de Ian. Ele voltara a me encarar como antes.

–Eu te odeio.

–Eu sei.

Dessa vez eu continuei sorrindo, porque de repente, não importava mais. Eu estava seguro da ira de Ian enquanto fizesse Joy feliz e se dependesse de mim, isso seria para sempre.


(...)


Nascavernas....

POV. Benji


Respirei fundo. Era agora, eu ia conseguir. Soltei o ar. Vamos lá campeão... Você consegue.


-Sally... – Comecei, incerto – Tem uma coisa que eu preciso te dizer. Não, não fala nada, me deixa terminar... Bem, eu... Já faz um tempo que a gente se conhece e... Olha, eu acredito... Que a gente se dá bem e tudo... Talvez mais do que bem. É, eu acho. Tipo, talvez eu esteja errado mas... – Passei a mão pelos cabelos, desconfortável. – A questão não é essa... É só que... Eu gosto de você. Gosto mesmo. Tipo... Para caramba... Argh!

Tapei meu rosto, rosnando para O espelho a minha frente. Eu não podia fazer isso!

-Não dá para falar isso para ela...

Eu disse, corando por baixo das mãos. Porque eu não tinha o talento do meu pai com as palavras?! Eu mal conseguia falar uma frase completa na frente do espelho! Como falaria com Sally?!

-Bom, eu gostei...

-Está brincando? Eu mal consigo...

Comecei, tirando as mãos do rosto e olhando quem falara pelo espelho, porém forcei-me a estancar. Virei-me pra ela, corando a um nível que eu não imaginava ser possível. Não consegui sustentar seu olhar.

-Sally. Oi... – Levantei os olhos para vê-la sorrindo – O quando você ouviu?

-O bastante. – Ela disse, deixando o cesto de roupas que carregava de lado, provavelmente a razão de ela ter vindo até ali – É verrrrdade?

Perguntou, com seu sotaque do Norte. Suspirei.

-Cada palavra.

Eu disse, nervoso. Ela sorriu timidamente, desviando o olhar. Ela colocou uma mecha de cabelo ruivo atrás da orelha, mordendo o lábio inferior e se aproximando cautelosamente.

-Eu gosto de você também, sabe?

Disse, tímida, sem conseguir me olhar nos olhos.

-Jura?!- Perguntei, surpreso. Ela assentiu, levantando os olhos timidamente. Quem diria que uma garota tão bonita quanto ela... Realmente gostava de mim? – Então nós... Devíamos nos... Beijar ou algo assim? –Perguntei, coçando a nuca, desconfortável – Eu não sei como isso funciona...

-É... Talvez. – Ela disse dando de ombros - Você é quem sabe.

Respondeu, mais tímida que eu. Cuidadoso, eu me aproximei e toquei seu rosto com a ponta dos dedos. Ela fechou os olhos, provavelmente aproveitando o toque. Lentamente aproximei meu rosto do seu, fechando os olhos, determinado a não pensar demais naquilo. Foi estranho, molhado e apertado. Porém bom, no geral. Devíamos estar fazendo algo certo.

-BENJIIIII!

Gritou Sarah, de algum lugar. De um pulo, coloquei Sally atrás de mim, assustado. Sarah tapava os olhos na batente da porta.

-Que droga Benji, precisa MESMO beijar sua namorada no NOSSO quarto?!

Com o coração disparado, tive vontade de delicadamente esfolar o rosto da minha irmã na pedra por aquele susto. Mas é claro que eu não podia fazer isso. É ilegal e feio...

-Bom, não sou em quem está namorando o próprio primo sou?

Ela mostrou a língua para mim.

-Eu vou contar para a mamãe!

-Vou esconder seu diário novo!

Ela se sentiu ofendida, levando dramaticamente a mão ao peito.

-Você não ousaria...

-Me teste.

Ela fez cara feia e saiu batendo os pés pelo corredor. Virei-me para Sally. Ela parecia triste.

-Ei, tudo bem? A pirralhinha te assustou? Ela causa esse efeito em todo mundo, mas é gente boa.

Eu disse, tentando fazer uma piada. Ela fez que não, fechando os olhos.

-Eu e minha irmã Anne costumávamos brigar bem assim. Quer dizer, antes de...

Fiz que sim. Toquei seu ombro, segurando-o com firmeza.

-Não é nada. Sar sabe que é brincadeira.

Ela fez que sim.

-Eu sei que sabe. Mas se um dia algo acontecer a ela, você vai passar sua vida pensando porque não passou cada segundo de convivência da sua vida com ela, e não deu tudo de si nessa relação. Porque talvez assim... Não doeria tanto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai, e ai, gostaram? Esperamos que sim!
Chase tremeu na base ein? Hihi. Mas no fim deu tudo certo (:
Não esqueçam de comentar amores, precisamos saber o que estao achando da história!
Um beijão da Caah e da Bella!
Até breve! (:



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Younger Souls" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.